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FACULDADE DE MEDICINA ESTÁCIO-FMJ CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM SAÚDE DS CRIANÇA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE COM EPENDIMOMA ANAPLASICO – ESTUDO DE CASO INTRODUÇÃO O Ependimoma Anaplásico é um raro tumor neuepitelial intracraniano composto por células neoplásicas ependimárias, sendo mais frequente em crianças. Os Ependimoma é se originam da camada ependimárias que recobre os ventrículo cerebrais e o canal da medula espinhal, com características morfológicas e o comportamento biológico extremamente variável (TOMAZ et al, 2018). OBJETIVO GERAL O objetivo é a realização de um estudo detalhado do caso clínico apresentado na busca de possíveis intervenções de enfermagem para o paciente em cuidados paliativos com complicações de Ependimoma Anaplásico OBJETIVOS ESPECÍFICOS Identificar as Necessidades Humanas Básicas afetadas no paciente Traçar diagnósticos de enfermagem Planejar intervenções de enfermagem Definir resultados esperados Realizar avaliação de enfermagem MÉTODO Trata-se de um estudo de caso no Hospital de referência situado na cidade de Barbalha-CE, no período de 26 de janeiro a 17 de fevereiro de 2022, orientado pela preceptora Suiane Mendes. O caso tem como participante uma criança com complicações de neoplasia Ependimoma Anaplásico Os dados coletados foram referentes ao histórico pessoal, familiar e clínico, sendo estes coletados pelo genitor e análise de prontuário. Em seguida realizou-se anamnese e exame físico HISTÓRICO E EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM C.A.S.D, 12 anos, reside na cidade de Barbalha-CE, deu entrada na unidade dia 29/01/2021 com desconforto respiratório e hipossaturando. O pai relata que a criança tem câncer no SNC que descobriu aos 07 anos, fez o tratamento de quimioterapia, radioterapia e 06 cirurgias em Fortaleza-CE. Hoje o paciente encontra-se acamado há mais ou menos 12 meses após um tumor na coluna onde ele acabou perdendo os movimentos. Tem ICC. Em casa faz uso de Canadibiol, onde o psi relata que ver melhora na rigidez dos membros. Paciente segue em cuidados paliativos. HD de hoje: complicações de neoplasia Ependimoma Anaplásico. Segue em EG comprometido, hipoativo, não reativo ao manuseio, hipocorado, afebril, taquipneico, sonolento, boa perfusão periférica, abdome globoso, flácido, RHA (+), diurese (+), evacuações (+), edema em MMII, LPP em região do trocanter. ACV com bilhar hopofonéticas, AR MV (+) com sopros e estertores bilateral. Hipersecretivo, fazendo uso de máscara de Venturi 50%, máscara com reservatório 15L/min. Dieta zero. SNG em narina direita n° 12. Mantém AVP em MSD. Ontem apresentou quadro de convulsões, cedendo espontaneamente. Faz acompanhamento para fisioterapia motora e respiratória. Faz uso de colchão pneumático. Faz uso de: Soro Glifosato 5% (BIC), Bromoprida, Omeprazol, Aerolin, Dekapene, Cefepime, Fenobarbital, Dipirona S/N, Midazolan se convulsão. Segue sob cuidados do genitor e supervisão da equipe de enfermagem. Orientou sobre mudança de decúbito para evitar LPP e elevação da cabeceira para melhorar desconforto respiratório. Exames laboratoriais: 02/02: K: 2,7/ Hb: 12,9/ Ht: 39,7/ VCM: 98,3/ Leuco: 12,000 (S 86, B 1, Eos 1, LT 11)/ PQT: 200.000/ Gaso: pH 7,53, pCO2 26, pO2 53, HCO3 21,4. 05/02: Na: 12,5/ K: 3,2. 08/02: PCR: 126,1/ Cr: 0,55/ Ur: 29,7/ K:5,2/ Na: 130/ Leuco: 15.300 (S 75, B 6, Eos 1, LT 13, M 3)/ Hb: 12,5/ Ht: 35,6/ VCM: 96/ HCM: 33,7/ RDW: 13,7/ PQT: 169.000/Gaso: pH 7,48, pCO2 23,7 pO2 184, HCO3 17,2, BE -4,8. SSVV: T: 36,2°C, FC: 90bpm, FR: 33irpm, SpO2: 96%, P: 32kg. DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM Padrão respiratório ineficaz caracterizado por taquipneia evidenciado a dano neurológico Risco de lesão por pressão caracterizado por atrito em superfície evidenciado a imobilização física Risco de infecção caracterizado por uso de AVP e SNG evidenciado a extravasamento INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM Manter cabeceira elevada, monitorar saturação, monitorar função pulmonar através de auscultar, realizar aspiração de vias aéreas Mudança de decúbito, hidratação da pele, avaliar perfusão tissular, deixar a pele sempre limpa e seca Fazer troca de AVP a cada 72h ou quando aparecer sinais flogísticos, mudar de posição e de narina a cada passagem de sonda, monitorização de SSVV RESULTADOS ESPERADOS Ventilação eficaz, nível de conforto, troca de gases eficaz Estimular movimentação no leito, manter uso de colchão pneumático, manter pele limpa, seca e hidratada Controle de nutrição, controle de hidroeletrolíticos CONSIDERAÇÕES FINAIS A implementação da Sistematização da Assistência a Enfermagem (SAE) frente à criança com quadro clínico de cuidada paliativos com complicações Ependimoma Anaplásico deve ser realizado com foco voltado para o planejamento de ações que visam o conforto a esse paciente. Sendo assim, o Processo de Enfermagem se destaca nas unidades hospitalares, pois é a partir dele que podemos elaborar um plano de cuidados direcionado às Necessidades Humanas Básicas afetadas no indivíduo. OBRIGADA!