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L PORTUGUESA
3ª SÉRIE
Poemas
OBJETIVOS
Ler, analisar e interpretar poemas;
Estudar os elementos formais da poesia: estrofação, 
versificação, métrica e rima.
Você conhece alguma música inspirada em um poema?
A música pode se inspirar em qualquer coisa, literalmente. 
Não é incomum vermos por aí canções inspiradas em livros, 
filmes, novelas — e é claro que com os poemas isso não é 
diferente. Pelo contrário, a relação é ainda mais estreita.
Aliás, dizem por aí que todo poema é uma música em 
potencial. Isso porque o texto poético já tem como 
característica um ritmo e uma certa musicalidade nos 
versos. 
Quando uma música estabelece relação com outro texto, 
dizemos que há intertextualidade.
 Monte Castelo, Legião Urbana
“Ainda que eu falasse a língua dos homens
E falasse a língua dos anjos
Sem amor eu nada seria”.
1ª Estrofe da música
Leia.
“Ainda que eu falasse a língua dos homens e dos anjos se 
não tiver caridade, sou como o bronze que soa, ou como o 
címbalo que retine”.
I carta do apóstolo Paulo aos Coríntios capítulo 13, 
versículo 1
ATIVIDADE 1
“Ainda que eu falasse a língua dos homens
E falasse a língua dos anjos
Sem amor eu nada seria”.
“Ainda que eu falasse a língua dos homens e dos anjos se 
não tiver caridade, sou como o bronze que soa, ou como o 
címbalo que retine”.
Qual é a relação entre os textos?
RESPOSTA 1
A música estabelece um diálogo com a carta de Paulo que 
argumenta sobre a elevação do amor, de um amor 
verdadeiro, bondoso, paciente. Ele diz que se não existisse 
esse amor entre os homens, a doação pelo outro, a 
caridade entre os homens, nada teria sentido: segundo 
este trecho da carta o amor é superior a tudo. 
Amor é fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói, e não se sente;
é um contentamento descontente,
é dor que desatina sem doer.
É um não querer mais que bem querer;
é um andar solitário entre a gente;
é nunca contentar-se de contente;
é um cuidar que ganha em se perder.
SONETO - CAMÕES
2 QUARTETOS
É querer estar preso por vontade;
é servir a quem vence, o vencedor;
é ter com quem nos mata, lealdade.
Mas como causar pode seu favor
nos corações humanos amizade,
se tão contrário a si é o mesmo Amor?
SONETO - CAMÕES
2 TERCETOS
ATIVIDADE 2
As rimas conferem melodia aos poemas. Como é o esquema 
de rimas nos quartetos e nos tercetos do Soneto de 
Camões? 
RESPOSTA 2
 
As rimas conferem melodia aos poemas. Como é o esquema 
de rimas nos quartetos e nos tercetos do Soneto de 
Camões? 
ver, A
sente; B
descontente, B
doer. A
ABBA nos quartetos, rimas interpoladas( ou intercaladas)
CDC nos tercetos, rimas alternadas.
vontade; C
vencedor; D
lealdade. C
É um não querer mais que bem querer
É solitário andar por entre a gente
É um não contentar-se de contente
É cuidar que se ganha em se perder
É um estar-se preso por vontade
É servir a quem vence, o vencedor
É um ter com quem nos mata a lealdade
Tão contrário a si é o mesmo amor
MONTE CASTELO - LEGIÃO URBANA
Semelhanças, mas não 
são coincidentes!
A forma como o autor consegue entrelaçar os textos em sua 
música estabelecendo um diálogo do mesmo sentimento 
entre os dois que falam do amor de maneiras diferenciadas. 
O primeiro diálogo com a carta de Paulo, que fala do amor 
entre os homens citando um amor de caridade. O segundo 
diálogo com o soneto de Camões, que discorre sobre um 
sentimento duplo: confuso e controverso.
Intertextualidade
 Ao dialogar com outros textos, o autor da canção faz uso de 
um recurso expressivo denominado
a) comparação.
b) metalinguagem.
c) intertextualidade.
d) anáfora.
 Ao dialogar com outros textos, o autor da canção faz uso de 
um recurso expressivo denominado
a) comparação.
b) metalinguagem.
c) intertextualidade.
d) anáfora.
Florbela Espanca foi uma grande sonetista. Você já ouviu 
falar dela ou já leu algum poema desta autora?
Vamos conhecer seu soneto Neurastenia? 
NEURASTENIA
Sinto hoje a alma cheia de tristeza!
Um sino dobra em mim Ave-Marias!
Lá fora, a chuva, brancas mãos esguias,
Faz na vidraça rendas de Veneza...
O vento desgrenhado, chora e reza
Por alma dos que estão nas agonias!
E flocos de neve, aves brancas, frias,
Batem as asas pela Natureza...
NEURASTENIA
Chuva... tenho tristeza! Mas por quê?!
Vento... tenho saudades! Mas de quê?!
Ó neve que destino triste o nosso!
Ó chuva! Ó vento! Ó neve! Que tortura!
Gritem ao mundo inteiro esta amargura,
Digam isto que sinto que eu não posso!!...
ATIVIDADE 
O título do poema - Neurastenia - faz referência a um tipo de 
neurose que causa perturbações mentais similares à depressão. 
O eu-lírico descreve comportamentos típicos nesses casos:
a) a tristeza, as saudades do passado, a presença de uma 
amargura que não se sabe bem de onde vem nem para onde vai.
b) a busca por algo que nunca voltará.
c) um amor incompreendido e não vivido.
d) o desespero e a falta de compreensão.
RESPOSTA 
O título do poema - Neurastenia - faz referência a um tipo de 
neurose que causa perturbações mentais similares à depressão. 
O eu-lírico descreve comportamentos típicos nesses casos:
a) a tristeza, as saudades do passado, a presença de uma 
amargura que não se sabe bem de onde vem nem para onde vai.
b) a busca por algo que nunca voltará.
c) um amor incompreendido e não vivido.
d) o desespero e a falta de compreensão.
ATIVIDADE 
Quantos versos e quantas estrofes o poema de Florbela 
Espanca apresenta? Explique. 
RESPOSTA 
Quantos versos e quantas estrofes o poema de Florbela 
Espanca apresenta? Explique. 
Se você se recordou das aulas anteriores, todo soneto é 
composto por quatro estrofes, os dois primeiros de quatro 
versos (quartetos) e os outros dois de três versos (tercetos). 
EXEMPLIFICANDO
Sinto hoje a alma cheia de tristeza!
Um sino dobra em mim Ave-Marias!
Lá fora, a chuva, brancas mãos esguias,
Faz na vidraça rendas de Veneza...
O vento desgrenhado, chora e reza
Por alma dos que estão nas agonias!
E flocos de neve, aves brancas, frias,
Batem as asas pela Natureza...
Chuva... tenho tristeza! Mas por quê?!
Vento... tenho saudades! Mas de quê?!
Ó neve que destino triste o nosso!
Ó chuva! Ó vento! Ó neve! Que tortura!
Gritem ao mundo inteiro esta amargura,
Digam isto que sinto que eu não posso!!...
Quartetos 
Tercetos 
FLORBELA ESPANCA
Florbela Espanca nasceu no dia 08 
de dezembro de 1894 em Vila 
Viçosa, Alentejo, região centro-sul 
de Portugal. Suas primeiras 
composições poéticas datam dos 
anos de 1903 e 1904, quando 
Florbela contava com apenas nove 
anos de idade.
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FLORBELA ESPANCA
Foi uma das primeiras mulheres de 
Portugal a frequentar o curso 
secundário no Liceu Masculino André 
de Gouveia, em Évora. A vida cheia de 
episódios controversos e sua postura 
pouco comum para uma mulher 
àquela época (divorciou-se duas 
vezes, algo impensável para os 
padrões sociais das primeiras décadas 
do século XX). 
 Alçaram Florbela ao posto de uma das 
primeiras feministas de Portugal.
Exímia sonetista, tendo assemelhado 
sua linguagem à linguagem de Luís Vaz 
de Camões e Antero de Quental, seus 
poemas frequentemente traziam à 
tona temas como a solidão, a 
feminilidade, o erotismo, o 
desencanto, o sofrimento e a busca 
incessante pela felicidade. 
FLORBELA ESPANCA
Florbela Espanca era muito a frente da sua época. Isso 
deve-se 
a) ao fato de escrever sonetos e tendo assemelhado sua 
linguagem à linguagem de Luís Vaz de Camões.
b) à sua postura pouco comum para uma mulher àquela 
época (divorciou-se duas vezes, algo impensável para os 
padrões sociais das primeiras décadas do século XX).
c) ao fato de ter sido uma das primeiras mulheres de 
Portugal a frequentar o curso secundário no Liceu Masculino 
André de Gouveia, em Évora.
Florbela Espanca era muito a frente da sua época. Isso 
deve-se 
a) ao fato de escrever sonetos e tendo assemelhado sua 
linguagem à linguagem de Luís Vaz de Camões.b) à sua postura pouco comum para uma mulher àquela 
época (divorciou-se duas vezes, algo impensável para os 
padrões sociais das primeiras décadas do século XX).
c) ao fato de ter sido uma das primeiras mulheres de 
Portugal a frequentar o curso secundário no Liceu Masculino 
André de Gouveia, em Évora.
VOCÊ SABE O QUE É METRIFICAÇÃO?
A Metrificação é a forma utilizada na Poética para medição 
de versos (metro). Ela é feita mediante a escansão - que 
consiste na contagem dos sons e dos versos a partir da 
elevação de ritmo ou tonicidade das palavras - e, uma vez 
que a poesia teria originalmente a função de ser cantada, 
esses fatores desempenhavam particular importância, visto 
que os efeitos desejados eram obtidos através da 
regularidade dos versos, bem como das rimas.
SÍLABAS LITERÁRIAS X SÍLABAS 
GRAMATICAIS
A contagem das sílabas literárias, ou poéticas, se distingue da 
contagem das sílabas gramaticais. Isso porque enquanto na 
gramática se considera o número de sílabas gráficas, na 
literatura se considera o número de sílabas sonoras.
Há duas regras que diferenciam as sílabas literárias:
● Contar até a última sílaba tônica de cada verso;
● Unir sílabas quando houver som fraco e forte ou vice versa.
Exemplos:
O/ poe/ ta é/ um/ fin/ gi/ dor - 7 Sílabas literárias
O/ po/ e/ ta/ é/ um/ fin/ gi/ dor - 9 Sílabas gramaticais
Fin/ ge/ tão/ com/ ple/ ta/ men/ te - 7 Sílabas literárias
Fin/ ge/ tão/ com/ ple/ ta/ men/ te - 8 Sílabas gramaticais
SÍLABAS LITERÁRIAS X SÍLABAS 
GRAMATICAIS
Vamos fazer a contagem das sílabas literárias em um trecho 
do poema da Florbela Espanca?
ATIVIDADE 
“Sinto hoje a alma cheia de tristeza!
Um sino dobra em mim Ave-Marias!”
RESPOSTA 
Sin/to ho/je a al/ma/ cheia/ de/ tris/te/za!
Um/ si/no/ do/bra em/ mim/ A/ve/-Ma/ri/as!
CLASSIFICAÇÃO DAS RIMAS
Disposição das Rimas (ABAB) Cruzada ou Alternada
Rimas entre versos pares e, por outro lado, entre versos 
ímpares. Assim, ocorrem entre o primeiro e o terceiro 
versos e, entre o segundo e o quarto versos.
"Tu és um beijo materno! A
 Tu és um riso infantil, B
 Sol entre as nuvens de inverno, A
 Rosa entre as flores de abril!“ B
 (João de Deus)
CLASSIFICAÇÃO DAS RIMAS
(ABBA) Interpolada ou Oposta
Rimas que ocorrem entre o primeiro e o quarto versos e, 
entre o segundo e o terceiro versos.
"Amor é fogo que arde sem se ver; A
É ferida que dói, e não se sente; B
É um contentamento descontente; B
É dor que desatina sem doer.“ A
(Luís de Camões)
CLASSIFICAÇÃO DAS RIMAS
(AABB) Emparelhada
Rimas que se sucedem duas a duas. Assim, ocorrem entre o 
primeiro e o segundo versos e, entre o terceiro e quarto 
verso.
"Ele deixava atrás tanta recordação! A
E o pesar, a saudade até no próprio chão, A
Debaixo dos seus pés, parece que gemia, B
Levantava-se o sol, vinha rompendo o dia, B
E o bosque, a selva, o campo, a pradaria em flor C
Vestiam-se de luz, como um peito de amor.“ C
(Alberto de Oliveira)
ATIVIDADE 
Chuva... tenho tristeza! Mas por quê?!
Vento... tenho saudades! Mas de quê?!
Ó neve que destino triste o nosso!
Ó chuva! Ó vento! Ó neve! Que tortura!
Gritem ao mundo inteiro esta amargura,
Digam isto que sinto que eu não posso!!...
Como as rimas estão construídas nos versos? Escreva. 
RESPOSTA 
Chuva... tenho tristeza! Mas por quê?! A
Vento... tenho saudades! Mas de quê?! A
Ó neve que destino triste o nosso! B
 
Ó chuva! Ó vento! Ó neve! Que tortura! C
Gritem ao mundo inteiro esta amargura, C
Digam isto que sinto que eu não posso!!... B
 
 
 
O soneto é um poema composto por
a) um quarteto e um terceto.
b) dois quartetos e dois tercetos.
c) um quinteto.
d) dois quartetos e um terceto.
 
 
O soneto é um poema composto por
a) um quarteto e um terceto.
b) dois quartetos e dois tercetos.
c) um quinteto.
d) dois quartetos e um terceto.
 
 SONETO - O MEU IMPOSSÍVEL
Minh’alma ardente é uma fogueira acesa,
É um brasido enorme a crepitar!
Ânsia de procurar sem encontrar
A chama onde queimar uma incerteza!
Tudo é vago e incompleto! E o que mais pesa
É nada ser perfeito. É deslumbrar
A noite tormentosa até cegar,
E tudo ser em vão! Deus, que tristeza!...
 
 SONETO - O MEU IMPOSSÍVEL
Aos meus irmãos na dor já disse tudo
E não me compreenderam!... Vão e mudo
Foi tudo o que entendi e o que pressinto...
Mas se eu pudesse a mágoa que em mim chora
Contar, não a chorava como agora,
Irmãos, não a sentia como a sinto!...
ATIVIDADE 
De acordo com o poema, como se sente o eu lírico? 
Explique. 
De acordo com o poema, como se sente o eu lírico? 
Explique. 
O eu lírico sente-se angustiado, perdido, e tudo parece 
incerto e triste, pois guarda uma mágoa muito grande que 
não pode falar. 
 Observe o seguinte verso:
“Minha alma ardente é uma fogueira acesa”.
 
A figura de linguagem presente é
a) comparação
b) metonímia
c) metáfora
d) eufemismo
 ATIVIDADE 
 Observe o seguinte verso:
“Minha alma ardente é uma fogueira acesa”.
 
A figura de linguagem presente é
a) comparação
b) metonímia
c) metáfora
d) eufemismo
 RESPOSTA
ATIVIDADE 
Leia o último terceto: 
“Mas se eu pudesse, a mágoa que em mim chora.
Contar, não a chorava como agora,
Irmãos, não a sentia como a sinto!... 
 O pronome em destaque no último verso do poema 
retoma qual palavra utilizada anteriormente? 
a) chora
b) agora
c) mágoa
d) contar
RESPOSTA 
Leia o último terceto: 
“Mas se eu pudesse, a mágoa que em mim chora.
Contar, não a chorava como agora,
Irmãos, não a sentia como a sinto!... 
 O pronome em destaque no último verso do poema 
retoma qual palavra utilizada anteriormente? 
a) chora
b) agora
c) mágoa
d) contar
AMOR QUE MORRE
O nosso amor morreu… Quem o diria!
Quem o pensara mesmo ao ver-me tonta,
Ceguinha de te ver, sem ver a conta
Do tempo que passava, que fugia!
Bem estava a sentir que ele morria…
E outro clarão, ao longe, já desponta!
Um engano que morre… e logo aponta
A luz doutra miragem fugidia…
Eu bem sei, meu Amor, que pra viver
São precisos amores, pra morrer,
E são precisos sonhos para partir.
E bem sei, meu Amor, que era preciso
Fazer do amor que parte o claro riso
De outro amor impossível que há-de vir!
AMOR QUE MORRE
Como o eu lírico vê o amor? Explique. 
ATIVIDADE 
RESPOSTA
De acordo com os dois últimos tercetos é possível inferir que 
o amor não é eterno, ele “morre”, mas vem outros e é 
preciso não se deixar entristecer para que outro amor 
aconteça. 
Eu bem sei, meu Amor, que pra viver/São precisos amores, 
pra morrer,/E são precisos sonhos para partir.
E bem sei, meu Amor, que era preciso/Fazer do amor que 
parte o claro riso/De outro amor impossível que há-de vir!
Qual é o tipo de rimas que encontramos no poema? 
ATIVIDADE 
Qual é o tipo de rimas que encontramos no poema? 
RESPOSTA 
O nosso amor morreu… Quem o diria! A
Quem o pensara mesmo ao ver-me tonta, B
Ceguinha de te ver, sem ver a conta B
Do tempo que passava, que fugia! A
Interpoladas 
RELEMBRANDO A CARACTERÍSTICA DO SONETO 
O soneto (do italiano sonetto, pequena canção ou, 
literalmente, pequeno som) é um poema de forma fixa, 
composto por quatro estrofes, sendo que as duas 
primeiras são constituídas por quatro versos (quartetos), 
cada uma, e as duas últimas de três versos (tercetos), cada 
uma.
Os sonetos costumam ter uma estrutura semelhante. O 
texto começa com uma introdução, que apresenta o tema, 
seguida de um desenvolvimento das ideias e termina com 
uma conclusão, que aparece no último terceto. 
Minh'alma, de sonhar-te, anda perdida.
Meus olhos andam cegos de te ver.
Não és sequer razão do meu viver
Pois que tu és já toda a minha vida!
Não vejo nada assim enlouquecida...
Passo no mundo, meu Amor, a ler
No mist'rioso livro do teu ser
A mesma história tantas vezes lida!...
POEMA - 
FANATISMO
Tudo no mundo é frágil, tudo passa...
Quando me dizem isto, toda a graça
Duma boca divina falaem mim!
E, olhos postos em ti, digo de rastros:
"Ah! podem voar mundos, morrer astros,
Que tu és como Deus: princípio e fim!..."
POEMA - 
FANATISMO
Nos versos de Fanatismo o eu-lírico se declara 
profundamente apaixonado. O próprio título do poema 
alude para esse afeto cego, excessivo, que arrebata o 
sujeito poético. Aqui ele reconhece que no mundo há 
muitos que dizem que os sentimentos são transitórios e 
perecíveis, mas sublinha que o seu amor, ao contrário do 
que afirmam, é
a) atemporal.
b) temporal.
c) passageiro.
ATIVIDADE 
Nos versos de Fanatismo o eu-lírico se declara 
profundamente apaixonado. O próprio título do poema 
alude para esse afeto cego, excessivo, que arrebata o 
sujeito poético. Aqui ele reconhece que no mundo há 
muitos que dizem que os sentimentos são transitórios e 
perecíveis, mas sublinha que o seu amor, ao contrário do 
que afirmam, é
a) atemporal.
b) temporal.
c) passageiro.
RESPOSTA 
ATIVIDADE 
“Meus olhos andam cegos de te ver.”
Quais as figuras de linguagem utilizadas pela autora neste 
verso? 
RESPOSTA 
“Meus olhos andam cegos de te ver.”
Quais as figuras de linguagem utilizadas pela autora neste 
verso? 
Metáfora e antítese 
Sugestão de Atividade
 Nos sonetos, o amor é um tema recorrente. Além do 
formato bem característicos, é um tipo de poema rico em 
figuras de linguagem.
1. Reflita sobre o significado do amor nos dias de hoje;
2. Tente fazer um soneto com sua percepção;
3. Primeiro escreva os versos e depois vá ajeitando as 
rimas e trocando palavras ou fazendo inversões para 
adequá-los ao formato do soneto;
4. Compartilhe com os colegas a sua produção.
O QUE APRENDEMOS NA AULA DE HOJE
✔ Conhecemos quem foi a poeta Florbela Espanca;
✔ Lemos e interpretamos alguns poemas; 
✔ Estudamos alguns elementos formais da poesia 
(estrofação, versificação, métrica e rima). 
✔ Vimos algumas figuras de linguagem utilizadas pela 
autora.

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