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Oslerus Parasitologia Veterinária INTRODUÇÃO Até recentemente, este gênero fazia parte do gênero maio filaroides, mas agora está separado, em base morfológica, dos outros membros. Apesar da distinção ser feita pela morfologia. Oslerus osleri, que vive nas vias aéreas superiores das espécies relativamente contida, os principais sinais de infecção por oslerus são dificuldade respiratória de ocorrência mundial, geralmente acomete cães de menos de dois anos de idade de quaisquer raças e sexo, uma doença aonde existe exames, diagnóstico e tratamento. SIMONINO: Filaroides osleri. NOME COMUM: Verme pulmonar dos cães. FILO: nematoda CLASSE: Secernentea. ESPECIES: OSLERUS OSLERI. DISTRIBUICAO GEOGRAFICA: Mundial. HOSPEDEIRO: Cães. IDENTIFICACAO: Pequenos vermes, delgados e pálidos, de até 1,5 cm de comprimento, a localização e as lesões são diagnosticas. Ciclo evolutivo As fêmeas da espécie Olerus são ovovivíparas, ou seja, seus ovos eclodem ainda dentro do corpo da fêmea; no caso dos Olerus a maior parte dos ovos eclode na traqueia, e então durante a tosse diversas larvas são deglutidas e também excretadas nas fezes, ocorrendo, em diversos casos, infecção pela ingestão das larvas. Geralmente, a infecção se prolifera quando a cadela infectada lambe seus filhotes e transmite a larva 1 recentemente eclodida através da saliva. Após a ingestão, a primeira mudança ocorre no intestino delgado, então a larva2 desloca-se aos pulmões pela via linfática sanguínea; é nos alvéolos e brônquios que ocorre o completo desenvolvimento da larva, até a larva5. E quando adultos, os vermes migram para a bifurcação da traqueia. O período pré-patente (período entre a penetração do agente etiológico e o aparecimento das primeiras formas detectáveis do agente etiológico) varia de 10 a 18 semanas. Morfologia Parasitos fortemente inseridos sob a mucosa da traqueia e dos brônquios do hospedeiro. Espécimes com corpo filiforme, com acentuado dimorfismo sexual, onde as fêmeas são maiores que os machos. Cutícula com superfície lisa, sem ornamentações e com a bainha cuticular bem evidente (Figuras 1A, D, 2, 3, 4B). Extremidade anterior sem colar cuticular e sem rostro protusível (Figura 1A, 4A). Ausência de lábios e papilas circundando a abertura bucal (Figura 4A). Ausência de capsula bucal, com a abertura bucal ligada diretamente ao esôfago. Esôfago claviforme (Figura 1A). Anel nervoso localizado um pouco acima do poro excretor (Figura 1A). Glândula excretora única, alongada e robusta. Etiologia O Oslerus Osleri é um verme, o agente etiológico da doença pulmonar, encontrado em cães e outros canídeos selvagens. O ciclo dos Oslerus é direto, as fêmeas são ovovíparas e formam nódulos de tamanhos variáveis. Dentro dos cistos encontram se embriões dos vermes que eclodem na traqueia e são infectantes, podendo contaminar saliva e fezes. Algumas infecções são ocultas clinicamente e os nódulos, na maioria das vezes, são descobertos na necropsia como um achado. Dispneia e tosse seca são as principais manifestações clínicas, e podem aparecer após exercícios principalmente em cães de trabalho. Infecções intensas crônicas podem prejudicar o apetite e levar a emaciação. Já em animais de estimação que vivem em ambientes domésticos e cujo exercício é limitado, a presença de nódulos na traqueia é bem tolerada. Sintomatologia A manifestação clínica causada por Oslerus Osleri é de Pneumonia parasitária. Os sintomas são inespecíficos podendo apresentar isoladamente ou em conjunto. Entre eles se destacam: Tosse não produtiva, tosse produtiva com eliminação de substâncias amarelada ou sanguinolenta, dispneia, sibilos, ruídos traqueobrônquicos grosseiros, nódulos na submucosa traqueal, mímica de vômito, intolerância ao exercício, respiração ofegante, cianose, anorexia, emagrecimento, síncope e pirexia (febre) inconstante. Em casos mais graves podem estar associados a pneumonia bacteriana secundária, pneumotórax, pneumomediastino e caquexia. Epidemiologia Em alguns casos podem se estender para brônquios primários e secundários. Dentro dos cistos encontram-se embriões dos vermes que desabrocham na traqueia e são infectantes, podem contaminar saliva e fezes. Após a ingestão, as larvas chegam ao intestino delgado onde sofrem muda, entram na circulação linfática, atingem o coração e chegam à traqueia. Os parasitas adultos vivem em nódulos que irritam a traqueia ocasionando a tosse. Normalmente acomete cães de menos de dois anos de idade de quaisquer raças e sexo. Transmissão/ Vias de contaminação Pode ser quando os animais se lambem, pela regurgitação de alimentos para os filhotes, e pelo contato direto com fezes. · Quando a mãe está contaminada e mantem o costume de lamber os filhotes, transfere através da saliva. · Comuns altas taxas de infecções em cães que vivem em canis. · Comum o foco de infecção ser em cadelas lactantes. Diagnostico · O diagnóstico para O. osleri e feito por meio do exame coproparasitologico de fezes utilizando a técnica de Baermann A técnica de Baermann tem a função de extrair larvas vivas de fezes frescas ou de preparações de coprocultura · A broncoscopia e um método mais seguro, mesmo sendo preciso o uso de anestesia geral, o que permite a colheita do muco traqueal que confirma a presença de ovos e larvas · Radiografia torácica lateral pode ser feita para ver os nódulos maiores Tratamento Pode ser realizado com benzimidazóis: Fembendazol e albendazol que causam a paralisia do verme e sua morte por inanição. Após o tratamento prolongado com esses medicamentos, os sintomas tendem a diminuir, porém os nódulos podem demorar um pouco mais para reduzirem. Em casos de obstrução grave das vias respiratórias o tratamento cirúrgico pode ser indicado. Controle e Prevenção Antigamente, o único método certo de controle era a remoção dos filhotes das mães infectadas ao nascimento, era o aleitamento manual ou adoção dos filhotes por uma cadela não infectada. Mas podem ser tomados os devidos cuidados: · As cadelas infectadas devem ser identificadas e tratadas antes do parto e durante a lactação. · A limpeza do ambiente impede a contaminação via fecal, ou seja, as fezes devem ser recolhidas, depois o local pode ser lavado com água, sabão e desinfetantes.