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Prof. Thiago Macrini UNIDADE I Fitocosmetologia Ao trabalhar na Estética é essencial que se conheça um pouco de plantas, de Fitoterapia e principalmente da Fitocosmetologia, pois atualmente a utilização de insumos de plantas e/ou produtos naturais em cosméticos é uma tendência mundial e a procura por tratamentos que os utilizam é cada vez maior. Apresentação A Fitoterapia trata doenças e problemas de saúde em geral utilizando plantas, extratos e fitocomplexos vegetais, a Fitocosmetologia, através desse mesmo recurso, estuda a aplicação em tratamentos de higiene, embelezamento e estética. Introdução Fonte: https://upload.wikimedia.org/ wikipedia/commons/a/a3/Her bal_medicine_platter.jpg A história do uso de plantas para tratamento de alguma enfermidade ou para a melhora de sua aparência coincide com a própria história da evolução da civilização humana. O homem aprendeu a utilizar as plantas pela necessidade de sua própria sobrevivência, através de seu instinto, da observação dos animais e da tentativa e erro. Histórico Acredita-se que na China já existiam manuscritos baseados no conhecimento tradicional, um dos resgatados foi o do imperador Cho-Chin-Kei que descreveu propriedades do Ginseng e da Cânfora, por volta de 3000 a.C. Os egípcios, assírios e hebreus também utilizavam plantas para tratamento de enfermidades e foram encontrados registros datados de meados de 2300 a.C. Na Índia, relatos dos antigos sânscritos dos Ayurvedas datam cerca de 1.500 a 2.000 a.C. Histórico Por volta do ano 280 a.C., Hipócrates, considerado o “Pai da medicina”, reuniu seus conhecimentos médicos ao uso de plantas e publicou uma coletânea sobre terapia com vegetais. No início da era cristã, Dioscórides, sucessor de Hipócrates, apresenta seu trabalho sobre fitoterápicos intitulado “De Matéria Médica”, que consiste em livros sobre a eficácia terapêutica de substâncias naturais, com mais de 500 drogas de origem vegetal, mineral e animal. Histórico Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/comm ons/e/e9/Retrato_de_Hip%C3%B3crates_% 281787%29_Morgado_de_Set%C3%BAbal_ %28Museu_de_%C3%89vora%29.png Cleópatra também contribuiu com a fitoterapia e principalmente com a fitocosmetologia, devido à sua preocupação com a higiene e beleza. Em seu reinado foram descritos cuidados de higiene e cosmética utilizando plantas para esse fim. O médico grego Galeno dá início à Farmácia Galênica, fazendo o uso dos extratos vegetais em soluções alcoólicas ou aquosas para o preparo das formas farmacêuticas utilizadas nas terapias medicamentosas. Histórico Fonte: https://pixabay. com/pt/illustrati ons/search/cle %C3%B3patra/ ?order=latest&c olors=grayscale Em 1873 foi encontrado um papiro da antiga civilização egípcia – “Papiro de Ebers” – manuscrito que tratou sobre assuntos ligados ao uso de plantas e produtos naturais para o tratamento de enfermidades. Ele contém cerca de 800 receitas com mais de 700 drogas. Nos séculos XIX e XX, surgiram novos conhecimentos de química que facilitaram a identificação das plantas e o isolamento dos princípios ativos nelas contidos, favorecendo a terapêutica adequada para cada caso. Histórico Em 1926, foi publicada a 1ª Farmacopeia Brasileira, chamada de “Farmacopeia Verde”, com 183 espécies de plantas medicinais brasileiras. Em 2010 foi publicada a Farmacopeia Brasileira 5ª edição, já bastante atualizada e com uma quantidade bem interessante de monografias com plantas. Histórico Planta medicinal – Espécie vegetal, cultivada ou não, utilizada com propósitos terapêuticos. Conceitos Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/co mmons/a/a3/Herbal_medicine_platter.jpg Droga Vegetal – Planta medicinal, ou suas partes, que contenha as substâncias, ou classes de substâncias, responsáveis pela ação terapêutica, após processos de coleta, estabilização, quando aplicável, e secagem, podendo estar na forma íntegra, rasurada, triturada ou pulverizada. Fitocomplexo – Substâncias originadas do metabolismo vegetal, responsáveis em conjunto pelos efeitos de uma planta medicinal e/ou seus derivados. Conceitos Medicamento Fitoterápico – Aqueles obtidos com emprego exclusivo de matérias-primas ativas vegetais, o que exclui de sua composição substâncias ativas isoladas, sintéticas ou naturais, e as associações dessas com extratos vegetais, e cuja eficácia e segurança são baseadas em evidências clínicas e que sejam caracterizados pela constância da qualidade. Produto Tradicional Fitoterápico – Aqueles obtidos com emprego exclusivo de matérias- primas ativas vegetais, o que exclui de sua composição substâncias ativas isoladas, sintéticas ou naturais, e as associações dessas com extratos vegetais, e cuja eficácia e segurança são em dados de uso seguro e efeitos publicados na literatura técnico científica. Conceitos Princípio Ativo – É uma substância química ativa que tenha propriedades farmacológicas, empregada para modificar ou explorar sistemas fisiológicos ou estados patológicos. Princípio Ativo Natural – É uma substância química ativa, de origem natural, que tenha propriedades farmacológicas, empregada para modificar ou explorar sistemas fisiológicos ou estados patológicos. Fitocosmético – Cosméticos que utilizam ativos de origem vegetal. Conceitos Conclusão: Conceitos A utilização de cascas secas de Rhamnus purshiana para o preparo de decocto da Cáscara Sagrada é muito comum visando uma ação laxativa, muitas vezes utilizada de forma errônea para emagrecimento. Pelos conceitos vistos há pouco, quando citamos as cascas secas dessa espécie vegetal para o preparo do decocto estamos nos referindo à(ao): a) Planta Medicinal. b) Droga Vegetal. c) Princípio Ativo. d) Droga Mineral. e) Fitoterápico. Interatividade A utilização de cascas secas de Rhamnus purshiana para o preparo de decocto da Cáscara Sagrada é muito comum visando uma ação laxativa, muitas vezes utilizada de forma errônea para emagrecimento. Pelos conceitos vistos há pouco, quando citamos as cascas secas dessa espécie vegetal para o preparo do decocto estamos nos referindo à(ao): a) Planta Medicinal. b) Droga Vegetal. c) Princípio Ativo. d) Droga Mineral. e) Fitoterápico. Resposta Para o estudo da fitoterapia e fitocosmetologia é importante que se conheça um pouco sobre plantas, incluindo classificação e partes que as compõem. O conhecimento nos facilita a identificação da espécie vegetal bem como o uso seguro e eficaz desses compostos. Estudo das Plantas Embora pertencentes ao Reino Plantae, podemos dividir e classificar em grupos e subgrupos de acordo com características específicas que as diferenciam. Em nosso estudo básico sobre as plantas vamos considerar a divisão das mesmas em Criptógamas e Fanerógamas, isso se dará de acordo com a visibilidade das estruturas produtoras de gametas. Estudo das Plantas Plantas Criptógamas: O nome tem origem no grego, sendo que cripto significa escondido e gamae corresponde a gameta. A principal característica destas plantas é o fato de possuírem sistema de produção de gametas pouco visível. Exemplos: samambaias, avencas, hepáticas e musgos. Estudo das Plantas Subgrupos de criptógamas: Briófitas: vegetais que não têm vasos especializados para a condução da seiva. São plantas de tamanho pequeno. Pteridófitas: vegetais que possuem vasos para o transporte da seiva. São plantas de tamanho grande. São também chamadas de plantas vasculares. Estudo das Plantas Estudo das Plantas Fonte: https://upload.wikimedia.or g/wikipedia/commons/a/a1/ Esporofitos.jpg Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/com mons/d/d9/Samambaias_da_cachoeira.jpg Plantas Fanerógamas: O nome também tem origem grega, sendo que fanero significa visível e gamae corresponde a gametas. As plantas fanerógamas têm seus sistemas produtores de gametas bemvisíveis. São conhecidas também como plantas espermatófitas, pois produzem sementes. Exemplos: pinheiros, roseiras, mangueiras, laranjeira, limoeiro, macieira e coqueiro. Estudo das Plantas Subgrupos de fanerógamas: Gimnospermas: são os vegetais que não produzem frutos, embora possuam sementes. Angiospermas: as sementes destas plantas ficam alocadas dentro de frutos. Estes frutos são originários do desenvolvimento do ovário das flores. Estudo das Plantas Estudo das Plantas Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikip edia/commons/6/64/Araucaria_an gustifolia_MariadaFe_Brazil.jpg Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons /6/66/Ibirapuera%2C_cerejeira_-_panoramio.jpg Os vegetais superiores se dividem basicamente em: raiz, caule, folha, flores, sementes e frutos. Partes das Plantas Fonte: Grupo UNIP - Objetivo Gema lateral Gema apical Flor Epiderme Nó Entrenó Nó Tecido vascular Folha Fruto com sementes no interior CotilédoneParênquima Pelos absorventes Zona de crescimento Raiz primária Raiz lateral Coifa Caule Raiz Raiz: A raiz é a parte do eixo do vegetal desprovida de folhas e geralmente é aclorofilada, com funções de fixação ao solo, absorção de água e compostos nitrogenados, sais minerais, transporte e/ou acúmulo de substâncias de reserva. Tipos: subterrâneas (axial, fasciculada, tuberosas), aéreas (tubulares, respiratórias, sugadoras, estrangulantes, velames, grampiformes), aquáticas. Partes das Plantas Raiz: Partes das Plantas Fonte: Grupo UNIP - Objetivo Gema lateral Gema apical Flor Epiderme Nó Entrenó Nó Tecido vascular Folha Fruto com sementes no interior CotilédoneParênquima Pelos absorventes Zona de crescimento Raiz primária Raiz lateral Coifa Caule Raiz Caule: É a espinha dorsal da planta, mantendo-a ereta. Liga a raiz ao restante da planta (até às folhas), sendo principalmente responsável pela condução de água, sais minerais e nutrientes. Tipos: aéreos(troncos, estipe, colmo, haste, cladódio, rastejantes, trepadores), subterrâneos (rizomas, tubérculos, bulbos, cormos), aquáticos. Partes das Plantas Caule: Partes das Plantas Fonte: Grupo UNIP - Objetivo Gema lateral Gema apical Flor Epiderme Nó Entrenó Nó Tecido vascular Folha Fruto com sementes no interior CotilédoneParênquima Pelos absorventes Zona de crescimento Raiz primária Raiz lateral Coifa Caule Raiz Folha: A folha é um órgão laminar que segue como uma extensão do caule, é clorofilada e extremamente importante para a planta, pois cabe a ela uma das tarefas mais importantes para a sobrevivência da planta, a fotossíntese. Tem também outras importantes funções, incluindo a respiração, a transpiração e a sudação. Partes de grande importância das folhas são: limbo e pecíolo, no entanto, pode acontecer que em alguns tipos de folhas um desses elementos foliares não estejam presentes. Partes das Plantas Folha: Partes das Plantas Fonte: Grupo UNIP - Objetivo Pecíolo Nervura Limbo Flor: A flor é o aparelho reprodutor da maioria das plantas, é nela que ocorre a fecundação (encontro da célula masculina com a feminina), para posterior formação dos frutos e sementes. Com a parte masculina, ou andreceu, e a feminina, ou gineceu, perfeitamente estruturadas, os agentes da natureza conseguem depositar o pólen no estigma, fecundando óvulo e ovários. Partes das Plantas Flor: Partes das Plantas Fonte: Grupo UNIP - Objetivo Polinização Receptáculo floral Antera Pólen Filamento Androceu (Estame) Gineceu (Carpelo) Estigma Estilete Ovário Óvulo Grãos de pólen Óvulo Formação de tubo polínico para fecundação Após fecundação O ovário desenvolve-se, formando o fruto O óvulo fecundado transforma-se em semente Fruto: Depois da fecundação da flor, suas pétalas, estames e estiletes se soltam e o ovário se desenvolve formando o fruto que encerra em seu interior as sementes. O fruto protege as sementes e facilita sua dispersão. Geralmente o fruto é composto de duas partes, o pericarpo, considerado a parte externa e a semente, a parte interna. Partes das Plantas Fruto: Partes das Plantas Fonte: Grupo UNIP - Objetivo Pericarpo Epicarpo Mesocarpo Endocarpo Semente: A semente é o óvulo maduro e fecundado da flor, e nela está contido o embrião que dará origem à nova planta. Possuem reservas de alimento, para possibilitar que a planta germine e cresça até ter folhas e poder realizar a fotossíntese. Sua função é de preservar a espécie, através da multiplicação seminal. Temos como possibilidades a monocotiledôneas e as dicotiledôneas. Partes das Plantas Semente: Partes das Plantas Fonte: Grupo UNIP - Objetivo Pericarpo TegumentoEndosperma Coleóptile Folhas primárias Cotilédone (escutelo) Gêmula Radícula Coleorriza Tegumento ou casca Cotilédone Radícula Caulículo (hipocótilo) Folha primária Depois da fecundação da flor, suas pétalas, estames e estiletes se soltam e o ovário se desenvolve formando o ____ que guarda em seu interior as __________. Essa frase resume uma das informações mais importantes a respeito do conhecimento das partes das plantas, quais palavras completam os espaços em branco, respectivamente? a) Flor e Folhas. b) Caule e Folhas. c) Fruto e Sementes. d) Semente e Raízes. e) Flor e Raízes. Interatividade Depois da fecundação da flor, suas pétalas, estames e estiletes se soltam e o ovário se desenvolve formando o ____ que guarda em seu interior as __________. Essa frase resume uma das informações mais importantes a respeito do conhecimento das partes das plantas, quais palavras completam os espaços em branco, respectivamente? a) Flor e Folhas. b) Caule e Folhas. c) Fruto e Sementes. d) Semente e Raízes. e) Flor e Raízes. Resposta Para a correta utilização de um material vegetal, tanto como matéria-prima quanto partes ou material inteiro de uma preparação, se faz necessário o estudo prévio e uma análise detalhada do mesmo. Tudo para que o produto final, seja ele destinado ao uso interno ou externo, embelezamento ou saúde, tenha a qualidade, eficácia e segurança na utilização. Estudos Prévios Estudos Prévios Análise/Estudo prévios Amostragem Identificação espécie/ Avaliação de PAN Pureza Fonte: Autoria própria. Amostragem: Deve nos fornecer uma ideia de todo o material a ser estudado, ou seja, precisamos que essa amostra seja representativa da quantidade total. Para isso são importantes fatores como o número de amostras a serem retiradas, bem como tentar ao máximo atingir e amostrar as mais variadas porções dentro de uma mesma embalagem, evitando uma amostra não representativa do seu global. Estudos Prévios Identidade: Antes da utilização de qualquer vegetal para consumo ou preparo de cosméticos e medicamentos, devemos submetê-la à análise de identidade, pois adulteração e falsificação podem ocorrer por engano ou deliberadamente, e ainda podemos ter espécies distintas em ação, porém com semelhanças botânicas ou químicas que podem ser confundidas. Devemos comparar o material problema com a droga padrão, exsicatas, descrições farmacopeias e/ou literatura especializada. Esta comparação pode ser feita por meio de processos indiretos ou diretos. Estudos Prévios Avaliação de Princípios Ativos Naturais: De forma paralela aos testes de identificação fazemos também a avaliação de princípios ativos naturais (PANs) dessa planta. Para isso, a forma mais comum que utilizamos para um resultado eficaz e barato é cromatografia em camada delgada, ou CCD. A cromatografia é um sistema de separação de componentes de uma mistura, que acontece por migração diferencial de uma fase móvel, constituída por um ou mais solventes, sobre uma fase estacionária. Estudos Prévios Avaliação de Princípios Ativos Naturais: Estudos Prévios Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/c ommons/8/8b/Chromatography1.pngFonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/ commons/4/49/Chromatography2.png Avaliação de Pureza: Esse teste se dá pela verificação de contaminantes, sejam material orgânico ou inorgânico estranhos, parasitas, ou mesmo outros órgãos vegetais da mesma planta estudada. Se após a avaliação de pureza tivermos uma porcentagem de contaminantes acima do permitido essa planta não deverá ser utilizada. Estudos Prévios Coleta: Consiste na retirada da planta completa ou em parte da natureza. Detalhes como a idade da planta, ou seja, o seu grau de maturidade, a parte da planta a ser utilizada e ainda qual período do dia será realizada a coleta, são de extrema importância, uma vez que a quantidade e qualidade de princípios ativos naturais pode variar em função desses fatores. Técnicas de Preparo da Planta Estabilização: A estabilização do vegetal é indicada no caso das análises fitoquímicas acontecerem muito tempo após a coleta, assim, o material deve ser imediatamente tratado, com o objetivo de evitar a ação de enzimas reduzindo alteração dos componentes químicos originalmente presentes no vegetal. O processo de estabilização consiste em desnaturar as proteínas das enzimas celulares, pela ação de desidratantes como etanol ou pela ação do calor. Técnicas de Preparo da Planta Secagem: Possui o objetivo de retirar a água do vegetal e assim impedir as reações de hidrólise e o crescimento microbiológico, aumentando o tempo de conservação desse material. Atualmente, existem diversas formas de secagem do material vegetal, que podem ser tanto métodos naturais quanto artificiais. Técnicas de Preparo da Planta Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/com mons/5/54/Starr-170127-6605- Pipturus_albidus- leaves_from_storm_felled_plant_drying_fo r_tea-Hawea_Pl_Olinda- Maui_%2833215872922%29.jpg Moagem: Tem como finalidade diminuir mecanicamente o tamanho do material vegetal, chegando a fragmentos em dimensões muito pequenas, facilitando com isso o processo de extração. A escolha dos métodos de moagem diz respeito à característica do material a ser estudado. Técnicas de Preparo da Planta Fonte: Acervo próprio. Extração: A extração consiste na retirada de um ou mais constituintes químicos existentes no vegetal. Por sua importância será abordada com maiores detalhes. Técnicas de Preparo da Planta Possui o objetivo de retirar a água do vegetal e assim impedir as reações de hidrólise e o crescimento microbiológico, aumentando o tempo de conservação desse material. Ainda diminui o volume de planta ou droga facilitando no armazenamento e transporte, reduzindo também custos. Qual etapa no preparo dos vegetais é responsável por essas ações? a) Coleta. b) Moagem. c) Armazenamento. d) Extração. e) Secagem. Interatividade Possui o objetivo de retirar a água do vegetal e assim impedir as reações de hidrólise e o crescimento microbiológico, aumentando o tempo de conservação desse material. Ainda diminui o volume de planta ou droga facilitando no armazenamento e transporte, reduzindo também custos. Qual etapa no preparo dos vegetais é responsável por essas ações? a) Coleta. b) Moagem. c) Armazenamento. d) Extração. e) Secagem. Resposta A escolha do método de extração deve ater-se quanto à eficiência, estabilidade das substâncias a serem extraídas, disponibilidade dos meios e o custo do processo, sempre sabendo a finalidade do extrato obtido. Sabendo-se de todas as condições envoltas ao processo de obtenção das substâncias ativas, deve-se escolher o método e o solvente mais adequado. Processos Extrativos Condições para se obter um extrato adequado: Grau de divisão da matéria vegetal, o solvente a ser utilizado (seletividade, polaridade, mistura de solventes), pH, adequação tecnológica, inocuidade fisiológica e também o custo. Dentre os métodos de extração podemos citar a frio, ou com ação do calor, a quente em sistemas abertos e fechados. Processos Extrativos Maceração: Técnica em que a extração ocorre em recipiente fechado, sem ação do calor, por período prolongado, sem renovação do solvente (líquido extrator) e com agitação ocasional. Esta técnica apresenta variações no intuito de aumentar a sua eficiência: digestão (sistema com aquecimento a 40 °C), maceração dinâmica (agitação mecânica constante) e remaceração (repetição do processo da maceração por diversas vezes, sempre utilizando o mesmo material vegetal, porém com a renovação do solvente). Processos Extrativos Maceração: Processos Extrativos Percolação: Processo dinâmico, com a capacidade de arrastar o princípio ativo pela passagem de forma contínua do solvente (líquido extrator), conseguindo assim o esgotamento do vegetal por meio do gotejamento. Há necessidade de conhecimento na montagem do sistema percolador. Processos Extrativos Percolação: Processos Extrativos Fonte: Acervo próprio. Infusão: Preparação que consiste em verter água fervente sobre a droga vegetal e, em seguida, tampar ou abafar o recipiente por um período de tempo determinado. Método indicado para partes de drogas vegetais de consistência menos rígida tais como folhas, flores, inflorescências e frutos, ou com substâncias ativas voláteis. Processos Extrativos Decocção: Preparação que consiste na ebulição da droga vegetal em água por tempo determinado. Método indicado para partes de drogas vegetais com consistência rígida, tais como cascas, raízes, rizomas, caules, sementes e folhas coriáceas. Processos Extrativos Infusão Vs Decocção: Processos Extrativos Soxhlet: O processo consiste em diversos ciclos, no aparelho específico de Soxhlet, em que o material vegetal entra em contato com o solvente renovado, levando assim a um método extremamente eficiente, com o emprego de quantidade reduzida de solvente. Processos Extrativos Soxhlet: Processos Extrativos Fonte: Acervo próprio. Técnica em que a extração ocorre em recipiente fechado, sem ação do calor, por período prolongado, sem renovação do solvente (líquido extrator) e com agitação ocasional, ou seja, nesse caso não houve aquecimento, agitação mecânica ou retrabalho. Qual seria o processo extrativo descrito? a) Percolação. b) Digestão. c) Remaceração. d) Maceração. e) Infusão. Interatividade Técnica em que a extração ocorre em recipiente fechado, sem ação do calor, por período prolongado, sem renovação do solvente (líquido extrator) e com agitação ocasional, ou seja, nesse caso não houve aquecimento, agitação mecânica ou retrabalho. Qual seria o processo extrativo descrito? a) Percolação. b) Digestão. c) Remaceração. d) Maceração. e) Infusão. Resposta ATÉ A PRÓXIMA!
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