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Mariana Marques – T29 Contração Muscular As fibras musculares são divididas em dois tipos, com base em sua aparência nas micrografias óticas: Músculo estriado: inclui os músculos esquelético e cardíaco, caracterizado por faixas alternadas, claras e escuras. Músculo liso: não apresenta qualquer característica superficial que o distinga. Músculo esquelético: Funções: Manter o movimento corporal Estabilizar as posições corporais Manter o volume dos órgãos Ajudar na movimentação de substâncias pelo corpo Produzir calor (calafrio) Organização do músculo: É composto por fibras musculares esqueléticas, que estão posicionadas acompanhando todo o músculo. Estas fibras são agrupadas em grupos e separadas por bainhas de tecidos conjuntivos, respectivamente, epimísio, perimísio e endomísio (reveste cada fibra muscular). A membrana celular da fibra é o sarcolema e tem no seu interior o sarcoplasma, um líquido semelhante ao citoplasma que contém grande quantidade de mitocôndrias. Mergulhados no sarcoplasma podemos encontrar as miofibrilas. → Miofibrilas: As miofibrilas tem diâmetro aproximado de 1µm, estendendo-se de uma extremidade da fibra muscular até a outra e podem ser divididas em unidades funcionais chamadas de sarcômeros. → Filamentos: As miofibrilas contêm dois tipos de filamentos, formados por proteínas contráteis (actina e miosina) e reguladoras (tropomiosina e troponina). Filamentos grossos: formados por duas cadeias pesadas de miosina filamentosa que se enovelam mantendo a sua terminação separada. A cada terminação da cadeia pesada temos a associação de 2 cadeias leves para formar a cabeça globular de miosina, que tem como característica ser uma ATPase: quebrar o ATP Filamentos finos: contem proteínas globulares de actina, onde se encontram os sítios de ligação da miosina. Estes sítios são bloqueados pela tropomiosina. A troponina mantém esta estrutura e contém o sítio de ligação do cálcio Mariana Marques – T29 Sarcômero: Unidade contrátil do musculo, quando contraído reduz de 30 à 50% de seu comprimento Localiza-se entre duas bandas Z sucessivas e é composto por filamentos grossos de miosina (possui forma de bastão apresentando uma cauda e uma “cabeça”, que durante a contração muscular se liga à molécula de actina) Titina (reveste os filamentos de actina e miosina, auxiliando na contração) Nebulina (funciona como uma base de sustentação para a actina) Actina (composto por troponina, tropomiosina e vários monômeros de actina organizados em forma de hélice). Na porção da miofibrila, os filamentos grossos de miosina encontram-se na Banda A, enquanto os filamentos finos de actina encontram-se na Banda I (presos à linha Z) e adentram a banda A, intercalando-se aos filamentos grossos de miosina. Durante a contração, os filamentos finos de actina deslizam sobre os grossos de miosina, diminuindo o tamanho do sarcômero e aproximando as linhas Z. Etapas da contração muscular: 1- Um potencial de ação deve ser gerado na placa motora, deslocando pelos túbulos T e promovendo a liberação do cálcio do seu local de reserva, o retículo sarcoplasmático. 2- O cálcio vai se fixar no sarcoplasma da troponina C e promover uma alteração estrutural que desloca a tropomiosina da frente do sítio de ligação na actina. 3- As cabeças globulares de miosina se elevam e vão se ligar a actina, dobrando-se para trás e tracionando o filamento fino em direção a região central do sarcômero (esta etapa é dependente do ATP). 4- O relaxamento do músculo acontece quando a Ca++, ATPase remove o cálcio do sarcoplasma, lançando-o novamente para o retículo sarcoplasmático. Acoplamento excitação Contração: É o processo pelo qual um potencial de ação dá início ao processo contrátil. Para que isso ocorra é preciso que o potencial de ação se propague para os túbulos T (transversais) que promove a liberação do cálcio para o sarcoplasma. Transmissão neuromuscular: A transmissão sináptica é o processo pelo qual as células nervosas se comunicam com outras células, músculo e glândulas. Na transmissão neuromuscular um motoneurônio alfa e uma fibra esquelética se comunicam na região da placa motora. Esta sinapse é semelhante a qualquer sinapse química porém tem como característica: Acontecer na placa motora que apresenta grande número de invaginações o que confere a esta sinapse alta disponibilidade de receptores. O neurotransmissor é sempre a acetilcolina, enquanto o receptor é colinérgico do tipo nicotínico. Na fenda sináptica existe uma enzima a Acetilcolinesterase que degrada a acetilcolina em colina + acetato promovendo o término da sinapse.
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