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ECLESIOLOGIA-MISSIOLOGIA

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Teologia
AEADEPAR - Associação Educacional das 
Assembléias de Deus no Estado do Paraná
1BADEP
IBADEP - Ins ti tuto Bíblico das Assembléias de Deus no 
Estado do Paraná Av. Brasil , S/N° - Eletrosul - Cx. 
Postal 248 85980-000 - Guaíra - PR Fone/Fax: (44) 3642- 
2581 / 3642-6961 / 3642-5431 E-mail: 
ibadep@ibadep.com Site: www.ibadep.com
mailto:ibadep@ibadep.com
http://www.ibadep.com
Eclesiologia/Missiologia
Pesquisado e adaptado pela Equipe 
Redator ia l para Curso exclusivo do IBADEP - Instituto 
Bíblico das Igrejas Evangélicas Assemblé ias de Deus 
do Es tado do Paraná.
Com auxílio de adaptação e esboço de vários 
ensinadores.
5a Edição - Abril /2005
Todos os direitos reservados ao IBADEP
Diretorias
C I E A D E P
Pr. José Pimentel de Carvalho - Presidente de Honra
Pr. José Alves da Silva - Presidente
Pr. Israel Sodré - I o Vice-Presidente
Pr. Moisés Lacour - 2o Vice-Presidente
Pr. Ival Theodoro da Silva - Io Secretário
Pr. Carlos Soares - 2o Secretário
Pr. Simão Bilek - Io Tesoureiro
Pr. Mirislan Douglas Scheffel - 2o Tesoureiro
A E A D E P A R - C o n se lh o D e l ib e r a t i v o
Pr. José Alves da Silva - Presidente
Pr. Ival Teodoro da Silva - Relator
Pr. Israel Sodré - Membro
Pr. Moisés Lacour - Membro
Pr. Carlos Soares - Membro
Pr. Simão Bilek - Membro
Pr. Mirislan Douglas Scheffel - Membro
Pr. Daniel Sales Acioli - Membro
Pr. Jamerson Xavier de Souza - Membro
A E A D E P A R - C o n se lh o cie A d m i n i s t r a ç ã o
Pr. Perci Fontoura - Presidente
Pr. Robson José Brito - Vice-Presidente
Ev. Gilmar Antonio de Andrade - I o Secretário
Ev. Gessé da Silva dos Santos - 2o Secretário
Pr. José Polini - Io Tesoureiro
Ev. Darlan Nylton Scheffel - 2° Tesoureiro
I B A D E P
Pr. Hércules Carvalho Denobi - Coord. Administrativo 
Pr. José Carlos Teodoro Delfino - Coord. Financeiro
Cremos
1) Em um só Deus, eternamente subsistente em três
pessoas: O Pai, Filho e o Espír i to Santo. (Dt 6.4; 
Mt 28.19; Mc 12.29).
2) Na inspiração verbal da Bíblia Sagrada, única regra
infalível de fé normativa para a vida e o caráter 
cristão (2Tm 3.14-17).
3) Na concepção virginal de Jesus, em sua morte
vicária e expiatória, em sua ressurreição corporal 
dentre os mortos e sua ascensão vitoriosa aos céus 
(Is 7.14; Rm 8.34 e At 1.9).
4) Na pecaminos idade do homem que o desti tuiu da
glória de Deus, e que somente o arrependimento e 
a fé na obra expiatória e redentora de Jesus Cristo 
é que pode restaurá-lo a Deus (Rm 3.23 e At 
3.19).
5) Na necessidade absoluta do novo nascimento pela fé
em Cristo e pelo poder atuante do Espíri to Santo e 
da Palavra de Deus, para tornar o homem digno do 
Reino dos Céus (Jo 3.3-8).
6) No perdão dos pecados, na salvação presente e
perfeita e na eterna jus ti f icação da alma recebidos 
gra tuitamente de Deus pela fé no sacrifício 
efetuado por Jesus Cristo em nosso favor (At 
10.43; Rm 10.13; 3.24-26 e Hb 7.25; 5.9).
7) No batismo bíblico efetuado por imersão do corpo
inteiro uma só vez em águas, em nome do Pai, do 
Filho e do Espíri to Santo, conforme determinou o 
Senhor Jesus Cristo (Mt 28.19; Rm 6.1-6 e Cl
2 . 12).
8) Na necessidade e na possibil idade que temos de
viver vida santa mediante a obra expia tória e 
redentora de Jesus no Calvário, através do poder 
regenerador, insp irador e sant if icador do Espíri to 
Santo, que nos capaci ta a viver como fiéis 
tes temunhas do poder de Cristo (Hb 9.14 e lP d
1.15).
9) No batismo bíblico no Espíri to Santo que nos é dado
por Deus mediante a intercessão de Cristo, com a 
evidência inicial de falar em outras l ínguas, 
conforme a sua vontade (At 1.5; 2.4; 10.44-46;
19.1-7).
10) Na atual idade dos dons espiri tuais dist r ibuídos pelo
Espíri to Santo à Igreja para sua edificação, 
conforme a sua soberana vontade ( IC o 12.1-12).
11) Na Segunda Vinda premilenia l de Cristo, em duas
fases dist intas. Pr imeira - invisível ao mundo, 
para arrebatar a sua Igreja . f ie l da terra, antes da 
Grande Tr ibulação; segunda - visível e corporal , 
com sua Igreja glorificada, para re inar sobre o 
mundo durante mil anos ( lT s 4.16. 17; IC o 15.51- 
54; Ap 20.4; Zc 14.5; Jd 14).
12) Que todos os cr is tãos comparecerão ante o Tribunal
de Cristo, para receber recompensa dos seus feitos 
em favor da causa de Cristo na terra (2Co 5.10).
13) No ju ízo vindouro que recompensará os fiéis e 
condenará os infiéis (Ap 20.11-15).
14) E na vida eterna de gozo e felic idade para os fiéis e
de tr is teza e tormento para os infiéis (Mt 25.46).
M etodolog ia de Estudo
Para obter um bom aproveitamento , o aluno 
deve estar consciente do porquê da sua dedicação de 
tempo e esforço no afã de galgar um degrau a mais em 
sua formação.
Lembre-se que você é o autor de sua história 
e que é necessár io atualizar-se. Desenvolva sua 
capacidade de raciocínio e de solução de problemas, 
bem como se integre na problemática atual , para que 
possa vir a ser um elemento útil a si mesmo e à Igreja 
em que está inserido.
Consciente desta realidade, não apenas 
acumule conteúdos visando preparar-se para provas ou 
trabalhos por fazer. Tente seguir o roteiro sugerido 
abaixo e comprove os resultados:
1. Devocional:
a) Faça uma oração de agradecimento a Deus pela 
sua salvação e por proporcionar- lhe a 
oportunidade de estudar a sua Palavra , para assim 
ganhar almas para o Reino de Deus;
b) Com a sua humildade e oração, Deus irá i luminar 
e d irecionar suas faculdades mentais através do 
Espír i to Santo, desvendando mistérios contidos 
em sua Palavra;
c) Para melhor aproveitamento do estudo, temos que 
ser organizados, ler com precisão as lições, 
meditar com atenção os conteúdos.
2. Local de estudo:
Você precisa dispor de um lugar próprio para
estudar em casa. Ele deve ser:
a) Bem arejado e com boa i luminação (de 
preferência, que a luz venha da esquerda);
b) Isolado da ci rculação de pessoas;
c) Longe de sons de rádio, te levisão e conversas.
3. Disposição:
Tudo o que fazemos por opção alcança bons 
resultados. Por isso adquira o hábito de estudar 
voluntariamente , sem imposições . Conscientize-se 
da importância dos itens abaixo:
a) Estabelecer um horário de estudo extraclasse, 
dividindo-se entre as disciplinas do currículo 
(dispense mais tempo às matérias em que tiver 
maior dificuldade);
b) Reservar, d iariamente , algum tempo para 
descanso e lazer. Assim, quando estudar, estará 
desligado de outras atividades;
c) Concentrar-se no que está fazendo;
d) Adotar uma corre ta postura (sentar-se à mesa, 
tronco ereto), para evita r o cansaço físico;
e) Não passar para outra l ição antes de dominar bem 
o que estiver estudando;
f) Não abusar das capacidades físicas e mentais. 
Quando perceber que está cansado e o estudo não 
alcança mais um bom rendimento, faça uma pausa 
para descansar.
4. Aproveitamento das aulas:
Cada disciplina apresenta característ icas 
próprias, envolvendo diferentes comportamentos : 
raciocínio, analogia, interpretação, aplicação ou 
s implesmente habil idades motoras. Todas, no
entanto, exigem sua participação ativa. Para
alcançar melhor aprovei tamento, procure:
a) Colaborar para a manutenção da discipl ina na 
sala-de-aula;
b) Part icipar ativamente das aulas, dando 
colaborações espontâneas e perguntando quando 
algo não lhe ficar bem claro;
c) Anotar as observações complementa res do 
moni tor em caderno apropriado.
d) Anotar datas de provas ou entrega de trabalhos.
Estudo e x t radasse :
Observando as dicas dos itens 1 e 2, você deve:
a) Fazer dia riamente as tarefas propostas;
b) Rever os conteúdos do dia;
c) Preparar as aulas da semana seguinte. Se 
cons ta ta i alguma dúvida, anote-a, e apresenta ao 
monitor na aula seguinte. Procure não deixar suas 
dúvidas se acumulem.
d) Materiais que poderão ajudá-lo:
■ Mais que uma versão ou tradução da Bíblia 
Sagrada;
■ Atlas Bíblico;
■Dic ionár io Bíblico;
■ Encic lopédia Bíblica;
■ Livros de Histórias Gerais e Bíblicas;
■ Um bom dicionário de Português;
■ Livros e aposti las que tratem do mesmo 
assunto.
e) Se o estudo for em grupo, tenha sempre em 
mente:
■ A necessidade de dar a sua colaboração 
pessoal;
■ O direito de todos os integrantes opinarem.
Como obter melhor aproveitamento em avaliações:
a) Revise toda a matéria antes da avaliação;
b) Permaneça calmo e seguro (você estudou!);
c) Concentre-se no que está fazendo;
d) Não tenha pressa;
e) Leia atentamente todas as questões ;
f) Resolva primeiro as questões mais acessíveis;
g) Havendo tempo, revise tudo antes de entregar a 
prova.
Bom Desempenho!
Currículo de Matérias
> Educação Geral
B3 His tória da Igreja 
£Q Educação Cristã 
( 3 Geografia Bíblica
> Ministério da Igreja
CU Ét ica Cristã / Teologia do Obreiro 
EQ Homilé tica / Hermenêutica 
CQ Família Cristã 
EB Adminis tração Eclesiás tica
> Teologia
CQ Biblio logia 
£Ql A Trindade
ÍB Anjos, Homem, Pecado e Salvação 
03 Heresiologia 
f.v Q3 Eclesiologia / Miss iologia
> Bíblia
^ C l Penta teuco
/ QJ Livros His tóricos
0 C3 Livros Poéticos 
0 C3 Profetas Maiores 
Profetas Menores 
CQ Os Evangelhos / Atos 
tQ Epístolas Paul inas / Gerais 
Q Hl Apocal ipse / Escatologia
Abreviaturas
a.C. - antes de Cristo.
ARA - Almeida Revis ta e Atualizada 
ARC - Alm eida Revista e Corrida 
AT - Antigo Tes tamento 
BV - Bíblia Viva
BLH - Bíblia na Linguagem de Hoje
c. - Cerca de, aproximadamente , 
cap. - capítulo; caps. - capítulos, 
cf. - confere, compare.
d.C. - depois de Cristo.
e.g. - por exemplo.
Fig. - Figurado.
fig. - f igurado; f iguradamente, 
gr. - grego 
hb. - hebraico
i.e. - isto é.
IBB - Imprensa Bíblica Brasileira 
Km - S ím bolo de quilometro 
lit. - literal, l iteralmente.
LXX - Septuagin ta (versão grega do Antigo
Testamento)
m - S ímbolo de metro.
MSS - manuscri tos
NT - Novo Testamento
NVI - Nova Versão Internacional
p. - página.
ref. - referência; refs. - referências
ss. - e os seguintes (isto é, os vers ículos consecutivos
de um capí tu lo até o seu final. Por exemplo: IPe 2.1ss,
significa IPe 2.1-25).
séc. - século (s).
v. - versículo; vv. - versículos.
ver - veja
✓
índice
Lição 1 - Eclesiologia - A Doutr ina da I g r e ja ....... 15
Lição 2 - Eclesiologia - A Doutr ina da I g r e ja ........ 41
Lição 3 - A Igreja e o E v a n g e l i sm o ...............................67
Lição 4 - A Igreja e M issões ............................................ 93
Lição 5 - A Igreja e M issõ e s ....................................... 117
Referências B ib l io g rá f ica s ............................................ 141
Lição 1
Eclesiologia - A Doutrina da Igreja
fiC■— ^Ecles io logia é o estudo da Igreja em sua 
natureza, o rdenanças , ministério, missão e governo. 
Qual é a identidade da verdadeira Igreja apresentada 
por Jesus? Quais suas principais carac terís t icas? Quem 
é seu fundador?
A verdadeira Igreja do Senhor não conhece 
outro legislador além de Cristo e descobre que seu 
gozo mais e levado na terra consiste em saber sua 
vontade e fazê-la. Sua maior glória no futuro será 
tornar-se semelhante a seu Senhor ( l J o 3.1-3). Vest ida 
da jus t iça de Cris to, cheia de seu amor, revestida de 
seu Espíri to e cumprindo sua vontade, a Igreja e leva os 
seus olhos ao céu, esperando a volta de Jesus Cristo a 
quem a ama ( IT s 1.9,10). Foi com referência a esta 
solene assemblé ia que Jesus disse: “Edificarei a minha 
Igreja, e as portas do inferno não preva lecerão contra 
ela” . * A Igreja de Cristo tem três significados nas 
Escrituras:
■ Insti tuição; J .—
■ Organização; J / / . ' ^ J
■ Comunhão espiri tual . >/
A Igreja de Cristo como in s t i tu iç ã o explica 
a sua natureza. Como o rg a n iz a ç ã o é a convocação 
visível num local, de crentes regenerados, salvos, pela 
graça de Deus, mediante a fé no Cristo crucificado e 
ressurreto, na comunhão do Espíri to Santo. E, como 
uma c o m u n h ã o e sp i r i tu a l , chamada Igreja em glória
15
ou Igreja dos pr imogênitos , não é uma organização, 
mas um corpo místico, uma comunhão no Espíri to. E a 
Igreja gloriosa, sem mácula e nem ruga; é a Igreja que 
existe através dos séculos, na terra e no céu, onde não 
existe barre ira de raças e nações, e que se congregará 
ao redor do Trono de Deus.
A Igreja - Seus Significados
K uriakon .
O termo inglês church é derivado da palavra 
kuriakon, s ignificando “pertencente ao Senhor” , que 
jam ais é aplicada à Igreja no período do Novo 
Tes tamento , embora seja encontrada duas vezes no 
Novo Testamento como um adjetivo re lacionado à ceia 
do Senhor e ao dia do Senhor ( IC o 11.20; Ap 1.10).
Nos tempos pós-apostól icos , os gregos 
uti l izaram o termo kuriakon para designar o prédio da 
Igreja. A evolução de kuriakon em grego para church 
em inglês pode ser vista na palavra escocesa kirk 
(Igreja Nacional da Escócia). Os únicos termos 
aplicados no Novo Testamento para designar um prédio 
como local de adoração são: “ tem plo” e “s inagoga” (At 
5.42; Tg 2.2).
Ekk les ia .
No Novo Testamento inglês, a palavra 
church é invariavelmente usada para traduzir o termo 
grego ekklesia (Mt 16.18; 18.17; At 2.47; 9.31; 13.1; 
14.23; 15.22; 16.5; 20.17,28; Rm 16.4,5; ICo 12.28; Ef 
5.23-29; Cl 1.18; Ap 1.4,11).
1 A e x p l ic a ç ão sobre a or igem do te rmo inglês church não se 
ap l ica ao vocábul o por tuguês “ ig r e j a” , que vem do grego 
ekk les ia , pe lo lat im ecclesia.
16
Ekkles ia s ignifica “uma reunião de pessoas” . 
O termo é derivado de duas palavras gregas, ek, 
s ignificando “fora de” , e ka le o , s ignificando “cham ar” .
Originalmente, (“os chamados para fora” '/ 
consti tu íam o grupo de legis ladores da repúbl ica grega, 
convocados de suas comunidades para servirem o país. 
Quando nos referimos a uma sessão da Assembléia 
Estadual, estamos usando a palavra “assemblé ia” 
exatamente como os gregos empregavam ekklesia
Nos tempos do Novo Testamento, quando 
Jesus aplicou a pa lavra ekklesia para designar o corpo 
que Ele iria formar, ela tomou de emprést imo seu 
sentido pelo menos em duas fontes:
■ O uso judeu da pa lavra no Antigo Testamento 
Grego (a Septuaginta), onde se referia à 
congregação de Israel;
■ O emprego da palavra grega para referir-se a 
qualquer reunião de pessoas, quer fosse um corpo 
consti tuído quer uma multidão desorganizada.
Um exemplo do uso judaico é encontrado em 
Atos 7.38: “E este Moisés quem esteve na congregação 
no deserto, com o Anjo que lhe falava no monte Sinai, 
e com nossos pais; o qual recebeu palavras vivas para 
no-las transmit i r” . O uso juda ico de ekklesia t raduz 
geralmente o termo hebraico quahal, que era a palavra 
do Antigo Testamento para a congregação de Israel no 
deserto.
Um exemplo do uso grego de ekklesia é 
encontrado em Atos 19.32,39: “Uns, pois, gri tavam de 
uma forma, outros, de outra; porque a assembléia 
(iekklesia) caíra em confusão. E na sua maior parte nem 
sabiam por que motivos es tavam reunidos (mul t idão)” ; 
“Mas se algumas outras cousas pleite iam, será decidida 
em assembléia regular (corpo legislativo of ic ia l)” .
17
Não há dúvida de que Jesus escolheu a 
palavra t raduzida “Igreja” porque fora usada para 
designar o povo de Deus, mas o termo significava 
apenas “assembléia” . Em vista de a palavra hebraica 
traduzida ekklesia ser algumas vezes in te rpre tada como 
“s inagoga” , pode ter havido um propósito na escolha da 
primeira, a f im de evita r confusão entre a Igreja e a 
sinagoga de Israel.
Quando Jesus disse: “ ... sobre esta pedra 
edificarei a minha Igreja” (Mt 16.18), Ele não deu 
ênfase à palavra “Igre ja” , mas à pa lavra “m inha” . A 
Igreja é única, não por ser chamada Igreja, mas sim por 
ser a assembléia dos crentes que pertencema Jesus, 
que consti tuem o seu corpo.
Usos do Termo “Igreja” no Novo Testamento
> O corpo universal de Cristo.
A Igreja universal é composta de todos os 
cristãos autênt icos de todas as eras, tanto na terra como 
no paraíso, o corpo de Cristo inteiro. E ela quem irá 
reunir-se no banquete das bodas do Corde iro (Ap 19.6-
9), que se seguirá ao arrebatamento da Igreja. As 
seguintes passagens aplicam-se à Igreja universal: 
Mateus 16.18; Efésios 3.10,21; 5.23-32; Colossenses 
1.18,24; Hebreus 12.22,23: “ ... e à universal
assembléia e Igreja dos primogênitos arrolados nos 
céus, e a Deus, o Juiz de todos, e aos .espíritos dos 
jus tos aperfe içoados” .
> A Igreja local.
A Igreja local é composta de cristãos 
ident ificados com um corpo consti tuído, adorando em 
uma local idade (Rm 16.1; Cl 4.16; G1 1.2,22; At
14.23).
18
Os membros de uma Igreja local formam a 
Igreja mesmo quando não estão reunidos, fato que pode 
ser verif icado em Atos 14.27: “Ali chegados , reunida a 
Igreja, rela taram quantas cousas fizera Deus com 
eles . . .” .
Todos os crentes autênt icos são membros do 
corpo universal de Cristo; todavia, todos os crentes 
fiéis devem estar identificados com uma Igreja local 
onde se reúnam para adoração, confra tern ização e 
serviço com alguma regularidade (Hb 10.24,25). São 
também discípulos, irmãos e membros de um corpo.
> As igrejas domésticas.
Nos tempos do Novo Testamento não havia 
prédios de Igreja; os crentes reuniam-se para adorar 
onde houvesse facil idades para eles. Muitas vezes 
reuniam-se nas casas dos cristãos: “No Senhor muito 
vos saúdam Aquila e Priscila e, bem assim, a Igreja que 
está na casa de les” ( IC o 16.19b)..
Quando a Igreja em uma determinada 
comunidade era muito grande, havia inúmeras igrejas 
domést icas (veja ICo 14.23). Todavia , a Igreja dessa 
comunidade era considerada como uma só, e todos eles 
se reuniam com a maior freqüência possível.
Nas comunidades pequenas , uma Igreja 
domést ica podia acomodar o corpo inteiro (veja Cl
4.15). Uma das razões para as igrejas terem em geral 
vár ios anciãos, era talvez o fato de exist irem diversas 
igrejas domést icas no corpo total dessa comunidade.
Em Atos 20, o apóstolo Paulo reuniu os 
presbíteros da Igreja em Éfeso: “De Mileto mandou a 
Efeso chamar os presbíteros da Igreja” (At 20.17). Essa 
Igreja era uma só, mas o grande número de anciãos 
sugere que ela se reunia gera lmente nas casas por causa 
da falta de prédios grandes para a Igreja.
19
Todas essas igrejas domésticas, porém, 
formavam uma só Igreja em Éfeso: “Atendei por vós e 
por todo o rebanho sobre o qual o Espíri to Santo vos 
const i tuiu bispos, para pastoreardes a Igreja de Deus, a 
qual ele comprou com o seu próprio sangue” (At 
20.28). Cada Igreja local era considerada como sendo a 
manifestação física da Igreja universal nessa 
comunidade (cf. Rm 16.5,23; ICo 16.19; Fm 2).
> A Igreja coletiva.
Exis tem várias passagens do Novo 
Testamento que fazem referência à Igreja visível como 
única ( IC o 10.32; 15.9; G1 1.13; Fp 3.6. At 9.31), onde 
é mencionada a paz que a Igreja exper imentou depois 
da conversão de Saulo, diz “ igre jas” ; mas no texto 
grego, assim como em outras versões, a palavra está no 
singular: “A Igreja, na verdade, t inha paz por toda a 
Judéia, Gali léia e Samaria , edif icando-se e caminhando 
no temor do Senhor e, no conforto do Espíri to Santo, 
crescia em núm ero” (At 9.31).
Em várias passagens, a palavra Igreja é 
usada genericamente , isto é, referindo-se à Igreja em 
termos gerais (veja Mt 18.17; lT m 3.15; ICo 12.28).
> As igrejas agindo em conjunto.
Alguns af irmam que as igrejas locais eram 
autônomas, sujeitas apenas à l iderança local, escolh ida 
pelo voto da congregação. Não há dúvida de que as 
igrejas locais t inham bastante l iberdade, não eram 
cer tamente regidas severamente por uma hierarquia 
central , um fato demonstrado pelo concíl io sobre 
doutrina e prática regist rado em Atos 15. Todavia , é 
notório que as igrejas agiam em conjunto e seguiam a 
l iderança apostólica, conforme inúmeras passagens das 
Escrituras (At 14.23; Rm 16.4; ICo 16.19; 2Co 11.28).
20
Paulo deu instruções às igrejas locais sobre 
doutrina, prá tica e governo; ele enviou saudações por 
parte de grupos de igrejas de uma região; nomeou 
anciãos sobre as igrejas ou ordenou a seus 
colaboradores que nomeassem dirigentes. Escreveu a 
Tito ordenando: “Por esta causa te deixei em Creta, 
para que pusessem em ordem as cousas restantes, bem 
como, em cada cidade, consti tuísses presbíteros, 
conforme te prescrevi” (Tt 1.5).
O Que não é Igreja no Novo Testamento
> Não é usado para prédio.
A palavra grega ekklesia, t r aduzida “ igreja” , 
sempre se refere às pessoas, jamais a um prédio. Hoje 
em dia, alguém poderia dizer: “Há uma Igreja branca 
na esquina das ruas tal e ta l” . Quando a Bíblia fala da 
Igreja de Éfeso, refere-se à congregação de cristãos em 
Efeso. Nenhum prédio de “Igre ja” foi constru ído até o 
terceiro século, não havia um termo específico para 
designá-lo.
Quando foram construídos prédios de Igreja, 
uma palavra diferente (kuriake ), significando “a casa 
do Senhor” , foi usada para referir-se a eles. Por outro 
lado, o emprego de uma palavra para descrever tanto o 
prédio como a congregação foi uma evolução natural. 
Chamar o prédio de Igreja é uma figura de l inguagem 
denominada “meton ímia” - transnominação.
O mesmo é encontrado em ICorín t ios 11.26: 
“Porque todas as vezes que... beberdes o cál ice . . . ” (Não 
bebemos o cálice, mas o seu conteúdo) . Não existe 
nenhum mal em chamar o santuário de “Igre ja” , desde 
que se tenha em mente a verdadeira natureza da Igreja.
21
> Não é usado para uma denominação.
Durante os dias do Novo Testamento, não 
surgiram grupos de cr is tãos com identidades separadas 
pelo nome, à semelhança das denominações modernas. 
Ass im sendo, a palavra “ig re ja” não deveria ser l igada 
aos nomes dos l íderes ou dogmas doutrinár ios, como 
acontece hoje, a f im de identif icar organizações 
ecles iás ticas dist intas. A condição ideal para a Igreja 
na terra seria, sem dúvida , a de uma unidade universal 
em doutrina e organização.
Todavia, quando o principal corpo 
eclesiást ico afastou-se da Escritura na doutrina e na 
prática, foi inevitável o surgimento de reformas 
re je itadas pelo sistema original , obrigando os fiéis a 
formarem grupos dis t intos. Desde que todo 
reavivamento abrangente provocou uma reação da 
l iderança da Igreja es tabelecida, a formação de novas 
organizações para preservar a integridade doutrinária e 
a vida espiri tual tornou-se v irtua lmente impossível de 
evitar. O movimento ecumênico tentou jun ta r as 
denominações numa só corporação, mas isso só veio a 
concret izar-se à custa da pleni tude doutr inária e 
espiri tual . Uma fé e prá tica aceitável para todos têm 
sido um “mínimo denominador com um ” . As 
denominações podem ter sido o método de Deus para 
preservar o reavivamento e o fervor missionário.
Os membros das igrejas denominacionais , 
porém, devem ter em mente que a Igreja, que é o corpo 
de Cristo, compõe-se de todos os verdadeiros crentes, e 
que estes devem estar unidos em espíri to para fazer 
avançar o Evangelho de Cristo no mundo, pois todos 
serão arrebatados em conjunto na vinda do Senhor. O 
fato de as igrejas locais deverem reunir-se para 
confratern ização e missões é cer tamente uma verdade 
bíb lica (2Co 8.1-19, 23,24; Tt 1.5).
22
A Igreja Como o Corpo de Cristo
A organização cr i teriosa, d ir ig ida pelo 
Espíri to, ajuda a Igreja concretizar sua missão , porém, 
a Igreja não é por natureza uma organização, mas sim 
um organismo. É um ser vivo cuja vida divina é 
provida pela habitação do Espíri to de Cristo (Rm 8.9).
> A relação vital com a cabeça.
Depois de sua missão terrena, o Senhor Jesus 
subiu àdestra do Pai. Ele continua no mundo, num 
sentido real, manifestado através do seu corpo, a 
Igreja. Paulo expressa esta relação como segue: “E pôs 
todas as cousas debaixo dos seus pés e, para ser o 
cabeça sobre todas as cousas, oj d e u T Ig re ja . ) a qual é o 
seu corpo, a fpTéniTiuIê>) daquele que a tudo enche em 
todos as cousas” (Ef 1.22,23).
A Igreja é o corpo de Cristo, mediante o qual 
Ele cumpre sua missão terrena (Sua plenitude). Os dois 
últ imos versículos do Evangelho de Marcos expressam 
dramaticamente a re lação entre Cristo e a Igreja (Mc 
16.19,20).
Jesus voltou ao Pai, mas pouco antes de 
partir prometeu: “E eis que estou convosco todos os 
dias” . Ele está conosco, como a cabeça fica com o 
corpo. Cont inua traba lhando na- terra mais 
poderosamente do que antes (Jo 14.12).
A Igreja é a extensão do Senhor Jesus Cristo. 
Jesus expressou esta relação com uma m e tá fo ra1 
diferente em João 15: “Eu sou a videira, vós os ramos.
1 T ropo que cons is te na t ransfe rênc i a de uma pa la v ra para um 
âmbi to s em ân t ic o que não é o do obje to que e la de s i gna , e que se 
fundam en ta num a r e l ação de sem e lh anç a su b en te n d id a en t re o 
sent ido p ró p r io e o f igu rado; t rans lação.
23
Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito 
fruto; porque sem mim nada podeis fazer” (Jo 15.5).
Os ramos são para a vide o que o corpo é 
para a cabeça; de fato, os ramos são os corpos da 
videira. Da mesma fo rma que os ramos da videira 
p roduzem fruto, a obra de Cristo no mundo deve ser 
executada pelo corpo (a Igreja); mas, assim como os 
ramos são inúteis quando separados da videira, o corpo 
também nada pode realizar sem a vida e orientação da 
cabeça (o Senhor Jesus).
> A unidade do corpo.
Uma das maiores ênfases da metáfora do 
“co rpo” é a da unidade dos mui tos membros da Igreja. 
A Igreja (corpo) de Cris to não é s implesmente uma 
coleção de indivíduos que concordam com uma 
fi losof ia ; é um organismo, do qual os membros são 
partes inter-relacionadas . Paulo descreve a unidade da 
Igreja em ICorín tios 12.18,20,21,26.
Existem muitos min is té rios na Igreja, mas 
todos são coordenados pelo Espír i to para alcançar um 
só objetivo: “ ... o aperfe içoamento dos santos para o 
desempenho do seu serv iço” (Ef 4.12).
Os dons do Espí ri to são muitos, mas sua 
atuação é harmônica, a f im de cumprir uma finalidade: 
a edi ficação do corpo de Cristo ( I C o 12.4-7; 14.5,12 
26); a Igreja emprega inúmeras metodologias, mas elas 
têm um único alvo: que o Evangelho do Reino seja 
pregado em todo o mundo, em tes temunho (Mt 24.14; 
28.19,20; Mc 16.15).
> A importância de cada membro no corpo.
Nenhum membro do corpo é insignificante 
ou desnecessário ( IC o 12.21,22,25).
24
> Submissão no corpo.
Os membros do corpo de Cristo são muitos, 
mas só existe uma cabeça, o Senhor Jesus Cristo. Os 
membros não podem funcionar adequadamente sem se 
sujeitarem in te iramente à cabeça que comanda o corpo 
inteiro ( IC o 12.4-7): “E pôs todas as cousas debaixo de 
seus pés e, para ser o cabeça sobre todas as coisas , o 
deu à Igreja” (Ef 1.22).
O cr istão deve praticar a ^ submissão em 
quatro aspectos: )
í ■ Submissão a Deus e a seu Filho Jesus (Ef 5.24; Hb 
' 2.8; 12.9; Tg 4.7); '
£ ■ Submissão aos l íderes da Igreja nomeados por 
Deus (Hb 13.17; ICo 16.16; Fp 2.-12; lTs 
5.12,13);
^ ■ Submissão uns aos outros em Cristo (Ef 5.21-6.9; 
IPe 5.5);
Cj." Submissão às autoridades civis, quando tal 
sujeição não exija desobediência aos ensinos 
claros das Escri turas (At 4.19,20; 5.29; Rm 13.1- 
7; IPe 2.13-17).
> O corpo de Cristo e a Igreja local.
O corpo universal de Cristo consis te no 
número total de cristãos autênticos de todas as eras, no 
céu e na terra. É necessário , porém, ressalta r que as 
Escrituras do Novo Testamento dir igem-se a todos os 
crentes na terra como membros ativos de a lguma Igreja 
local. Infelizmente, existem muitos cristãos professos 
que ju lgam pertencer ao corpo “mís tico” de Cristo, 
acreditando que a part ic ipação na Igreja local seja 
optativa ou desnecessár ia .
Os fatos seguintes demonst ram a necessidade 
da relação com a Igreja local:
25
(1) Jesus tomou como certo que seu povo 
part ic iparia de uma Igreja local. Em vista de a 
fundação da Igreja ser ainda futura, Jesus refere-se a 
ela pelo nome apenas duas vezes.
A segunda referência foi feita em casos de 
discórdia entre os irmãos, quando Jesus ensinou: “E, se 
ele não os a tender ( testemunhas), dize-o à Igreja; e, se 
recusar ouvir também a Igreja, considera-o como 
gentio e pub l icano” (Mt 18.17).
É evidente que uma Igreja que pode arbitrar 
divergências entre os crentes é uma Igreja local , sendo 
os membros submissos a ela no Senhor.
(2) Todas as epístolas do Novo Testamento 
são dirigidas às igrejas locais ou a l íderes de igrejas 
locais.
(3) Todos os minis térios, que são dons de 
Deus, são concedidos aos corpos locais para 
aperfeiçoar os santos para o minis té rio mútuo. 
Apóstolos , profetas, evangelis tas, pastores e mestres só 
podem min is trar aos santos que se reúnem em 
comunhão (Ef 4.11-16).
(4) Jesus ordenou aos crentes que 
part ic ipassem juntos da santa comunhão até a sua volta 
( IC o 11.23-26).
(5) A operação dos dons do Espíri to só pode 
atuar num corpo local. Ao falar da operação dos dons, 
Paulo disse: “ ... procurai progredir , para a edificação 
da Ig re ja” ( I C o 14.12).
(6) Como membros do corpo de Cristo, os 
crentes não estão relacionados apenas com Cristo, o 
“cabeça” , mas uns com os outros no corpo (Rm 12.5).
(7) Aprendemos que Deus coloca os 
membros no corpo conforme lhe agrada ( I C o 12.18).
26
(8) Afim de os cristãos cumpri rem a 
comissão de Cristo, é preciso haver comunhão, 
c resc imento da Igreja visível e a obra mútua de 
evangeli smo e missões mundiais (At 2.41-47; 11.26-30;
13.1-3).
> Minis tér io do corpo.
O concei to de Igreja como o corpo de Cristo 
tem recebido nova ênfase nos últ imos anos, que levou a 
impor tante percepção sobre adoração e ministério. O 
ministério tem sido demasiadamente visto como 
transmitido de uma pla ta forma ou púlpito e só pelo 
clero designado. Quando a idéia de ministério é essa, 
os membros da congregação tornam-se simples 
espectadores , cuja única a tividade é ocupar os bancos.
A descrição bíblica da vida do corpo não 
apóia essa visão l imitada do ministério. Deus, na 
verdade, colocou a l iderança espiri tual na Igreja para 
pregar .e ensinar; mas o objeto de sua pregação, ensino, 
e cuidado pastoral é o aper fe içoamento dos santos, a 
f im de minis tra rem uns aos outros e ao mundo (Ef 
4.11-15) . A partir deste concei to do ministério do 
corpo, como expresso pelo apóstolo Paulo, vários fatos 
ficam claros:
(1) É intenção do Senhor que cada membro ^ 
do corpo de Cristo tenha um ministério. Cada membro 
do corpo humano contribui para preservação, 
crescimento, saúde e at iv idade desse corpo; se alguns 
membros não funcionam, surge a doença. Mui tos males 
da ( Igreja resultam de uma congregação que não 
funciona. )
A fim de a lcançar part ic ipação total no 
trabalho e adoração da Igreja, Deus proveu l iderança 
espiri tual para aperfeiçoar e amadurecer os santos, e os 
dons do Espíri to para capacitá-los e orientá-los.
27
(2) O principal propósito do minis tério do 
corpo é a edificação da Igreja inteira (Ef 4.12). O teste 
do valor e validade do ministér io do corpo e da prática 
dos dons está em edif icarem ou não o corpo de Cristo.
Pedro escreveu: “Servi uns aos outros, cada
um conforme o dom que recebeu, como bons
despenseiros da mult iforme graça de D eu s” ( IP e 4.10).
Minis tér io e dons const i tuem mordomia. O 
dom do crente não é concedido pr imariamente para a 
sua edificação; tra ta-se de uma mordomia para outros, 
para a família da Igreja.(3) Quando o corpo inteiro minis tra em
unidade e amor, o resultado é o cresc imento espiri tual 
e numérico (Ef 4.16).
Muita coisa é dita hoje sobre o crescimento 
da Igreja. O cresc imento “ó t imo” da Igreja não pode 
ser alcançado apenas mediante os esforços dos líderes, 
pastores, evangel is tas e missionár ios; o cresc imento 
ideal só resulta quando a Igreja inteira ministra.
(4) Quando toda a Igreja ministra, é preciso 
que a força agregadora do amor esteja presente. A não 
ser que a part ic ipação de toda a Igreja seja motivada e 
realizada em um espír i to de amor e submissão à 
l iderança, o cresc imento obtido pode ser transi tório e o 
ministério, menos que edificante ( IP e 1.22). (Veja 
também ICo 13; G1 5.13; Ef 4.2,3, 15,16; 3.17-19; Fp
2.1-5; Cl 3.12-15; lTs 5.12,13).
28
Questionário
■ Ass inale com “X ” as al ternativas corretas
1. É o estudo da Igreja em sua natureza, ordenanças, 
minis tério , missão e governo
a)| I Ec le ti smo
b)l I Igreja logia
c)fx] Eclesio logia
d)l I Eclesias tia
2. Os únicos termos aplicados no Novo Testamento 
para designar um prédio como local de adoração são
a)l I “Ig re ja” e “santuário”
b)| I “Casa de oração” e “congregação”
c)| I “Tabernácu lo” e “Igreja”
d ) @ “T em plo” e “s inagoga”
3. E incoerente dizer que o cris tão deve prat icar a 
submissão
a ) 0 A todas as demais igrejas
b ) 0 Aos l íderes da Igreja nomeados por Deus
c)l I A Deus e a seu Filho Jesus
d)l I As autoridades civis
■ Marque “C ” para Certo e “E ” para Errado
4. |£ A Igreja de Cristo possui apenas um significado
nas Escri turas , a saber: comunhão espiri tual
5.kA A Igreja não é por natureza um organismo, mas 
sim uma organização. É um ser vivo cuja vida divina 
é provida pela habitação do Espíri to Santo
29
A Missão da Igreja
Pregação e ens ino .
A missão principal da Igreja é declarada na 
Grande Comissão dada por Jesus aos apóstolos antes de 
sua ascensão. Uma forma da comissão é encontrada nos 
quatro Evangelhos e no livro de Atos; cada escri tor 
descrevendo apenas uma parte selecionada da comissão 
total. Assim sendo, será necessár io examinar as cinco 
ocorrências do encargo de Jesus à Igreja, a fim de 
entender o escopo total da comissão.
Marcos enfa tiza a missão da Igreja na 
“pregação do evange lho” : “ ... Ide por todo o mundo e 
pregai o evangelho a toda cria tu ra” (Mc 16.15).
A importância da pregação pode ser indicada 
pelo fato de que as palavras usadas para “pregação” 
foram incluídas mais de 115 vezes no Novo 
Testamento.
Existem dois termos gregos principais 
traduzidos como “pregar” :
* Kerusso, que signif ica “anuncia r” (como uma 
proclamação real);
■ Euange l i zo , que significa “pregar as boas novas” ; 
cada um deles ocorre mais de cinqüenta vezes.
Além da pregação como uma missão da 
Igreja, Marcos também ressa lta o poder sobrenatural do 
Espír i to Santo que acompanharia a pregação do 
evangelho (Mc 16.17-20).
A parte da Grande Comissão descrita no 
Evangelho de Lucas também enfatiza a pregação: “e 
que em seu nome se pregasse arrependimento para 
remissão de pecados, a todas as nações, começando de 
Jerusalém. Vós sois testemunhas destas cousas. Eis que
30
envio sobre vós a promessa de meu Pai; permanecei, 
pois, na cidade, até que do alto sejais revestidos de 
poder” (Lc 24.47-49).
O Evangelho de Lucas revela parte do 
conteúdo da pregação: “e que em seu nome se pregasse 
arrependimento para remissão de pecados . . .” . Este 
conteúdo pode ser resumido como segue:
■ Os incrédulos são chamados para se arrependerem 
dos pecados;
■ A dádiva do Evangelho é o perdão de pecados;
■ A pregação da Igreja é em nome de Jesus (a 
salvação do pecado é através da virtude da obra 
redentora de Jesus).
Lucas registra, tanto em seu Evangelho como 
em Atos, a ordem do Senhor sobre os preparat ivos 
necessários para a pregação (At 1.8, cf. Lc 24.49). 
(Veja também Jo 20.21-23). Segundo Lucas e Atos, 
Jesus encarrega os pregadores da Igreja de serem suas 
testemunhas; eles não deverão pregar por ouvir dizer, 
mas anunciar o que já exper imentaram ( l J o 1.3; cf. Lc 
24.48; At 1.8; 10.40-43; ICo 1.17-24; 9.16).
O relato de Mateus sobre a Grande Comissão 
enfat iza a missão de ensino da Igreja (Mt 28.18-20) . O 
ministério duplo da Igreja, pregação e ensino, ficam 
evidentes através de todo o livro de Atos (At 5.42; At 
2.42; At 11.25,26). Veja também Atos 15.35; 18.11; 
20.20 e 28.31.
A pregação é o minis tério de recrutamento e 
motivação da Igreja; o ensino é o minis tério de 
amadurec imento . Através da pregação, novos filhos 
nascem na famíl ia de Deus; através do ensino, essas 
cr ianças são nutridas a partir do leite até o alimento 
sólido. Poderia ser dito que o trabalho da Igreja é 
duplo: “ at ra ir” e “desmamar” ( IC o 3.1,2; Hb 5.12-14).
31
Disc ip u lad o .
A Grande Comissão, no Evangelho de 
Mateus, deu uma tarefa à Igreja: “Ide, portanto, fazei 
discípulos de todas as nações” (Mt 28.19).
“Ens inar” em grego é matheteuo, de 
matlietes, que signif ica “disc ípulo” . A missão da Igreja 
é “discipular todas as nações” .
Discipular é mais que ensinar. Podemos 
ens inar comunicando um sistema de preceitos. Mas 
discipulamos outrem demonstrando a verdade através 
do exemplo. É possível contar a outros como obter a 
vitória; no entanto, aquele que discipula outros lhes 
mostra pelo exemplo a vida vitoriosa. Os que 
simplesmente ensinam têm alunos; os que discipulam 
fazem seguidores - primeiro de Jesus, depois do 
professor.
Ao escrever aos Tessa lonicenses, Paulo 
afirmou: “Porque o nosso evangelho não chegou até 
vós tão somente em palavra, mas, sobretudo em poder, 
no Espíri to Santo e em plena convicção, assim como 
sabeis ter sido o nosso procedimento entre vós, e por 
amor de vós. Com efeito, vos tornastes imitadores 
(seguidores) nossos e do Senhor, tendo recebido a 
palavra, posto que em meio de muita tr ibulação, com 
alegria do Espíri to Santo, de sorte que vos tornastes o 
modelo para todos os crentes na Macedônia e na Acaia” 
( lT s 1.5-7).
A grande força da Igreja local é sua vida 
comunitária cristã.
Comunhão (confratern ização) .
A missão da Igreja é manter uma comunhão 
entre os crentes. A Pr imeira Igreja era rica em 
fraternidade: “E perseveravam na doutrina dos
apóstolos e na com unhão” (At 2.42).
32
O termo grego para “comunhão” é koinonia, 
que significa “aquilo que é possuído em comum ou 
compar t i lhado” , “com unhão” . A passagem em Atos 
continua definindo a “com unhão” : “E todos os que 
creram estavam juntos , e t inham tudo em com um ” (At 
2.44).
A palavra bíblica “com unhão” é com 
freqüência mal interpre tada e mal aplicada. Os usos de 
koinonia nas Escrituras são os seguintes: “ ... a graça de 
participarem da assistência aos santos” (2Co 8.4b - 
caridade); “ ... me estenderam, a mim e a Barnabé, a 
destra de comunhão. . .” (G1 2.9 - aceitação no Corpo); 
“e manifestar qual seja a dispensação (comunhão) do 
mis té rio . . .” (Ef 3.9a - part ic ipação no Corpo); “pela 
vossa cooperação no evangelho .. .” (Fp 1.5 -
par tic ipação na salvação); “Se há... alguma comunhão 
no Espír i to . . .” (Fp 2.1b - unidade efetuada pelo 
Espíri to).
Talvez o apóstolo João, em sua primeira 
carta, é quem resuma as aplicações mais claras da 
comunhão bíblica: “O que temos visto e ouvido
anunciamos também a vós outros, para que vós 
igualmente mantenhais comunhão conosco. Ora, a 
nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho Jesus 
Cristo. . . Se dissermos que mantemos comunhão com 
ele, e andarmos nas trevas, mentimos e não praticamos 
a verdade. Se, porém, andarmos na luz, como ele está 
na luz, mantém comunhão uns com os outros . . .” ( l J o
1.3,6,7).
Comunhão é ter uma relação comum com o 
Pai e o Filho no corpo de Cristo, onde somos unidos 
pelo Espíri to em laços de amor, unidade e singeleza de 
propósito. Esta comunhão dos crentes estende-sea 
todas as atividades mútuas que dão honra a Deus, 
inclusive jan ta r juntos no “ salão de confra te rn ização” .
33
A doração .
Jesus disse que o Pai busca a adoração 
daqueles que qu iserem adorá-lo em espíri to e em 
verdade (Jo 4.23).
Uma missão importante da Igreja é promover 
e manter uma atmosfera que leve a adoração, oração e 
louvor: “Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, 
nação santa, povo de propr iedade exclusiva de Deus, a 
fim de proclamardes as virtudes daquele que vos 
chamou das trevas para a sua maravi lhosa luz” ( IPe 
2.9).
No Antigo Testamento, a adoração ao Deus 
Soberano era em geral acompanhada do oferecimento 
sacrificial de animais. A Igreja do Novo Testamento 
oferece a Deus sacrifício de louvor (Rm 12.1; Hb
13.15).
Uma das obras do Espíri to Santo é ass ist ir ao 
crente na oração, intercessão, adoração e louvor (Rm 
8.26). Um auxílio importante na adoração, para o 
crente cheio do Espíri to, é sua l inguagem de oração, 
pela qual ele pode adorar a Deus mais perfeitamente do 
que o faria somente através do intelecto humano: “Pois 
quem fala em outra l íngua, não fala a homens, senão a 
Deus. . . e em espíri to fala mistérios. . . O que fala em 
outra língua a si mesmo se edif ica . . .” ( IC o 14.2,4). Em 
espíri to de adoração, oração e louvor o resultado é 
reavi vamento, renovação e crescimento na Igreja, 
quase sem exceção.
Missões e evangel ism o.
A Grande Comissão incluía a evangelização 
mundial . Jesus pretendia que o Evangelho (as “boas 
novas” para todas as nações, até “aos confins da te rra” 
- Atos 1.8) fosse levado para além das fronteiras de 
Jerusalém, Judéia e Samaria.
34
Todavia, foi necessária uma perseguição 
devas tadora para espalhar o Evangelho e os 
evangelis tas até Ant ioquia (At 8.1; 11.19,20).
A Igreja tem f reqüentemente necessi tado de 
um impulso especial para continuar a tarefa recebida. 
Wil l iam Carey, chamado de “o pai das missões 
m odernas” , teve de vencer forte res istência antes de 
conseguir autorização para levar o Evangelho à índia. 
A Igreja não pode ignorar o fato que nem todas as 
nações foram ainda discipuladas, e os confins da terra 
não foram ainda alcançados.
Paulo, o grande missionário, desafiou a 
Igreja com o seu testemunho: “Por força de sinais e 
prodígios, pelo poder do Espír i to Santo; de maneira 
que, desde Jerusalém e c ircunvizinhanças, até ao 
l lír ico, tenho divulgado (plenamente , tradução l iteral) o 
evangelho de Cristo, esforçando-me deste modo por 
pregar o evangelho, não onde Cris to j á fora anunciado, 
para não edificar sobre . fundamento alheio; antes, como 
está escrito: Hão de vê-lo aqueles que não t iveram 
notíc ia dele, e compreendê-lo os que nada t inham 
ouvido a seu respei to” (Rm 15.19-21; Is 52.10).
Maturidade do crente .
A Igreja não comple tou sua missão de 
anunciar o Evangelho e fazer discípulos de todas as 
nações, tribos, povos e l ínguas. Uma grande parte do 
Novo Testamento refere-se ao ensino, edificação e 
amadurecimento do crente. Paulo explica perfe itamente 
o propósi to do Senhor para o seu corpo, a Igreja: “E ele 
mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para 
profetas, outros para evangelis tas, e outros para 
pastores e mestres, com vistas ao aperfe içoamento dos 
santos para o desempenho do seu serviço, para a 
edificação do corpo de Cristo, até que todos cheguemos
35
à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de 
Deus, à perfeita varonil idade, à medida da estatura da 
plenitude de Cristo, para que não mais sejamos como 
meninos. . . Mas. .. c resçamos em tudo naquele que é o 
cabeça, Cr is to” (Ef 4.11-15).
A Bíblia fala de cresc imento e matur idade 
através destes aspectos:
■ Oração (Cl 4.12);
■ Palavra de Deus ( IP e 2.2; Cl 1.28);
■ Exercíc io da fé ( lT s 3.10);
■ Paciênc ia na provação (Tg 1.2-4; IPe 1.7);
■ Amor ( lT s 1.3; Cl 3.14; l Jo 2.5; 4.12);
■ Graça (2Pe 3.18);
■ Obras cristãs (Hb 13.21);
■ Dons espiri tuais (Rm 1.11, cf. Hb 6.1; ICo 3.1,2;
2Tm 2.15).
Ministério no lar .
A missão da Igreja estende-se ao lar e inclui 
a vida da família, fato que fica claro pelo seguinte:
■ Jesus t inha grande in teresse e amor pelas crianças 
(Mc 10.13-16);
■ Paulo dá ins truções especiais a todos os membros 
da família cristã (Ef 5.33-6.4; Cl 3.18-21);
■ A promessa do Espíri to Santo foi para os crentes e 
seus filhos (At 2.39);
■ Quando Paulo fez conver tido, ele deu testemunho 
ou procedeu ao batismo de toda a família (At 
16.15,34; 18.8);
■ Foi ordenado aos presbí teros e diáconos que 
t ivessem famílias bem disciplinadas ( lT m 3.4,5, 
12; Tt 1.6);
36
■ As primeiras igrejas eram nas casas, onde o 
Evangelho influenciava toda a vida famil ia r (Cl 
4.15; Rm 16.5; ICo 16.19; At 21.4,5, 8,9).
Ministério às necess idades mater ia is .
A Igreja Pr imit iva t inha um interesse sincero 
nas necessidades materia is das pessoas, especia lm ente 
da famíl ia cristã. Este interesse social surgiu sem 
dúvida dos ensinamentos de Jesus (cf. Mt 25.34-46; Lc
10.25-37).
Não foi ordenado que a Igreja pregasse um 
“evangelho socia l” , mas ela não pode fugir às 
implicações sociais do Evangelho bíblico. Vejamos 
algumas constatações bíblicas a seguir:
(1) A Igreja de Jerusa lém mantinha um serviço de 
alimentação para as viúvas e em uma época de 
crise escolheu uma liderança dentre os homens 
mais espir i tuais, a f im de resolver o problema 
•(At 6.1-7);
(2) Quando Dorcas morreu, e o minis tério dela era
costurar para os pobres e as viúvas, Pedro a 
ressusci tou, devolvendo-a às suas obras de
car idade (At 9.36-42);
(3) Num período de fome na Judéia, todos os
cristãos de Antioquia enviaram ajuda financeira 
(At 11.27-30);
(4) Durante uma crise posterior, Paulo e seus
colaboradores fizeram coletas em todas as
igrejas gentias a favor dos santos pobres de
Jerusalém. Grande parte do l ivro de 2Corín tios 
relaciona-se com essas coletas. A passagem: “ ... 
porque Deus ama a quem dá com alegr ia . . .” (2Co
9.7) às cont ribuições para as necessidades 
materia is (cf. 2Co 9.8,9);
37
(5) Ins truções especiais para o cu idado das viúvas 
são dadas na carta de Paulo a Timóteo ( lT m 5.3- 
10);
(6) A obra redentora de Cristo é para o homem 
completo: espírito, alma e corpo.
A Igreja é o ins trumento do Senhor para pôr 
em prática sua bênção providencial . Ela deve refletir a 
compaixão de Jesus, que é geralmente melhor expressa 
no auxíl io aos menos afortunados (Tg 2.15-17).
38
Questionário
■ Assinale com “X ” as alternativas corretas
6. É o termo grego que significa “pregar as boas novas”
a)[ I Kerusso
b)| I Kuriakon
c)l I Evangelizo
d)| | Ekklesia
7. A palavra correta em definir: é ter uma relação 
comum com o Pai e o Filho no corpo de Cristo; é
a)l I Relac ionamento
b)l I Convívio
c)l I Comunhão
d)| I Vinculação
8. Teve de vencer forte .resistência antes de conseguir 
autorização para levar o Evangelho à índia
a)| I Will iam Wrede
b)| | Will iam Paley
c ) D Will iam de Ockram
d)| I Will iam Carey
■ Marque “C ” para Certo e “E ” para Errado
9.[Ç| Os que simplesmente ensinam têm alunos; os que 
discipulam fazem seguidores - primeiro de Jesus, 
depois do professor
! ( ) . □ A Igreja Pr imitiva t inha um interesse sincero nas 
necessidades materiais das pessoas, especialmente 
da família cristã
39
Lição 2
Eclesiologia - A Doutrina da Igreja
Continuação
As Ordenanças da Igreja
i
«?As ordenanças da Igreja local são os ritos 
externos ou observâncias simbólicas ordenadas por 
Jesus, que estabelecem verdades cristãs essenciais . O 
termo “ordenança” vem do latim o rd o , que significa 
“fi la” ou “o rdem ” , ou, por extensão, “algo imposto e 
tornado obrigatór io pela autoridade apropr iada” .
As ordenanças são às vezes chamadas de 
sacramentos. A palavra “ sacramento” significava 
orig inalmente “o sinal externo de umaobra in te rna” ou 
“o sinal visível de uma obra invisível da graça” .
As ordenanças observadas pelas igrejas 
protestantes são duas, a saber: o ba tismo em águas e a 
ceia do Senhor .
Em bora apenas duas ordenanças sejam clara 
e indiscutivelmente ordenadas por Jesus, é interessante 
notar que, durante a história da Igreja, cerca de doze 
observâncias externas foram referidas como 
sacramentos. A Igreja Católica Romana observa sete 
sacramentos , ou seja:
(1) Batismo;
(2) Crisma;
41
(3) Eucaris t ia (missa);
(4) Penitência;
(5) Extrema-unção (unção dos doentes com óleo);
(6) Casamento;
(7) Ordens (ordenação de padres e consagração de 
freiras).
Todavia, os primeiros Pais da Igreja 
gera lmente reconheciam o batismo e a ceia do Senhor 
como os principais sacramentos. Não foi senão no 
século XII que Peter Lombard (1100-1164), em seu 
Book o f Sentences (Livro de Sentenças), definiu como 
sete o número de sacramentos; e não foi senão depois 
do Concí l io de Florença, no ano de 1439, que os sete 
sacramentos foram formalmente decretados pela igreja 
romana. É importante observar que, durante mais de 
mil anos depois de Cristo, nenhum autor cristão 
reconhecido afirma que eram sete as ordenanças.
O Cris t ianismo bíblico não é ri tualista nem 
sacramental; o sacramento crê que uma graça divina 
especial é concedida aos pacientes de certos rituais 
prescri tos. Usualmente é pelas igrejas sacramentalistas 
que a graça é recebida, quer tenham ou não os 
part ic ipantes uma fé ativa, tudo quanto à pessoa precisa 
fazer é passar pela forma externa.
Embora a obediência às duas ordenações 
esteja prescr i ta no Novo Testamento , nenhum método 
especial é vinculado a tal obediência . Conforme o 
tempo foi passando, a Igreja Romana foi adicionando 
outros sacramentos.
O batismo em águas e a ceia do Senhor 
foram inst i tu ídos ou ordenados pelo Senhor, e devem 
ser compreendidas como ocasiões memoria is. Não há 
poder salvífico na real ização mecânica desses atos, o 
recebimento da bênção depende do estado do coração.
42
> jO batismo em á g u a s ^
ü tato de Jesus ter estabelecido o batismo 
em águas como uma ordenança, fica claro na Grande 
Comissão, como regis trado por Mateus e Marcos (Mt 
28.19; Mc 16.16).
O próprio Jesus deixou um exemplo para a 
sua Igreja, sujeitando-se a ser batizado pelo seu 
precursor, João Bat is ta (Mt 3.13-17). Pedro repetiu este 
mandamento do ba tismo em seu sermão no Dia de 
Pentecostes (At 2.38,41). Através de todo o livro de 
Atos, os apóstolos observaram a ordenança, ba tizando 
seus convert idos (At 8.12; 8.36-38; 9.18; 10.47,48; 
16.15; 16.33; 18.8; 19.5,6; 22.16). O sentido espiri tual 
do batismo em águas é também ensinado nas epís to las 
(Rm 6.3; ICo 10.2; G1 3.27).
■ O método do batismo .em águas é por imersão. Isto 
pode ser visto no significado da pa lavra grega 
baptizo, que indica c laramente imergir e pela 
descrição bíblica da maneira como Jesus foi 
bat izado no rio Jordão.
■ .A fórmula para o batismo em águas é c laramente 
estabelecida na Grande Comissão como r e m nome 
do Pai, do Fi lho e do Espíri to San to” .7 As 
declarações sobre ser bat izado “em nome de Jesus” 
omitem a fórmula mais longa e enfa t izam o 
batismo cr istão como sendo dist into do bati smo de 
João.
O batismo por imersão é ordenado nas 
Escrituras, todos quantos se arrependem e crêem em 
Cristo, como Salvador e Senhor, devem ser batizados. 
Assim fazendo, estarão declarando ao mundo que 
morreram com Cris to e foram ressuscitados com Ele
43
para andar em novidade de vida (Mt 28.19; Mc 16.16; 
At 10. 47,48; Rm 6.4).
O batismo foi ordenado por Jesus Cristo,
Foi Ele que mandou os seus discípulos 
batizarem (Mt 28.19; Mc 16.16). Os discípulos saiam e 
pregavam por toda a parte, e ba tizavam em 
cumprimento da ordem recebida (Mc 16.20; At 2.41;
8 .12).
Ordem a ser cumprida.
Uma ordem dada pelo Senhor é realmente 
para ser cumprida (SI 119.4), pois a falta de obediência 
significa re jeição do conselho de Deus (Lc 7.29,30), 
todo aquele que ama ao Senhor prova o seu amor 
obedecendo à sua Palavra (Jo 14.21,23). A salvação 
nos l iberta até das tradições recebidas dos pais ( IPe 
1.18).
O ba tismo deve ser praticado como foi nos 
dias dos apóstolos. Os que eram aceitos para serem 
batizados nos dias dos apostólicos:
/
y
j
V
Eram Bat izados Referências
Pessoas que havia se arrependido At 2.38
Pessoas que de bom grado recebiam 
a Palavra At 2.41; 8.12
Os que criam em Jesus Mc 16.16; At 8.12,37
Crentes j á batizados com o Espíri to 
Santo
At 9.17,18; 
10.47
Pessoas que já eram discípulos At 19.1-6
44
\C
Observamos assim, que não existe na Bíblia 
nenhum exemplo de batismo de crianças recém- 
nascidas.
Quando se fala de “bati smo de famíl ias” , não 
se altera aquilo que acima foi mencionado, pois as 
famílias sobre cujo batismo a Bíblia fala, eram 
compostas de pessoas j á conscientizadas sobre o que 
faziam. Vejam:
■ A famíl ia do carcereiro. A Bíblia diz que o 
carcerei ro, “na sua crença em Deus, alegrou-se 
com toda a sua famíl ia” (At 16.34);
* A respeito da famíl ia de Crispo. Diz que Crispo 
“creu no Senhor, com toda a sua casa” (At 18.8);
^ N a família de Cornél io foram todos ba tizados com 
r o Espíri to Santo antes do batismo em águas (At 
10.46,47);
■ Sobre a famíl ia de Es téfano ( I C o 1.16), a Bíblia 
não esc la rece1 qual era a si tuação de cada membro, 
mas Paulo escreveu a respeito, dizendo que se 
dedicavam ao serviço dos santos ( I C o 16.15).
Sobre o batismo pelos mortos ( IC o 15.29).
Trata-se de uma heresia que havia no tempo 
de Paulo. Quando Paulo defendia a verdade da 
ressurreição de Cristo contra os que a contes tavam, ele 
mostrou como um exemplo, que até aqueles que em 
outros pontos doutrinais estavam errados, acreditava na 
ressurreição.
Literalmente a palavra 
bat izar quer dizer: 
mergulhar ou imergir
45
A Fórmula
“ ... em nome do Pai, e 
do Filho e do Espíri to 
San to” .
Mt 28.19
0 Recipiente
Todas os que 
s inceramente se 
a r rependiam de seus 
pecados e exerciam 
uma fé viva no Senhor 
Jesus
At 8.37; 
22.16; 
IPe 3.21
A Eficácia Essencial para integrar a obediência a Cristo
IPe 2.21; 
Jo 13.15; 
Mt 3.16
0 Significado
Nossa identificação 
com a morte, com o 
sepultamento e com a 
ressurreição de Jesus.
Rm 6.3,4; 
G1 2.20;
O batismo é o caminho da benção. v /
É um ato em que Jesus opera na vida daquele 
que se submete a Ele, abençoando e confi rmando a sua 
fé na Palavra. Não é como alguns afirmam um ato 
mágico que, só por ser minis trado traz ofertas para a 
vida espiri tual . A salvação é um dom de Deus (Rm
6.23), mas, pelo batismo, Deus proporciona ricas 
bênçãos que aperfeiçoam a salvação recebida.
Vejamos algumas das bênçãos que o 
acompanham:
m"' O batismo agrada a Deus (Mt 3.16,17); é sempre 
maravilhoso quando é possível fazer algo que 
agrada a Deus (Rm 14.18; 2Co 5.9);
■ J Por identif icar o batizando com Cristo, aprofunda a 
vida espiri tual (G1 3.27);
46
■ / P o r meio do batismo, nos to rnamos membros do 
corpo de Cris to, que é a sua Igreja (At 2.41,42, 
47), pois somos batizados em Cristo (Rm 6.3), que 
é o cabeça da Igreja (Ef 1.22). A Bíblia diz: “nós 
fomos batizados num Espíri to formando um corpo” 
( IC o 12.13);
■ Deus prometeu aos que forem batizados “o Dom do 
Espír i to San to” (At 2.38), mas acontece que muitas 
vezes os batizandos são ba tizados com o Espíri to 
Santo antes de serem batizados em águas, no 
entanto , quem ainda não o é, pode receber essa 
promessa .
> /A ceia do Senhor.
Na sua úl t ima Páscoa, Jesus ins ti tuiu a 
ordenança de comer o pão e tomar o suco da videira em 
memória de sua morte expiatória: “ ... isto é o meu 
corpo oferecido por vós; fazei isto em memória de 
m im ” (Lc 22.19). No livro de Atos, a observância da 
ceia do Senhor é referida pelo termo “partir do pão” . 
Embora os discípulos freqüentemente part is sem o pão 
como uma fes ta de confra ternização e amor, a festa era 
concluída com a ceia do Senhor (At 2.42,46; 20.7,11; 
27.35).
A evidência mais clara que a Igreja 
observava a ceia do Senhor como uma ordenança 
encontra-se no ensino do apóstolo Paulo ( I C o 11.23-26 
ver 10.16-21; 11.20-22,27-34).
Observe os seguintes pontos rela tivos à 
natureza da ceia do Senhor:
■ É um ato de obediênc ia ao mandamento do Senhor. 
Quaisquer que sejam as bênçãos derivadas da 
observânc ia da ordenança, ela é mantida em 
obediência ao cabeça da Igreja ( I C o 11.23,24);
47
\ ■ E um memoria l à morte expiatória e ao sangue 
derramado de Jesus ( I C o 11.24; Lc 22.19);
V - ■ É uma proclamação, um ato de confissão, pela
Igreja, da fé na eficácia da obra expiatória de 
Cristo: “anunciais a morte do Senhor” ( ICo 11.26);
■ É uma afirmação da expecta tiva da volta de Cristo 
para concluir sua obra redentora: “anunciais a 
morte do Senhor, até que ele venha” ( IC o 11.26);
■ É uma exper iência de comunhão com o Senhor, 
onde cada part ic ipante recebe pela fé o poder e a 
bênção de sua l igação com o Salvador: “O pão que 
partimos, não é a comunhão (ko inonia ) do corpo de 
C r is to?” ( IC o 10.16);
■ É uma comunhão (ko inon ia ) de crentes à mesa do 
Senhor e uma declaração da unidade do corpo de 
Cristo ( ICo 10.17).
A ceia do Senhor foi ins ti tuída por Jesus 
Cris to por ocasião de sua úl t ima refeição, na Páscoa, na 
companhia dos discípulos (com freqüência chamada de 
“úl t ima ceia”), horas antes de ser crucificado (Mt
26.26-29; Mc 14.22-25; Lc 22. 15-20; ICo 11.23-26). 
Para nós, a ceia do Senhor tomou o lugar da Páscoa do 
Antigo Testamento, “ ... porque Cristo, nossa Páscoa, 
foi sacrificado por nós” ( I C o 5.7).
Ordenou Jesus que a ceia do Senhor fosse 
repetida a intervalos freqüentes, até sua segunda vinda. 
Algumas igrejas observam a ceia do Senhor a cada 
culto, outras, uma vez por semana, mas a maioria das 
“Assembléias de D eus” observa-a uma vez por mês. 
Tudo que Jesus disse foi: “Porque, todas as vezes que 
comerdes este pão e beberdes deste cálice, anunciais a 
morte do Senhor, até que venha” ( IC o 11.26).
A ceia do Senhor tem diversos valores em 
relação ao passado, presente e futuro. Ela é
48
comemorativa , inst ru tiva e inspiradora, promove ação 
de graças e comunhão, proclama o novo pacto, e 
envolve responsabil idade.
C om em orat iva:
“Fazei isso em memória de m im ” (Lc 22.19). 
Trata-se de uma ocas ião solene para ponderarmos 
profundamente o s ignificado da morte expia tória de 
Cristo, a ponto crí t ico de toda a História. Nela nos 
defrontamos de novo com o Cristo da redenção do 
pecado e sua penalidade.
Instrut iva:
Representada por meio de uma lição objetiva 
e sagrada à encarnação de Cristo e à expiação (a 
consumação dos e lementos físicos). Sobre os e lementos 
físicos (o pão e o vinho), há boas evidências de que o 
vinho, o suco de uva, usado na ceia não era 
fermentado. Quando Jesus disse: “Isto é o meu corpo” 
e: “Este cálice é a nova aliança em meu sangue” , deu a 
entender que o pão e o vinho representavam seu corpo, 
oferecido na morte, e o seu sangue derramado em 
sacrifício sobre a cruz.
Insp iradora: ^
Porque nos lembra que, por meio da fé, 
podemos alcançar os benefícios de sua morte e 
ressurreição, part ic ipando dela de forma regular, 
estaremos nos identif icando repetidamente com Jesus 
em sua morte, lembrando que Ele morreu e ressusci tou 
para que pudéssemos ter vitória sobre o pecado e evitar 
toda espécie de mal ( lT s 5.22).
Ação de G ra ça s : v /
Que é o aspecto de euxaristici, no grego ( ICo
10.16). Es ta é a origem do termo “Eucar is t ia” , usado 
por algumas igrejas; trata-se de uma oportunidade de
49
agradecer a Deus por todas as bênçãos , que são nossas, 
visto que Jesus morreu na cruz (Mt 26.27,28; Mc 
14.23,24; Lc 22.19,20; ICo 11.24-26).
C o m u n h ã o :
Primeiro com o Pai e seu Filho ( l J o 1.3) e, 
em segundo lugar, com outros crentes que conosco 
comparti lham fé (Jd 3), a graça de Deus (Fp 1.7; Cl
1.6) e a presença do Espíri to Santo (Rm 8.9,11). Jesus 
era um convidado, na ocasião da últ ima ceia. Na 
qualidade do nosso Senhor ressurreto, Ele está 
presente, porquanto prometeu: “Porque onde estiverem 
dois ou três reunidos em meu nome, estarei ali no meio 
de les” (Mt 18.20). Por tanto, Ele é o convidado 
invis ível de cada celebração da ceia do Senhor.
Novo P a c to : J
Nova Aliança, no grego lie Kaine diatheke. 
Ao par tic iparmos da ceia do Senhor, declaramos nosso 
propósito-de fazer de Jesus o nosso Senhor, de fazer a 
sua vontade, de tomar a nossa cruz diariamente e 
cumprir a Grande Comissão. A ceia do Senhor também 
olha para o futuro Reino de Deus, onde Jesus prometeu 
beber de novo do fruto da videira (Mc 14.25). E muito 
provável que este versículo se refira às “Bodas do 
Corde i ro” (Mt 8.11, 22. 1-14; Lc 13.29).
Respon sab i l id ade: sj
Há necessidade de uma explicação sobre a 
“ adver tênc ia contra comer. . . ou beber.. . indignamente” 
( I C o 11.27-29). Muitos crentes, por não entenderem 
tais adver tências, abstiveram-se desnecessariamente da 
ceia do Senhor. Deve ser notado que “indignamente” é 
um advérbio que modif ica os verbos “comer” e 
“beber” , e está l igado à maneira de participar, e não à 
indignidade das pessoas. A adver tência referia-se à
50
atitude áv id a 1 e descontrolada dos corín tios, descrita 
em ICor ínt ios 11.20-22.
Ninguém é digno, por si mesmo, de ter 
comunhão com Jesus, mas possuímos esse privi légio 
em virtude da obra expiatória que os e lementos 
simbolizam. Todavia , os par tic ipantes precisam 
examinar a si mesmos com relação ao modo como 
tomam a ceia e à sua ati tude para com os outros 
crentes; além disso, devem verificar se estão 
discernindo o corpo do Senhor, sem demonstra r
• .a. 2irreverência ou fr ivolidade em suas maneiras.
A part ic ipação com fé pode resultar em 
grandes bênçãos e até na cura espiri tual e f ísica ( IC o
11.29,30). Visto que a ceia do Senhor é uma ocasião 
solene, em que lembramos o ponto máximo da obra de 
Cristo em nosso favor, ela pode tornar-se num 
momento de grande benção espiri tual , contanto que os 
par ticipantes cheguem com a atitude mental apropriada.
Três pos ições entre os evangélicos , no que 
tange à participação da ceia.
Livre
Advogam algumas denominações que a 
ceia deve ser dada a membros de 
qua lquer denominação
Restri ta Ela só deve ser dada aos membros da mesma denominação
Ultra-restri ta Só participam da ceia os membros da Igreja local
1 Ansiosa , amb ic iosa .
2 Qua l idad e da q u e le ou daqui lo que é fr ívolo. Lev iano , volúve l .
51
Com respeito à natureza dos elementos da
ceia do Senhor, existem quatro opiniões:
■ Transubstanciação, o ponto de vista da Igreja 
Católica Romana. Segundo este conceito, os 
e lementos, quando abençoados pelo padre, 
transformam-se realmente no corpo e sangue de 
Jesus. Esta idéia é desmentida pela experiência, 
pois nenhum teste j á demonst rou que os elementos 
seja outra coisa além de pão e fruto da videira. Ela 
é também contes tada pela lógica, pois Jesus achava- 
se ainda em seu corpo físico quando ins ti tuiu a 
ordenança e disse a respeito do pão: “Isto é o meu 
co rpo” .
■ Consubstanciação, o ponto de vista de Martinho 
Lutero. Segundo o reformador, os elementos não se 
modif icam, mas o corpo e o sangue reais de Jesus 
estão “presentes com ” os elementos. Esses 
conceitos não são apoiados pelas Escrituras em 
ponto algum. Além-disso, encorajam a superstição e 
dão excessiva ênfase à parte material , ao invés de às 
bênçãos es ' ituais da ceia do Senhor.
■ Memorial. observância da ceia é simplesmente 
um ato memoria l que não propic ia qualquer bênção. 
Este é o extremo oposto às opiniõescatólica e 
luterana.
■ f Presença mística>£)s elementos , quando recebidos 
pela fé, propiciam ao crente os benefícios 
espir i tuais da morte de Cristo, concei to defendido
elementos em si não passam de símbolos, mas, 
quando recebidos pela fé, é exper imentada uma 
verdadeira comunhão com o Senhor e os benefícios 
dessa comunhão podem ser recebidos . Esta parece 
ser a visão mais bíblica entre todas (veja ICo 10.16;
11.27,28,29).
por Calvino e pela maioria dos reformadores. Os
52
Questionário
■ Assinale com “X ” as al ternativas corretas
1. São os ritos externos ou observâncias s imbólicas 
ordenadas por Jesus, que estabelecem verdades 
cristãs essenciais
a)l | Os mandamentos da Igreja local
b ) @ As ordenanças da Igreja local
c)l I Os ri tuais da Igreja local
d)| I As doutrinas da Igreja local
2. Famíl ia em que todos foram batizados com o
Espíri to Santo antes do batismo em águas
a)l I Famíl ia do carcereiro
b)l I Família de Crispo
c)E3 Família de Corné lio
d)f I Famíl ia de Estéfano
3. Quanto à natureza dos e lementos da ceia do Senhor, 
ass inale o conceito defendido por Calvino e pela 
maioria dos reformadores
a)| | Transubstanciação
b)| I Consubstanciação
c)l I Memorial
d)P*1 Presença mística
■ Marque “C ” para Certo e “E ” para Errado
4 .k l O bat ismo por aspersão é ordenado nas Escr ituras , 
todos quantos se arrependem e crêem em Cristo, 
como Salvador e Senhor , devem ser batizados
5.[ç] A ceia do Senhor é um memoria l à morte 
expiatória e ao sangue derramado de Jesus
53
Funcionários, Ministros e Líderes na Igreja
A quantidade de material b íb lico relativo à 
organização e l iderança da Igreja apostólica não é 
grande.
Os t ítulos dos líderes da Igreja do Novo 
Tes tamento descreviam mais seus minis térios do que 
seu cargo e posição. Já que os pr imeiros membros e 
l íderes da Pr imeira Igreja eram judeus, familiarizados 
com a sinagoga, eles estabeleceram a organização da 
Igreja de uma forma mais ou menos semelhante ao da 
sinagoga.
Os seguintes fatos mostram claramente que 
havia uma organização na Igreja do Novo Testamento:
■ Quando surgiram problemas em certas atividades 
minis teria is , foram nomeados l íderes para 
admin is trar essas atividades (At 6.1-7);
■ Os discípulos reuniam-se regularmente para 
adorar; a princípio, todos os dias; mais tarde, no 
primeiro dia da semana (At 2.46,47; 5.42; 20.7; 
IC o 16.2);
■ Foi dada atenção à nomeação de uma liderança 
adequada (At 1.23-26; 14.23; Tt 1.5);
■ As qual if icações dos presbíteros (bispos) e 
d iáconos são estabelecidas com detalhes ( lT m 
3.11-13 Tt 1.5-9; lT m 5.1,17-22; IPe 5.1-4; At
6.1-7; 20.28-35);
■ Cada Igreja t inha autoridade para disciplinar ou 
exclu i r certos membros (Mt 18.17; IC o 5.1-5; 2Ts 
3.6-16; lT m 1.18-20);
sJ ■ Os membros são advertidos a respei ta r e obedecer 
aos l íderes da Igreja ( lT s 5.12,13; Hb 13.7,17,24);
■ Missionários são enviados pela Igreja com 
aprovação oficial (At 13.1-3);
■ Um conselho reuniu-se em Jerusalém para resolver 
uma divergência sobre doutrina e prática em toda a 
Igreja cristã (At 15.1-35).
Não é fácil c lass ificar os vários minis tros e 
oficiais mencionados no Novo Testamento; vários 
termos, tais como “pastor, presbítero e b ispo” , que 
consideramos t ítulos, são provavelmente maneiras 
diferentes de descrever a mesma função. Alguns 
termos, como “min is t ro” e “diácono” , são traduções 
diferentes da mesma palavra grega diakonos. Certos 
cargos, como os de “apóstolo e profeta” , foram 
exercidos est ri tamente por indicação divina através da 
prática de um dom espiri tual , enquanto outros foram 
desempenhados mediante eleição ou nomeação humana 
baseada em qualif icações específicas.
“Pastores e mest res” podem ser dois t ipos de 
minis tros , ou talvez os termos representem 
simplesmente duas funções de um único cargo. Apesar 
das dificuldades envolvidas, deve ser feito um esforço 
para analisar cada cargo do Novo Testamento.
Apósto los .
Os pr imeiros expositores do Evangelho 
cristão foram os apóstolos, que representam também o 
primeiro dom de minis tério concedido por Deus à 
Igreja (Lc 6.13; At 16.4; Ef 4.11,12; Ef 2.20).
A palavra “apósto lo” é uma transl i teração do 
grego apostolos, que significa “um mensage iro” ou 
“alguém enviado numa m issão” .
Os apóstolos originais foram àqueles 
escolhidos por Jesus para o acompanharem, a quem Ele 
pessoalmente deu inst ruções e enviou (Mt 10.2; Lc
22.14). Eram doze ao todo. Quando Judas Iscariotes
55
traiu o Senhor, deixando apenas onze, outro apóstolo 
foi escolhido para tomar o seu lugar (At 1.15-26). Os 
nomes dos doze apóstolos foram escritos nos doze 
fundamentos da nova Jerusalém (Ap 21.14).
Os requisitos para o apostolado eram:
v/ ■ Ter estado com o Senhor (At 1.21,22);
J ■ Ter sido uma testemunha da ressurreição (At 1.22);
y ■ Ter visto o Senhor ( IC o 9.1);
^ ■ Ter operado sinais, prodígios e milagres (2Co 
12 . 12).
Os apóstolos fundamentais fo ram fixados em 
número de doze. Existem outros, porém, também 
chamados de “apósto los” , tais como:
■ Paulo, que teve uma visão do Senhor e foi 
chamado pessoalmente por Jesus para ser apóstolo 
para os gentios (Rm 11.13; ICo 9.1), que declarou 
doze vezes ser um apóstolo;
■ '-Tiago, irmão de Jesus ( IC o 15.7);
■ Barnabé (At 14.14);
■ Parentes de Paulo (Rm 16.7);
■ Certos apóstolos não nomeados ( IC o 15.7).
O termo “apósto lo” veio aparentemente a ser 
usado num sentido mais amplo para aqueles que 
haviam estado com Jesus, tais como os setenta, os 
cento e vinte, etc, e especia lmente para os que 
pareciam ter uma comissão especial para fundar novas 
igrejas. Os termos “apóstolo” e “miss ionár io” têm o 
mesmo significado. Fica evidente que “apósto lo” teve 
um uso mais amplo, pelo fato de que havia alguns que 
a legavam fa lsamente ser apóstolos (2Co 11.13; Ap 
2 .2 ).
É impor tante manter clara a dis t inção entre 
os apóstolos originais e os chamados “apósto los” no
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sentido mais amplo da palavra. Identificados de perto 
com os doze, estariam homens como Paulo, Marcos , 
Lucas, Tiago, Judas e o escri to r de Hebreus, todos eles 
usados pelo Espíri to para escrever o Novo Testamento.
Surgem sempre debates sobre a possibi l idade 
de haver apóstolos modernos. Isso dependeria do 
sentido dado à palavra “após to lo” .
A Igreja só pode ter evidentemente um 
alicerce. Depois de encerrado o cânon do Novo 
Testamento, nenhum outro escri tor apostól ico recebeu 
comissão para fazer acréscimos à Escritura. Todavia , se 
o termo “apósto lo” for usado no sentido mais amplo de 
alguém comissionado pelo Senhor para abrir novos 
campos missionários, cujo minis tério seja 
acompanhado por sinais e prodígios, esse não seria um 
uso inadequado da Palavra. Não obstante, deve ficar 
bem claro que os apóstolos são uns dons de Deus, 
comissionados por Ele.
A Igreja jamais teve autorização de criar 
apóstolos. Nenhuma sucessão apostólica foi sequer 
estabelecida. Quando Jesus, o Supremo Pastor, voltar, 
Ele virá para coroar os pastores (presbíteros), e não os 
apóstolos ( IPe 5.1-4). Pedro, que era cer tamente um 
apóstolo, identificou-se alegremente com os presbíteros 
( IP e 5.1). Será o fim dos tempos um período em que 
grandes pastores evangelizarão toda a sua área?
P rofe tas .
E dito que a Igreja está constru ída sobre o 
fundamento de apóstolos e profetas (Ef 2.20): “E ele 
mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para 
p rofe tas” (Ef 4.11).
Embora os profetas viessem logo depois dos 
apóstolos na escala, eram sujeitos aos apóstolos ( IC o 
14.37).
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Paulo parecia dar ao dom da profecia a 
suprema prioridade entre os dons espir i tuais ( IC o 14.1- 
3). A profecia é defin ida por Paulo como segue: “Mas o 
que profetiza, fala aos homens, edificando, exortando e 
consolando. . . mas o que profetiza edif ica a igre ja” 
( IC o 14.3,4). Esta definição é demonstrada em Atos 
15: “Judas e Silas, que eram também profetas,
consolaram os irmãos com muitos conse lhos e os 
for ta leceram” (At 15.32).
Uma função menos freqüente do profeta era 
a de predição do futuro. Em duas ocasiões, um profeta 
de nome Agabo previu eventos futuros (At 11.27-29). 
Sua previsão de uma fome futura capacitou a Igreja a 
preparar-se para ajudar aos pobres da Judéia. Mais 
tarde, Ágabo previu a prisão de Paulo pelos judeus em 
Jerusalém, o que se cumpriu, embora Paulo não fizesse 
qualquer tentativa para evitar o problema (At 21.10- 
15). '
A profecia . teve uma função vital na 
capaci tação de Timóteo para o ministér io ( l T m 4.14). 
Em seu sermão no dia de Pentecostes, Pedro identificou 
a profecia de Joel (2.28) com o derramamento do 
Espíri to sobre a Igreja: “E acontecerá nos úl t imos dias, 
diz o Senhor, que derramarei do meu Espíri to sobre 
toda a carne; vossos filhos e vossas filhas p rofe t izarão” 
(At 2.17).
O dom da profecia permanece hoje na Igreja, 
onde quer que os dons espiri tuais sejam reconhecidos . 
Em grande parte da pregação pentecostal , o espíri to da 
profecia se manifesta.
Evangel is tas .
O evangelis ta é mais difícil de identi ficar no 
Novo Testamento, porque quase todo mundo fazia o 
trabalho de evangelização. Fil ipe é o único realmente
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chamado de “evangeli s ta” (At 21.8). A ju lgar pelo 
minis tério de Fil ipe em Samaria, o evangelis ta é 
alguém cujo minis tério é dirigido principalmente à 
salvação dos perdidos: “Fil ipe, descendo à cidade de 
Samaria, anunciava- lhes a Cris to” (At 8.5). Vale a pena 
notar que seu ministér io de salvação de almas foi 
acompanhado de milagres e sinais. Depois disso, Fil ipe 
foi chamado a pregar para um homem no deserto, o 
tesoureiro etíope, a quem levou a Cristo. É interessante 
que tenha sido tomado tanto espaço para contar a 
história da conversão de um homem como para narrar a 
his tória do reavivamento samaritano.
Timóteo não é chamado de evangelista, mas 
Paulo o aconselha a fazer o traba lho de evangel is ta 
(2Tm 4.5).
“Evangel is ta” , em grego, é derivado do 
verbo traduzido como “pregar o evangelho” . O 
evangeli s ta é então alguém cujo principal obje tivo é 
pregar o evangelho com a finali,dade de ganhar almas.
Os minis térios de apóstolo , de profeta e de 
evangeli s ta que descrevemos eram minis térios da Igreja 
em geral; os que descreveremos a seguir eram 
minis térios da Igreja local.
Pastores .
Embora o termo “pas to r” , como líder 
espiri tual da Igreja local, seja encontrado apenas uma 
vez no Novo Testamento (Ef 4.11), ele será tratado em 
detalhes aqui por duas razões:
(1) é o termo mais c o m u m e n te 1 empregado 
na Igreja hoje; e (2) a metáfora pastoral é uti l izada em 
várias passagens ( IP e 5.2-4; At 20.28,29; Jo 10.1-16; 
21.15-17; Hb 13.20; IPe 2.25; Mc 6.34; ICo 9.6,7).
1 E m gera l , o rd ina r i amen te .
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N ) A te rminologia favorita de Jesus para 
expressar sua re lação com o povo era a de “pastor e 
ove lhas” . É, portanto, natural que os encarregados de 
cuidar do rebanho do Senhor sejam chamados 
“pas tores” .
Não é fácil para os habitantes do mundo 
ocidental compreender a relação ín tima que exist ia 
entre o pastor pales tino e suas ovelhas.
Nenhuma pa lavra poderia expressar melhor o 
cuidado amoroso e a confiança mútua que dever iam 
exist ir entre o l íder espiri tual e sua congregação do que 
a pa lavra “pas tor” . Outros sinônimos para o cargo 
pastoral são usados mais freqüentemente no Novo 
Testamento, mas o t í tulo que permaneceu foi o de 
“pasto r” .
Mestres (professores) .
“M es tres” é a quinta categoria de dons de 
minis térios concedidos à Igreja pelo .Senhor (Ef 4.11). 
Não fica absolu tamente claro se o termo “mest re” 
representaria um cargo dist into ou s implesmente uma 
função dos apóstolos e pastores (presbíteros).
O fato de exis t irem “profe tas” e “m es t res” 
(doutores) na Igreja de Ant ioquia (At 13.1) indica que 
“mestre” era um minis tério distinto; e “m es t res” são 
citados jun tam ente com apóstolos e profetas como 
cargos estabe lecidos por Deus na Igreja ( I C o 12.28). 
Por outro lado, em Efésios 4.11, “m es t re” não é 
precedido por um artigo definido como os outros 
cargos; portanto , o termo talvez indique s implesmente 
o ensino como uma função dos pastores (pastores 
mestres).
Ens inar é mencionado como um dom 
espiri tual em Romanos 12.6,7; assim sendo, qualquer 
crente que tenha esse dom pode ensinar.
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Paulo refere-se à sua pessoa como 
“designado pregador, apóstolo e mest re” (2Tm 1.11). 
Paulo aconselha Timóteo, um pastor, a exercer um 
minis tério de ensino (2Tm 2.2).
A Grande Comissão sugere fortemente que o 
ensino é de maior importância para o avanço da Igreja: 
“Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, 
b a t i z a n d o - o s e m nome do Pai e do Filho e _do Espíri to 
jan to . j jEnsinando-os a guardar todas as cousas que vos_.^ 
tenho ordenado., f ” (Mt 28.19,20). Embora o ensino seja 
pãrte de quase todos os minis térios do Novo
Testamento, havia alguns cujo chamado principal era
ens inar a Palavra de Deus.
Existem sem dúvida hoje aqueles cujo
ministér io pode ser mais bem identif icado com o de 
“professor” .
Anciãos (presbíteros).
“Ancião” era um tí tu lo tomado de
emprést imo da sinagoga e da congregação de Israel. O 
termo é empregado no Novo Testamento cerca de tr inta 
vezes com referência aos anciãos de Israel. A pa lavra 
hebraica para “ancião” era zaquen, que significava “um 
homem mais velho” . P resbuteros em grego tem o 
mesmo significado, sendo a or igem de nossa palavra 
presbítero.
Depois de fundar várias igrejas na Ásia, 
Paulo nomeou anciãos para cuidar delas (At 14.23). O 
ancião equivalia ao pastor, sendo o t ítulo mais comum 
para o encarregado de uma Igreja local (At 20.17,28; Tt 
1.5; IPe 5.1-4).* Os anciãos eram sustentados V 
materia lmente por suas congregações , as quais o 
apósto lo Paulo exortou no sentido de concederem honra 
dobrada (honorários) aos presbí teros que governassem 
(ou dirigissem) bem suas igrejas.
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Dignos de honra especial eram aqueles 
presbíteros que traba lhavam na pregação e ensino ( lT m 
5.17-19) . Já que a palavra “ancião” ocorre geralmente 
no plural , supõe-se que cada Igreja t ivesse vários 
presbíteros; a razão provável seria que as congregações 
maiores t inham de reunir-se em grupos menores nas 
casas dos vários membros ( ICo 11.20; 16.15,19).
Alguns concluíram pela passagem em 
IT imóteo 5.17 que havia tanto “presbí teros d i r igentes” 
como “presbíteros professores” . Os presbíteros eram 
homens de fé e poder espiri tual , pois os doentes foram 
instruídos a procurá-los para serem ungidos com óleo e 
receberem a oração da “fé: Está alguém entre vós 
doente? Chame os presbíteros da igreja, e estes façam 
oração sobre ele, ungindo-o com óleo em nome do 
Senhor. E a oração da fé salvará o enfermo, e o Senhor 
o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão 
perdoados” (Tg 5.14,15).
Bispos (superv isores) .
A Versão King James traduz o te rmo grego 
episkopos (de onde derivou nossa palavra “episcopa l” ) 
como “b ispo” . Uma tradução melhor teria sido 
“ superv isor” , que é o sentido literal.
A in fluênc ia da Igreja da Ingla terra pode ser 
percebida no uso da pa lavra “b ispo” .
No Novo Testamento, “b ispo” e “presb í te ro” 
são nomes para o mesmo cargo, como pode ser visto 
claramente através de uma comparação de Ti to 1.5,6 
com 1.7-9 e Atos 20.17 com 20.28, onde “superv isor” 
deriva da mesma palavra grega traduzida “b i spo” em 
outras passagens . Nos tempos do Novo Tes tamento , o 
bispo ou supervisor dirigia uma Igreja; não foi senão 
no segundo século que ele passou a d ir ig ir várias 
igrejas.
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Depois da morte dos apóstolos, houve 
provavelmente

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