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TIPOS DE ESTUDOS PARTE 2 PROFA. DRA. MARIA MEIMEI BREVIDELLI CLASSIFICAÇÃO DOS ESTUDOS (LOBIONDO- WOOD, HABER, 2001) Experimentais • Experimento clássico • Experimento apenas depois Não experimental • Exploratórios ou descritivos • Inter-relacionais Quase- Experimentais • Grupo controle não equivalente • Grupo controle não equivalente apenas depois PESQUISA EXPERIMENTAL E QUASE EXPERIMENTAL • Variável causal e variável de efeito devem estar associadas entre si • A causa deve preceder o efeito • A relação não pode ser explicada por outra variável Objetivo: verificar relação de causa (variável independente) e efeito (variável dependente) Inferir causalidade requer: ESTUDO EXPERIMENTAL Características: Randomização: distribuição aleatória dos sujeitos nos grupos Garante confiança nos resultados Controle: situação experimental controlada Manipulação: aplicação de um “tratamento” (intervenção) a alguns sujeitos COMPARAÇÃO DE DESENHOS EXPERIMENTAIS Experimento Clássico ou Verdadeiro Distribuição aleatória Grupo experimental Grupo controle Pré-teste Pré-teste Tratamento experimental Pós-teste Pós-teste Experimento Apenas Depois Distribuição aleatória Grupo experimental Grupo controle Tratamento experimental Pós-teste Pós-teste EXEMPLO DE EXPERIMENTO CLÁSSICO Objetivo: verificar efeito de abordagem educativa para prevenção do câncer de mama e realização de auto-exame de mama Grupo Experimental Grupo Controle Pré-teste Tratamento Pós-teste Freq. Auto-exame de mama Freq. Auto-exame de mama Abordagem educativa Freq. Auto-exame de mama Freq. Auto-exame de mama ____ EXEMPLO DE EXPERIMENTO APENAS DEPOIS Objetivo: verificar efeito de compressas de chá de camomila para regressão rápida da flebite Grupo Experimental Grupo Controle Pré-teste Tratamento Pós-teste Compressa de chá de camomila Número de dias de regressão de flebite ________ Compressa de água quente Número de dias de regressão de flebite ESTUDOS EXPERIMENTAIS: VANTAGENS E DESVANTAGENS • Maior confiabilidade nos resultados • Resultados fundamentam a prática clínica Vantagens Limitações • Perda de sujeitos ao longo do tempo • Tendenciosidade devido ao pré-teste • Problemas de enfermagem não adequados a manipulação de varráveis • Exigem conhecimento prévio das variáveis relevantes Estudo Quase- Experimental Características: Perda de Randomização: sem aleatoriedade na distribuição dos sujeitos nos grupos Diminuição confiança nos resultados Perda de Controle: impossibilidade de grupo controle (às vezes) Manipulação: aplicação de “tratamento” a alguns sujeitos Comparação de Desenhos Quase Experimentais Grupo Controle Não Equivalente Grupo experimental Grupo controle Pré-teste Pré-teste Tratamento Pós-teste Pós-teste Grupo Controle Não Equivalente Apenas Demais Grupo experimental Grupo controle Tratamento Pós-teste Pós-teste Exemplo de Estudo Quase Experimento Objetivo: verificar efeito de abordagem educativa para motivação para tratamento de diabetes mellitus Grupo Experimental Pacientes Diabetes Grupo Controle Pacientes Diabetes Pré-teste Tratamento Pós-teste Motivação Motivação Abordagem educativa Motivação Motivação ____ Exemplo de Estudo Quase Experimento Apenas Depois Objetivo: verificar efeito de abordagem educativa para motivação para tratamento de diabetes mellitus Grupo Experimental Pacientes Diabetes Grupo Controle Pacientes Diabetes Pré-teste Tratamento Pós-teste Abordagem educativa Motivação Motivação ____ ________ DESENHOS DE PESQUISA NÃO-EXPERIMENTAIS Usados em estudos em que o pesquisador deseja construir o quadro de um fenômeno ou explorar acontecimentos, pessoas ou situações à medida que eles ocorrem naturalmente. Na pesquisa experimental, a variável independente é manipulada; em pesquisa não experimental, as variáveis independentes já ocorreram, portanto não podem ser manipuladas. CLASSIFICAÇÃO DOS ESTUDOS NÃO EXPERIMENTAIS 1. Exploratórios ou descritivos 2. Inter-relacionais Correlacionais ou preditivos Transversal ou longitudinal Retrospectivo ou prospectivo Objetivo: buscar informações precisas sobre as características dos sujeitos de pesquisa, grupos, instituições ou situações, ou frequências de ocorrência de um fenômeno Coletam descrições detalhadas de variáveis existentes sem manipulação. ESTUDO NÃO EXPERIMENTAL TIPO EXPLORATÓRIO ESTUDO TIPO EXPLORATÓRIO Características • A amostra pode ser ampla ou restrita, e composta de pessoas ou instituição. • Os investigadores buscam apenas levantar dados sobre um determinado fenômeno • Não há estabelecimento de relações entre as variáveis • Os dados podem ser coletados por um questionário, entrevista ou observação. ESTUDO TIPO EXPLORATÓRIO Exemplos: • levantamento do número de acidentes de trabalho; • levantamento das necessidades de saúde de uma comunidade; • Indicadores da prática de reencapar agulhas; • Perfil dos alunos de enfermagem da UNIP. ESTUDO TIPO EXPLORATÓRIO obtenção fácil de grande quantidade de informações Baixo custo Rapidez no processamento e análise dos dados. Vantagens Limitações Requer perícia do investigador: conhecer técnicas de amostragem, construção de questionário, entrevista e análise de dados Pesquisas de grande amplitude podem levar tempo e ser dispendiosos. ESTUDOS CORRELACIONAIS OU PREDITIVOS Objetivo: Examinar a relação ou dependência entre duas ou mais variáveis relação = à medida que uma variável muda, ocorre uma mudança relacionada na outra variável Correlacional = qual a relação entre as variáveis? (teste de correlação ou associação) Preditivo = Uma variável depende da existência de outra? (análise de regressão) EXEMPLOS ESTUDO CORRELACIONAL OU PREDITIVO Relação de correlação associação positiva negativa Experiência profissional influencia na adesão às precauções- padrão? Tempo de internação hospitalar aumenta o risco de infecção associada a assistência? Desempenho acadêmico está associado ao sucesso profissional? dependência Exemplos ESTUDO CORRELACIONAL eficiente para coletar grande quantidade de dados Tem potencial para aplicação prática em cenários clínicos base potencial para futuros estudos experimentais Vantagens Limitações Impossível determinar relação causal entre variáveis (falta manipulação, controle e aleatoriedade) Transversal Avaliação realizada em um único momento Longitudinal Avaliação realizada pelo menos em dois momentos diferentes Exemplo: Avaliação da dor pós- operatória no POI Exemplo: Avaliação da dor pós- operatória no POI e no 5 PO ESTUDOS CORRELACIONAIS Pessoas expostas à fatores de risco são comparadas com outras não expostas Exemplo: Avaliar a relação entre hábito de fumar e câncer de pulmão Grupo de fumantes (expostos) Grupo de não fumantes (não expostos) % câncer de pulmão % câncer de pulmãocomparação Retrospectivo: grupos selecionados a partir da variável câncer de pulmão Prospectivos (ou COORTE): grupos selecionados a a partir da variável fumar ou não fumar ESTUDOS CORRELACIONAIS
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