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UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA ENGENHARIA DE PRODUÇÃO EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA Eduardo Lopes da Motta Matrícula: 20181302007 EXPRESSÃO GRÁFICA, DESENHO TÉCNICO E RACIOCÍNIO ESPACIAL AVALIAÇÃO 2 – EXPRESSÃO GRÁFICA Rio de Janeiro Junho 2019 2 EXPRESSÃO GRÁFICA, DESENHO TÉCNICO E RACIOCÍNIO ESPACIAL Desde o período paleolítico, a pintura rupestre e os desenhos acompanham o homem que se modernizou, mas cotinua a usar das representações gráficas como linguagem, ou como forma de expressão e de transmissão do conhecimento. "A percepção visual é a principal fonte de informação sobre o mundo exterior."(Lambert, 1985). Quase com as mesmas palavras Sagan (1983) endossa esta afirmação. "Nenhum outro sentido [a não ser a visão] envolve tantas células nervosas, o que mostra bem o quanto precisamos da visão para aprender sobre o nosso ambiente."(Lambert, 1985). A Expressão Gráfica, que outrora fora deixada de lado, vem sendo ressuscitada desde o final do século XX através de diferentes tecnologias, tais quais o cinema, televisão, histórias em quadrinhos, dentre outros. No contexto atual, faz-se necessária a correta e crítica interpretação das imagens transmitidas no mundo que estamos imersos. Partindo desse princípio, percebe-se o uso cada vez mais frequente dos pictogramas para sinalização em placas, tanto nos ambientes externos quanto internos, pois aqueles eliminam ou reduzem as legendas. Para compreender o mundo de hoje, a lógica linear e seqüencial têm se mostrado insuficientes; necessitamos, além disto, de uma percepção ampla e aberta e de uma lógica intuitiva (não racional), que são os fundamentos da inteligência visual (MONTENEGRO, 2001). A complexidade crescente da vida pede respostas criativas e, no entanto, a inteligência visual, sem treinamento, bloqueia o pensamento criativo e desestimula o crescimento espiritual e a expressão gráfica; daí acabamos sem entender o interrelacionamento das coisas (MONTENEGRO, 2001). “Tudo o que vemos e vivemos em nossa paisagem cultural, totalmente construída e inventada pelo homem, algum dia foi projetado e desenhado por alguém: a roupa que vestimos, a cadeira que sentamos, a rua pela qual passamos, o edifício, a praça (MEDINA, LIBLIK, ARSIE, 2011)”. O desenho participa do projeto social, representa os interesses da comunidade, inventando formas de produção e de consumo (DERDYK, 2007, p. 37). Segundo CUNHA (1989), “O processo material da vida moderna está relacionado com o desenvolvimento dos setores industriais, cuja atividade está intimamente ligada ao desenho técnico”. Assim, observa-se a relação entre a engenharia e o desenho técnico, a interrelação Tecnologia e Representação Gráfica através da interação multidisciplinar com a Expressão Gráfica, assistida por normas técnicas nacionais e internacionais e suporte para comunicação entre a idéia e a sua concretização, e instrumento de interação dos diversos conteúdos exigidos. A engenharia, o desenho industrial e o webdesign, além de outros cursos técnicos ligados à tecnologia da informação e a softwares se utilizam da Expressão Gráfica como suporte para comunicação de seus trabalhos, construindo, reproduzindo e transmitindo mensagens visuais com considerável ganho de tempo e de produtividade, além de possibilitar o surgimento de vários ramos de comunicação em massa. 3 REFERÊNCIAS CUNHA, Luiz Veiga da. Desenho Técnico. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1989. DERDYK, Edith. Disegno. Desenho. Desígnio. São Paulo: Senac, São Paulo, 2007 LAMBERT, DAVID et al. The brain: a user's manual. New York: Berkley Books, 1985. p.136. MEDINA, Simone da Silva Soria; LIBLIK, Ana Maria Petritis; ARSIE, Keilla Cristina. A expressão gráfica na educação. Anais: X – Congresso Nacional de Educação EDUCRERE, I Seminário Internacional de Representações Sociais, Subjetividade e Educação SIRSSE. Curitiba: PUC, 2011. MONTENEGRO, Gildo A. Pensamento visual e inteligência. Rem: Revista Escola de Minas, v. 54, n. 1, p. 75-80, 2001. MORAES, Andréa Benício de. A expressão gráfica em cursos de engenharia: estado da arte e principais tendências. 2001. Tese de Doutorado. Universidade de São Paulo SAGAN, Carl. Os dragões do éden. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1983. p.118.
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