Buscar

RESUMO SOBRE O SUS

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

2020 
 
 
Marcos Fernando 
Gonçalves Borges 
 
 
 
 
Sumário 
 
Apresentação..............................................03 
Conceito.......................................................04 
Como era a saúde antes do sus ................05 
Pós SUS .......................................................07 
Princípios doutrinários...............................08 
Princípios organizacionais.........................11 
Avanços do sus...........................................16 
Desafios do sus...........................................17 
Conclusão ...................................................25 
Referências..................................................26 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Apresentação 
 
A Perspectiva de 
criar esse e-book 
falando sobre o 
sistema único de 
saúde (sus) é com a 
missão e o 
propósito de levar 
mais conhecimento 
sobre esse sistema 
tão importante para 
sociedade brasileira. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Conceito 
 
O Sistema Único de Saúde 
(SUS) é a denominação 
do sistema público de 
saúde brasileiro inspirado 
no Serviço Nacional de Saúde 
(NHS) do Reino Unido e criado 
pelos constituintes no dia 17 de 
maio de 1988, na 267 ª Sessão 
da Assembleia Nacional 
Constituinte. 
O Sistema Único de Saúde 
(SUS) passou a oferecer a todo 
cidadão brasileiro acesso 
integral, universal e gratuito a 
serviços de saúde. 
Considerado um dos maiores e 
melhores sistemas de saúde 
públicos do mundo, o SUS 
beneficia cerca de 180 milhões 
de brasileiros e realiza por ano 
cerca de 2,8 bilhões de 
atendimentos, desde 
procedimentos ambulatoriais 
simples a atendimentos de alta 
complexidade, como 
transplantes de órgãos. 
 
 
 
 
Como era a 
saúde antes 
do sus 
 
Até 1988, ano em que o SUS 
foi criado, a saúde pública 
ficava a cargo do Instituto 
Nacional de Assistência 
Médica da Previdência Social 
(Inamps) e era coisa para 
poucos — estima-se que em 
torno de 45% da população 
brasileira era atendida pelo 
governo em meados dos anos 
80. 
As pessoas que trabalhavam 
com carteira assinada sofriam 
um desconto no salário, o que 
lhes dava acesso aos 
hospitais próprios do Inamps e 
aos conveniados. Os 
dependentes dos 
trabalhadores também tinham 
o direito de ser atendidos. O 
governo e as empresas 
ajudavam a financiar o 
sistema. 
Do restante da população, 
uma parcela pequena pagava 
do próprio bolso por consultas, 
exames e cirurgias. A imensa 
maioria dos brasileiros, sem 
dinheiro nem proteção do 
governo, ou contava com a 
caridade de hospitais 
filantrópicos ou simplesmente 
ficava desassistida. É por isso 
que o Ministério da Saúde 
gosta de apresentar o SUS 
como o maior programa de 
inclusão social da história do 
Brasil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pós SUS 
 
Agora, com 
o SUS, universal, 
cabe ao Estado 
assegurar este 
direito. O SUS 
baseia-se em três 
princípios 
ideológicos ou 
doutrinas: 
Universalidade, 
Equidade e 
Integralidade e 
mais outros 
princípios 
organizacionais 
como 
Descentralização, 
Resolutividade, 
Regionalização e 
Hierarquização, 
Participação 
Social. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Princípios 
doutrinários 
 Universalidade: É 
a garantia de 
atenção à saúde, por 
parte do sistema, a 
todo e qualquer 
cidadão (“A saúde é 
direito de todos e 
dever do Estado”). 
Com a 
universalidade, o 
indivíduo passa a ter 
direito de acesso a 
todos os serviços 
públicos de saúde, 
assim como aqueles 
contratados pelo 
poder público de 
saúde, independente 
de sexo, raça, renda, 
ocupação ou outras 
características 
sociais ou pessoais. 
Saúde é direito de 
cidadania e dever do 
Governo: Municipal, 
Estadual e Federal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Equidade: O objetivo da 
equidade é diminuir 
desigualdades. Mas isso não 
significa que a equidade seja 
sinônimo de igualdade. Apesar 
de todos terem direito aos 
serviços, as pessoas não são 
iguais e por isso têm 
necessidades diferentes. 
Então, equidade é a garantia a 
todas as pessoas, em 
igualdade de condições, ao 
acesso às ações e serviços 
dos diferentes níveis de 
complexidade do sistema. 
 
O que determinará as ações 
será a prioridade 
epidemiológica e não o 
favorecimento, investindo mais 
onde a carência é maior. 
Sendo assim, todos terão as 
mesmas condições de acesso, 
more o cidadão onde morar, 
sem privilégios e sem 
barreiras. Todo cidadão é 
igual perante o SUS e será 
atendido conforme suas 
necessidades até o limite do 
que o sistema pode oferecer 
para todos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Integralidade: As ações de 
promoção, proteção e 
reabilitação da saúde não 
podem ser fracionadas, 
sendo assim, os serviços de 
saúde devem reconhecer na 
prática que: se cada pessoa 
é um todo indivisível e 
integrante de uma 
comunidade, as ações de 
promoção, proteção e 
reabilitação da saúde 
também não podem ser 
compartimentalizadas, assim 
como as unidades 
prestadoras de serviço, com 
seus diversos graus de 
complexidade, configuram 
um sistema capaz de prestar 
assistência integral. 
 
Ao mesmo tempo, o princípio 
da integralidade pressupõe a 
articulação da saúde com 
outras políticas públicas, 
como forma de assegurar 
uma atuação intersetorial 
entre as diferentes áreas que 
tenham repercussão na 
saúde e qualidade de vida 
dos indivíduos. 
 
 
Princípios organizacionais 
Descentralização: É entendida como uma redistribuição de poder e 
responsabilidades quanto às ações e serviços de saúde entre os vários níveis de 
governo, a partir da ideia de que quanto mais perto do fato a decisão for tomada, 
maior a possibilidade do acerto. 
 
Assim, ao município cabe a execução da maioria das ações na promoção das 
ações de saúde diretamente voltadas aos seus cidadãos, principalmente a 
responsabilidade política pela sua saúde. Isso significa dotar o município de 
condições gerenciais, técnicas, administrativas e financeiras para exercer esta 
função. 
 
O que abrange um estado ou uma região estadual deve estar sob 
responsabilidade estadual e o que for de abrangência nacional será de 
responsabilidade federal. A essa profunda redefinição das atribuições dos vários 
níveis de governo com um nítido reforço do poder municipal sobre a saúde é o 
que se chama municipalização da saúde. Para fazer valer o princípio da 
descentralização, existe a concepção constitucional do mando único. Cada esfera 
de governo é autônoma e soberana em suas decisões e atividades, respeitando 
os princípios gerais e a participação da sociedade. 
Resolubilidade: É a exigência de que, quando um indivíduo busca o 
atendimento ou quando surge um problema de impacto coletivo sobre a saúde, o 
serviço correspondente esteja capacitado para enfrentá-lo e resolvê-lo até o nível 
da sua competência; devendo referenciá-lo a outro nível de complexidade quando 
não for capaz de dar a devida assistência. 
 
A rede de serviços do SUS deve ser organizada de forma regionalizada e 
hierarquizada, permitindo um conhecimento maior dos problemas de saúde da 
população de uma área delimitada, favorecendo ações de vigilância 
epidemiológica, sanitária, controle de vetores, educação em saúde, além das 
ações de atenção ambulatorial e hospitalar em todos os níveis de complexidade. 
 
O nível primário de atenção corresponde às Unidades Básicas de Saúde e 
deverá resolver 80% dos problemas que absorverem. O nível secundário 
corresponde aos Centrosde Especialidades e devem resolver 15% dos 
problemas, cabendo os 5% restantes ao nível terciário de atenção à saúde, onde 
estão os hospitais de referência. 
 
 
 
Regionalização e hierarquização: Os serviços devem ser organizados em 
níveis de complexidade tecnológica crescente, dispostos em uma área 
geográfica delimitada e com a definição da população a ser atendida. 
 
Planejados a partir de critérios epidemiológicos, implica na capacidade dos 
serviços em oferecer a uma determinada população todas as modalidades de 
assistência, bem como o acesso a todo tipo de tecnologia disponível, 
possibilitando alto grau de resolutividade (solução de problemas). 
 
A rede de serviços, organizada de forma hierarquizada e regionalizada, 
permite um conhecimento maior da situação de saúde da população da área 
delimitada, favorecendo ações de atenção ambulatorial e hospitalar em todos 
os níveis de complexidade. 
 
Deve o acesso da população à rede se dar por intermédio dos serviços de 
nível primário de atenção, que devem estar qualificados para atender e 
resolver os principais problemas que demandam os serviços de saúde. Os 
demais deverão ser referenciados para os serviços de maior complexidade 
tecnológica. Estes caminhos somam a integralidade da atenção com o 
controle e a racionalidade dos gastos no sistema. 
 Participação dos cidadãos: É a garantia constitucional de que a população, 
por meio de suas entidades representativas, participará do processo de 
formulação e avaliação das políticas de saúde e do controle da sua execução, 
em todos os níveis, desde o federal até o local. Essa participação ocorre por 
meio dos conselhos de saúde que têm poder deliberativo, de caráter 
permanente, compostos com a representatividade de toda a sociedade. 
 
Sua composição deve ser paritária, com metade de seus membros 
representando os usuários, e a outra metade, o conjunto composto por 
governo, profissionais de saúde e prestadores privados de serviços. 
 
Os conselhos devem ser criados por lei do respectivo âmbito de governo, em 
que estão definidas a composição do colegiado e outras normas de seu 
funcionamento. Deve ser também considerado como elemento do processo 
participativo o dever das instituições oferecerem as informações e 
conhecimentos necessários para que a população se posicione nas questões 
pertinentes à saúde. 
 
Outras formas de participação são as Conferências de Saúde, que são fóruns 
com representação de vários segmentos sociais que se reúnem para propor 
diretrizes, avaliar a situação da saúde e ajudar na definição da política de 
saúde 
 
 
 
 
 
 
 
Avanços 
e 
desafios 
 
Essa parte do 
e-book 
representa 
um momento 
de reflexão e 
ousadia ao 
buscar olhar 
para o futuro 
com a certeza 
de que 
estamos no 
bom caminho. 
 
 
 
Avanços : 
 
Ao longo desse período, o SUS favoreceu avanços em uma série de políticas de 
saúde, algumas reconhecidas pela Organização Mundial da Saúde como exemplos 
de experiências exitosas para outros países. O Programa Saúde da Família, 
inicialmente restrito a poucos municípios, expandiu no território nacional atingindo 
cobertura de mais de 60% da população, com resultados positivos para a redução 
da mortalidade infantil e de doenças cardiovasculares. 
O Programa Nacional de Imunizações, cuja história remonta aos anos 1970, ampliou 
a cobertura vacinal média de menores de um ano e incorporou novas vacinas 
direcionadas a grupos populacionais específicos, como a vacina contra HPV 
(papilomavirus humano) para adolescentes e contra a gripe (influenza) para idosos. 
Em relação às ações de prevenção e tratamento da aids, destaca-se a melhoria do 
acesso à terapia antirretroviral que resultou em aumento da sobrevida de pacientes 
infectados pelo vírus da imunodeficiência adquirida e portadores da doença , bem 
como diminuição na incidência graças à baixíssima carga viral entre os portadores 
tratados. 
Estudos revelam ainda a abrangência e a efetividade da política brasileira de 
controle do tabaco , que reduziu a prevalência de fumantes de 29% para 12% entre 
homens, e de 19% para 8% entre mulheres, no período de 1990 a 2015. Mais 
recentemente, a existência de um sistema de vigilância atuante permitiu a detecção 
do aumento do número de casos de microcefalia e o levantamento da hipótese de 
sua associação causal com a infecção congênita pelo vírus Zika, que tiveram 
desdobramentos importantes para implantação de uma estratégia coordenada no 
controle da epidemia em âmbito internacional e nacional. 
Nesses e em outros casos de sucesso, o SUS possibilitou a construção de uma 
base técnica e institucional de sustentação das políticas de saúde, ancorada na 
atuação de grupos e organizações majoritariamente setoriais, no marco 
constitucional (reconhecimento do direito à saúde) e em regulamentações 
específicas, no financiamento público (mesmo que insuficiente) e na ampliação de 
insumos, ações e serviços. Entretanto, esses avanços foram contrabalançados 
pelas dificuldades de assegurar as transformações políticas, sociais e econômicas 
necessárias para a redução efetiva das desigualdades, a garantia da justiça social e 
a materialização da universalidade do direito à saúde no Brasil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desafios : 
Fato é que hoje o 
contexto de crise 
política e ameaças 
de desmonte do 
Estado e dos 
direitos sociais 
conquistados na 
Constituição de 
1988, nos fazem 
refletir sobre a 
urgência da 
construção de 
propostas 
alternativas que 
possam combater 
as desigualdades 
em suas múltiplas 
dimensões e 
determinações. 
Vamos ver a seguir 
alguns desses 
desafios. 
 
 
 
Baixos investimentos 
Atualmente, o SUS cobre cerca de 75% da população brasileira. Por si só, esse 
não é o problema, já que uma das bases do sistema é a universalidade, ou seja, 
garantir que todos tenham direito aos serviços de atenção à saúde. 
No entanto, onde mora o desafio, então? A resposta é simples: nos baixos 
investimentos. Só em 2017, o governo bloqueou aproximadamente 42 bilhões de 
reais com gastos públicos, sendo que parte desse dinheiro era destinado ao SUS 
(para a implementação de melhorias técnicas, administrativas e de infraestrutura). 
Com isso, os gastos permaneceram os mesmos, mas a verba que entrava 
era menor — somente 3,6% do orçamento estatal, fazendo com que o sistema 
tivesse uma quebra e dificultando ainda mais o aprimoramento da saúde pública. 
Além disso, a ineficiente administração financeira e o repasse irregular de 
orçamentos prejudicam a qualidade do trabalho, já que tendem a priorizar as 
unidades de média e alta complexidade, como os hospitais, em vez de investir na 
atenção básica. 
Em outras palavras, mesmo com o financiamento baixo, uma forma de 
ultrapassar o desafio dos gastos públicos é organizando o orçamento estatal. 
Deve ser repassada uma quantia maior à atenção básica, para investimentos nas 
unidades de saúde, nas estratégias de atendimento à família, nos centros de 
atenção psicossocial e nos postos de saúde. Assim, será possível evitar as 
grandes ocupações nos hospitais — sobre a qual falaremos mais a seguir. 
Doenças alarmantes 
É preciso ter em mente que os desafios do SUS estão constantemente 
interligados. Os baixos investimentos não se refletem somente na superlotação 
dos hospitais, mas também no aumento das doenças alarmantes, na falta de 
profissionais, na baixa infraestrutura etc. 
Constantemente, vemos notícias informando sobre novas crises e surtos 
epidemiológicos, sobretudo de doenças que estavam desaparecidas, 
como sarampo e febre amarela. Nós estamos vivenciando um exemplo dessa 
situação com a infecção mundial pelo COVID- 19. 
Coronavírus no Brasil 
A doença infecto-contagiosa surgida no final de 2019 na China infectou 80 mil 
indivíduos e provocou mais de 3 mil mortes. Seo cenário fosse limitado à 
população chinesa, seria um desastre menor, porém a doença causada pelo 
coronavírus infectou todos os países da Europa e da América do Sul, além 
daqueles mais próximos geograficamente da China. 
 
 
 
O coronavírus no Brasil já atingiu 5.614.258 casos identificados, sendo 5.064.344 
recuperados e 161.779 mortes. 
Por meio das informações obtidas dos infectados, é possível concluir sobre a 
população de risco, que está entre 20 e 59 anos, e sobre aquela mais fragilizada 
imunologicamente para combater a doença, como os idosos acima de 60 anos, 
que vão a óbito devido à insuficiência respiratória. 
A pandemia do coronavírus suscitou medidas emergenciais dos países e, 
especificamente no Brasil, foram estabelecidos o fechamento indeterminado de 
escolas e universidades públicas, o distanciamento social e a permanência de 
todos em suas residências para evitar a disseminação do problema. 
Todavia, conforme alertado pelas autoridades do Ministério da Saúde, o 
coronavírus no Brasil colapsou o já debilitado sistema de saúde público, 
dificultando a assistência clínica aos mais graves devido à falta de leitos de 
terapia intensiva e de equipamentos de suporte ventilatório. 
A realidade que estamos vivendo, com a transmissão sustentada do coronavírus 
no Brasil, é um cenário em que os baixos investimentos nesse setor e o número 
insuficiente e a precariedade dos equipamentos dificultam ainda mais o trabalho 
dos profissionais, colocando a saúde da população em risco e, ainda, 
aumentando os desafios cotidianos das equipes estratégicas. 
Outras questões clínicas relevantes 
Outra questão preocupante é o forte movimento da população contra as vacinas 
nos últimos anos, principalmente pelo receio do desenvolvimento de patologias a 
partir delas. Isso ocasionou o surgimento de doenças, assim como o retorno de 
outras que, até então, estavam erradicadas. 
Também surgiram boatos sobre as reações adversas ou doenças que as vacinas 
podiam causar, como paralisia dos membros inferiores, autismo etc., que foram 
refutados veementemente pela comunidade científica. 
Dessa forma, o trabalho dos profissionais públicos (tanto na porta de entrada 
quanto nas secretarias) teve que ser redobrado para dar conta do atendimento 
de enfermidades já antigas. 
 
 
 
Falta de profissionais na saúde pública 
Um dos cursos mais concorridos do Brasil é a Medicina, mas, por algum motivo, 
há poucos profissionais na saúde pública. Analisando os pontos já comentados, 
não é nenhuma surpresa que os médicos, enfermeiros e técnicos optem pela 
clínica privada, inclusive deixando de lado os concursos públicos. 
Afinal, poucas pessoas querem trabalhar em um local que constantemente 
exige mudanças para lidar com patologias reemergentes, alta carga horária, 
turnos estendidos, infraestrutura precária e, sobretudo, baixo salário. 
Além disso, embora existam profissionais interessados em atuar na rede, a má 
distribuição surge para complicar ainda mais a situação do Brasil. Médicos são 
redirecionados para lugares que não precisam de seus serviços, como algumas 
capitais, o que causa o negligenciamento de outras cidades. 
Como comentamos, um problema está sempre relacionado a outro. Nesse 
sentido, a falta de médicos e enfermeiros nos hospitais ou nas unidades de 
saúde acaba gerando a superlotação e as grandes listas de espera. 
Com a entrada do coronavírus no Brasil, os profissionais de saúde nos três 
níveis de atenção estão com uma sobrecarga de estresse físico e mental, o que 
prejudicará a assistência para aqueles que realmente necessitam. 
Superlotação nos hospitais 
Um dos pilares da saúde brasileira é o direito do atendimento para todos — a 
realidade, no entanto, não é bem essa. Embora quase 70% da população não 
tenha plano de saúde particular, as unidades de alta complexidade ficam 
sobrecarregadas com a falta de profissionais e de equipamentos de qualidade, 
enquanto as redes da atenção básica apresentam longas filas de espera. 
Isso não só desmotiva os profissionais, mas também diminui a qualidade do 
atendimento, já que a demanda não é reduzida ao longo do dia. Com a 
elevação de patologias alarmantes, a chance do desenvolvimento de infecções 
hospitalares aumenta, gerando ainda mais estresse e dificuldade para a equipe 
e, claro, entre os pacientes. 
 
 
 
Infraestrutura defasada 
Assim como a falta de profissionais especializados, outros grandes desafios 
são a baixa infraestrutura e a pouca qualidade dos equipamentos 
disponibilizados. Se a motivação dos trabalhadores já estava reduzida em 
função da superlotação e da alta carga horária, a infraestrutura defasada só 
agrava o quadro. 
Dessa forma, cada vez menos médicos e enfermeiros desejam trabalhar no 
sistema público, optando pelas clínicas privadas. 
Tecnologia de baixa qualidade 
A tecnologia veio para revolucionar a vida do ser humano. Em todos os 
cantos, podemos encontrar pessoas que trabalham com a internet, utilizam as 
redes sociais, investem no entretenimento e aprimoram suas técnicas 
empresariais. Quando aplicados à saúde, os recursos tecnológicos trazem 
diversos benefícios, como: 
 desenvolvimento de equipamentos com tecnologia avançada; 
 diminuição de procedimentos invasivos; 
 aumento da precisão dos diagnósticos; 
 facilidade na compreensão de prognósticos; 
 aperfeiçoamento das técnicas de gestão e de administração. 
 
 
Conclusão 
 
Ao logo desse ebook revisamos a história do sus o antes e depois desse sistema. 
Podemos concluir que o sus é mais do que um sistema de saúde. Faz parte do 
pacto social presente na constituição de 1998, que visa à construção de uma 
sociedade democrática e solidária. Assim como virmos os benefícios que o sus 
trouxe virmos também que falta muita coisa a ser melhorada. Mas devemos 
sempre afirmar que o sus representa uma grande aposta para a garantia do 
direito à saúde dos cidadãos brasileiros. 
 
 
 
Referências 
 
PENSE SUS. Fiocruz. Disponível em < 
https://pensesus.fiocruz.br/sus>. Acesso em 01/11/2020. 
O QUE É SUS. Jairnilson silva paim. Disponível em < 
http://www.livrosinterativoseditora.fiocruz.br/sus/91/>. Acesso 
01/11/2020. 
SUS PRINCÍPIOS E CONQUISTAS. Sistema Único de 
Saúde, Brasília-DF,12/2000. Disponível 
em<https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/sus_principios
.pdf> . Acesso em 02/11/2020. 
O SUS ONTEM E HOJE. Legado RHS, São Paulo-SP, 
20/06/2009. Disponível em < http://redehumanizasus.net/6804-
o-susontem-e-hoje/>. Acesso em 04/11/2020. 
SUS: PRINCÍPIOS E DIRETRIZES. Portal educação. 
Disponível em < 
https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/medi
cina/sus-principios-e-diretrizes/38572>. Acesso em 
04/11/2020. 
 
SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE: 30 ANOS DE AVANÇOS E 
DESAFIOS. Cadernos de saúde pública. Disponível em < 
https://www.scielo.br/pdf/csp/v34n7/1678-4464-csp-34-07-
e00117118.pdf>. Acesso em 05/11/2020. 
 
https://pensesus.fiocruz.br/sus
http://www.livrosinterativoseditora.fiocruz.br/sus/91/
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/sus_principios.pdf
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/sus_principios.pdf
http://redehumanizasus.net/6804-o-susontem-e-hoje/
http://redehumanizasus.net/6804-o-susontem-e-hoje/
https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/medicina/sus-principios-e-diretrizes/38572
https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/medicina/sus-principios-e-diretrizes/38572
https://www.scielo.br/pdf/csp/v34n7/1678-4464-csp-34-07-e00117118.pdf
https://www.scielo.br/pdf/csp/v34n7/1678-4464-csp-34-07-e00117118.pdf

Continue navegando