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XXVII Congresso Interamericano de Engenharia Sanitária e Ambiental
ABES - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental 1
III-086 - DIAGNÓSTICO PRELIMINAR DO INVENTÁRIO DOS RESÍDUOS
SÓLIDOS INDUSTRIAIS NO ESTADO DE PERNAMBUCO
Gilson Lima da Silva(1)
Engenheiro Químico graduado pela UFPE, 1983. Mestre em Ciências do Solo pela
UFRPE,1992. Doutorando em Engenharia Química pela UNICAMP, 2000. Inspetor Ambiental
da Companhia Pernambucana do Meio Ambiente - CPRH, atuando nas áreas de licenciamento
e fiscalização das indústrias, acompanhando as estações de tratamento de efluentes, sistemas de
controle de emissões atmosféricas e gerenciamento de resíduos sólidos.
Alíria Maria Carneiro da Cunha
Química Industrial graduada pela UNICAP, 1980. Auditora Ambiental
(PEB/FLEA/000200/UK/BRAZIL). Inspetora Ambiental da Companhia Pernambucana
do Meio Ambiente-CPRH, atuando nas áreas de licenciamento e fiscalização das indústrias, acompanhando
as estações de tratamento de efluentes, sistemas de controle de emissões atmosféricas e gerenciamento de
resíduos sólidos.
André Felipe de Melo Sales Santos
Graduado em Engenharia Química pela UFPE-2000. Integrante do Projeto de Cooperação Técnica entre o
Brasil e Alemanha (Projeto CPRH/GTZ). Atuando nas áreas de fiscalização às indústrias, avaliação de
impactos ambientais, controle da poluição hídrica, atmosférica e do gerenciamento de resíduos sólidos
industriais.
Endereço(1): Rua Ademar Travasso, 275, apto. 102-A - Iputinga - Recife - PE - CEP: 50670-060 - Brasil -
Tel: (0xx81) 453-1640 - e-mail: g.guerra@terra.com.br
RESUMO
A realização do Inventário dos Resíduos Sólidos Industriais no Estado de Pernambuco buscou caracterizar o
panorama do problema de resíduos sólidos dentro de cada ramo industrial, através de uma amostragem que
contemplasse os grandes e médios geradores do Estado e que possibilitasse definir prioridades e uma linha de
ação para empresários, comunidade e Órgãos Públicos. O objetivo deste trabalho é apresentar os dados
básicos do Inventário dos Resíduos Sólidos Industriais no Estado de Pernambuco, abordando os aspectos de
geração e destinação final.
A abrangência da amostragem contemplou, um universo de 100 (cem) indústrias de grande e médio porte
dentro das atividades: metalúrgica, química, papel e papelão, têxtil, sucroalcooleira e produtos alimentares,
tomando-se como período de referência 1999-2000.
Para proceder o levantamento de dados junto às indústrias, foi celebrado um convênio entre o Órgão
Ambiental - CPRH e a Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco - FIEPE, que disponibilizou uma
equipe de pesquisadores devidamente treinados pela CPRH.
Os resultados obtidos mostraram que o setor que gera a maior quantidade de resíduos é o sucroalcooleiro,
seguido pelo setor metalúrgico, com predominância de geração de resíduos classe II.
O maior gerador de resíduos perigosos é a indústria química, destacando-se os resíduos de solventes
contaminados e óleos usados, que têm como principal forma de destinação final o
reprocessamento/reciclagem externos. A indústria de produtos alimentares foi o setor responsável pela maior
geração de resíduos classe III, representados, nesse caso, pelos resíduos de embalagens de vidro.
PALAVRAS-CHAVE: Resíduos, Resíduos Sólidos, Resíduos Industriais, Inventário, Diagnóstico.
INTRODUÇÃO
A atividade industrial, em termos de potencial poluidor, é uma das fontes mais representativas como
causadora de impactos ambientais. Entretanto, através da dinâmica do desenvolvimento industrial com a
utilização de melhores tecnologias disponíveis, impulsionada pela pressão de um mercado globalizado, cada
vez mais competitivo e exigente na questão de preservação ambiental, esse cenário vem sendo modificado,
principalmente em relação ao tratamento dos efluentes líquidos e ao controle das emissões gasosas. Porém,
FOTOGRAFIA
NÃO
DISPONÍVEL
XXVII Congresso Interamericano de Engenharia Sanitária e Ambiental
ABES - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental 2
não se pode dizer o mesmo a cerca do gerenciamento dos resíduos sólidos, cuja questão ainda é tratada de
forma incipiente, considerando-se a falta de uma Política de Gestão de Resíduos Sólidos no país, bem como a
falta de investimentos públicos e privados que incentivem a adoção de práticas de controle, com base em
diretrizes e procedimentos pré-estabelecidos.
São considerados resíduos sólidos industriais os resíduos em estado sólido e semi-sólido que resultam da
atividade industrial, incluindo-se os lodos provenientes das instalações de tratamento de águas residuárias,
aqueles gerados em equipamentos de controle da poluição, bem como determinados líquidos cujas
particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos d’água, ou exijam
para isto, soluções economicamente inviáveis, em face da melhor tecnologia disponível (ROCCA et alli,
1993). Os resíduos sólidos são classificados, de acordo com a Norma Técnica da ABNT NBR 10.004, como:
Classe I, considerados perigosos, os Classe II, não inertes, e finalmente Classe III, inertes.
Uma das ferramentas básicas recomendadas para uma avaliação do cenário dos resíduos sólidos é a
realização prévia do Inventário, instrumento pelo qual, através de levantamentos de dados cadastrais e de
pesquisa de campo das fontes geradoras, sistematiza-se o controle das informações a cerca da geração,
acondicionamento, transporte, armazenamento e destino final. Essas avaliações poderão ser empregadas em
importantes trabalhos de planejamento das ações de controle da poluição industrial, auxiliando, por exemplo
na priorização das ações, levando em consideração o cruzamento das potencialidades da poluição por geração
de resíduos sólidos; planejamento de usos do solo, bem como no planejamento dos Órgãos Estaduais de Meio
Ambiente, visando o desenvolvimento industrial sustentado, (FEPAM,1997). O inventário, portanto, é o
ponto de partida para o planejamento, uma vez que todas as recomendações subsequentes para tomada de
decisões serão balizadas através de suas informações, (TECHOBANOGLOUS,1993).
O Estado de Pernambuco possui, conforme levantamento realizado pela Federação das Indústrias do Estado
de Pernambuco (FIEPE, 1998), cerca de 6.000 indústrias, embora apenas 2.000 consideradas representativas
estão cadastradas na CPRH e fazem parte de sua estratégia de controle ambiental. Dentro desse universo,
algumas tipologias se destacam quanto à geração de resíduos sólidos, dentre elas: metalúrgica, química,
papel e papelão, têxtil, sucroalcooleira e produtos alimentares.
A realização do Inventário dos Resíduos Sólidos Industriais no Estado de Pernambuco (CPRH/GTZ, 2000)
buscou caracterizar o panorama do problema dos resíduos sólidos dentro de cada ramo industrial, dentro de
uma amostragem que contemplasse os grandes e médios geradores do Estado e que possibilitasse definir
prioridades e uma linha de ação para empresários, comunidade e Órgãos Públicos. Para tal, foi acordado um
Convênio de Cooperação Técnica entre os governos do Brasil e a Alemanha, de modo que fosse viabilizado o
levantamento de dados específicos dos resíduos industriais.
O objetivo deste trabalho é apresentar os dados básicos do Inventário dos Resíduos Sólidos Industriais no
Estado de Pernambuco, abordando a geração e a destinação dos resíduos.
MATERIAIS E MÉTODOS
A metodologia adotada foi definida através de um processo de planejamento participativo entre os diversos
segmentos envolvidos na problemática, utilizando para isso o Método ZOPP, (LANG, 1989). Como resultado
do planejamento foi definido um Plano Operacional estabelecendo as atividades necessárias à elaboração do
inventário. Nesse Plano, foram definidos os principais ramos de atividades industriais representativos em
termos de geração dos resíduos sólidos e a estratégia para levantamento dos dados de campo.
A abrangência da amostragem contemplou, um universo de 100 (cem) indústrias de grande e médio porte
dentro das atividades: metalúrgica, química, papel epapelão, têxtil, sucroalcooleira e produtos alimentares,
tomando-se como período de referência 1999-2000, conforme apresentado na Tabela 1.
TIPOLOGIA Alimentício Metalúrgica Química Papel Têxtil Sucroalcooleira
Número de indústrias
inventariadas
17 19 34 8 16 6
Tabela 1: Número de indústrias por tipologias inventariadas.
XXVII Congresso Interamericano de Engenharia Sanitária e Ambiental
ABES - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental 3
Foi elaborado um formulário de base para facilitar a coleta de informações, dispondo de planilha central e
tabelas de referências, as quais possuem dados de identificação do empreendimento, dados dos resíduos
gerados, incluindo as quantidades geradas, sistemas de acondicionamento, formas de transporte. sistemas de
armazenamento e destino final.
Na Tabela 2, se encontra apresentado a listagem dos tipos de resíduos gerados no processo produtivo, bem
como os provenientes da área de utilidades, incluindo-se também as estações de tratamento de efluentes
industriais, de acordo com a classificação de resíduos sólidos preconizada pela FEPAM (Órgão Ambiental do
Rio Grande do Sul) e adaptada da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).
TIPO DE RESIDUO INDUSTRIAIS UNIDADE CLASSE
Resíduos corrosivos(rejeito do digestor) m3/ano ou t/ano I
Resíduos de ambulatório t/ano I
Lodos perigosos de ETE m3/ano ou t/ano I
Resíduos perigosos de varrição t/ano I
Lodos de ETE de galvanoplastia m3/ano ou t/ano I
Sais de tratamento térmico t/ano I
Óleos usados m3/ano I
Materiais contaminados com óleos t/ano I
Resíduos têxteis de manutenção contaminados(buchas, panos) t/ano I
Borras de retífica m3/ano I
Solventes contaminados m3/ano ou t/ano I
Outros resíduos perigosos de processo(resíduos corrosivos, resinas) t/ano I
Borras oleosas da petroquímica m3/ano ou t/ano I
Lodos do controle de emissão de gases/aciaria m3/ano ou t/ano I
Banhos de decapagem exaurido das operações de acabamento do m3/ano I
Lodos de ETE de produção de tintas m3/ano ou t/ano I
Resíduos de catalisadores m3/ano ou t/ano I
Borras do re-refino de óleos usados m3/ano ou t/ano I
Poeiras dos sistemas de controle de emissão de gases t/ano I
Resíduo oriundo de laboratórios industriais m3/ano ou t/ano I
Pesticidas e inseticidas m3/ano ou t/ano I
Embalagens vazias de defensivos agrícolas t/ano I
Resíduos de tintas, pigmentos e corantes m3/ano ou t/ano I
Lodos de tintas(cabine de pintura) m3/ano I
Resíduos de restaurante t/ano II
Resíduos gerados fora do processo industrial t/ano II
Resíduos de varrição não perigosos t/ano II
Sucata de metais ferrosos t/ano II
Embalagens metálicas (latas de pigmentos, corantes e auxiliares) t/ano II
Sucatas de metais não ferrosos t/ano II
Tambores metálicos t/ano ou peças/ano II
Resíduos de papel e papelão t/ano II
Bombonas plásticas t/ano ou peças/ano II
Resíduos plásticos(filmes e pequenas embalagens) t/ano II
Resíduos de borrachas t/ano II
Resíduos de madeira t/ano II
Resíduos de materiais têxteis t/ano II
Resíduos de minerais não metálicos t/ano II
Cinza de caldeira t/ano II
Escórias de fundição t/ano II
Escórias de aciaria t/ano II
Areias de fundição t/ano II
Resíduos de refratários e materiais não cerâmicos t/ano II
Resíduos sólidos composto por metais não tóxico(jateamento de m3/ano ou t/ano II
Resíduos de ETE com material biológico não tóxico m3/ano ou t/ano II
Resíduos sólidos da ETE com substâncias não tóxicas m3/ano ou t/ano II
Resíduos pastosos com calcáreo (dregs-grits, gesso contaminado) m3/ano ou t/ano II
Bagaço de cana t/ano II
Torta de filtro t/ano II
Resíduos orgânicos de processos (vinhoto, sebos, gorduras etc) m3/ano ou t/ano II
Resíduos de vidros t/ano III
Resíduos de materiais cerâmicos t/ano III
Tabela 2: Tipos de resíduos industriais gerados.
XXVII Congresso Interamericano de Engenharia Sanitária e Ambiental
ABES - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental 4
Para proceder o levantamento de dados junto às indústrias, foi celebrado um convênio entre o Órgão
Ambiental – CPRH / FIEPE, que disponibilizou uma equipe de pesquisadores devidamente treinados pela
CPRH. Essa estratégia possibilitou uma maior confiabilidade dos dados, uma vez que o empresário motivou-
se a repassar as informações diretamente para seu órgão de classe. As informações foram alimentadas em um
banco de dados ACCESS, que permitiu a avaliação a partir das diversas inter-relações.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Os resultados obtidos demonstraram que a quantidade total dos resíduos gerados por classe nos setores
industriais inventariados foi de cerca de 1.342.483 t/ano e 2.427.922 m3/ano. Observou-se também que houve
uma maior geração de resíduos classe II, nesse caso correspondendo, respectivamente, a cerca de 99% e 93%
sobre o total de resíduos gerados, conforme apresentado nas Tabela 3.
CLASSE Quantidade
(t/ano)
% Quantidade
(m3/ano)
%
I 12621,68 0,9 166304,43 6,85
II 1325790,61 98,8 2261617,55 93,15
III 4070,79 0,3 0 0
TOTAL 1342483,08 100,0 2427922,0 100
Tabela 3: Geração total de resíduos por classe nos setores industriais em t/ano e m3/ano.
Quanto aos resíduos de classe II, a indústria sucroalcooleira foi a maior geradora, representando cerca de
93%, sobre o total gerado em t/ano, conforme apresentado na Tabela 4, cujo resultado foi em função da
elevada geração de bagaço e de torta de filtro (resíduos provenientes do processamento da cana-de-açúcar).
Do mesmo modo, como apresentado na Tabela 5, esse setor também foi o mais representativo na geração de
resíduos classe II, em m3/ano, correspondendo a 97% do total gerado, devido a contribuição do principal
resíduo da destilação do álcool (vinhoto).
Foi demonstrado que, através de uma análise mais específica dos dados excluindo-se a participação do setor
sucrolcooleiro, os setores metalúrgico, papel/papelão e produtos alimentares foram também representativos
em termos de geração de resíduos classe II, contribuindo, respectivamente, com cerca de 34%, 32% e 21% do
total gerado em t/ano, conforme Tabela 6. Dentro da mesma linha de avaliação, em termos de m3/ano, os
setores metalúrgico e de produtos alimentares foram os mais representativos, contribuindo respectivamente
com cerca de 81% e 17% do total gerado, conforme Tabela 7.
Com base nas tipologias levantadas, a indústria de produtos alimentares foi a mais representativa em resíduos
classe III, contribuindo com 98% do total em t/ano, independentemente da participação do setor
sucroalcooleiro, conforme Tabelas 4 e 6. O levantamento realizado demonstrou que a maioria desse resíduo
foi constituído por embalagens de vidro.
Classe I
Classe II
Classe III
Gráfico 1 : Distribuição da geração total de
resíduos por classe nos setores industriais em
t/ano.
Classe I
Classe II
Classe III
Gráfico 2: Distribuição da geração total de
resíduos por classe nos setores industriais em
m3/ano.
XXVII Congresso Interamericano de Engenharia Sanitária e Ambiental
ABES - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental 5
 Os resíduos perigosos, classe I, constituídos principalmente de solventes contaminados, em t/ano, e óleos
usados, em m3/ano, têm uma maior geração concentrada nos setores químico e metalúrgico, representando
cerca de 80% e 78% respectivamente, Tabela 4 e 5. Sendo considerada a exclusão do setor sucroalcooleiro a
representatividade da geração, em t/ano, ficou mantida nos setores químico e metalúrgico, correspondendo a
cerca de 85% a participação do setor químico sobre o total desses resíduos, conforme Tabelas 6 e 7.
CLASSE TIPOLOGIA Quantidade (t/ano) %
I INDÚSTRIA DE PRODUTOS ALIMENTARES 1279,3 10,14
INDÚSTRIA METALÚRGICA 444,1 3,52
INDÚSTRIA PAPEL E PAPELAO 0,8 0,01
INDÚSTRIA QUÍMICA 10163,2 80,52
INDÚSTRIA SUCROALCOOLEIRA 727,4 5,76
INDÚSTRIA TÊXTIL 6,9 0,05
TOTAL 12621,7 100,00
II INDÚSTRIA DE PRODUTOS ALIMENTARES 18942,1 1,43
INDÚSTRIA METALÚRGICA 30612,3 2,31
INDÚSTRIA PAPEL E PAPELÃO 28333,9 2,14
INDÚSTRIA QUÍMICA 8133,8 0,61
INDÚSTRIA SUCROALCOOLEIRA 1236440,2 93,26
INDÚSTRIA TÊXTIL 3328,3 0,25
TOTAL 1325790,6 100,00
III INDÚSTRIADE PRODUTOS ALIMENTARES 3976,0 97,67
INDÚSTRIA METALÚRGICA 16,8 0,41
INDÚSTRIA QUÍMICA 78,0 1,92
TOTAL 4070,8 100,00
Tabela 4: Geração de resíduos por classe e tipologia em t/ano.
INDÚSTRIA DE
PRODUTOS
ALIMENTARES
INDÚSTRIA
METALÚRGICA
INDÚSTRIA PAPEL
PAPELÃO
INDÚSTRIA QUÍMICA
INDÚSTRIA
SUCROALCOOLEIRA
INDÚSTRIA TÊXTIL
INDÚSTRIA DE
PRODUTOS
ALIMENTARES
INDÚSTRIA
METALÚRGICA
INDÚSTRIA QUÍMICA
Gráfico3: Distribuição da geração dos resíduos
classe I por tipologia em t/ano.
Gráfico 4: Distribuição da geração dos resíduos
classe II por tipologia em t/ano.
Gráfico 5: Distribuição dos resíduos classe III por tipologia em t/ano.
INDÚSTRIA DE
PRODUTOS
ALIMENTARES
INDÚSTRIA
METALÚRGICA
INDÚSTRIA PAPEL
PAPELAO
INDÚSTRIA QUÍMICA
INDÚSTRIA
SUCROALCOOLEIRA
INDÚSTRIA TÊXTIL
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CLASSE TIPOLOGIA Quantidade(m3/ano) %
I INDÚSTRIA DE PRODUTOS ALIMENTARES 120,18 0,07
INDÚSTRIA METALÚRGICA 130073,20 78,21
INDÚSTRIA PAPEL E PAPELÃO 3840,00 2,31
INDÚSTRIA QUÍMICA 31269,45 18,80
INDÚSTRIA SUCROALCOOLEIRA 41,00 0,02
INDÚSTRIA TÊXTIL 960,60 0,58
TOTAL 166304,43 100,00
II INDÚSTRIA DE PRODUTOS ALIMENTARES 10392,00 0,46
INDÚSTRIA METALÚRGICA 49945,20 2,21
INDÚSTRIA PAPEL E PAPELÃO 7,20 0,00
INDÚSTRIA QUÍMICA 247,15 0,01
INDÚSTRIA SUCROALCOOLEIRA 2200286,00 97,29
INDÚSTRIA TÊXTIL 740,00 0,03
TOTAL 2261617,55 100,00
Tabela 5: Geração de resíduos por classe e tipologia em m3/ano.
CLASSE TIPOLOGIA Quantidade(t/ano) %
I INDÚSTRIA DE PRODUTOS ALIMENTARES 1279,3 10,76
INDÚSTRIA METALÚRGICA 444,1 3,73
INDÚSTRIA PAPEL E PAPELÃO 0,8 0,01
INDUSTRIA QUÍMICA 10163,2 85,45
INDÚSTRIA TÊXTIL 6,9 0,06
TOTAL 11894,3 100,00
II INDÚSTRIA DE PRODUTOS ALIMENTARES 18942,1 21,20
INDÚSTRIA METALÚRGICA 30612,3 34,26
INDÚSTRIA PAPEL E PAPELÃO 28333,9 31,71
INDÚSTRIA QUÍMICA 8133,8 9,10
INDÚSTRIA TÊXTIL 3328,3 3,73
TOTAL 89350,4 100,00
III INDÚSTRIA DE PRODUTOS ALIMENTARES 3976,0 97,67
INDÚSTRIA METALÚRGICA 16,8 0,41
INDÚSTRIA QUÍMICA 78,0 1,92
TOTAL 4070,8 100,00
Tabela 6- Geração de resíduos por classe e tipologia, sem o setor sucroalcooleiro, em t/ano.
INDÚSTRIA DE
PRODUTOS
ALIMENTARES
INDÚSTRIA
METALÚRGICA
INDÚSTRIA PAPEL
PAPELÃO
INDÚSTRIA QUÍMICA
INDÚSTRIA
SUCROALCOOLEIRA
INDÚSTRIA TÊXTIL
INDÚSTRIA DE
PRODUTOS
ALIMENTARES
INDÚSTRIA
METALÚRGICA
INDÚSTRIA PAPEL
PAPELÃO
INDÚSTRIA
QUÍMICA
INDÚSTRIA
SUCROALCOOLEIR
A
INDÚSTRIA TÊXTIL
Gráfico 6: Distribuição da geração dos
resíduos classe I por tipologia em m3/ano.
Gráfico 7: Distribuição da geração dos
resíduos classe II por tipologia em m3/ano.
XXVII Congresso Interamericano de Engenharia Sanitária e Ambiental
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CLASSE TIPOLOGIA Quantidade(m3/ano) %
I INDÚSTRIA DE PRODUTOS ALIMENTARES 120,18 0,07
INDÚSTRIA METALÚRGICA 130073,20 78,23
INDÚSTRIA PAPEL E PAPELÃO 3840,00 2,31
INDÚSTRIA QUÍMICA 31269,45 18,81
INDÚSTRIA TÊXTIL 960,60 0,58
TOTAL 166263,43 100,00
II INDÚSTRIA DE PRODUTOS ALIMENTARES 10392,00 16,94
INDÚSTRIA METALÚRGICA 49945,20 81,43
INDÚSTRIA PAPEL E PAPELÃO 7,20 0,01
INDÚSTRIA QUÍMICA 247,15 0,40
INDÚSTRIA TÊXTIL 740,00 1,21
TOTAL 61331,55 100,00
Tabela 7- Geração de resíduos por classe e tipologia, sem o setor sucroalcooleiro, em m3/ano.
Quanto a destinação final dos resíduos, em t/ano e m3/ano, os dados demonstraram que para os resíduos
classe I a principal forma de destinação final foi o reprocessamento/reciclagem externos. Dentre as demais
alternativas adotadas pelas indústrias, foi salientada a queima em caldeira, reprocessamento/reciclagem
internos e disposição em lixão municipal, conforme apresentado nas Tabelas 8 e 9.
Em relação aos resíduos classe II, observou-se que a mais freqüente destinação final foi a fertirrigação,
seguida de incorporação ao solo, reprocessamento/reciclagem externos e queima em caldeira, representados
em sua maioria pelos resíduos orgânicos de processos provenientes do setor sucroalcooleiro. Considerando-se
os demais setores, foi o reprocessamento/reciclagem externos, a principal forma de destinação final dos
resíduos classe II, incluindo-se a revenda para ração animal e disposição em lixão municipal, conforme as
Tabela 10 e 11.
Quanto aos resíduos Classe III a principal destinação foi o reprocessamento/ reciclagem externos e
disposição em lixão municipal, de acordo com a Tabela 12.
Fazendo-se uma análise da destinação por tipologia pelas Tabelas 13 e 14, pôde-se observar que na indústria
de produtos alimentares a destinação final mais representativa sobre o total de resíduos em t/ano foi cerca de
52% para o uso como ração animal e 31% para reprocessamento/reciclagem externos. Entretanto, sobre o
volume em m3/ano foi destacada a destinação de 67% para lixão municipal e 32% para rede coletora de
esgotos sanitários.
Quanto a indústria metalúrgica, essa se apresentou, sobre o total de resíduos em t/ano, cerca de 48% para
reprocessamento/reciclagem externos e 31% dos resíduos dispostos em aterros industriais próprios.
Em relação a geração em m3/ano, os dados obtidos demonstraram que 71% dos resíduos foram destinados
para reprocessamento/reciclagem externos e 28% dispostos em lixão municipal.
No caso da indústria de papel e papelão, os resultados obtidos demostraram que a grande maioria, cerca de
99% dos resíduos, foi utilizada em reciclagem. Por outro lado, o setor químico destina cerca de 89% dos seus
resíduos, em t/ano, para reprocessamento/reciclagem externos, enquanto que sobre o total gerado em m3/ano,
evidencia-se a utilização de cerca de 57% para queima em caldeira, seguindo-se de reciclagem e outros
tratamentos.
É importante ressaltar ainda que o setor têxtil destinou cerca de 66% do seu resíduo em t/ano para
reprocessamento/reciclagem externa e 56%, em m3/ano, para queima em caldeira.
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DESTINO FINAL Quantidade(t/ano) %
Incinerador 12,00 0,10
Incinerador de câmara 0,03 0,00
Incorporação ao solo 75,00 0,59
Lixão municipal 122,99 0,97
Outras disposições 13,40 0,11
Outros tratamentos 40,50 0,32
Queima a céu aberto 1,45 0,01
Queima em caldeira 542,00 4,29
Reprocessamento/reciclagem externos 11326,00 89,73
Reprocessamento/reciclagem internos 488,31 3,87
TOTAL 12621,7 100,0
Tabela 8: Destinação final de resíduos classe I em t/ano.
DESTINO FINAL Quantidade(m3/ano) %
Incorporação ao solo 25,00 0,02
Lixão municipal 0,26 0,00
Outras disposições 1042,60 0,63
Outros tratamentos 7276,00 4,38
Queima em caldeira 18960,60 11,40
Rede coletora de esgotos sanitários 157,25 0,09
Reprocessamento/reciclagem externos 138836,00 83,48
Reprocessamento/reciclagem internos 6,60 0,00
TOTAL 166304,3 100,0
Tabela 9: Destinação final de resíduos classe I em m3/ano.
DESTINO FINAL Quantidade(t/ano) %
Aterro industrial próprio 28278,00 2,13
Aterro municipal controlado 24,12 0,00
Desmanche termoquímico 228,17 0,02
Fertirrigação/"landfarming" 167286,48 12,62
Incinerador 20,55 0,00
Incorporação ao solo 454144,20 34,25
Lixão municipal 3903,79 0,29
Destinações
diversas
Queima em
caldeira
Reprocessamento/
reciclagem
Externos
Reprocessamento/
recilagem internos
Destinações
diversas
Queima em
caldeira
Reprocessamen
to/reciclagem
Externos
Gráfico 9: Distribuição da destinação final de
resíduo classe I em m3/ano.
Gráfico 8: Distribuição da destinação final de
resíduo classe I em t/ano.
XXVII Congresso Interamericano de Engenharia Sanitária e Ambiental
ABES - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental 9
Lixão municipal terceiros 30,00 0,00
Lixão particular 96,00 0,01
Outras disposições 6716,25 0,51
Queima a céu aberto 4,80 0,00
Queima em caldeira 321030,23 24,21
Ração animal 12671,38 0,96
Rede coletora de esgotos sanitários 2,40 0,00
Reprocessamento/reciclagem externos 331340,14 24,99
Reprocessamento/reciclagem internos 6,90 0,00
TOTAL 1325783,4 100,0
Tabela 10: Destinaçãofinal de resíduos classe II em t/ano.
DESTINO FINAL Quantidade(m3/ano) %
Aterro industrial próprio 626,00 0,03
Aterro municipal controlado 192,00 0,01
Fertirrigação/"landfarming" 2200112,00 97,62
Fornos industriais 0,05 0,00
Incorporação ao solo 174,00 0,01
Lixão municipal 51843,60 2,30
Outras disposições 1,20 0,00
Rede coletora de esgotos sanitários 720,00 0,03
Reprocessamento/reciclagem externos 28,20 0,00
Reprocessamento/reciclagem internos 0,50 0,00
TOTAL 2253697,6 100,0
Tabela 11: Destinação final de resíduos classe II em m3/ano.
DESTINO FINAL Quantidade(t/ano) %
Lixão municipal 65,79 1,62
Outras disposições 24,00 0,59
Reprocessamento/reciclagem externos 3981,00 97,79
TOTAL 4070,8 100,00
Tabela 12: Destinação final de resíduos classe III em t/ano.
Gráfico 10: Distribuição da destinação final de
resíduos classe II em t/ano.
Aterro industrial próprio
Fertirrigação/"landfarming"
Incorporação ao solo
Queima em caldeira
Reprocessamento/reciclag
em externos
Outras Destinações
Fertirrigação/
"landfarming"
Lixão
municipal
Disposições
diversas
Gráfico 11: Distribuição da destinação final de
resíduos classe II em m3/ano.
XXVII Congresso Interamericano de Engenharia Sanitária e Ambiental
ABES - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental 10
TIPOLOGIA DESTINO FINAL Quantidade
(t/ano)
%
INDÚSTRIA DE PRODUTOS
ALIMENTARES
Desmanche termoquímico 1,00 0,00
Incinerador 18,00 0,07
Incorporação ao solo 3575,00 14,77
Lixão municipal 407,42 1,68
Lixão particular 96,00 0,40
Outras disposições 12,60 0,05
Queima a céu aberto 1,10 0,00
Queima em caldeira 0,03 0,00
Ração animal 12555,50 51,89
Reprocessamento/reciclagem
externos
7530,75 31,12
TOTAL 24197,40 100,00
INDÚSTRIA METALÚRGICA Aterro industrial próprio 9600,00 30,90
Aterro municipal controlado 12,12 0,04
Desmanche termoquímico 120,00 0,39
Incinerador de câmara 0,03 0,00
Incorporação ao solo 5,50 0,02
Lixão municipal 928,84 2,99
Lixão municipal terceiros 30,00 0,10
Outras disposições 4923,93 15,85
Queima a céu aberto 3,85 0,01
Ração animal 37,40 0,12
Reprocessamento/reciclagem
externos
15104,38 48,62
Reprocessamento/reciclagem
internos
300,00 0,97
TOTAL 31066,05 100,00
INDÚSTRIA PAPEL E PAPELÃO Lixão municipal 102,78 0,36
Outras disposições 133,40 0,47
Reprocessamento/reciclagem
externos
28098,60 99,17
TOTAL 28334,78 100,00
INDÚSTRIA QUÍMICA Aterro industrial próprio 30,00 0,16
Lixão municipal
Outras
disposições
Reprocessamen
to/reciclagem
Externos
Gráfico 12: Distribuição da destinação final
de resíduos classe III em t/ano.
XXVII Congresso Interamericano de Engenharia Sanitária e Ambiental
ABES - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental 11
Aterro municipal controlado 12,00 0,07
Desmanche termoquímico 43,81 0,24
Incinerador 12,75 0,07
Lixão municipal 1409,86 7,67
Outras disposições 430,00 2,34
Outros Tratamentos 40,50 0,22
Queima a céu aberto 0,06 0,00
Queima em caldeira 3,20 0,02
Ração animal 35,28 0,19
Rede coletora de esgotos
sanitários
2,40 0,01
Reprocessamento/reciclagem
externos
16342,78 88,94
Reprocessamento/reciclagem
internos
12,30 0,07
TOTAL 18374,94 100,00
INDÚSTRIA SUCROALCOOLEIRA Aterro industrial próprio 18648,00 1,51
Fertirrigação/"landfarming" 167286,48 13,52
Incorporação ao solo 450638,70 36,43
Lixão municipal 1135,00 0,09
Outras disposições 360,00 0,03
Queima a céu aberto 1,20 0,00
Queima em caldeira 321557,00 25,99
Reprocessamento/reciclagem
externos
277358,84 22,42
Reprocessamento/reciclagem
internos
182,31 0,01
TOTAL 1237167,53 100,00
INDÚSTRIA TÊXTIL Desmanche termoquímico 63,36 1,90
Incinerador 1,80 0,05
Lixão municipal 108,68 3,26
Outras disposições 893,72 26,80
Queima a céu aberto 0,04 0,00
Queima em caldeira 12,00 0,36
Ração animal 43,20 1,30
Reprocessamento/reciclagem
externos
2211,79 66,32
Reprocessamento/reciclagem
internos
0,60 0,02
TOTAL 3335,18 100,00
Tabela 13: Destinação final de resíduos por tipologia em t/ano.
XXVII Congresso Interamericano de Engenharia Sanitária e Ambiental
ABES - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental 12
TIPOLOGIA DESTINO FINAL Quantidade
(m3/ano)
%
INDÚSTRIA DE PRODUTOS
ALIMENTARES
Lixão municipal 1740,01 67,13
Rede coletora de esgotos sanitários 840,05 32,41
Reprocessamento/reciclagem externos 12,00 0,46
TOTAL 2592,06 100,00
INDÚSTRIA METALÚRGICA Lixão municipal 49944,24 27,74
Outras disposições 803,80 0,45
Outros Tratamentos 775,76 0,43
Rede coletora de esgotos sanitários 36,00 0,02
Reprocessamento/reciclagem externos 128458,00 71,36
Reprocessamento/reciclagem internos 0,60 0,00
TOTAL 180018,40 100,00
INDÚSTRIA PAPEL E PAPELÃO Outras disposições 240,00 6,24
Reprocessamento/reciclagem externos 3607,20 93,76
TOTAL 3847,20 100,00
INDÚSTRIA QUÍMICA Aterro municipal controlado 192,00 0,61
Fornos industriais 0,05 0,00
Lixão municipal 45,61 0,14
Outros Tratamentos 6500,24 20,62
Queima em caldeira 18000,00 57,11
Rede coletora de esgotos sanitários 1,20 0,00
Reprocessamento/reciclagem externos 6777,00 21,50
Reprocessamento/reciclagem internos 0,50 0,00
TOTAL 31516,61 100,00
INDÚSTRIA SUCROALCOOLEIRA Fertirrigação/"landfarming" 2200112,00 99,99
Incorporação ao solo 199,00 0,01
Reprocessamento/reciclagem externos 10,00 0,00
Reprocessamento/reciclagem internos 6,00 0,00
TOTAL 2200327,00 100,00
INDÚSTRIA TÊXTIL Aterro industrial próprio 626,00 36,81
Lixão municipal 114,00 6,70
Queima em caldeira 960,60 56,49
TOTAL 1700,60 100,00
Tabela 14: Destinação final de resíduos por tipologia em m3/ano.
CONCLUSÔES
Com base no trabalho realizado, dentro da representatividade para o Estado de Pernambuco das 100
indústrias de grande e médio porte e dos setores industriais inventariados, conclui-se que:
Há uma predominância de geração de resíduos classe II sobre o total gerado, em t/ano e m3/ano, mesmo
excluindo-se a contribuição do setor sucroalcooleiro, nesse caso correspondendo aos resíduos de bagaço de
cana, torta de filtro e vinhoto;
Sem a participação do setor sucroalcooleiro, os resíduos classe II têm como maiores contribuintes os setores
metalúrgico, papel /papelão e produtos alimentares;
XXVII Congresso Interamericano de Engenharia Sanitária e Ambiental
ABES - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental 13
O maior gerador de resíduos perigosos, classe I, é a indústria química seguido-se da indústria metalúrgica,
com destaque dos resíduos: solventes contaminados e óleos usados, respectivamente;
A geração de resíduos inertes, classe III, tem uma maior procedência da indústria de produtos alimentares
correspondendo em sua maioria de resíduos de embalagens de vidros;
A principal forma de destinação final para os resíduos classe I, adotada pelas indústrias, é o
reprocessamento/reciclagem externos, seguido da queima em caldeira, reprocessamento/reciclagem internos e
disposição em lixão municipal;
Na maioria dos setores inventariados, os resíduos classe II são geralmente revendidos como ração animal e
dispostos em lixão municipal, com exceção do setor sucroalcooleiro, que tem como destinações prioritárias:
fertirrigação, incorporação ao solo, reciclagem e queima em caldeira;
Os resíduos classe III são destinados principalmente para reprocessamento/reciclagem externos e disposição
em lixão municipal.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. CPRH/GTZ. Inventário dos Resíduos Sólidos Industriais no Estado de Pernambuco. Projeto
CPRH/GTZ. Recife,2000.
2. FEPAM. Resíduos Sólidos Industriais: Geração e Destinação no Estado do Rio Grande do Sul-1997.
Projeto FEPAM/GTZ. Porto Alegre, 1997;
3. FIEPE. Cadastro Industrial 97-98. EBGE. Recife, 1998.
4. LANG,H.. Managing On-site Project Implementation-A Guideline. GTZ. Eschborn, 1989;
5. ROCCA, A. C et alli. Resíduos Sólidos Industriais. CETESB. São Paulo, 1993.
6. TECHOBANOGLUS, G.et alli. Integrate Solid Waste Manegement. Califórnia. Mc Graw Hill ,1993.

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