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ESTUDO DE CASO PACIENTE COM PNEUMONIA

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CENTRO DE ESTUDOS SUPERIOR DE CAXIAS-CESC 
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE 
CURSO DE ENFERMAGEM BACHARELADO
DISCIPLINA ENFERMAGEM SAÚDE DA CRIANÇA E ADOLESCENTE
 
 
 
ALEX FEITOSA NEPOMUCENO 
 
 
 
 
ESTUDO DE CASO: Assistência de Enfermagem a um paciente com Pneumonia Comunitária
 
 
 
 
 
CAXIAS-MA 
2020
ALEX FEITOSA NEPOMUCENO
 
 
 
 
 
ESTUDO DE CASO: Assistência de Enfermagem a um paciente com Pneumonia Comunitária
Estudo de caso referente ao Estágio Supervisionado II da disciplina de Enfermagem Saúde da Criança e do Adolescente, elaborado sob orientação do preceptor: Leticia de Almeida da Silva, do curso de Enfermagem da Universidade Estadual do Maranhão CESC/UEMA. 
 
 
 
CAXIAS-MA 
2020
SUMÁRIO
1	INTRODUÇÃO	4
2	OBJETIVOS	7
2.1 Objetivo Geral	7
2.2 Objetivos Específicos	7
3	METODOLOGIA	8
4	DESCRIÇÃO DO CASO	9
4.1 ANAMNESE	9
4.2 EXAME FÍSICO	9
4.3 EAMES LABORATORIAIS	10
5	FARMACOLOGIA	11
5.1 CEFTRIAXONA	11
 5.1.1 Apresentação......................................................................................11
 5.1.2 Princípio ativo......................................................................................11
 5.1.3 Indicação	11
 5.1.4 Posologia	12
5.2 AZITROMICINA	12
 5.2.1 Apresentação	12
 5.2.2 Princípio ativo	12
 5.2.3 Indicação	12
 5.2.4 Posologia	12
5.3 METILPREDINISOLONA	12
 5.3.1 Apresentação	12
 5.3.2 Princípio ativo	12
 5.3.3 Indicação	12
 5.3.4 Posologia	12
5.4 DIPIRONA	13
 5.4.1 Apresentação	13
 5.4.2 Princípio ativo	13
 5.4.3 Indicação	13
 5.4.4 Posologia	13
6 DIAGNOSTICOS E INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM	14
7 EVOLUÇÕES DE ENFERMAGEM	15
8 PLANO DE ALTA	17
9 DISCUSSÃO	18
10 CONCLUSÃO	19
REFERÊNCIAS	20
INTRODUÇÃO
Define-se pneumonia Comunitária como um processo inflamatório do parênquima pulmonar de etiologia infecciosa em pacientes não hospitalizados ou que relatam inicio dos sintomas em menos de 48 horas de hospitalização. Na infância, os principais agentes das pneumonias são vírus e bactérias, variando por grupo etário. Dentre as bactérias, a mais comumente identificada em crianças com PAC é o Streptococcus pneumoniae (CORRÊA, 2018).
Os sintomas compreendem mal-estar, resfriado calafrio, tosse, dispneia e dor torácica. A tosse é tipicamente produtiva em crianças mais velhas e adultos e seca em lactentes, crianças mais jovens e idosos. Em geral, a dispneia é leve e relacionada com o esforço, estando raramente presente no repouso. A dor torácica é pleurítica e adjacente à área infectada (SETHI et al., 2019).
A pneumonia pode se manifestar como dor abdominal superior quando a infecção do lobo inferior irrita o diafragma. Sintomas como náuseas, vômitos, diarreia, também são comuns. Os sintomas tornam-se variáveis nos extremos das idades. A infecção em recém-nascidos pode se manifestar como irritabilidade e inquietação inespecíficas; nos idosos, a manifestação pode ser confusão e obnubilação. (MENDES, 2019).
Os sinais incluem febre, taquipneia, taquicardia, crepitações, sons respiratórios brônquicos, egofonia (alteração de E para A — ocorre quando, durante a ausculta, um paciente diz a letra "E" e o examinador ouve a letra "A"), e macicez à percussão. Sinais de derrame pleural também podem estar presentes. Batimento de asa de nariz, uso de músculos acessórios e cianose são comuns em crianças. A febre frequentemente está ausente em idosos (SANAR, 2018).
Anteriormente, acreditava-se que os sinais e sintomas diferiam pelo tipo de patógeno. Por exemplo, considerava-se que os fatores que sugeriam uma pneumonia viral incluíssem um início gradual, prévios sintomas de infecção do trato respiratório superior (ITRS), achados difusos na ausculta e ausência de uma aparência tóxica. Os sinais e sintomas são ainda mais semelhantes com os de outras doenças pulmonares inflamatórias não infecciosas, como a pneumonite por hipersensibilidade e a pneumonia organizante (MENDES, 2019).
O diagnóstico é suspeito com base na apresentação clínica e infiltrado visto na radiografia do tórax. Quando há alta suspeita clínica de pneumonia e a radiografia de tórax não revela um infiltrado, recomenda-se fazer uma tomografia computorizada (TC) ou repetir a radiografia torácica em 24 a 48 horas (CORRÊA, 2018).
A antibioticoterapia é a base do tratamento da pneumonia adquirida na comunidade. O tratamento apropriado envolve o início de antibióticos o mais rápido possível, preferivelmente ≤ 8 horas após as manifestações clínicas. Como os microrganismos são difíceis de identificar, o regime empírico antibiótico é selecionado com base na probabilidade dos patógenos e na gravidade da doença (SETHI et al., 2019).
Para crianças, o tratamento depende da idade, vacinas anteriores, e se o tratamento é ambulatorial ou hospitalar. Para o tratamento ambulatorial, os tratamentos são ditados pela idade: menores de 5 anos: amoxicilina ou amoxicilina/clavulanato é geralmente o fármaco de escolha. Se a epidemiologia sugere um patógeno atípico como a causa e os achados clínicos são compatíveis, pode-se usar no lugar um macrolídeo (p. ex., azitromicina, claritromicina). Alguns especialistas sugerem não usar antibióticos se as características clínicas sugerirem fortemente uma pneumonia viral (SANAR, 2018).
Para crianças maiores de 5 anos: amoxicilina ou (particularmente se um patógeno atípico não puder ser excluído) amoxicilina mais um macrolídeo. Amoxicilina/clavulanato também é uma alternativa. Se a causa parece ser um patógeno atípico, pode-se usar um macrolídeo isoladamente (BARER, 2018).
Para crianças tratadas em regime de internação, o tratamento com antibióticos tende a ser de mais amplo e depende das vacinas anteriores recebidas pela criança: quando a criança está totalmente imunizada (contra Streptococcus pneumoniae e H. influenzae tipo b): ampicilina ou penicilina G (alternativas são a ceftriaxona ou a cefotaxima). E se a criança não estiver totalmente imunizada: ceftriaxona ou cefotaxima (uma alternativa é levofloxacina) (CORRÊA, 2018).
O tratamento de suporte compreende líquidos, antipiréticos, analgésicos e, para os pacientes com hipoxemia, oxigênio. A profilaxia contra doença tromboembólica e a mobilização precoce melhoram os desfechos de pacientes hospitalizados com pneumonia (SETHI et al., 2019).
Algumas formas de pneumonia adquirida na comunidade são preveníveis com vacinação. A vacina pneumocócica conjugada (PCV13) é recomendada para crianças entre 2 meses e 2 anos de idade e para adultos com 19 anos ou mais A vacina pneumocócica polissacarídica (PPSV23) é administrada a todos os adultos com 65 anos ou mais e para qualquer paciente com 2 anos ou mais que tenha fatores de risco de infecções por pneumococos (BARER, 2018).
OBJETIVOS 
2.1 Objetivo Geral
· Implementar a sistematização de enfermagem (SAE) em paciente portador de Pneumonia comunitária
2.2 Objetivos Específicos
· Conhecer os aspectos fisiopatológicos da Pneumonia e as alterações provocadas pela mesma
· Promover práticas assistenciais com base no processo de enfermagem
· Realizar medidas preventivas através do processo de enfermagem
· Relacionar a teoria a prática
 
 METODOLOGIA 
Trata-se de um estado descritivo exploratório, com abordagem qualitativa, do tipo estudo de caso, realizado com um paciente admitido na clínica Médica do hospital infantil Dr. João Viana na cidade de Caxias-Ma. De acordo com Tanure e Gonçalves 2009, o estudo de caso oferece uma boa oportunidade para se promover o melhor entendimento de uma teoria, auxiliando no compartilhamento e compreensão da experiência de outras pessoas, de modo a permitir o desenvolvimento de um conjunto de conhecimentos sobre uma questão e avançar nas análises teóricas e práticas. 
A coleta de dados ocorreu no mês de dezembro, onde as informações foram coletadas por meio de entrevista clínica para levantamento dos dados, realização da anamnese, evolução de enfermagem e consulta aos registros no prontuário. Os dados foram obtidos na clínica Médica do referido hospital. 
Com base
nos dados colhidos elaborou-se um processo de enfermagem que é utilizado para otimizar o atendimento de enfermagem aos pacientes e seus familiares a fim de que este seja individualizado, resolutivo e de qualidade a estas pessoas e seus familiares, inclui cinco etapas básicas, coleta e análise sistemática e organizada dos dados, identificação das necessidades do cliente, que são descritas mediante a utilização de uma taxonomia de diagnósticos de enfermagem, planejamento, implementação e avaliação da assistência. 
Os diagnósticos de enfermagem foram elaborados seguindo a taxonomia da North American Nursing Diagnosis Association (NANDA), Em seguida, na fase de planejamento, foram estabelecidas as intervenções para melhorar os resultados do paciente-cliente.
 DESCRIÇÃO DO CASO
4.1 ANAMNESE
A. O. S. menor, sexo feminino, 2 anos de idade, pesando aproximadamente 10 kg, reside com os pais e irmãos no Bairro Trizidela, na cidade de Caxias-Ma. Deu entrada no hospital infantil Dr. João Viana no dia 29 de Novembro de 2020, por volta de 20:00 horas, acompanhada de sua mãe que relatou Tosse seca, febre, dispneia há uma semana. Após triagem com enfermeiro passou pela avaliação médica onde foi diagnosticada com Pneumonia Comunitária, posteriormente foi encaminhada ao setor de internação para iniciar o tratamento medicamentoso e para a realização de exames laboratoriais.
4.2 EXAME FÍSICO
Ao exame físico: pele íntegra, Couro cabeludo sem sujidade, mucosas normocoradas, pupilas isocóricas e fotorreagentes, gânglios não palpáveis na região cervical. Tórax simétrico, ausculta pulmonar (AP): Ruídos adventícios (RA)+ com Presença de Roncos; ausculta cardíaca (AC); Bulhas Normorritimicas e fonéticas (BNRF) (2T); abdômen plano e flácido, ausculta abdominal (AA) Ruídos Hidroaéreos (RH)+ Som timpânico a percussão. Membros inferiores (MMII) sem presença de edemas, dieta VO com boa aceitação, diurese e evacuações presente, segundo informações coletadas (SIC,) sono e repouso satisfatório. 
Sinais vitais (SSVV): Pressão Arterial (PA): 120x70 mmHg; Frequência cardíaca (FC): 89 batimentos por minuto (BPM); Frequência respiratória (FR): 22 incursões respiratórias por minuto; Temperatura Axilar (TAX): 36,2°C.
4.3 EAMES LABORATORIAIS
Glicose
Resultado .................................................................................... 99
Glicose mg/dl Valor de Referência: Prematuro: 20-60 / RN: 40-60 
Crianças: 60-100 / Adultos: 60-99 
Hemograma
Eritograma
Hemácias....................................................................................4,12milh/mm3 (4,5 a 6,5) 
Hemoglobina-.............................................................................11,4 g% (14 a 18) 
Hematócrito...............................................................................34,4% (37 a 52) 
VCM............................................................................................27,47fl (80 a 100) 
HCM............................................................................................33,14 pg (27 a 33) 
CHCM..........................................................................................35,2g/dl (32 a 36) 
R.D.W..........................................................................................14,1% (11 a 15) 
Leucograma
Leucócito.................................................................................... 11,200 /mm3 (4000 a 10.000) 
Eosinófilo-...................................................................................02 (1 a 5) 
Segmentados..............................................................................63 (50 a 70) 
Linfócitos....................................................................................39 (20 a 40) 
Monócitos...................................................................................5 (2 a 10) 
Bastonetes.................................................................................. 1 (0 a 5) 
 FARMACOLOGIA
Tabela 01: Prescrição médica
	PRESCRIÇÃO MÉDICA 
	CEFTRIAXONA 1g/10ml. Fazer 5ml + 15ml AD EV
	AZITROMICINA 200mg/5ml fazer 2,5ml 1x/dia
	METILPREDINISOLONA 125mg/5ml fazer 0,4ml + 5ml AD EV lento 8/8h
	DIPIRONA 500mg /ml 0,5ml + 8ml AD, EV 6/6h Se houver Febre ou dor
Fonte: Prontuário (2020)
5.1 CEFTRIAXONA
5.1.1 Apresentação
Caixa com 1 frasco-ampola que contém pó estéril equivalente a 500 mg de ceftriaxona acompanhado de ampola de diluente com 2 ml (lidocaína a 1%) para aplicação intramuscular (IM).
5.1.2 Princípio ativo 
Ceftiaxona
5.1.3 Indicação
Indicado tratamento de gonorreia uretral (não complicada); infecção articular; infecção da pele e dos tecidos moles; infecção intra-abdominal; infecção óssea; infecção pélvica (em mulheres); infecção perioperatória (profilaxia); infecção urinária; meningite; pneumonia; septicemia. 
5.1.4 Posologia
25 a 37,5 mg por kg de peso a cada 12 horas (até um máximo de 2g por dia), via intramuscular ou intravenosa.
 
5.2 AZITROMICINA
5.2.1 Apresentação
Pó pliofilizado para solução para infusão 500 mg
5.2.2 Princípio ativo 
Azitromicina
5.2.3 Indicação
infecções causadas por organismos suscetíveis, em infecções do trato respiratório inferior incluindo bronquite e pneumonia, em infecções da pele e tecidos moles, em otite média aguda e infecções do trato respiratório superior incluindo sinusite e faringite/tonsilite. 
5.2.4 Posologia
A dose máxima total recomendada para qualquer tratamento em crianças é de 1500 mg. Em geral, a dose total em crianças é de 30 mg/kg. 
5.3 METILPREDINISOLONA
5.3.1 Apresentação
Pó liofilizado de 125 mg em embalagens contendo 1 frasco-ampola + 1 ampola de diluente de 2 ml.
5.3.2 Princípio ativo
Acetato de Metilprednisolona
5.3.3 Indicação 
Doenças dermatológicas, Estados alérgicos, Doenças oftálmicas, Pneumonite por aspiração, Tuberculose pulmonar
5.3.4 Posologia
A dose pode ser reduzida em lactentes e crianças, porém deve ser determinada mais pela gravidade do estado clínico e resposta do paciente do que por sua idade e peso. Não deve, porém, ser inferior a 0,5 mg por kg a cada 24 horas.
5.4 DIPIRONA
Este medicamento é indicado como analgésico e antipirético.
5.4.1 Apresentação
Solução injetável 500mg/ml
Embalagens contendo 1, 5, 6, 25, 50, 100 e 120 ampolas com 2mL.
Uso intravenoso, uso adulto e pediátrico acima de 1 ano, uso intramuscular e uso adulto e pediátrico acima de 3 meses.
5.4.2 Princípio ativo 
Dipirona monoidratada. 
5.4.3 Indicação 
É um medicamento analgésico, antipirético e espasmo lítico, muito utilizado no tratamento de dores e febre, normalmente provocadas por gripes e resfriados.
5.4.4 Posologia
Em crianças com idade inferior a 1 ano, Dipirona Monoidratada Injetável deve ser administrada somente pela via intramuscular
6 DIAGNOSTICOS E INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM
Tabela 02: Diagnósticos e Intervenções de Enfermagem
	DIAGNOSTICOS DE ENFERMAGEM
	INTERVENÇÕES
	RESULTADOS ESPERADOS
	
Padrão Respiração ineficaz relacionado à limitação do fluxo do ar evidenciado por dispneia, tosse seca
	
 - Monitorar o estado respiratório
- Oferecer oxigenoterapia conforme prescrição médica
- Manter a cabeceira da cama elevada 45° (Fowler)
	;
- Melhorar padrão respiratório
	Termorregulação ineficaz relacionado a capacidade de manter a temperatura dentro dos padrões normais, evidenciado por elevação de temperatura
	
- Verificar temperatura corporal em 4/4h
- Realizar banho ou compressas se a temperatura não ceder
	
- Manter temperatura dentro dos padrões normais
	Intolerância a atividade relacionado ao comprometimento da função pulmonar evidenciado por dispneia
	
- Avaliar disfunções respiratórias com por ex. sibilo
- Orientar atividades que não exijam esforços físico
	
- Aumentar a tolerância a atividade recreativa
	Medo relacionada a mudança de ambiente com a internação repentina, evidenciado por choro e atendimento a quepe de enfermagem
	
- Explicar que a mudança de ambiente no momento é necessária para recuperação 
- Explicar que os cuidados da equipe de enfermagem são importantes para sua melhora e
recuperação 
	
- Explicar a necessidade de ficar internado para assim minimizar o estresse causado pelo medo.
Fonte: NANDA (2018); NIC (2016).
7 EVOLUÇÕES DE ENFERMAGEM
· 29/11/2020
Às 8:30, realizado visita de enfermagem, menor acompanhada da mãe com o 3° DIH com diagnóstico médico de Pneumonia Comunitária. Segue no leito, consciente, orientada e afebril.
Ao exame físico: pele integra, couro cabeludo sem presença de sujidade, pupilas isocóricas e fotorreagentes, mucosas normocoradas, gânglios não palpáveis na região cervical, tórax simétrico. AC: BRNF EM 2T; AP: RA+ com Presença de Roncos; AA: Abdômen plano e flácido, RH+, AVP EM MSD, dieta VO com boa aceitação, eliminações fisiológicas presentes, sono e repouso insatisfatório, queixa-se de tosse. 
Sinais vitais (SSVV): PA: 120x80 mmHg; FC: 88 bpm; FR: 21irpm; TAX: 36,5°C; SPO2: 99
· 30/11/2020
Às 8:40, menor acompanhada da mãe com o 4° DIH com diagnóstico médico de Pneumonia Comunitária. Segue no leito, consciente, orientada em espaço e tempo, eupneica e afebril.
Ao exame físico: pele integra, couro cabeludo sem presença de sujidade, pupilas isocóricas e fotorreagentes, mucosas normocoradas, gânglios não palpáveis na região cervical, tórax simétrico. AC: BRNF EM 2T; AP: RA+ com Presença de Roncos; AA: Abdômen plano e flácido, RH+, AVP EM MSD, dieta VO com boa aceitação, eliminações fisiológicas presentes, sono e repouso satisfatório, sem queixas
Sinais vitais (SSVV): PA: 120x80 mmHg; FC: 89 bpm; FR: 22irpm; TAX: 36,6°C; SPO2: 98
· 01/11/2020
Às 9:00, menor acompanhada da mãe com o 5° DIH com diagnóstico médico de Pneumonia Comunitária. Segue no leito, consciente, orientada em espaço e tempo, eupneica e afebril.
Ao exame físico: pele integra, couro cabeludo sem presença de sujidade, pupilas isocóricas e fotorreagentes, mucosas normocoradas, gânglios não palpáveis na região cervical, tórax simétrico. AC: BRNF EM 2T; AP: MV+ sem presença de ruídos adventícios; AA: Abdômen plano e flácido, RH+, dieta VO com boa aceitação, eliminações fisiológicas presentes, sono e repouso satisfatório, menor segue sem queixas aos cuidados de Enfermagem.
Sinais vitais (SSVV): PA: 120x70 mmHg; FC: 89 bpm; FR: 23irpm; TAX: 36,3°C; SPO2: 99
8 PLANO DE ALTA
Os enfermeiros são parte integrante do planejamento de alta da unidade de atendimento ao paciente. Seus deveres são essenciais e apreciados, coordenando um plano de cuidados que permite ao paciente obter os melhores resultados assistenciais após a alta (OLIVEIRA, 2016).
Diante do exposto, visando o autocuidado continuado por parte do paciente respeitando-se as peculiaridades e algumas necessidades reais, formulou-se o seguinte plano de alta:
· Orientar sobre a importância da ida freqüente as consultas com o médico
· Incentivar quanto a ingestão de líquidos.
· Orientar sobre a importância de uma boa nutrição para prevenção de doenças gastrointestinais.
· Orientar sobre a importância de boas práticas de higiene.
· Promover o cuidado adequado com os alimentos e a água ofertada a criança
· Tomar a medicação nos horários corretos 
· Evitar ingestão de alimentos frios ou gelados pelo menos ate o termino da medicação
· Manter o equilíbrio hidroeletrolítico
· Monitorar regularmente os SSVV
. 
9 DISCUSSÃO 
A pneumonia adquirida na comunidade (PAC) continua sendo um problema desafiador de saúde pública, apesar da incorporação de novas vacinas e de guias de manejo das pneumonias pela comunidade científica. A cada ano ocorrem cerca de 156 milhões de novos casos de pneumonia em crianças menores de cinco anos no mundo, com letalidade maior que 10% nos países em desenvolvimento (BRASIL, 2017)
A idade da criança tem sido associada à incidência das infecções respiratórias, pois é observado que crianças menores que cinco anos são mais vulneráveis às PAC, especialmente as menores de 18 meses, grupo que concentra dois terços dos casos. Além das vias aéreas mais estreitadas, existe uma imaturidade imunológica, com deficiência na produção de anticorpos contra antígenos polissacarídeos bacterianos, dentre outras alterações, na ocorrência de doenças invasivas (BARER, 2018).
A OMS vem preconizando, há mais de três décadas, a valorização da queixa de tosse e frequência respiratória elevada, segundo parâmetro por faixa etária, como indicativo de pneumonia em crianças menores de cinco anos, por meio das Normas para Diagnóstico e Conduta de Casos de Pneumonia nos países em desenvolvimento, reforçando que a, taquipneia é o principal critério diagnóstico utilizado para identificar as crianças com pneumonia, dentre aquelas com outros quadros respiratórios (BRASIL, 2019).
O Ministério da Saúde do Brasil adotou e adaptou as normas da OMS, transformando-as em política pública de saúde através da ação denominada Controle das Infecções Respiratórias Agudas, desde a década de 1980, com o objetivo de promover reciclagens de médicos e treinamento dos agentes de saúde, que têm atuação nas ações básicas de saúde. Foram estabelecidos critérios para diagnóstico, conduta e orientação nos casos de infecções respiratórias. Este programa foi continuado pela estratégia Atenção Integrada das Doenças Prevalentes da Infância – AIDPI (BRASIL, 2017).
10 CONCLUSÃO
Conforme proposto, a elaboração deste trabalho acadêmico alcançou às metas gerais de relacionar a teoria abordada em sala de aula à prática, enriquecer os conhecimentos acerca dos fármacos e suas características, conhecer os obstáculos emergentes de um cuidado holístico vinculados à deficiência de estrutura e disponibilidade de meios adequados de um Hospital Público, promover um estudo mais abrangente sobre exames e diagnósticos e, sobretudo, firmar a enfermagem como “ser humano cuidando de ser humano”.
O presente trabalho foi realizado entre os dias 30 de abril de 2019 a 10 de maio de 2019, supervisionado pela Preceptora Leticia, como estágio supervisionado da disciplina Saúde da Criança e do Adolescente. Com este estudo foi possível observar e compreender a complexidade e a relação dos sinais e sintomas apresentados pelo paciente, relacionando a sua patologia.
Aprofundar os conhecimentos sobre Pneumonia Comunitária, uma doença com complicações graves, mas que é possível de tratamento com vantagens significativas quando implementadas as medidas de redução dos fatores de risco. Pode-se confirmar a importância da implementação da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE), atendendo de forma holística e individualizada as necessidades do paciente. As consultas sobre os fármacos realizadas para implementação do trabalho, permitiu assimilar os sintomas da doença, além de incrementar o corpo de informações sobre os medicamentos da vivência clínica.
 Paciente aderiu de forma satisfatória todas as intervenções propostas e praticadas nesse estudo, a mesma não apresentou dificuldades. Sendo assim concluímos que as ações de enfermagem são extremamente importantes e significativas para na prevenção e promoção de saúde com qualidade de vida devendo os profissionais estar capacitados e habilitados.
REFERÊNCIAS
BARER, Michael R. et al. Medical Microbiology - A guide to Microbial Infections: Pathogenesis, immunity, laboratory investigation and control. 19 ed. Elsevier, 2018
Brasil. Ministério da Saúde. Informe Técnico Campanha Nacional de Vacinação Contra a Influenza. Brasília: Ministério da Saúde; 2017.
Brasil. Ministério da Saúde. Vigilância Epidemiológica de Pneumonias no Brasil. São Paulo: Secretaria de Vigilância em Saúde. 2019
BULECHEK; Gloria M. BUTCHER, H.K; DOCHTERMAN, J.M. et al. Classificação das Intervenções de Enfermagem (NIC). 6. ed. Rio de janeiro: Elsevier, 2016.
CORRÊA, Ricardo A.; COSTA, Andre N. C.; LUNDGREN, Fernando; MICHELIN, Lessandra. Recomendações para o manejo da pneumonia adquirida na comunidade 2018. J Bras Pneumol. Vol 44. 5 ed; 405-424, 2018
SETHI, Sanjay et al. Pneumonia adquirida na comunidade: etiologia. ETIOLOGIA. 2019. MANUAL MSD Versão para Profissionais de Saúde. Disponível em: https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/dist%C3%BArbios-pulmonares/pneumonia/pneumonia-adquirida-na-comunidade.
Acesso em: 07 dez. 2020.
MEDICINANET. Dipirona injetável. Disponível em: https://bula.medicinanet.com.br/bula/8137/dipirona_injetavel.htm. Acesso em: 25 set. 2020.
MEDICINANET. Ceftriaxona. Disponível em: https://bula.medicinanet.com.br/bula/8537/Ceftriaxona.htm. Acesso em: 08 dez. 2020.
MENDES, Isabel Cristina Melo. Pneumonia comunitária: conheça novas orientações da diretriz brasileira: pneumonia. Pneumonia. 2019. PEBMED. Disponível em: https://pebmed.com.br/pneumonia-comunitaria-conheca-novas-orientacoes-da-diretriz-brasileira/. Acesso em: 05 dez. 2020.
NANDA INTERNATIONAL. Diagnósticos de Enfermagem da NANDA-I: Definições e classificações 2018-2020. 11. ed. Porto Alegre: Artmed, 2018
OLIVEIRA, Fabiano Fernandes. Educação em saúde no contexto da alta hospitalar de paciente de unidade de terapia intensiva. Revista Multitexto. v. 4, n. 01, 2016.
SANAR. Resumo de Pneumonia Adquirida na Comunidade (PAC): pneumonia: sintomas, causas. 2018. Disponível em: https://www.sanarmed.com/pneumonia-adquirida-na-comunidade-pac. Acesso em: 06 dez. 2020.

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