Buscar

MAYRA GONÇALVES SOARES fisio geral

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO
CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA
FISIOLOGIA GERAL 2020.2
Estudo Dirigido
Discente: Mayra Gonçalves Soares
1.Diferencie receptores ionotrópicos de receptores metabotrópicos
 Os receptores ionotrópicos são canais iônicos que se abrem quando se ligam a um neurotransmissor e deixam passar íons para dentro ou para fora do neurônio pós-sináptico.No caso dos receptores metabotrópicos, sua ligação com neurotransmissores não provoca abertura de canais iônicos de forma direta, mas de forma indireta porque os receptores metabotrópicos não formam canais iônicos.
2.Enumere os critérios clássicos que são usados para determinar se uma substância química funciona como neurotransmissor.
Os seguintes critérios são usados para designar, formalmente, uma substância como neurotransmissor:
1. A substância deve ser sintetizada na célula pré-sináptica
2. A substância deve ser liberada pela célula pré-sináptica, quando estimulada
3. Se a substância for aplicada exogenamente à membrana pós-sináptica, na concentração fisiológica apropriada, a resposta da célula pós-sináptica deve ser semelhante à resposta in vivo
4. Existe um mecanismo especifico para remover a substância do sitio da ação (a fenda sináptica)
3. De um modo geral acetilcolina, noradrenalina e glutamato são neurotransmissores excitatórios, enquanto dopamina (produzida no mesencéfalo, substancia negra, núcleo caudato, putamem e gânglios da base), GABA, glicina (medula espinal) e serotonina (núcleos da rafe, tronco encefálico e hipotálamo) são predominantemente inibitórios. O que determina se um neurotransmissor é excitatório ou inibitório?
O efeito excitatório ou inibitório de um neurotransmissor depende de quais de seus receptores estão presentes na célula (alvo) pós-sinaptica. Por exemplo, o neurotransmissor acetilcolina é excitatório na junção neuromuscular, no músculo esquelético, fazendo com que o músculo contraia. Em contraste, ela é inibitória no coração, onde reduz os batimentos cardíacos. Estes efeitos opostos são possíveis porque dois tipos diferentes de receptores proteicos de acetilcolina são encontrados nas duas localidades.Os receptores de acetilcolina nas células musculares esqueléticas são chamados receptores nicotínicos de acetilcolina. Eles são canais iônicos que se abrem em resposta à ligação de acetilcolina, causando despolarização na célula alvo. Os receptores de acetilcolina nas células musculares cardíacas são chamados receptores muscarínicos de acetilcolina. Eles não são canais iônicos, mas acionam vias de sinalização que inibem o disparo de potenciais de ação.
4.Porque é importante que um neurotransmissor seja “removido” da fenda sináptica após um determinado tempo estabelecido por um padrão funcional fisiológico?
Se um neurotransmissor fica muito tempo na fenda sináptica pode ocorrer a dessensibilização dos receptores, que ocorre por fosforilação ou internalização, promovendo resistência à presença de determinado neurotransmissor. Afim de evitar isso, o neurotransmissor deve ser reabsorvido/retirado rapidamente.
5.Descreva a síntese da acetilcolina.
A biossíntese desse neurotransmissor por parte dos neurônios colinérgicos se dá pela acetilação da colina, catalisada pela enzima colina-acetiltransferase (CAT), com acetil coenzima A (acetil-CoA) funcionando como doador de grupos acetil. A colina é ativamente transportada para o axoplasma do neurônio a partir de sítios extraneuronais por um processo de captação de colina de alta e baixa afinidade. O sistema de alta afinidade pode sofrer inibição pelo hemicolínio. Após a síntese, a acetilcolina é transportada para as vesículas de armazenamento. Cada vesícula pode conter de 1.000 a mais de 50.000 moléculas de acetilcolina, além de ATP e uma proteína específica denominada vesiculina, Quando o turnover de acetilcolina é alto, o transporte de colina para as terminações nervosas pode se transformar na etapa que limita a velocidade da reação. 
6.Faça uma comparação entre sinapse química e elétrica.
Uma sinapse é formada pela terminação pré-sináptica, fenda sináptica, e a membrana pós-sináptica, sendo responsável pelo processamento da informação pelo sistema nervoso, podendo ser, dependendo do processo de transmissão destes sinais, químicas ou elétricas. Nas sinapses elétricas, as correntes iônicas passam diretamente pelas junções comunicantes até chegarem às outras células, enquanto que nas sinapses químicas a transmissão ocorre através de neurotransmissores. As sinapses elétricas fazem a propagação elétrica entre as células através de canais que interligam as mesmas, com um retardo nulo na transmissão. Fisiologicamente, essas sinapses atuam na atividade sincronizada de grupos de neurônios, células musculares lisas ou cardíacas. Esses canais têm uma condutância que varia de acordo com o tipo de proteína constitutiva, por onde passam solutos de baixo peso molecular que irão levar os sinais de uma célula à outra. Os canais são formados por conexinas, proteínas de 4 alças transmembrânicas, com as terminações N e C no citosol; sendo que seis destas conexinas formam um conexon. São os conexons destas células vizinhas que, ao se unirem, formam estes canais de transmissão. Modulados por variações químicas cuja elevação nas concentrações de Ca e H reduzem a probabilidade de abertura, estes canais podem ainda serem controlados pela voltagem das células, o que torna a conexão unidirecional. Por terem este contato íntimo entre as células através de junções abertas, a sinapse elétrica permite o fluxo livre de íons em uma transmissão muito mais rápida do que a que ocorre na sinapse química, além de não poder ser bloqueada. O retardo nulo, uma bidirecionalidade, efeito excitatório e uma curta duração fazem com que uma sinapse elétrica transmita o impulso nervoso de uma célula à outra quase que instantaneamente. Enquanto que nas sinapses químicas, esse impulso terá de atingir as extremidades do axônio da célula pré-sináptica, para então ocorrer a liberação de substâncias químicas nos espaços sinápticos, e assim os neurotransmissores se combinem com receptores presentes na membrana das células pós-sinápticas para então transmitir o impulso nervoso. As sinapses elétricas ocorrem em músculos lisos e cardíacos, onde a contração ocorre por um todo e em todos os sentidos.
7.De que forma a acetilcolina é degradada na fenda sináptica?
Para que exerça sua função corretamente, a acetilcolina, bem como os demais neurotransmissores, deve ser removida ou inativada de acordo com as demandas de tempo para cada resposta sináptica específica pretendida. Portanto, atua nesse processo a enzima acetilcolinesterase, que catalisa a hidrólise da acetilcolina, liberando colina no líquido extracelular, que pode ser reaproveitada para os processos se síntese neuronais. Dessa forma, essa enzima é capaz de modular a intensidade da resposta sináptica, por exemplo, sabe-se, através de métodos biofísicos, que o tempo necessário para a hidrólise da acetilcolina na junção neuromuscular é inferior a 1 milissegundo, uma vez que a remoção imediata é necessária para evitar a difusão lateral e a ativação sequencial dos receptores envolvidos.
8.Cite dois segundos mensageiros e como são gerados.
O diacilglicerol (DAG) é um segundo mensageiro originado a partir da clivagem de fosfatidil-inositol-4,5-bifosfato (PIP2), pela ação da enzima fosfolipase C quando esta é ativada pela subunidade alfa da proteína Gq. Uma das atividades de DAG é a ativação da proteína-cinase C, que é responsável pela fosforilação de diversas proteínas-alvos e o monofosfato cíclico de guanosina (GMPc) é um nucleotídeo cíclico derivado da guanosina trifosfato (GTP). A GMPc atua como um segundo mensageiro assim como o AMP cíclico, mais notavelmente por ativar as proteínas cinases intracelulares em resposta à ligação de hormônios peptídeos à membrana celular.

Continue navegando