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Iluminismo - Resumo

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Surgiu uma situação pré-revo-
lucionária gerada entre as tensões 
entre nobreza, monarcas e burgue-
sia durante o século XVIII. 
Iluminismo é o nome que se 
dá à ideologia que foi sendo desen-
volvida e incorporada pela burguesia 
com base nas lutas revolucionárias 
do final do XVIII. Nem toda a burgue-
sia era favorável ao iluminismo. Vá-
rios dos pensadores iluministas eram 
nobres, e não burgueses. 
É considerado um precursor 
do movimento, tendo lançado as ba-
ses da filosofia política iluminista. Foi 
autor do Segundo tratado sobre o 
governo civil, defendendo a ideia de 
que os homens são portadores de di-
reitos naturais, como a vida, a liber-
dade e a propriedade. Para garantir 
que todos os indivíduos usufruíssem 
seus direitos, os homens criaram os 
governos. Com um “contrato” entre 
governante e governados, o gover-
nante que rompesse com esse con-
trato, a sociedade teria o direito de 
destituí-lo. Desta forma, Locke criava 
um princípio revolucionário que con-
trapunha e refutava as teorias de 
Hobbes e Jacques-Bénigne Bos-
suet, para quem o direitos dos reis 
advinha de Deus. 
Voltaire criticava violenta-
mente a Igreja e o clero, mesmo 
acreditando que Deus estava pre-
sente na natureza e no ser humano. 
Criticou, em sua obra Cartas ingle-
sas, não apenas a Igreja, mas os 
resquícios da servidão feudal. Entre-
tanto, acreditava que a livre expres-
são era um dos direitos naturais do 
ser humano e condenava firme-
mente a tortura. Uma de suas princi-
pais frases é: Posso não concordar 
com uma única palavra que dizeis, 
mas defenderei até a morte o direito 
de dizê-la”. 
Voltaire criticava a guerra e rejeitava 
a ideia de revolução, defendendo 
que as reformas realizadas por mo-
narcas, sob orientação de filósofos, 
poderiam ter um resultado melhor e 
um governo progressista. O movi-
mento reformista inspirado em suas 
ideias se chama Despotismo Escla-
recido. 
Autor de O Espírito das Leis, 
propunha a divisão dos poderes em 
três instâncias: Executivo, Legisla-
tivo e Judiciário. Dessa forma, o go-
vernante seria um simples executor 
da vontade da sociedade, conforme 
as leis redigidas por um corpo de le-
gisladores e julgadas pelos tribunais, 
o que limitaria o poder absolutista 
dos reis. 
John Locke (1632-1704) 
Voltaire (1694-1778) 
 
Montesquieu (1689-1755) 
 
 
Também pregava a necessi-
dade de um conjunto de leis que ex-
pressassem os valores de toda a so-
ciedade e que fosse obedecidas por 
todos: a Constituição do Estado. Em 
sua obra Cartas Persas, denunciou 
os abusos do poder autoritário e os 
excessos cometidos no reinado de 
Luís XIV (O Rei Sol). 
Em sua obra O Contrato So-
cial, manifestou sua crença na liber-
dade dos homens, uma vez que nas-
ciam todos iguais e, por meio de sua 
livre vontade, criavam as leis e orga-
nizavam a sociedade. 
Foi um grande defensor da 
democracia, não como a entende-
mos hoje, intrínseca de eleições e de 
voto universal, mas como expressão 
da vontade geral da população de 
uma nação. Criticava o excesso de 
racionalismo, que, a seu ver, repri-
mia os indivíduos: o conhecimento e 
a felicidade humanos dependeriam, 
em grande parte, de cultivar e ex-
pressar os sentimentos. Suas ideias, 
rejeitadas pela alta burguesia pela 
crítica ao racionalismo, ao elitismo 
governamental e à opulência, tive-
ram aceitação nos setores médios e 
mais populares, provocando grande 
impacto na posterior Revolução 
Francesa, em seus momentos mais 
radicais. 
 
Foram os responsáveis pela 
compilação da Enciclopédia, que ti-
nha como objetivo reunir, de forma 
sistemática, todo o conhecimento 
humano acumulado até então em 35 
volumes. 
A obra expressa valores como 
substituição da fé pelo racionalismo, 
estímulo à ciência, o deísmo (crença 
em Deus como força impulsionadora 
do Universo) e a ideia de contrato 
entre governantes e governados. En-
tre seus 130 colaboradores estão 
Voltaire, Montesquieu e Rousseau, 
mesmo apresentando opiniões di-
vergentes. A Enciclopédia foi funda-
mental como instrumento divulgador 
dos ideias liberais para a política e 
para a economia. 
Houveram duas corrente dis-
tintas de interpretação da economia 
das nações e reinos: fisiocracia e li-
beralismo. 
Despontou como crítica às 
concepções mercantilistas dominan-
tes. Rejeitando o metalismo, os fisio-
cratas consideravam a terra, e não o 
acúmulo de metais preciosos, a 
única fonte de riqueza, sendo o co-
mércio e a atividade manufatureira 
apenas meios de transformar o fazer 
circular essa riqueza. 
Seus principais nomes foram: 
Quesnay (1694-1774), Gournay 
(1712-1759) e Turgot (1727-1781). 
Ao defener o fim das regulamenta-
ções que limitavam a atividade eco-
Jean-Jacques Rousseau 
(1712-1778) 
 
Diderot (1717-1783) e 
D’Alembert (1713-1784) 
 
Fisiocracia 
 
 
nômica, Gourney cunhou a expres-
são: Laissez faire, laissez passer, le 
monde va de lui même (‘Deixem fa-
zer, deixem passar, o mundo vai por 
si mesmo’). 
 
 
Passou a ser aceito como a 
“verdade” econômica. 
O britânico Adam Smith 
(1723-1790) é considerado o “pai da 
economia como ciência”. Sistemati-
zou a análise econômica, elabo-
rando e demonstrando leis. Conde-
nava o controle estatal, afirmando 
que o trabalho é a única fonte de ri-
queza, e não o comércio. 
Acreditava que os Estados 
enriqueceriam se aumentasse a pro-
dutividade do trabalho, o que seria 
possível pelo racionalismo. A con-
corrência, a divisão do trabalho e o 
livre-comércio permitiriam que se 
atingisse o equilíbrio social. Suas 
ideias caracterizam o liberalismo 
econômico, a cartilha do capitalismo 
liberal. 
No final do século XVIII, diver-
sos reis absolutistas europeus, 
acompanhados por seus ministros 
“esclarecidos” (provavelmente filóso-
fos), realizaram reformas de cunho 
iluminista. Essas reformas tinham 
como objetivo atenuar as tensões 
entre monarcas e burguesia, por 
meio da modernização e do aumento 
da eficiência administrativa dos rei-
nos e do incentivo à educação pú-
blica, com a criação de escolas e o 
apoio às academias literárias e cien-
tífica. 
Esse movimento possuía uma 
contradição fundamental: ao mesmo 
tempo que os reis realizavam refor-
mas, eles não tolerariam a perda de 
seu poder extremamente centrali-
zado. Dessa forma, a burguesia re-
cebeu de bom grado as reformas, 
entretanto, mais tarde acabou exi-
gindo mudanças políticas inaceitá-
veis para os monarcas. 
As reformas enfatizaram o as-
pecto econômico, procurando aco-
modar os interesses da nobreza e da 
burguesia locais a novas práticas 
mercantilistas, de modo que pudes-
sem recuperar suas finanças e en-
frentar a concorrência da França e 
Inglaterra, sendo as maiores de toda 
a Europa. As reformas também inclu-
íram o estímulo à cultura, às artes e 
à filosofia. 
A monarquia inglesa já havia 
se submetido à autoridade de um 
parlamento burguês desde 1688, 
com a Revolução Gloriosa. Já os 
franceses, permaneceram irredutí-
veis e não cederam às reformas, de 
modo que as relações entre as vá-
rias camadas da sociedade se dete-
rioravam cada vez mais. No final do 
século XVIII, eclodiu uma nova revo-
lução burguesa, a partir de 1789: a 
Revolução Francesa. 
O sucesso dessa revolução e 
sua expansão, bem como a indepen-
dência estadunidense, fizeram que 
as ideias iluministas deixassem de 
Liberalismo 
Despotismo Esclarecido 
 
ser meras propostas e passassem a 
fundamentar um sistema político co-
nhecido como liberalismo político, 
que se consolidaria em grande parte 
a partir do início do século XIX. 
No final do século XVIII, de-
sencadeou-se o processe que leva-
ria à queda do Antigo Regime, sendo 
caracterizado pelo colapso do Es-
tado moderno centralizado e sua 
substituição por um Estado contro-
lado pela burguesia, chamado de Es-
tado Liberal. Esse processo não se 
concluiu de forma unânimena Eu-
ropa, já que vários países mantive-
ram/restauraram suas monarquias 
absolutistas. 
Nesse processo, pratica-
mente todos os últimos resquícios do 
feudalismo foram eliminados. 
Pode-se perceber, então, o 
surgimento de um novo mundo, mar-
cado pelo sucesso burguês e pelo 
desenvolvimento máximo do capita-
lismo industrial. 
Elementos desagregadores 
do Antigo Regime: Independência 
dos EUA (1776), Revolução Indus-
trial Inglesa (1760-1850) e a Revolu-
ção Francesa (1789-1799). 
Marco do início do fim do An-
tigo Regime, foi influenciado pela di-
fusão das ideias iluministas, como o 
direito à liberdade e o direito de re-
sistir a um governo autoritário. 
Até então, a ideia e a prática 
de república restringiam-se à Anti-
guidade, ou eram uma exceção 
como nas repúblicas italianas. 
As revoluções inglesas no sé-
culo XVII e o envolvimento em guer-
ras europeias contribuíram para a 
debilidade do fiscalismo estabele-
cido pela metrópole. Livres de explo-
ração, aos poucos as colônias con-
quistaram expressivo desenvolvi-
mento econômico, não apenas as do 
sul agroexportador, mas também as 
do norte, onde havia intensa ativi-
dade comercial e manufatureira. 
A expansão econômica do 
norte chegou a fazer concorrência 
com a Inglaterra. Além disso, com os 
progressos da Revolução Industrial 
durante o século XVIII, o reino inglês 
se lançou em busca de novos mer-
cados consumidores, o que incluiu 
as próprias Treze Colônias.

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