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1 NEUROTRANSMISSORES – Adriana Ditzel NEUROTRANSMISSORES SINAPSES ELÉTRICAS Mediadas por íons – permite a transferência direta da corrente iônica de uma célula para outra. Então tem cargas elétricas positivas e negativas que estão sempre participando desse processo de passagem de neurônios pré-sinápticos e pós-sinápticos. Essas cargas vão ajudar no processo de despolarização das células dos neurônios. São bidirecionais; Estão presentes em todo o SNC; Transmissão rápida. Potencial de ação. SINAPSES QUÍMICAS Tem a liberação de moléculas chamadas de neurotransmissores que estão armazenada dentro de vesículas localizadas nos neurônios pré-sinápticos. Essas moléculas que estão armazenadas nas vesículas, são liberadas mediante ao estimulo das sinapses elétricas. Quando há o estimulo da sinapse elétrica, ocorre em consequência essa sinapse química, que libera o conteúdo de neurotransmissores. As membranas pré e pós sinápticas nas sinapses químicas são separadas por uma fenda sináptica. A fenda sináptica é preenchida com uma matriz extracelular de proteínas fibrosas. Noradrenalina, adrenalina, acetilcolina, etc. JUNÇÕES COMUNICANTES Para que essas sinapses possam ser propagadas de um neurônio para o outro, é necessário ter a ajuda de junções comunicantes - junção comunicante há canais de proteínas formado pelas conexinas que formam o canal intracelular. Conjunto de conexos, ou seja, é uma proteína integral, que vai estar presente na membrana plasmática do neurônio, que facilita a passagem e a comunicação dessas sinapses para dentro do neurônio, passando célula e célula. EX: na sinapse elétrica - a propagação dos estímulos elétricos, passando de célula a célula, mediante as junções comunicantes. AS CLASSIFICAÇÕES DOS NEUROTRANSMISSORES Grupo Exemplos Aminas Acetilcolina (ACh), norapinefrina, epinefrina, dopamina, 5-HT Aminoácidos Glutamato, GABA Purinas ATP, adenosina Gases Óxido nítrico Peptídeos Endorfinas, taquicininas, etc Purinas: ex. ATP, se encontram naturalmente dentro de vesículas que já contém outros neurotransmissores e pelo fato de saber que o ATP é produzido em todas as células (em qualquer lugar dependente de ser neurônio ou não). 2 NEUROTRANSMISSORES – Adriana Ditzel Gases: vem da mesma finalidade. Tem a facilidade em ser produzidos em outros locais que não seja necessariamente um neurônio. Ex. Óxido nítrico – produzido na parte endotelial. ENTÃO OS PRINCIPAIS NEUROTRANSMISSORES SÃO: NEUROTRANSMISSORES ATUAM COMO MEDIADORES QUÍMICOS - Complexos proteicos inseridos na membrana plasmática da célula que têm capacidade de se ligarem a fármacos, drogas, segundo mensageiros. Enviam uma mensagem de inibição ou iniciação de algum efeito biológico. DIFERENCIAÇÃO - Ela é feita por meio do uso de agonistas (mimetiza a ação do transmissor) e antagonista (que inibe a função). Os subtipos muscarínicos e nicotínicos são reconhecidos pelo nome de seus antagonistas. Para determinar se uma substancia química é CONSIDERADA UM NEUROTRANSMISSOR é necessário que a substância DEVE SER: 1. Sintetizada em neurônios pré-sinápticos 2. Armazenada em vesículas nos terminais sinápticos No momento que há a síntese daquela estrutura molecular dentro desse neurônio pré- sináptico, ela deve ser armazenada dentro de uma vesícula (e a vesícula fica dentro no neurônio pré-sináptico, na parte mais periférica, aguardando o momento dela ser liberada). 3. Libertadas após um estímulo nervoso Após uma sinapse elétrica, onde há o processo da despolarização celular, há uma liberação dos neurotransmissores na fenda sináptica, pata que elas possam acessar os neurônios pré-sinápticos. 4. Atuar em receptores específicos pré ou pós-sinápticos Neurônios pós-sinápticos é mais comum de acontecer. Cada neurotransmissor, ele vai possuir vários outros receptores. Então um mesmo neurotransmissor pode possuir 2, 3, 4 ou mais receptores, que podem estar localizados tanto no pré quanto no pós-sináptico. 5. Removida ou degrada após exercer a sua ação Então após ele ter a atividade dele no neurônio pós-sinápticos, ele deve ser removido ou degradação da região. Caso isso não aconteça, vamos ter uma reação patológica. 6. A sua aplicação exógena deve mimetizar o efeito pós-sináptico Aplicação exógena = fármacos, drogas – que são utilizadas com a capacidade de mimetizar aquela função/reação que o neurotransmissor pode realizar naquele determinado receptor. SÍNTESES DE NEUROTRANSMISSORES No momento do processo das sínteses de neurotransmissores, há as estrutura celular das organelas do neurônio. E esse neurônio, no caso, no pré-sináptico tem a capacidade de realizar a síntese dessas estruturas moleculares (os neurotransmissores). No RER (retículo endoplasmático rugoso) há o processo de síntese dessas moléculas, que ao passar pelo complexo de Golgi são armazenadas e que ficam localizadas depois na região mais periférica do neurônio pré-sináptico. Aguardando o momento oportuno para que ela possa receber uma sinalização para que ela possa ser liberada. Começam a ser maturados e ativados pelo complexo de Golgi; São armazenados em vesículas na região mediana dos neurônios; São liberados pelo botão sináptico e são recebidos pelos pós-sinápticos. 3 NEUROTRANSMISSORES – Adriana Ditzel Glutamato e glicina são neurotransmissores que estão presentes em todas as células do corpo, enquanto o GABA e as aminas estão presentes apenas nos neurônios que a liberam. A liberação depende de uma despolarização + abertura de canal de cálcio. CLASSIFICIAÇÃO DOS RECEPTORES PRINCÍPIO DE DALE - Neurônios devem ter apenas um neurotransmissor; Neurônios peptídicos quebram essa regra, por possuírem, muitas vezes, mais de um neurotransmissor: conhecidos como COTRANSMISSORES Os receptores dos neurotransmissores são complexos proteicos inseridos na membrana plasmática da célula pós-sináptica que têm a capacidade de se ligarem a fármacos, drogas ou segundos mensageiros químicos, inibindo funções celulares ou dando início a determinados efeitos biológicos. - IANOTRÓPICOS: trabalha exclusivamente com cargas iônicas (carga positivas ou negativas) - METABOTRÓPICOS: trabalha com a proteína G. são aqueles que não estar atuando metiante a ação de proteínas Gs, Gq, Gi. E não desencadear todo uma via de sinalização química para o lado de dentro da célula. Ex: Acetilcolina – tem receptores muscarínicos (são receptores metabotrópico) e nicotínicos (são receptores iônicos). PROCESSO DE COMUNICAÇÃO DAS PROTEÍNAS G: GS – proteína de segundo mensageiro. É assim chamada pois vai capta a informação de uma unidade molecular, que não tem capacidade de adentrar a célula (denominado de primeiro mensageiro) e essa estrutura que conecta com essa proteína G (chamada de segundo mensageiro), vai propagar essa informação química que essa molécula (primeiro mensageiro) não consegue fazer por contra própria. O primeiro mensageiro não consegue adentrar a célula por não ter compatibilidade química, então ele necessita de um segundo mensageiro (proteína G) para fazer essa propagação de informação para dentro da célula. Na imagem: vimos uma unidade proteica serpenteando a membrana plasmática, inserida no meio dos fosfolipídios. Essa unidade proteica do lado de fora tem um receptor e do lado de dentro tem uma tríade (alpha, beta e gama) associada a ela – é o ha chamado de proteína Gs (pois tem uma adenilatociclase – que trabalha em conjunto com a proteína Gs). Quando tenho o receptor desocupado, tem ali a unidade alpha, beta e gama dentro da célula no estado inativado. Quando ela está no estado inativado, tem então uma molécula de GDP (molécula com menos força energética). O primeiro mensageiro emite uma mensagem química para o segundo mensageiro, para o segundo mensageiro propague a informação para o lado dedentro da célula – essa 4 NEUROTRANSMISSORES – Adriana Ditzel propagação de estimulo químico faz com que a unidade alpha dessa tríade se carregue energeticamente, fazendo uma mudança de GDP para GTP e dessa forma a unidade alpha consegue se dissociar dessa estrutura e consegue se deslocar e encontrar com a adenilatociclase. Ao encontrar com Adenil ciclase a unidade alpha consegue fazer novamente uma conversão energética, fazendo com os ATP se tornem AMPc (cíclicos) e dessa maneira, consegue jogar informação química para o núcleo celular, para realizar uma determinada atividade celular em resposta. GQ – trabalha outro tipo de fosfolipase, trabalha com a unidade alpha ativa a fosfolipase C, não é mais uma adenilatociclase. O mecanismo inical é o mesmo. Estimula o PIP 2 a produzir IP3. Vamos ter um receptor ocupado por um primeiro mensageiro, estimula a proteína G de dentro da célula a fazer o processo de dissociação da unidade alpha. A unidade alpha migra até a PLC (fosfolipase C) e por meio dessa ligação entre as duas, há a estimulação de fosfolipídios (PIP 2) que estão na membrana plasmática para desencadear uma resposta celular. PIP 2 – estimula a atividade do IP3 e ele faz o estimulo de reticulo sarcoplasmático para que haja liberação de cálcio dessa estrutura. E há o estimulo da DAG, que estimula em consequência a GTP para que haja uma propagação e continuidade de sinalização química dessa informação que foi recebida do lado de fora da célula. GI/0 – atua de forma a inativar a adenilato ciclase. No processo em que há a conversão de ATP para AMPc, não vai acontecer quando há uma proteína do tipo GI/o, pois ela não permite a propagação de informação química. NEURÔNIO COLINÉRGICOS Junção neuromuscular; neuronios morotes do tronco encefálico e medula espinhal. LIBERA ACETILCOLINA: receptores muscarínicos e nicotínicos Junção neuromuscular Neurônios motores do tronco encefálico e medula espinhal PRODUÇÃO DE ACH: depende da concentração de colina, etapa limitante de velocidade. Colina entra contra o gradiente de concentração por cotransporte de Na+ ACETILCOLINA – faz contato com a placa motora e faz processo de contração muscular. Elas vão os neurotransmissores que vão ter 2 tipos de receptores. Como é o processo de síntese e degradação dessa estrutura? 5 NEUROTRANSMISSORES – Adriana Ditzel A acetilcolina A + Colina mediante a ação de uma enzima chamada Colina Acetiltransferase (ChAT). Por meio da ChAT elas são juntas e por meio desta junção dá origem a Acetilcolina que dissocia depois da coenzima A. Acetilcolina pronta é armazenada dentro de vesículas e quando há o estimulo, ela é liberada na fenda sináptica e é recebida nos seus respectivos receptores (nicotínicos – contração muscular; muscarínicos do coração – processo de diminuição da frequência cardíaca). Após o uso pelo seus receptores, a Acetilcolina deve ser degrada e retornar ao seu neurônio pré-sináptico. Esse processo de degradação é realizado pelo Acetilcolinesterase e ela quebra a Acetilcolina, transformando-a em ácido acético + Colina. E volta para o neurônio pré-sináptico. Isso acontece de forma cíclica. COLINA ACETILTRANSFERASE (CHAT): transfere o grupo acetila para a colina, formando ACh e liberando CoA. Pode ser usada como marcador de neurônio colinérgico. ACETILCOLINESTERASE (ACHE): secretada na fenda sináptica. Degrada acetilcolina em colina e ácido acético. Taxa catalítica mais rápida conhecida. Não é um marcado útil, pois outros neurônios produzem. Perde neurônios > perde a função > perde a capacidade de haver ali uma sinapse elétrica e química = logo, não tem ação de neurotransmissores = perda de Acetilcolina. Medicamentos que possa inibir as enzimas da Acetilcolinesterase (enzima que degrada Acetilcolina quando ela está na fenda sináptica, após seu uso) = inibidores de AchE: HEMITARRTARATO DE RIVASTIGMINA, BROMIDRATO DE GALANTAMINA, CLORIDRATO DE DONEPEZILA, CLORIDRATO MEMANTINA; Bloqueadores de canais de cálcio: CLORIDRATO DE MEMANTINA. E consegue manter o fluxo de liberação desse neurotransmissor Acetilcolina ali naqueles neurônios existentes, por mais tempo. CANABINOIDES Neurotransmissores que fogem à regra. Entram como neurotransmissores, mas não obedecem as regras de classificação. Há duas formas de canabidiol: ENDOCANABIDIOIDES: moléculas lipídicas liberadas pelo neurônio pós sináptico para regular a atividade. Receptores: CB1 e CB2 (pré), TRPV1 (pós). Mensageiros retrógrados. São derivados de fosfolípides presentes na membrana plasmáticas – esses fosfolipídios são: Anandamida e 2-AG: são sintetizados no neurônio pós-sináptico por meio de passagens pelo TRPV1, não vão ser armazenados em vesículas (fosfolipídios e de uso imediato) e vão direto para um receptor chamado CB1 que está localizado do receptor pré- sináptico. E têm acesso ao neurônio pré-sináptico = fazem um processo contrario FITOCANABIDIOIS: plantas que conseguem sintetizar molécula de canabidiol e conseguem mimetizar essa estruturas nos receptores CB1. Ex: canabis ativa. A elevada concentração de Cálcio intracelular estimula sua síntese. Suprimem o estímulo, inibindo a entrada de cálcio. 6 NEUROTRANSMISSORES – Adriana Ditzel Derivados de fosfolipídeos da membrana: Anandamida e 2-AG. Saem do pós e se difundem para a fenda sináptica. Entram no pré sináptico pelo CB1. Atuam nos receptores CB1 de forma psicoativa. Incomum: não são armazenados em vesículas, fabricados pela demanda. Difundem-se pela membrana da célula de origem. THC (tetracanabidiol – versão psicoativa; droga) e CBD (canabidiol – não psicoativa; medicamento de uso clinico) = se apresentam na canabis ativa e trazem caraterísticas a ela. COM RELAÇÃO AOS SEUS RECEPTORES: CB1 e CB2 (relacionado ao sistema de defesa do corpo) (proteína G) – pré-sináptico. TRPV1 (iônicos) – pós-sináptico. SEROTONINA A serotonina é sintetizada em duas etapas a partir do AA TRIPTOFANO (aminoácido que vai ser convertido até virar serotonina. Triptofano extracelular regula a função. Primeira etapa: HIDROXILAÇÃO – é feita pela triptofano hidroxilase; acréscimo de uma hidroxila na estrutura de anel aromático. Esse processo forma um elemento intermediário chamado: 5- HTP (5-Hidroxitriptofano). Segunda etapa: DESCARBOXILAÇÃO – vai retirar o ácido carboxílico presente na unidade de ramificação da estrutura molecular. Quando faz essa retirada tem de fato o 5- HT (que é a serotonina). Após a sua síntese, a seratonina é armazenada em vesículas sinápticas por intermédio do VMAT (transportador de monoaminas vesicular) A ação da serotonina é inativada através da sua recaptação para os terminais nervosos através do transportador da serotonina (SERT) e posterior oxidação pela MAO (monoamina oxidase). VMAT – presente na vesícula e auxilia a entrada de serotonina para dentro das vesículas SERT – canal de transporte; processo de retorno da serotonina que está do lado de fora do neurônio, na fenda sináptica, voltando para o neurônio pré-sináptico; Recaptura: remoção da fenda sináptica pela SERT. É colocado de volta na vesícula pré-sináptica ou degradada pela MAO (monoamina oxidase) MAO – vai ser uma enzima que vai ser responsável pelo processo de quebra da serotonina para que a SERT possa captura-la e leve-a de volta para o neurônio pré- sináptico. Por meio desses transportadores e enzima MAO = mecanismo de atividade da serotonina RECEPTORES: os efeitos da serotonina são mediados pelos seus sete receptores (5-HT1, 5-HT2, 5-HT3, 5-HT4, 5-HT5, 5-HT6, 5-HT7) que diferem na via de transdução de sinal e na sua localização. Apenas os receptores do tipo 5-HT3 SÃO RECEPTORES IONOTRÓPICOS: são receptores com canais catiônicos não seletivos, mediando respostas pós-sinápticas excitatórias, regulam o humor, comportamento emocional e sono. Osdemais tipos de receptores são metabotrópicos. Medicamentos: Antidepressivos e ansiolíticos (prozac): são inibitórios seletivos da recaptação da serotonina. (Bloqueia a função da MAO e da SERT e mantem a quantidade e ação de serotonina – manter o bem estar) CATECOLAMINÉRGICO Transmissores de Catecolamina, derivados do AA Tirosina; Regulação do movimento, do humor, da atenção e das funções vicerais. Eles têm como matéria prima principal: TIROSINA (aminoácido e passa por vários processos de transformação, e assim conseguem formar 3 neurotransmissores diferentes) A tirosina quando recebe uma hidroxila, é convertida no intermediário chamado DOPA; 7 NEUROTRANSMISSORES – Adriana Ditzel Quando a DOPA perde o grupo funcional do ácido carboxílico, essa estrutura agora é chamada de DOPAMINA (DA) A dopamina está muito relacionada a situações que contém o controle (dopaminérgicos): motor, efeitos comportamentais, controle endócrino. E está presente em situações em que ela é liberada em doenças como Parkinson (parte do controle motor – sobrecarga de dopamina liberada na fenda sináptica e com isso o paciente tem tremedeiras), esquizofrenia (sobrecarga de dopamina nos reflexos comportamentais do paciente, podendo ter crises de alucinações) ou uso demasiado de drogas (anfetamina, cocaína e extase – liberação significativa de dopamina = liberação de neurotransmissores com dopamina, levando a quadros similares ao da esquizofrenia) Bloqueadores de Captação de Catecolaminas: anfetamina e cocaína, extase Inibidores de NET: impedem a recaptação dos catecóis. Dopaminas tem receptores chamados de D1 até a D5 Ao acrescentar mais uma hidroxila na dopamina, a dopamina agora é transformada em NORADRENALINA; E ao acrescentar um grupo metil na extremidade do grupo funcional, há a conversação de noradrenalina para ADRENALINA. Adrenalina e Noradrenalina – vão trabalhar com receptores adrenérgicos, chamados de alpha (1 e 2) e beta (1, 2, 3) e cada um vai ter uma respectiva ação a uma determinada área do corpo. RECEPTORES ADRENÉRGICOS Adrenalina: α1: musculo liso. Aumenta a pressão arterial e a vasoconstrição. α2: terminais pré-sinápticos. Inibe a liberação de noradrenalina RECEPTORES DOPAMINÉRGICOS Receptores D1 até D5 Noradrenalina: β1: músculo cardíaco. Aumenta a contração do MC. Taquicardia. β2: músculo liso. Vasodilatação e broncodilatação β3: tecido adiposo. Aumenta a lipólise Medicamentos – betabloqueadores ou alfabloqueadores; vão interferir na pressão arterial. Há uma significativa variedade de fármacos para atuar neles. TH inicia a síntese. Determina a velocidade da síntese de catecolaminas. Dopadescarboxilase: dopa em DA. a enzima é abundante, então a produção depende da quantidade de DOPA Dopamina-beta-hidroxilase: DA em NA dentro da vesícula Fentolamina-N-metiltransferase: NA volta para o citosol dos terminais axonais e se transforma em adrenalia/epinefrina. Adrenalina volta para a vesícula AMINOACIDÉRGICOS Neurônios relacionados ao alguns aminoácidos como o Glutamato e a Glicina. GLUTAMATO É o principal neurotransmissor excitatório do SNC e estima-se que mais de metade das sinapses do cérebro libera este neurotransmissor. O glutamato está envolvido nos processos de plasticidade sináptica e em funções neuronais como aprendizagem e memória. Concentrações extracelulares de glutamato com consequente aumento dos níveis de Ca2+, intracelular são tóxicas para os neurônios. Isto acontece devido a ativação de receptores específicos de glutamato de forma aguda ou crônica, causando a morte dos neurônios. 8 NEUROTRANSMISSORES – Adriana Ditzel Concentrações muito altas são tóxicas para os neurônios (a ativação de receptores específicos de forma aguda ou crônica causa morte neuronal). Os transportadores (VGLUT) carregam as vesículas até certa concentração. Aminoácido que acaba sendo neurotóxico em grandes quantidades, então precisa ter um mecanismo de atividade diferente de um triptofano ou tirosina, por exemplo. O Glutamato precisa de uma célula da Glia para poder ser trabalhado. Então quando tem o glutamato no neurônio pré-sináptico, esse glutamato precisa ser armazenado em vesiculas e o seu canal transportador é o VGLUT e quando necessário é liberado na fenda sináptica, ele é recebido por receptores que podem ser chamado de: MNDA, AMPA e Cainato. MNDA, AMPA – trabalham de forma contraria um ao outro, enquanto um está ligado, o outro está desligado, mas são complementares. Ianotrópicos. A diferença entre eles é que: o MNDA é um receptor que está no pós-sináptico e necessita obrigatoriamente de um outro aminoácido que é a GLICINA – a glicina deve estar inserida neste receptor para que ele tenha um funcionamento perfeito. O MNDA consegue permitir a entrada maior que o AMPA e pode ser bloqueado pelo magnésio. O magnésio sinaliza para que o AMPA possa ser utilizado. O AMPA recebe o glutamato e não precisa da presença de Glicina. O Glutamato é convertido em Glutamina, por meio da glutamina sintetase, para que ele possa sair da célula da Glia, para acessar o neurônio pré-sináptico. GLICINA e GABA: neurotransmissores inibitórios. INIBITÓRIOS GABA (ácido -aminobutírico) – está presente em cerca de um terço das sinapses neuronais, sendo assim o principal neurotransmissor inibitório, induzindo a inibição do SNC a nível pré-sináptico. Não é usado na síntese de proteína, sintetizado somente pelos seus neuronios. Neurotransmissor inibitório: ele faz o processo de hiperpolarização celular, ou seja, permite a abertura de canais de cloro para que haja uma hiperpolarização celular e ele dê um efeito inibitório no indivíduo. Tem como percursor o glutamato. GABAenérgicos. precisa da presença PLP no momento de transaminação e conversão de Glutamato para GABA. 9 NEUROTRANSMISSORES – Adriana Ditzel O GABA vai atuar na fenda pós-sinápticas nos receptores GABA A,B e C. Ao serem utilizados pelos seus receptores, o GABA é recapturado, é colocado novamente no neurônio pós- sináptico, faz a conversão de Glutamina para Glutamato e Glutamato para GABA, e ele também precisa de um suporte da célula da Glia para poder fazer esses processos de saída da fenda sináptica para acessar novamente o neurônio. RECEPTORES: no pós-sináptico; reduzir excitabilidade. GABAA: estão localizados pós-sinapticamente e medeiam a inibição pós-sináptica rápida, sendo este canal seletivamente permeável ao Cl-, deixando a célula hiperpolarizada e reduzindo assim a excitabilidade da mesma. GABAB: estão localizados pré e pós-sinapticamente. São receptores acoplados a proteína G (G1/0) para inibir canais de cálcio operados por voltagem e abrir os canais de potássio (reduzindo a excitabilidade pós-sináptica) e inibir a adenililciclase. Medicamento: Diapezam – diminui o processo de ação do estimula o processo de mimetização do GABA dos receptores. – Para pacientes com surtos psicóticos ou muito excitados; Recaptura: Receptores GAT. Entrada de GABA direto para a vesícula por VIATT; entrada de glutamato por captação seletiva na glia- GABA transaminase. Glutamina ou glutamato entram no pré-sináptico. Glutaminaglutamato-gaba cadeia. GLICINA Aminoácido muito pequeno; de ação inibitória. Tem a Glucose como percursor. Receptor: GlyR (ionotrófico) Antagonista: Estricnina- Veneno de rato. Impede a hiperpolarização. Convulções e hemorragias. Armazenado nas vesículas por VIATT Glucose em serina Serina hidroximetiltransferase: transforma serina em glicina. Recaptura: feita por transportador de glicina, auxiliado também pela glia. Tem processo de passagem de suporte da célula da Glia para poder fazer as passagens de fenda sináptica para dentro do neurônio pré-sináptico e nesse processo ela tem a conversão dela para GLICINA. Ela deriva da serina e consegue apósser convertida em Glicina, ser armazenada em vesículas por meio de canais via ATP. A Glicina tem receptores chamados GLI e quando esses receptores são bloqueados, esse bloqueio impede a entrada/encaixe perfeito da Glicina e impede o processo de hiperpolarização no determinado neurônio. Veneno para rato – o veneno vai ser a base de estricnina que se encaixa de forma antagonista de ação da glicina e impede que a glicina possa se encaixar nesse receptor. A glicina não consegue fazer o processo de ação dela. A glicina tem uma ação direta na medula espinhal, então a estricnina vai fazer um bloqueio do receptor e fazer com que haja um processo de convulsão e hemorragia.
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