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Módulo 04 - Egito História - 1º Bimestre - 1ª Série - Ensino Médio 1. As condições geográficas. O Egito, localizado no nordeste da África, considerado uma “dádiva" do Rio Nilo pelo historiador grego Heródoto de Halicarnasso. Os fatores geográficos tiveram grande importância para o estabelecimento das populações nas diversas regiões do Oriente Próximo e Oriente Médio. Com a estiagem que varreu o interior africano, consequência da última grande retração dos gelos em direção aos polos, os animais começaram a migrar em busca de água, movidos pelo instinto de sobrevivência. Os homens, ainda na fase pré-histórica, vivendo quase exclusivamente da caça e da pesca, seguiram suas trilhas. E assim, todos foram buscar refúgio no nordeste da África, no vale do Rio Nilo. Para compreender o povoamento da região, é preciso levar em conta as particularidades dele. Em primeiro lugar, o vale do Nilo não foi ocupado desde o início por uma migração homogênea. Na fase do Paleolítico, toda a África do Norte, coberta pela selva tropical, era percorrida por tribos de caçadores, à exceção do vale do Nilo, devastado periodicamente pelas inundações de um rio mais formidável que o de hoje e infestado de animais ferozes. Essas tribos eram das mais diversas origens. Depois, com a seca produzida na África, durante o período Glaciário mais recente, essa parte do continente passou progressivamente de floresta a estepe e, em seguida, de estepe a deserto. Para escapar à seca, sua população nômade estabeleceu-se primeiramente em volta dos lagos interiores e depois nos afluentes do Nilo; enfim, quando também estes secaram, foram ocupar as esplanadas dos penhascos, que dominavam a imensa vala onde corre o rio. Sistema Integrado Copyright 1999-2020 - UNIP/Objet ivo - Todos os direitos reservados Foi preciso que esses povos, agrupados em famílias, começassem por conquistar uma natureza hostil, a porção do vale que lhes ficava defronte. Quando afinal conseguiram, transferiram-se para seus novos domínios. O Egito, então, acabou dividido em vários pequenos principados independentes uns dos outros, conhecidos como nomos, cada um deles liderado por um chefe: o nomarca. Cavando seu leito na rocha, cruzando todo o deserto em busca do mar Mediterrâneo, está o Rio Nilo, nascido no interior da África. Em suas margens, praticava-se a agricultura, a qual está estreitamente ligada ao comportamento do rio, uma vez que o nordeste da África é uma região seca e desértica, onde a água era obtida somente por meio de açudes e canais de irrigação. Foram as cheias cíclicas do rio que contribuíram para a formação de uma civilização peculiar, como foi a egípcia. Vista moderna do Rio Nilo, ainda hoje de importância vital para o Egito. O regime das cheias e vazantes do Nilo está ligado ao derretimento da neve nas altas montanhas do interior africano, bem como às chuvas que abundam nas cabeceiras do rio. O volume de água aumentava consideravelmente por volta de julho, arrastando sedimentos que eram depositados nas margens alagadas: o húmus. Com isso, o solo tornava-se fértil a ponto de permitir uma ótima colheita, e os canais de irrigação, construídos desde o período Neolítico, ampliavam a área de aproveitamento agrícola. Dotado de uma vasta flora (papiros, palmeiras e trigo selvagem) e de uma fauna abundante (íbis, crocodilos e hipopótamos), o Nilo sustentou uma das mais antigas civilizações do mundo: o Egito. 2. A evolução política. À medida que a população explorava a fértil área localizada às margens do Rio Nilo, os nomos se agrupavam, dando origem a dois reinos: um ao norte, no Baixo Egito, e o outro ao sul, no Alto Egito. Por volta de 3200 a.C., Menés, um nomarca do sul, conquistou o norte, tornando-se senhor absoluto de todas as terras do Egito e, portanto, o primeiro faraó. Antigo Império Nesse momento, teve início o Antigo Império, que se prolongou por quase mil anos. Durante esse período de grande esplendor, foram construídas as pirâmides de Quéops, Quéfren e Miquerinos pelos faraós representantes da IV dinastia. No fim dessa fase, houve um progressivo enfraquecimento do poder político Sistema Integrado Copyright 1999-2020 - UNIP/Objet ivo - Todos os direitos reservados dos faraós, e os antigos nomarcas apoderaram-se do poder. As pirâmides de Quéfren, Quéops e Miquerinos, uma das maravilhas da Antiguidade. Corte de uma pirâmide.Seguindo pelo corre dor (7), atinge-se a galeria (3) que conduzia às câmaras do faraó (1) e da rainha (2). A entrada (6) e o corredor (5), que na Antiguidade levavam à cripta primitiva (4), permanecem fechadas. Médio Império Por volta do ano 2000 a.C., iniciou-se o Médio Império, com a restauração do poder do faraó, a partir da cidade de Tebas. A influência do Egito estendeu-se a Israel (Canaã) e à Núbia, por meio da expansão comercial e militar. Por volta de 1750 a.C., o vale do Nilo foi invadido e conquistado pelos hicsos, que conheciam sofisticadas técnicas militares. Sistema Integrado Copyright 1999-2020 - UNIP/Objet ivo - Todos os direitos reservados Detalhe do Templo de Ramsés II. Novo Império Durante o período de dominação estrangeira, os egípcios assimilaram os conhecimentos de guerra dos inimigos e, por volta de 1580 a.C., os invasores acabaram sendo expulsos do Egito, dando início ao Novo Império. A política expansionista e imperialista dessa fase atingiu o auge no governo do faraó Tutmés III, que conquistou a Síria, Israel (Canaã) e Núbia, estendendo seus domínios até o rio Eufrates, na Mesopotâmia. A abundância de escravos e riquezas promoveu um notável desenvolvimento. Ao mesmo tempo, houve um aumento no prestígio dos sacerdotes, que chegaram a ameaçar o poder do faraó. O faraó Ramsés II deu continuidade ao expansionismo, porém, com a sua morte, o Egito iniciou um processo de decadência. Após sofrer a invasão dos assírios, em 670 a.C., o Egito acabou sob o domínio dos persas. Nos séculos seguintes, acabou dominado pelos gregos e romanos. 3. O cenário social e econômico. No decorrer de sua história, o Egito transformou-se em uma imensa civilização, presa ao comportamento do rio. A população dedicava-se a lavrar o solo, levando uma vida pacífica. Contando com uma proteção natural, proporcionada pelos acidentes geográficos (mar Vermelho, a leste; Saara, a oeste; Mediterrâneo, ao norte; e florestas do Sudão, ao sul), o felá (camponês egípcio) pôde gozar de paz durante a maior parte da existência do Império Egípcio. Nessas “sociedades hidráulicas", a distinção social começou a se fazer notar quando a luta pela posse das áreas cultiváveis levou os camponeses a se defrontarem, na posição de possuidores da força de trabalho, com os proprietários das terras, que delas se apoderaram e as mantinham, invocando a proteção dos deuses e dos sacerdotes. O topo da pirâmide social era ocupado pela família do faraó; este, por considerar-se um deus encarnado, possuía prerrogativas únicas. Os sacerdotes também ocupavam uma posição invejável, juntamente com a nobreza, que detinha o controle das terras e o trabalho dos camponeses. Com o crescimento do comércio e do artesanato, durante Sistema Integrado Copyright 1999-2020 - UNIP/Objet ivo - Todos os direitos reservados o Médio Império, surgiu uma camada social média empreendedora, que chegou a conquistar uma certa posição social e alguma influência no governo. Os burocratas passaram a ocupar um lugar destacado na administração, principalmente no que tangia à cobrança de impostos (em gêneros) dos camponeses. Havia toda uma hierarquia de escribas, cujos graus variavam de acordo com a confiança neles depositada pelo faraó e pela nobreza. Os artesãos ocupavam uma posição inferiorizada perante os camponeses. Estes eram fiscalizados por funcionários especiais. O número de escravos aumentou consideravelmente a partir das guerras e do expansionismo egípcio na fase do Novo Império. Apesar de serem totalmente dependentes de seus senhores, em geral eram bem tratados. Apesar de o governo manter escolas públicas, estas formavam, em sua maioria,escribas destinados a trabalhar na administração do Estado Faraônico. A agricultura, no Egito, detinha a maior concentração de trabalho. Com exceção das culturas fenícia e egeia (cretense), que se lançaram ao comércio marítimo, os demais povos praticavam a agricultura, procurando extrair da terra o sustento da população. Assim como na Mesopotâmia, prevalecia o modo de produção asiático. Além disso, o Egito foi o grande celeiro do Oriente Médio e uma das mais privilegiadas civilizações. Suas terras, favorecidas pelo rio e pela fertilização natural, e beneficiadas pelos diques e canais, mostraram-se férteis e generosas. Ao longo do Nilo, estendiam-se as plantações de trigo, cevada e linho – cuidadas pelos felás –, que se desenvolveram rapidamente graças ao aperfeiçoamento das técnicas de plantio e semeadura. A charrua, puxada pelos bois, e o emprego de metais propiciaram grandes colheitas. Teoricamente, as terras pertenciam ao faraó, porém a nobreza detinha grande parte delas. Enormes armazéns guardavam as colheitas, que eram administradas pelo Estado. Uma parte da produção chegava a ser exportada. O comércio processava-se entre o Alto e o Baixo Egito por meio de embarcações que subiam e desciam o rio abarrotadas de cereais e produtos artesanais. A presença da tecelagem, da fiação e a confecção de sandálias de folhas de papiro, como também a ourivesaria, propiciaram um desenvolvimento razoável do comércio interno, uma vez que poucas relações eram mantidas com o exterior. Rebanhos de gado bovino e ovino podiam ser vistos nos campos próximos ao rio, guiados por pastores. 4. A vida religiosa. A religiosidade do Oriente pode facilmente ser aquilatada por uma constatação atual, pois as cinco grandes religiões de nossos dias tiveram sua origem nessa região. Daí provém uma enorme variedade de deuses, fórmulas religiosas e cultos. A existência dos deuses satisfazia à ânsia do homem em ver suas aspirações atendidas, ao mesmo tempo que afastava seus temores íntimos. Protetores da água, da chuva, da colheita, das plantas e dos pescadores eram todos cultuados de formas diversas, que iam desde o incenso até o sacrifício de animais e homens, tudo com a intenção de conseguir suas boas graças. Os próprios governantes revestiam-se de caracteres divinos, a fim de serem mais respeitados. Paralelamente à instituição religiosa, uma casta fechada de sacerdotes cresceu e estruturou-se em todas as civilizações. O clero ocupava uma posição social e econômica privilegiada, influenciando o governo e o povo. Sistema Integrado Copyright 1999-2020 - UNIP/Objet ivo - Todos os direitos reservados Esfinge de Quéops. No Egito, como em quase toda a Antiguidade, a religião assumia a forma politeísta, compreendendo uma enorme variedade de deuses e divindades menores. Muitos animais gozavam de um culto todo especial, como era o caso do gato, do crocodilo, do íbis, do escaravelho e do boi Ápis; havia também divindades híbridas, com corpo humano e cabeça de animal (antropozoomórficas): Hator (a vaca), Anúbis (o chacal), Hórus (o falcão protetor do faraó). Cultuavam-se, ainda, fenômenos naturais, como as cheias do Rio Nilo. O mito de Osíris ilustra bem a religiosidade dos egípcios, que decidiram erigir túmulos e templos em homenagem à morte e à vida futura. O principal deus egípcio era Amon-Rá, combinação de duas divindades, e que era representado pelo Sol. Em torno dele girava o poder sacerdotal. A preocupação com a vida futura era grande e os cuidados com os mortos eram contínuos, bastando lembrar as cerimônias fúnebres, nas quais eram realizadas as oferendas de alimentos e de incenso. Acreditava-se em um julgamento após a morte, quando o deus Osíris colocaria em uma balança a alma do indivíduo, representada pelo seu coração, para julgar seus atos. Os justos e bons teriam como recompensa a reincorporação e depois iriam para uma espécie de paraíso. O embalsamamento era um rito ligado ao deus Osíris, o rei do reino dos mortos. A gravura mostra o deus Anúbis embalsamando um morto. O politeísmo entravava o progresso egípcio, pois a camada sacerdotal era muito grande e a sua Sistema Integrado Copyright 1999-2020 - UNIP/Objet ivo - Todos os direitos reservados manutenção era bastante onerosa para o Estado, que dessa forma aumentava constantemente a tributação. Os sacerdotes interferiam com frequência nos assuntos públicos e o próprio faraó, muitas vezes, não passava de um instrumento do clero. Aproveitando-se da religiosidade do povo, os sacerdotes alcançaram uma extraordinária ascendência, convertendo a civilização egípcia como se fosse sua propriedade particular. O perigo do poder clerical já havia sido constatado por Amenófis III. Para se livrar da influência do clero, o faraó havia mudado seu palácio para longe dos templos. Reforma monoteísta Por volta de 1500 a.C., o Egito viu nascer o primeiro culto monoteísta: o culto a Áton, representado pelo disco solar. O faraó Amenófis IV levantou-se contra a religião politeísta, expulsou o clero, fechou seus templos e distribuiu suas terras. Com essa revolução religiosa esperava quebrar o poder dos sacerdotes. Em seguida, organizou uma nova classe sacerdotal e construiu, a 32 quilômetros ao norte de Tebas, a cidade de Tell el-Amarna (“a cidade do horizonte" ou “a morada de Áton"), transformada em residência real, e mudou seu nome para Akhenáton, compondo ao novo deus o Hino ao Sol. Essa tentativa monoteísta foi efêmera. Com a morte do faraó Amenófis IV, seu sucessor, Tutancáton, permitiu ao clero recuperar sua influência e restaurar o culto ao deus Amon, sendo obrigado a mudar seu nome para Tutancâmon. Máscara de Tutancâmon, faraó da XVIII dinastia egípcia. Acima, vemos um exemplo da escrita ideográfica, a primeira Sistema Integrado Copyright 1999-2020 - UNIP/Objet ivo - Todos os direitos reservados forma utilizada pelos egípcios. 5. Cronologia do período estudado IV milênio a.C.: formação dos nomos no Egito. 3200 a.C.: unificação do Alto e Baixo Egito por Menés, dando início ao Antigo Império. 2850 a 2052 a.C.: Antigo Império. 2650 a 2190 a.C.: época da construção das grandes pirâmides (Quéops, Quéfren e Miquerinos). 2400 a.C.: ascensão dos nomarcas ao poder. 2052 a 1570 a.C.: Médio Império. 1800 a.C.: chegada dos hebreus ao Egito. 1650 a.C.: invasão do Egito pelos hicsos. 1580 a.C.: expulsão dos hicsos e início do Novo Império. 1377 a 1358 a.C.: introdução do culto a Áton por Amenófis IV. 1320 a.C.: início do reinado dos faraós da dinastia de Ramsés II. 663 a.C.: curto período de recuperação. 525 a.C.: derrota de Psamético III, em Pelusa por Cambises; o Egito torna-se uma província persa. 332 a.C.: invasão do Egito por Alexandre Magno. 30 a.C.: início do domínio romano. 1798 d.C.: descoberta da Pedra de Roseta. 1822 d.C.: decifração dos hieróglifos por Champollion. Exercícios propostos “... a região do Egito, aonde vão os barcos dos gregos, é uma terra que se ajusta ao país dos egípcios, um presente do rio (...). Os seus habitantes colhem os frutos da terra com o mínimo de fadiga; não se afligem a cavar regos, nem a executar nenhum daqueles trabalhos de que os outros se fatigam. Quando o rio por si mesmo alaga os seus campos e depois se retira, então cada qual semeia o seu terreno e ali solta os porcos. Finalmente, quando estes tenham enterrado as sementes, calcando-as com as patas, só têm que esperar o momento da colheita." Sistema Integrado Copyright 1999-2020 - UNIP/Objet ivo - Todos os direitos reservados (Heródoto, História. Livro II.) 1. Por que o historiador grego Heródoto afirmou ser o Egito uma “dádiva do Nilo"? 2. "Amanheces formoso no horizonte celeste, Tu, vivente Áton, princípio da vida! Quando surgiste no horizonte do Oriente Inundaste toda a terra com tua beleza. És belo, grande, resplandecente e sublime sobre toda a terra; Teus raios invadem as terras até o limite de tudo o que fizeste: Sendo Rei, alcanças o fim delas, Subjuga-as para teu filho predileto. Embora estejas longe, teus raios estão na terra; Embora toquesas faces dos homens, ninguém conhece o teu destino." (Akhenáton, Hino a Áton) Com base no texto, responda: a) Que faraó egípcio implantou o culto a Áton no Egito Antigo? b) Qual o motivo dessa revolução religiosa no Novo Império? 3. Coloque falso (F) ou verdadeiro (V) nas assertivas sobre a civilização egípcia. (0) As cheias cíclicas do Rio Nilo influenciavam a vida social. (1) A organização política dissolveu-se por meio dos nomos. (2) Antigo, Médio e Novo Império correspondem à sua evolução política. (3) As pirâmides de Gizé são exemplos do poder teocrático. (4) O faraó Menés unificou o Egito por volta de 3200 a.C. (5) Amenófis IV revolucionou a religião tradicional, ao substituir o culto politeísta pelo monoteísmo. (6) A religião era animista e antropozoomórfica. (7) Os hebreus e os hicsos não tiveram relações com o Egito. 4. – Ao visitar o Egito do seu tempo, o historiador grego Heródoto (484-420/30 a.C.) interessou-se por fenômenos que lhe pareceram incomuns, como as cheias regulares do rio Nilo. A propósito do assunto, escreveu o seguinte: “Eu queria saber por que o Nilo sobe no começo do verão e subindo continua durante cem dias; por que ele se retrai e a sua corrente baixa, assim que termina esse número de dias, sendo que permanece baixo o inverno inteiro, até um novo verão. Alguns gregos apresentam explicações para os fenômenos do rio Nilo. Eles afirmam que os ventos do noroeste provocam a subida do rio, ao impedir que suas águas corram para o mar. Não obstante, com certa frequência, esses ventos deixam de soprar, sem que o rio pare de subir da forma habitual. Além disso, se os ventos do noroeste produzissem esse efeito, os outros rios que correm na Sistema Integrado Copyright 1999-2020 - UNIP/Objet ivo - Todos os direitos reservados direção contrária aos ventos deveriam apresentar os mesmos efeitos que o Nilo, mesmo porque eles todos são pequenos, de menor corrente." (Heródoto. História (trad.). livro II, 19-23. Chicago: Encyclopaedia Britannica Inc. 2ª ed. 1990, p. 52-3. Adaptado.) Nessa passagem, Heródoto critica a explicação de alguns gregos para os fenômenos do rio Nilo. De acordo com o texto, julgue as afirmativas abaixo. I. Para alguns gregos, as cheias do Nilo devem-se ao fato de que suas águas são impedidas de correr para o mar pela força dos ventos do noroeste. II. O argumento embasado na influência dos ventos do noroeste nas cheias do Nilo sustenta-se no fato de que, quando os ventos param, o rio Nilo não sobe. III. A explicação de alguns gregos para as cheias do Nilo baseava-se no fato de que fenômeno igual ocorria com rios de menor porte que seguiam na mesma direção dos ventos. É correto apenas o que se afirma em a) I. b) II. c) I e II. d) I e III. e) II e III. 5 . – O Egito é visitado anualmente por milhões de turistas de todos os quadrantes do planeta, desejosos de ver com os próprios olhos a grandiosidade do poder esculpida em pedra há milênios: as pirâmides de Gizeh, as tumbas do Vale dos Reis e os numerosos templos construídos ao longo do Nilo. O que hoje se transformou em atração turística era, no passado, interpretado de forma muito diferente, pois a) significava, entre outros aspectos, o poder que os faraós tinham para escravizar grandes contingentes populacionais que trabalhavam nesses monumentos. b) representava para as populações do Alto Egito a possibilidade de migrar para o sul e encontrar trabalho nos canteiros faraônicos. c) significava a solução para os problemas econômicos, uma vez que os faraós sacrificavam aos deuses suas riquezas, construindo templos. d) representava a possibilidade de o faraó ordenar a sociedade, obrigando os desocupados a trabalharem em obras públicas, que engrandeceram o próprio Egito. e) significava um peso para a população egípcia, que condenava o luxo faraônico e a religião baseada em crenças e superstições. 6. (MODELO ENEM) – Leia este relato de Heródoto sobre o imperador egípcio Keóps: “Este soberano, depois de mandar fechar todos os templos e proibir os sacrifícios entre os egípcios, pô-los todos a trabalhar para ele. Grande número de egípcios foi empregado na tarefa de cavar as pedreiras da montanha da Arábia e arrastar dali até o Nilo as pedras que iam retirando, levando-as, em seguida, para a Sistema Integrado Copyright 1999-2020 - UNIP/Objet ivo - Todos os direitos reservados outra margem do rio, onde novos trabalhadores recebiam-nas e transportavam-nas para a montanha da Líbia. Utilizavam-se, de três em três meses, cem mil nesse trabalho. Para avaliar-se o suplício a que foi tão longamente submetido esse povo, basta dizer que se consumiram dez anos na construção da calçada por onde deviam ser arrastadas as pedras. Na minha opinião, essa calçada é uma obra não menos considerável do que a pirâmide, pois mede cinco estádios de comprimento por dez braças de largura e oito de altura nos seus pontos mais elevados; é feita de pedras polidas e ornadas de figuras de animais." Sobre as relações de trabalho na antiguidade, assinale a alternativa correta: a) a trabalho braçal encaixava-se no sistema capitalista antigo, no qual o Estado pagava os trabalhadores com um bônus a ser trocado por alimentos posteriormente. b) pelo relato é possível perceber a autoritariedade do Estado egípcio e a ausência de diálogo entre sociedade e governo, dando margem a diversos abusos sobre a população c) no regime estamental egípcio cabia aos camponeses e escravos o trabalho braçal. Tal relação nunca foi questionada, o que garantiu a prosperidade do Império. d) O código de Hamurabi, criado na Babilônia, foi trazido para o Egito por Heródoto, o que garantiu os primeiros direitos aos camponeses e diminuiu as desigualdades. e) As relações primitivas de trabalho existentes no Egito, apesar de abusivas sobre os escravos e camponeses, permitiram a evolução desta civilização a uma das maiores da antiguidade. Gabarito 1. RESOLUÇÃO: Por ser uma região árida e seca, a vida no Egito só se tornou possível em razão das cheias do Rio Nilo, que sedimentava em suas margens o húmus. 2. RESOLUÇÃO: a) Amenófis IV (Akhenáton). b) Diminuir a influência dos sacerdotes na vida política, substituindo o culto politeísta pelo monoteísmo de Áton. 3. RESOLUÇÃO: O item 1 é falso porque a primeira forma de organização política ocorreu por meio dos nomos. O item 7 é falso porque os hebreus viveram durante algum tempo como escravos no Egito; os hicsos invadiram o Egito e se tornaram seus governantes. 4. RESOLUÇÃO: Interpretação do texto, no qual Heródoto (considerado o “Pai da História") cita uma explicação da época para as cheias do Nilo, e depois a destrói, com argumentos baseados na observação dos fatos. Resposta: A 5. RESOLUÇÃO: O Antigo Egito constituía uma monarquia teocrática, na qual a servidão coletiva era a forma de trabalho dominante (modo de produção asiático). Dentro dessa estrutura, o faraó dispunha do poder necessário para Sistema Integrado Copyright 1999-2020 - UNIP/Objet ivo - Todos os direitos reservados mobilizar compulsoriamente grandes contingentes de trabalhadores, destinando-os à construção de obras monumentais, voltadas para a glorificação do soberano e das divindades às quais ele estava associado. Resposta: A 6. RESOLUÇÃO: Na sociedade egípcia, fortemente estratificada, as terras pertenciam ao Estado. Assim, o Faraó possuía total poder sobre seus súditos, exigindo a carga de trabalho que o aprouvesse, sem ser questionado. Resposta: B Professor: Artur Favaro Lucchesi Aula: Egito Professor: Artur Favaro Lucchesi Aula: Egito – Exercícios Sistema Integrado Copyright 1999-2020 - UNIP/Objet ivo - Todos os direitos reservados http://tvweb3.unip.br/player/Transmissao?id=45aa8c67-c99f-4086-9a74-9d38e5a6b3fe&instituto=objetivo&referencia=191203_ArturLucchesi_Historia_VII_1Serie_AD http://tvweb3.unip.br/player/Transmissao?id=b3e79e08-4ce1-44e5-aacd-e1af7f1af655&instituto=objetivo&referencia=191203_ArturLucchesi_Historia_VIII_1Serie_AD
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