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RELATORIO SAUDE MENTAL

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2
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO – UEMA
CAMPUS COLINAS 
DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM BACHARELADO
RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM SAÚDE MENTAL 
																														
COLINAS 
2019
ALEX FEITOSA NEPOMUCENO
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM SAÚDE MENTAL
Relatório de Estágio Supervisionado, apresentado a disciplina de Estágio Curricular Supervisionado em Saúde Mental da Universidade Estadual do Maranhão como requisito para avaliação final.
Preceptora: Verônica Danielle lima de Miranda 
COLINAS 
2019
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM SAÚDE MENTAL 
ALEX FEITOSA NEPOMUCENO
 Preceptor:
VERÔNICA DANIELLE LIMA DE MIRANDA 
Coordenadora do Curso:
FÁBIA REGINA RIBEIRO DE SOUSA 
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS
CAPS		Centro de atendimento Psicossocial
CAPSi 	Centro de atendimento Psicossocial infanto-juvenil
CAPSad	Centro de Atenção Psicossocial para tratamento de usuários de álcool e outras drogas
CID		Classificação Estatística Internacional de Doenças
SUS 		Sistema Único de Saúde
UBS		Unidade Básica de Saúde
RAPS		Rede de Atenção Psicossocial
PA		Pressão Arterial
RAAS		Registro de ações Ambulatoriais de saúde
SAMU		Serviço de atendimento móvel de urgência
PTS		Plano Terapêutico Singular
ESF		Estratégia saúde da família
PTI		Plano tratamento individual
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	5
2 CARACTERIZAÇÃO DO CAMPO DE ESTAGIO	9
2.1 APRESENTAÇÃO	9
2.1.2 Centro de Atendimento Psicossocial Dº Genésio Ramos Filho	9
2.2 OBJETIVO DO ESTÁGIO	10
2.2.1 Objetivo geral	10
2.2.2 Objetivos específicos	10
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA	12
3.1 DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS	12
3.2 RELATO E DISCURSÃO DAS ATIVIDADES REALIZADAS	13
3.3 RELAÇÃO TEORIA PRÁTICA	16
4 CONCLUSÃO	22
4.1 CRÍTICAS	22
4.2 SUGESTÕES	23
4.3 AVALIAÇÃO DO ESTÁGIO	23
REFERÊNCIAS	24
APÊNDICES	26
ANEXOS	34
1 
2 INTRODUÇÃO
O Estágio Supervisionado constitui uma atividade obrigatória, que deve ser realizada pelo aluno, que cumprirá uma carga horária pré-estabelecida em instituições públicas e/ou privadas sob a orientação e supervisão de professor-orientador e/ou profissionais credenciados. É o primeiro contato que o aluno tem com seu futuro campo de atuação, representando a união da teoria com prática, e consequentemente insere o aluno na prática profissional. Todo esse processo é mediado pela a observação, da participação e da regência, de modo que o aluno passa refletir sobre e vislumbrar futuras ações (PASSERINI, 2007).
Especificamente na Enfermagem, a prática do Estágio Supervisionado deve vislumbrar a formação técnico-científica do aluno, formando nele uma visão crítica dos modelos de assistência à saúde, da comunidade em que está inserido e das atividades práticas comumente desenvolvidas. Pode ser desenvolvido em unidades ambulatoriais, hospitais gerais ou especializados, rede básica de atenção à saúde ou demais serviços em que o enfermeiro desempenhe suas atividades profissionais (SILVA; SILVA; RAVALIA, 2009).
Além disso, o estágio também proporciona ao discente o desempenho dos procedimentos de Enfermagem em situações reais de trabalho, aliado ao conhecimento científico e teórico-prático desenvolvido no decorrer do curso. É de caráter obrigatório para os discentes do Curso de Enfermagem, a fim de promover a complementação das disciplinas estudadas durante o curso e como elemento facilitador do desempenho da prática profissional, sendo desenvolvido conforme o Plano de Curso, preparando o discente para ingressar no mercado de trabalho (SANTOS et al 2017)
O estágio supervisionado é uma prática de suma importantância para a formação de futuros profissionais de acadêmicos em qualquer área. Na área da saúde essa prática em grande destaque pois, ocorre a inserção do aluno em um ambiente novo onde espera-se a associação da teoria aprendida na vida acadêmica com a prática proporcionada pelos campos de estágio. (CUNHA et al.,2016).
A Reforma Psiquiátrica Brasileira, iniciada no fim da década de 1970, possibilitou uma transformação na assistência à saúde mental, propondo novos espaços para os sujeitos com sofrimento psíquico intenso, que antes tinham apenas o manicômio como alternativo de 'tratamento'. Com o intuito de superar as necessidades da internação no hospital psiquiátrico, foram criados serviços substitutivos, os quais têm como proposta prestar assistência às pessoas que sofrem com transtornos mentais de maneira que possam manter um nível satisfatório de convivência e interação no contexto social (MARTINHAGO 2012).
CAPS subvertem a lógica da hierarquização e se organizam agregando os diferentes níveis de atenção à saúde em uma só unidade. Fazem, pois, surgir importantes questões na própria organização do SUS. Prestam atendimento especializado dos casos de transtornos mentais e são responsáveis pelo acompanhamento dos pacientes nas unidades de internação nos hospitais gerais. Podem atuar em nível de atenção primária, no acompanhamento e apoio matricial de casos nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), perpassando, portanto, todos os níveis de complexidade da rede de saúde (QUINDERÉ 2014).
O CAPS é um serviço de saúde aberto e comunitário do Sistema Único de Saúde (SUS). É destinado a acolher pessoas com transtornos mentais, a estimular sua reinserção e autonomia na sociedade e na família e a oferecer apoio; composto por uma equipe multiprofissional responsável pelo desenvolvimento do cuidado e pela assistência dos usuários (OLIVEIRA, 20109). 
Existem cinco tipos de CAPS, são eles: 
· CAPS I e CAPS II: destinados ao atendimento diário de adultos com transtornos mentais em sua população de abrangência. Sendo o CAPS I para municípios com população de 20 a 70 mil habitantes e o CAPS II para municípios com população de 70 a 200 mil; 
· CAPS III: designados ao atendimento 24 horas a adultos, atendendo à população de referência; 
· CAPSi: destinados ao atendimento diário a crianças e a adolescentes com transtornos mentais; 
· CAPSad: voltados a usuários de álcool e de drogas, para atendimento diário à população com transtornos decorrentes ao uso e a dependência de substâncias psicoativas. Esse tipo de CAPS possui leitos de repouso com a finalidade exclusiva de tratamento de desintoxicação. 
A denominação CAPS foi cunhada na capital da Nicarágua, Manágua, em 1986 e adotada também no Brasil. Desde então, foram criadas estruturas terapêuticas intermediárias entre hospitalização fechada e o tratamento aberto, cuja responsabilidade era a de cuidar de pacientes psiquiátricos graves, provenientes de internações prévias (ZAVASVCHI, et al., 2009).
Os enfermeiros que prestam cuidados na área da saúde mental e psiquiatria devem possuir os conhecimentos necessários para poderem estabelecer de forma efetiva relações terapêuticas. Aqui é inerente a capacidade necessária de auto-conhecimento e da consciência de si, a aquisição de conceitos teóricos na sua área de intervenção bem como na área da relação de ajuda. São ainda necessárias competências múltiplas nomeadamente de comunicação, de acompanhamento de determinados processos e de adopção dos princípios da relação de ajuda, de consciência ética bem como, das fronteiras e limites do papel profissional. Para tal, é fundamental, que a prática clínica seja uma prática reflexiva, onde os enfermeiros possam aplicar os conhecimentos que possuem, sendo capazes de reconhecer a fase em que se encontram na relação com o cliente. Isto relaciona-se com deter conhecimentos científicos, mas também com a necessária supervisão clínica (BARROSO, 2018).
Algo muito presente neste estágio foi a reflexão conjunta com a orientadora e colegas de estágio sobre a prática de enfermagem. Assim muitas vezes após a prestação de cuidados dos habilitados, realizámos a análise da prática de cuidados prestados e refletíamos em conjunto. Este foi um dos aspectos que mais me motivou pois penso que é essencial questionarmos a nossa prática visando sempre a melhoria da qualidade dos cuidados de enfermagem.
Os CAPS são instituições destinadas a acolherpacientes com transtornos mentais, estimular sua integração social e familiar, apoia-los em suas iniciativas de buscas da autonomia, oferecer-lhes atendimento médico e psicológico. Sua característica principal é buscar integra-los a um ambiente social e cultural concreto, designado como seu “território”, o espaço da cidade onde se desenvolve a vida cotidiana de usuários e familiares. Tal cuidado é realizado por equipe multiprofissional com prática interdisciplinar que inclui médicos, psicólogos, enfermeiros, assistentes sociais dentre outros profissionais. A atenção prestada pelo CAPS pressupõe um acolhimento dos sujeitos com sofrimento psíquico e transtorno mental, um conjunto de ações que visam à substituição da lógica manicomial como base de sustentação teórica para o cuidado em saúde mental e do modo asilar como paradigma das práticas dominantes (OLIVEIRA, 2009).
O relatório apresentará a descrição das atividades acadêmicas desenvolvidas no Centro de Atendimento Psicossocial Município de Colinas – Ma, no penúltimo período do Curso de Enfermagem da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA). O estágio ocorreu no período do dia 14 (catorze) de agosto de 2019 ao dia 22 (vinte e dois) de novembro de 2019, cumprindo assim a carga horária exigida pela universidade, com carga horária de 90 horas. Durante esse período, foram realizadas atividades assistenciais, técnicas e administrativas. No decorrer do trabalho, serão descritas as atividades realizadas durante o estágio, bem como a caracterização do campo de estágio. Vale ressaltar que este trabalho acadêmico foi desenvolvido assumindo como metodologia a pesquisa bibliográfica, tendo como fontes de dados, livros, trabalhos de conclusão de curso e dissertações que versem sobre os assuntos e alguns sites, e a observação das atividades desenvolvidas pelo assistente Enfermeiro, bem como conhecimentos adquiridos no decorrer do curso, buscando atender as exigências do estágio supervisionado, cujos objetivos traçados foram: Integrar o processo de ensino; pesquisa e aprendizagem; aprimorar hábitos e atitudes profissionais; agregar valores juntos ao processo de avaliação institucional e inserir o aluno no contexto do mercado de trabalho.
O principal objetivo deste trabalho é descrever as vivências acadêmicas durante o período que aconteceu o estágio supervisionado e também mostrar a importância dessas vivencias para a vida profissional, buscando um aprimoramento na realização das ações realizadas e com isso buscar aprimoramento profissional, aprendendo a lhe dar com tais situações e procedimentos decorrentes na área da Saúde.
2 CARACTERIZAÇÃO DO CAMPO DE ESTAGIO
2.1 APRESENTAÇÃO
2.1.2 Centro de Atendimento Psicossocial Dº Genésio Ramos Filho 
O estágio supervisionado de saúde mental da Universidade Estadual do Maranhão-UEMA do nono período do curso Enfermagem Bacharelado, com carga horária total de 90hs/ distribuída em 6 horas diárias foi realizado no Centro de Atenção Psicossocial – CAPS I, Dº Genésio Ramos Filho, localizada na Rua Dona Nise nº 77, Bairro: Centro em Colinas Maranhão, sob supervisão da preceptora Verônica Danielle Lima de Miranda, concedido pela Prefeitura Municipal de Colinas – MA, através da representante legal a Sr.ª. Liliane Neves Carvalho, secretaria de saúde deste município.
Dessa forma o Centro de Assistência Psicossocial Dº Genésio Ramos Filho, local onde ocorreram os estágios, encontra-se dividida nos mais diferentes setores, incluindo recepção, sala da Coordenação, farmácia, sala de espera, 04 banheiros, sala de atendimento de enfermagem, consultório médico, copa, área de lazer, sendo que os acadêmicos durante este período tiveram contato e passaram pelos diversos segmentos daquela unidade desenvolvendo atividades dentro das competências da enfermagem.
Os centros de Atenção Psicossocial (CAPS) nas suas diferentes modalidades são pontos estratégicos da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) que por sua vez são serviços de saúde de caráter aberto e comunitário constituídos por equipe multiprofissional que atuam sob ótica interdisciplinar e realiza prioritariamente atendimento ás pessoas com transtornos mentais graves e persistentes e ás pessoas com sofrimento ou transtorno mental em geral, incluindo aquelas com necessidades decorrentes, álcool e outras drogas, em sua área territorial, seja em situações de crise ou nos processos de reabilitações psicossocial.
O quadro de funcionários durante o período do estágio era composto por uma coordenadora, uma psicóloga, um psiquiatra, uma farmacêutica, uma nos serviços gerais, uma técnica de enfermagem, uma cozinheira, uma enfermeira, uma psicopedagoga, duas recepcionistas, um vigia e uma assistente social. Todos muito receptivos e bons profissionais na qual proporcionou um ótimo relacionamento e interação, contribuindo no meu processo de aprendizagem. . 
Nota-se coma descrição que o centro de saúde psicossocial se encontra em condições e com equipe preparada para atender a demanda da cidade, pois conta com os mais diversos profissionais capacitados na área.
O horário de funcionamento da unidade: todos os dias de segunda à sexta no horário das 08h00min às 17h00min
Segue o cronograma de Atendimento:
QUADRO 1:
	TURNO
	SEGUNDA
	TERÇA
	QUARTA
	QUINTA
	SEXTA
	
MANHÃ
	
Pedagoga
	Enfermeira 
	Terapeuta Ocupacional
	Psicóloga
	Assistente Social
	
TARDE
	
Pedagoga
	
Enfermeira
	
Terapeuta Ocupacional
	
Psicóloga
	
	
	
	
	
	
	Assistente Social
Fonte: Alex Feitosa Nepomuceno
As consultas com o psiquiatra acontecem de 15 em 15 dias e são agendadas no decorrer dos dias que antecipa as datas da consulta.
2.2 OBJETIVO DO ESTÁGIO
2.2.1 Objetivo geral 
Cumprir o estágio no Centro de Atenção Psicossocial – CAPS I, Dº Genésio Ramos Filho, realizando atividades relacionadas às funções de ensino, assistenciais e administrativas conforme legislação do exercício profissional do enfermeiro na atenção básica de saúde.
2.2.2 Objetivos específicos
· Permitir o desenvolvimento de Habilidades tecnico- cientifico, visando uma melhor qualificação do futuro profissional. 
· Aplicar conceitos e conhecimentos básicos ministrados na teoria do curso em sala de aula;
· Refletir a importância o papel do enfermeiro na coordenação, supervisão, gerência e da enfermagem frente ao CAPS;
· Ampliar conhecimento através da prática realizada
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
3.1 DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
· Acolhimento 
· Consulta Psiquiatra 
· Atendimento Individual 
· Visitas Domiciliares 
· Ações de reabilitação psicossocial
· Práticas expressivas e comunicativas
· Práticas corporais
· Atendimento em grupo
· Atenção às situações de crise
· Projeto Terapêutico Singular (PTS
· Oficinas Terapêuticas 
· Orientações Sobre Medicações 
Dentre os instrumentos utilizados pelo Enfermeiro em seu trabalho no CAPS I, a colhida, escuta, estudo social, elaboração de relatórios, prontuários dos pacientes dentre outros. Durante o período de realização do estágio, sempre sob supervisão direta, pude acompanhar as seguintes atividades que compõe o seguinte plano de estágio.
No primeiro momento houve a apresentação do prédio e toda a equipe de profissionais que compõe o CAPS I, em seguida houve uma reunião com a coordenadoria sobre orientações técnicas e normativas do estágio supervisionado a ser realizado na instituição, com a presença da supervisora de campo foi definido os dias e feito o plano de estágio. Em seguida esta fez apresentação dos instrumentais do assistente social, tais como: Livro de Relatórios de visitas domiciliares, livro de registro de atividades, prontuários dos pacientes, CID, Anamnese social, livro de atividades, RASS, prontuários. Seguindo o cronograma das atividades do estágio, o primeiro contato com os pacientes do CAPS I.
Nas atividades foram realizadas as visitas domiciliares, as mesmas são entendidas como atenção desenvolvida no local da morada da pessoa ou de seus familiares, para compreensão de seu contexto e suas relações. foram realizadas visitas aos pacientes para saberinformações de como estava sua saúde de modo geral e em especial a mental, saber o motivo da ausência nas atividades e dar apoio e orientações a alguns casos ocorridos que ameaçaram e até mesmo atingiram psicologicamente pacientes e sua família. 
As práticas de atendimento em grupo fazem parte do cotidiano dos profissionais e usuários dos CAPS. O atendimento em grupo é uma estratégia para promover uma nova assistência em saúde mental, por ser alternativa ao modelo tradicional de tratamento psiquiátrico. Essa composição de sujeitos, visa, entre outras finalidades, a troca de experiências e à formação de vínculos, aspectos fundamentais para a ressocialização e a reabilitação social. 
Outra ferramenta também utilizada pelos profissionais do CAPS são as palestras. Durante o período do estágio supervisionado, foram realizadas algumas palestras como: prevenção contra o suicídio. Sobre a prevenção do suicídio as equipes dos CAPS são responsáveis pelo cuidado de pessoas que, em grande proporção, padecem de alguns transtornos como: esquizofrenia, transtorno esquizoafetivo ou transtorno afetivo bipolar. Essas equipes lidam constantemente com indivíduos em situação de crise, quando o risco de suicídio se encontra agudizado. Também por estarem em contato próximo e duradouro com os pacientes, seus familiares e sua comunidade, estão em posição privilegiada para avaliação da “rede de proteção social” dos pacientes em risco de suicídio e a criação de estratégias de reforço dessa rede.
A orientação social ocorre por meio de atendimento individual ao usuário e ao Familiar/cuidador, se faz através de uma escuta qualificada, onde os mesmos procuram o serviço social espontaneamente ou por encaminhamento a fim de manifestar sua demanda. Dependendo da demanda, a intervenção pode se resultar em uma orientação/explicação/esclarecimento, solicitação de visita domiciliar ou institucional ou em um encaminhamento formal, conduzindo o usuário ou familiar ao dispositivo que solucionar a seu problema. Além das atividades a cima desenvolvidas no período do estágio supervisionado no CAPS I, também fora realizado estudos sobre o código de ética, as diretrizes do CAPS e a Lei do SUS.
3.2 RELATO E DISCURSÃO DAS ATIVIDADES REALIZADAS
A realização do Estágio aconteceu no segundo semestre de 2019, com início dia 14 de agosto de 2019 e finalizado no dia 22 de novembro de 2019, sendo este realizado no horário de 08h00min às 12h00min, e 14h00min às 16h00min cumprindo a carga horaria diária de 6 horas, perfazendo uma carga horaria de 90 horas que corresponde ao cumprimento do estágio supervisionado.
Segue abaixo todas as Atividades realizadas nesse período de estágio na referida instituição de saúde:
Às 8h do dia 14 (catorze) de agosto do corrente ano apresentei-me juntamente com a equipe constituída por 05 (cinco) colegas de curso ao Centro de Atendimento Psicossocial (CAPS). Na ocasião conhecemos os funcionários da respectiva instituição os quais foram bem receptivos e prontamente nos apresentaram as dependências do posto e nos explicaram a rotina de atendimento e serviços prestados pela unidade.
Nos dias 20, 26 e 30 de agosto tivemos a oportunidade de vivenciar, conhecer todo funcionamento da unidade, Planejamento sobre atividades que serão desenvolvidas com os habilitados do CAPS e o que será realizado no decorrer do estágio de acordo com as necessidades do mesmo, conhecer as condutas de horários de atendimentos, tivemos acesso aos prontuários dos habilitados, e acompanhamento com a Farmacêutica na farmácia da unidade, esclarecimentos quanto as medicações mais utilizadas e fichas dos habilitados e oficina expressiva com músicas. Todas tarde realizamos a evolução de enfermagem dos habilitados. Todos os dias no CAPS temos a missão de levar uma atividade para realizar para com os habilitados, papel importante do enfermeiro frente ao centro de atenção psicossocial. Durante esse período foram realizadas as seguintes atividades: Oficina Terapêutica com E.V.A, oficina com músicas, danças, oficina expressiva com pinturas, jogos de dominó, baralho entre outros.
Na manhã do dia 30/08/2019, por volta das 08;00 horas a habilitada esteve presente ao Centro de Atenção Psicossocial para acompanhamento terapêutico, onde participou de todas as atividades e no decorrer da realização das atividades observou-se que a mesma apresentava dispneia, confusão, mimica facial alterada, P.A: 180X120 mmhg a mesma relatou ter ingerido na noite anterior 04 comprimidos de Haldol. Realizamos o atendimento de Enfermagem para paciente em crise e logo após acionamos o SAMU.
A equipe reúne-se diariamente para relatar casos ou situações ocorridas onde os demais não participaram. Assim, os quinze minutos que antecedem a abertura do CAPS, são para a discussão e relato de tais particularidades
A preceptora nos apresentou todas as fichas utilizadas no CAPS, como RAAS, Prontuarios entre ouros Todas as manhãs a responsabilidade da coordenação é da enfermagem. A equipe se organiza um dia antes, a fim de trazer alguma atividade que possibilite trabalhar em grupo assuntos que os mobilize a raciocinar, a trabalhar com a motricidade e a trabalhar com as temáticas do seu cotidiano, estimulando o autocuidado e promovendo cada vez mais a inserção no mundo fora do CAPS.
Nos dias 04, 11, 17 e 23 de setembro Participamos de várias atividades e uma delas foi a Reunião Extra CAPS sobre as Olimpíadas intermunicipais em saúde mental, o Evento ocorreu em Tuntum-Ma, reunindo várias habilitadas das mais diversas cidades. Foi possível explorar e valorizar as diversas potencialidades dos habilitados e proporcionar um momento de descontração, alegria, qualidade de vida e saúde. Tivemos variadas modalidades a serem disputadas: Dominó, dama, vôlei, xadrez, queimada, dança, show de talentos, jogo do velho bambolê e interativo.
No 04 de setembro de 2019 tivemos a oportunidade de participar de uma Palestra com a Fonoaudióloga do CEREST (Centro de Referência em Saúde do Trabalhador) na escola Antônio Jorge Dino, onde foi abordado os mais diversos tema relacionado a saúde do trabalhador.
Na manhã do dia 11 de setembro de 2019, foi realizado a Digitação da produção mensal RAAS (Registro das Ações Ambulatoriais de Saúde). Em busca de tornar o ambiente mais harmonioso foi feita uma simples Ornamentação da unidade para setembro amarelo, mês de prevenção ao suicídio. Durante a tarde nos deslocamos para uma Visita a UEMA Campus – Colinas para receber o Heitor e todo sua caravana.
Na manhã do dia 19 de setembro de 2019 participamos da Oficina com aulas teóricas sobre o Planifica SUS. Esta primeira oficina oferece reflexão sobre a situação de saúde, os principais problemas de saúde a serem enfrentados e a necessidade de mudar o modelo de atenção para atender às necessidades de saúde da população e melhorar os resultados desse sistema.
No dia 23 de setembro foi realizado o Preenchimentos das RAAS (Registro de ação ambulatorial de saúde) eu, junto com os meus colegas recebemos orientações acerca do preenchimento das fichas, logo após relizamos consultas dos prontuários de cada habilitado para coleta de informações para desenvolvimento do estudo de caso.
Na manha do dia 09 de outubro realizamos exame fisico, evolução de enfermagem nos habilitados para desenvolvimento do estudo de caso. Todas os dias somos responsáveis em levar uma atividade terapêutica para os habilitados, e dessa vez foi uma oficina de beleza, onde foi realizado penteados, lavagem cabelos e higiene das unhas. 
No dia 15 de outubro, também participamos da produção de biscoitos, uma fonte geradora de renda da unidade. Realizamos os preenchimentos das RAAS (Registro de ação ambulatorial de saúde), preenchimentos das fichas de atividade desenvolvidas no estágio curricular em saúde mental e organização dos prontuários. Nesse dia também houve consultas com psiquiatra e durante a tarde aconteceu a apresentação do estudo de caso.
No dia 22 de outubro de 2019 foi o ultimo dia na unidade, preparamos um café da manhã para os habilitados e os funcionários doCentro no qual foi comemorado o aniversário de dois habilitados, realizamos dinâmicas, danças, todo bem participativos, preparamos uma simples lembrança e presenteamos cada um dos habilitados inclusive cada um dos funcionários e por fim agradecemos a todos pelo acolhimento e autonomia que nos deu durante todo esse período de estágio, foi bem proveitoso e muito gratificante, só temos a agradecer.
E assim encerramos o estágio supervisionado em saúde mental com a sensação de ter absorvido muito aprendizado e dever cumprido.
3.3 RELAÇÃO TEORIA PRÁTICA
As atividades realizadas dentro dos CAPS muito acrescentaram à formação profissional e pessoal. São atividades de encontro, diálogo, desejos, histórias e conhecimentos específicos às quais proporcionaram convivência com as diferenças, experiência, capacidade de criar, ensino e multiplicação dos saberes. Além disso, promovem ao usuário o exercício de autonomia, expressão, cidadania, descoberta de habilidades, desenvolvimento e fortalecimento de relações.
A reforma psiquiátrica prevê o redirecionamento da assistência à pessoa com transtorno mental. Isso implica nas atuais transformações da assistência em saúde mental e repercute em vários aspectos na prática da enfermagem que passa a ser desenvolvida em diversificados serviços/dispositivos. O cuidado, por sua vez, necessita ter o foco no usuário e na sua família com vistas a conferir-lhes orientações, esclarecimentos, valorização do conteúdo de sua comunicação e estímulo e criação de condições de ressocialização (SOARES et al., 2011).
· Acolhimento
O Acolhimento pode ser compreendido como: uma postura que pressupõe atitude por parte do trabalhador de receber, escutar e tratar humanizadamente o usuário e suas demandas; técnica que instrumentaliza procedimentos e ações organizadas que facilitam o atendimento na escuta, na análise, na discriminação do risco e na oferta acordada de soluções ou alternativas aos problemas demandados; (re)orientador dos processos de trabalho que pontua problemas e oferece respostas a questões referentes à organização dos serviços de saúde.
No âmbito da Saúde Pública, o Acolhimento é considerado um dispositivo que contribui para a efetivação do Sistema Único de Saúde (SUS), sendo percebido como ferramenta de intervenção na qualificação da escuta e na construção de vínculo, além de garantir, nos serviços de saúde, acesso com responsabilização e resolutividade. Nesse sentido, o Acolhimento propõe a inversão do modelo de atenção à saúde, organizando os serviços de saúde de forma usuário-centrado, por meio de alguns princípios: atender todas as pessoas que procuram os serviços de saúde, garantindo a universalidade do acesso (SCHEIBEL, FERREIRA 2012).
· Consulta Psiquiatra 
Psiquiatria é a especialidade médica que cuida das diferentes formas de distúrbios mentais, sejam elas de caráter, funcional ou comportamental, que levam o paciente ao sofrimento metal, inadequação e incapacidade social. O estudo contemporâneo da psiquiatria se ressente notavelmente das valiosas contribuições teóricas dos autores clássicos na área de psicopatologia e semiologia psiquiátrica, constituindo-se o cenário atual da formação Fenomenologia e raciocínio clínico em Psiquiatria. Nesses serviços, as estratégias de intervenção são planejadas conforme o Projeto Terapêutico Singular (PTS), que é montado e reavaliado periodicamente pela equipe multiprofissional e interdisciplinar. esse projeto pode incluir desde a terapia medicamentosa, até musicoterapia, psicoterapia, oficinas, convivência. Visando oferecer aos usuários um atendimento integral, os CAPS contam ainda com o matriciamento ou apoio matricial, que consiste na articulação com a rede de atenção básica através, principalmente, da Estratégia de Saúde da Família (ESF) , que tem por objetivo co-responsabilizar as equipes e diversificar as ofertas terapêuticas através de um profissional de saúde mental que acompanhe a ESF e, portanto, conheça mais a fundo as demandas em saúde mental que chegam à atenção básica (BEZERRA, 2008)
· Atendimento Individual 
O atendimento individual é um momento bastante importante, pois é nessa hora que ocorre o diálogo entre o enfermeiro e o usuário e uma forma de fortalecer o vínculo e a confiança, bem como reavaliar as necessidades de saúde. O atendimento individual consiste em consultas de enfermagem que visam à observação e contato com os usuários do serviço, como, por exemplo, a administração e entrega de medicação, aferição dos sinais vitais e dados antropométricos, orientação e supervisão na tomada correta de medicação, informações nutricionais e de higiene, evolução do usuário e alterações no PTI (SANTOS et al., 2012).
· Visita Domiciliar
A visita domiciliar é um instrumento utilizado pelas equipes para inserção e conhecimento do contexto de vida da população, assim como estabelecimento de vínculos entre profissionais e usuários. Ainda, visa atender as diferentes necessidades de saúde, preocupando-se com a infraestrutura (habitação, higiene, saneamento entre outros) existente nas comunidades e o atendimento à saúde das famílias. Sendo assim, a visita domiciliar é uma das principais atividades que permite aos enfermeiros conhecerem o contexto social e identificarem as necessidades de saúde das famílias assistidas pela equipe, permitindo uma maior aproximação o com os determinantes do processo saúde-doença (KEBIAN, ACIOLI, 2014).
· Ações de reabilitação psicossocial
Ações de fortalecimento de usuários e de familiares, mediante a criação e o desenvolvimento de iniciativas articuladas com os recursos do território nos campos do trabalho/economia solidária, habitação, educação, cultura, direitos humanos, que garantam o exercício de direitos de cidadania, visando à produção de novas possibilidades para projetos de vida (BRASIL, 2008).
· Práticas expressivas e comunicativas
Estratégias realizadas dentro ou fora do serviço que possibilitem ampliação do repertório comunicativo e expressivo dos usuários e favoreçam a construção e a utilização de processos promotores de novos lugares sociais e a inserção no campo da cultura (BRASIL, 2008).
· Práticas corporais
Estratégias ou atividades que favoreçam a percepção corporal, a autoimagem, a coordenação psicomotora, compreendidos como fundamentais ao processo de construção de autonomia, promoção e prevenção em saúde (BRASIL, 2008). 
· Atendimento em grupo
Ações desenvolvidas coletivamente, como recurso para promover sociabilidade, intermediar relações, manejar dificuldades relacionais, possibilitando experiência de construção compartilhada, vivência de pertencimento, troca de afetos, autoestima, autonomia e exercício de cidadania (BRASIL, 2008).
· Atenção às situações de crise
Ações desenvolvidas para manejo das situações de crise, entendidas como momentos do processo de acompanhamento dos usuários, nos quais conflitos relacionais com familiares, contextos, ambiência e vivências causam intenso sofrimento e desorganização. Esta ação exige disponibilidade de escuta atenta para compreender e mediar os possíveis conflitos e pode ser realizada no ambiente do próprio serviço, no domicílio ou em outros espaços do território que façam sentido ao usuário e a sua família e favoreçam a construção e a preservação de vínculos (BRASIL, 2008).
· Projeto Terapêutico Singular (PTS 
Atenção direcionada aos usuários visando à elaboração do PTS ou do que dele deriva. Comporta diferentes modalidades, incluindo o cuidado e o acompanhamento nas situações clínicas de saúde, e deve responder às necessidades de cada pessoa. Nesses serviços, as estratégias de intervenção são planejadas conforme o Projeto Terapêutico Singular (PTS), que é montado e reavaliado periodicamente pela equipe multiprofissional e interdisciplinar. Esse projeto pode incluir desde a terapia medicamentosa, até musicoterapia, psicoterapia, oficinas, convivência. Visando oferecer aos usuários um atendimento integral, os CAPS contam ainda com o matriciamento ou apoio matricial, que consiste na articulação com a rede de atenção básica através,principalmente, da Estratégia de Saúde da Família (ESF) , que tem por objetivo co-responsabilizar as equipes e diversificar as ofertas terapêuticas através de um profissional de saúde mental que acompanhe a ESF e, portanto, conheça mais a fundo as demandas em saúde mental que chegam à atenção básica (BRASIL, 2008)
· Oficinas terapêuticas 
Um grupo de atividades em Terapia Ocupacional é definido como um espaço onde os pacientes se reúnem na presença do terapeuta ocupacional para vivenciar experiências relacionadas ao fazer como, por exemplo: pintar, passear, desenhar, modelar, dançar, fazer compras, costurar, entre outras. A autora ainda acrescenta que o grupo pode funcionar como uma caixa de ressonância, ampliando as possibilidades de intervenção e tornando-se para seus integrantes um ambiente confiável e facilitador da exploração do mundo, assumindo então uma função de espaço potencial. Dentro dos grupos terapêuticos existem diversos tipos de grupos que não são específicos da Terapia Ocupacional, entretanto seus princípios podem ser utilizados dentro do processo terapêutico ocupacional, desde que o profissional possua as habilidades necessárias (MONTREZOR 2013).
Tratando-se de pacientes portadores de transtornos mentais, Cunha e Santos (2012) relatam que a formação de grupos terapêuticos com o intuito de tratar esses pacientes é vantajosa, já que a constituição de um grupo é considerada, por si só, um recurso terapêutico e a terapia realizada através dos grupos possibilitam trabalhar objetivos distintos da terapia individual, alcançando, consequentemente, resultados diferentes.
· Orientações Sobre Medicações 
Os enfermeiros podem ter papel ativo em estratégias de transição do cuidado por meio de sua coordenação, bem como oferecendo suporte de educação em saúde e orientações para a prevenção, controle da doença, promoção e manutenção da saúde, a fim de aprimorar o preparo de alta e garantir a continuidade dos cuidados no domicílio. Esse processo está em construção e adaptação em diferentes países e carece de investigação, especialmente no Brasil. Atualmente a qualidade das transições do cuidado tem sido utilizada como um dos componentes para avaliação de desempenho de hospitais. A garantia de transições seguras e eficientes de serviços hospitalares para o domicílio tem sido foco de interesse de pesquisadores e gestores de saúde no âmbito internacional (WEBER, 2017).
4 CONCLUSÃO
Diante do exposto conclui-se que o período de estagio foi importante na vida dos acadêmicos de enfermagem, isso por que através destas práticas nós como acadêmicos passamos a enxergar a realidade sobre outra ótica, o que nos conduziu a um olhar mais contextualizado sobre o ambiente de atuação do profissional em enfermagem no âmbito da saúde Mental.
Vale ressaltar que as práticas nos propiciaram experiências de âmbito técnico-científico e, ao mesmo tempo nos capacitou de forma ampla, para que nós como futuros profissionais possamos desempenhar funções com responsabilidade, ética, liderança, capacidade de comunicação e tomada de decisões; todos esses aspectos são de grande valia, isso porque o profissional de enfermagem deve possuir um espirito de liderança, fator esse essencial para condução de sua equipe.
No decorrer dos estágios aprimoramos nossa capacidade técnica e conhecimento científico, o aspecto facilitador que mais contribuiu para esse aprimoramento foi o domínio do conhecimento e autonomia dos programas que nos foram apresentados nas unidades por parte da supervisora.
A passagem pelo Centro de Atendimento Psicossocial – CAPS I, permitiu reconhecê-la, de forma mais concreta, com um sistema bastante complexo de atendimento à saúde da população. Pude, principalmente, perceber e exercer o papel de enfermeiro em diversas situações.
O CAPS I foi um campo de grande aprendizagem, que me proporcionou vivenciar situações únicas, contribuindo de forma fundamental para o meu crescimento profissional e pessoal. Agradeço a enfermeira VERÔNICA DANIELLE LIMA DE MIRANDA pelo apoio, confiança, e autonomia que nos deu durante a supervisão do nosso estágio. Agradecer, em especial, a toda equipe da Unidade de Saúde que fez com que nos sentíssemos pertencente à equipe.
4.1 CRÍTICAS
Não tenho muitas críticas a fazer, mas é inevitável não falar da ausência do médico (Psiquiatra) na Unidade de saúde. Outro importante ponto negativo foi à falta de informações nos prontuários dos pacientes onde não era preenchido os campos obrigatórios para ter maiores informações dos mesmos.
4.2 SUGESTÕES
Busca ativa de pacientes faltosos, realizar mais atividades recreativas, realizar mais oficinas terapêuticas e estimular o Diálogo entre os pacientes e a própria família
Realizar mais brincadeiras com os habilitados assim estimular a participação dos mesmos nas atividades realizadas e assim ter melhor adesão dos clientes ao CAPS. 
Atendimento para a família: atendimento nuclear e a grupo de familiares, atendimento individualizado a familiares, visitas domiciliares, atividades de ensino, atividades de lazer com familiares, realizar mais atividades recreativa.
4.3 AVALIAÇÃO DO ESTÁGIO 
Com esta etapa de estágio concluída, considera-se um grande êxito, pois uma nova carga de conhecimentos fora adquirida. O relacionamento em que se estabeleceu entre o conhecimento teórico e a prática do assistente social foi de modo especial direcionado à saúde mental.
Há de se reconhecer que a saúde mental nos moldes em que se apresentam atualmente, traz consigo o resultado de inúmeras lutas de profissionais e usuários que buscam pela efetivação de direitos e atendimento digno e de qualidade, entretanto não se aderiu a esta concepção de forma majoritária, pois ainda hoje se encontram presentes, hospitais psiquiátricos que prezam pelo isolamento e segregação do paciente como forma de tratamento.
Com todo o estudo, foi possível ainda perceber o quanto é importante a atuação do profissional de Enfermagem na área da saúde, o quanto ele pode auxiliar e contribuir no tratamento dos pacientes inseridos dentro do CAPS I.
O estágio realizado no CAPS foi uma experiência agradável e única, encarada com comprometimento e responsabilidade, que servirá de exemplo e motivação para continuar evoluindo profissionalmente. Por fim, encerro este estágio com a certeza de ter absorvido muito Conhecimento, além da sensação de estar no caminho certo.
REFERÊNCIAS
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BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Manual de estrutura física das unidades básicas de saúde. Brasília, 2008.
BARROSO, Caroline Oliveira Nascimento ET al. A INSERÇÃO DO ENFERMEIRO NA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL DO CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL. Ciência Atual–Revista Científica Multidisciplinar das Faculdades São José, v. 12, n. 2, 2018.
CUNHA, M. et altitudes do enfermeiro em contexto de ensino clínico: uma revisão da literatura. Millenium-Journal of Education, Technologies, and Health, n. 38, p. 271-282, 2016
DOS SANTOS, Mirely Ferreira; DE OLIVEIRA, Regiane Dias; DOS SANTOS RODRIGUES, Jacinta Ferreira. ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO: EXPERIÊNCIAS DOS DISCENTES DO CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM. Nexus-Revista de Extensão do IFAM, v. 3, n. 1, 2017.
MARTINHAGO, Fernanda; OLIVEIRA, Walter Ferreira de. A prática profissional nos Centros de Atenção Psicossocial II (CAPS II), na perspectiva dos profissionais de saúde mental de Santa Catarina. Saúde em debate, v. 36, p. 583-594, 2012.
MONTREZOR, Janaina Bussola. A Terapia Ocupacional na prática de grupos e oficinas terapêuticas com pacientes de saúde mental/Occupational Therapy in the practice of therapeutic groups and workshops with mental health patients. Cadernos Brasileiros de Terapia Ocupacional, v. 21, n. 3, 2013.
PASSERINI, G. A. O estágio supervisionado na formação inicial de professores de matemática na ótica de estudantes do curso de licenciatura em matemáticada UEL. 121f. Dissertação (Mestrado em Ensino de Ciências e Educação Matemática) - Universidade Estadual de Londrina. Londrina: UEL, 2007
QUINDERÉ, Paulo Henrique Dias; JORGE, Maria Salete Bessa; FRANCO, Túlio Batista. Rede de Atenção Psicossocial: qual o lugar da saúde mental? Physis: Revista de Saúde Coletiva, v. 24, p. 253-271, 2014.
SANTOS, Elitiele Ortiz et al. Serviços substitutivos na perspectiva da reabilitação psicossocial: um relato de experiência. Ciência, Cuidado e Saúde, [s.l.], v. 11, n. 3, p.588-592, 2 dez. 2012. Disponível em: <http://ojs.uem.br/ojs/index.php/CiencCuidSaude/article/viewFile/15417/pdf>. Acesso em: 14 out. 2018.
SOARES, Régis Daniel et al. O papel da equipe de enfermagem no centro de atenção psicossocial. Escola Anna Nery, v. 15, n. 1, p.110-115, mar. 2011. Disponível em:<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-81452011000100016>. Acesso em: 15 jan. 2017.
SCHEIBEL, Aline; HECKER FERREIRA, Lígia. Acolhimento no CAPS: reflexões acerca da assistência em saúde mental. Revista Baiana de Saúde Pública, v. 35, n. 4, p. 966, 2012.
SILVA, R. N.; SILVA, I. C. M.; RAVALIA, R. A. Ensino de Enfermagem: reflexões sobre o Estágio Curricular Supervisionado. Revista Praxis, v.1, n. 1, 2009.
KEBIAN, Luciana Valadão Alves; ACIOLI, Sonia. A visita domiciliar de enfermeiros e agentes comunitários de saúde da Estratégia Saúde da Família. Revista Eletrônica de Enfermagem, v. 16, n. 1, p. 161-9, 2014.
WEBER, Luciana Andressa Feil et al. Transição do cuidado do hospital para o domicílio: revisão integrativa. Cogitare enfermagem. Curitiba. Vol. 22, n. 3 (2017), p. e47615, 2017.
ZAVASCHI, Maria Lucrécia Scherer. Crianças e adolescentes vulneráveis: O atendimento interdisciplinar nos centros de atenção psicossocial. Porto Alegre: Artmed, 2009. 44 p.
APÊNDICES
APÊNDICE A – ESTUDO DE CASO
APÊNDICE B – REGISTROS FOTOGRÁFICOS DO ESTÁGIO
Figura 1: Atividades em grupo.
Figura 2: Oficina expressiva com E.V.A
Figura 3: Exame Fisico para desenvolvimento de Estudo de Caso.
Figura 4: Ornamentação da Unidade em comemoração ao setembro Amarelo.
Figura 5: Atividades em grupo.
Figura 6: Oficina com pinturas expressivas
Figura 7: Palestra na Escola Dr. Antônio Jorge Dino.
Figura 8: Fonte de Renda da Unidade ‘’ Produção de Biscoitos’’
Figura 9: Oficina expressiva com pinturas e confecções com E.V.A
Figura 10: Oficina expressiva com pinturas
Figura 11: Recebido de uma habilitada do CAPS
Figura 12: Encerramento do Estagio Supervisionado em saúde mental
ANEXOS

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