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Caso concreto 2 queixa crime

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Caso concreto 2, Queixa Crime 
Aluno: Matheus Rodrigues 
Matrícula: 201703077768
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DA COMARCA DE NITERÓI-RJ
PEDRO, nacionalidade..., estado civil..., engenheiro, inscrito no CPF de nº..., com carteira de identidade de nº..., residente e domiciliado a Rua... na praia de Icaraí, Niterói-RJ, vem por seu advogado, mediante procuração em conformidade com o artigo 44 do CPP, devidamente inscrito na OAB..., com endereço profissional a rua..., cidade...para fins do artigo 77, V do CPC, com fundamento no artigo 41 do CPP apresenta 
QUEIXA CRIME
Em face de HELENA, nacionalidade..., estado civil..., profissão..., inscrita no CPF de nº..., com carteira de identidade de nº..., residente e domiciliado a Rua... na praia de Icaraí, Niterói-RJ, pelos seguintes fatos e fundamentos a seguir
I-DOS FATOS 
	No dia 19/04/2016, o Querelante estava planejando a festa do seu aniversário os amigos. Na manhã de seu aniversário, resolveu, então, enviar o convite por meio da rede social, publicando postagem alusiva à comemoração em seu perfil pessoal, para todos os seus contatos.
Naquele momento, Helena, Querelada e ex-namorada do Querelante, com o intuito de ofender o ex-namorado, publicou o seguinte comentário: “não sei o motivo da comemoração, já que Pedro não passa de um idiota, bêbado, porco, irresponsável e sem vergonha”.
 Com o propósito de prejudicar o Querelado perante seus colegas de trabalho e denegrir sua reputação acrescentou, ainda, “ele trabalha todo dia embriagado e vestindo saia! No dia 10 do mês passado, ele cambaleava bêbado pelas ruas do Rio, inclusive, estava tão bêbado no horário do expediente que a empresa em que trabalha teve que chamar uma ambulância para socorrê-lo!” Conforme é visível no conteúdo da mensagem ofensiva anexa à presente queixa e a página da rede social na Internet onde ela poderia ser visualizada.
Imediatamente, o Querelante, que estava em seu apartamento e conectado à rede social, recebeu a mensagem e visualizou a publicação com os comentários ofensivos da Querelada em seu perfil pessoal.
O Querelante, mortificado, não sabia o que dizer aos amigos, em especial os que estavam ao seu lado naquele instante. Se sentiu muito envergonhado por todo o ocorrido, diante o ocorrido ele perdeu todo o seu entusiasmo, e a festa comemorativa deixou de ser realizada. 
No dia seguinte, Pedro procurou a Delegacia de Polícia Especializada em Repressão aos Crimes de Informática, conforme termo circunstanciado anexo.
II-EXPOSIÇÃO DO FATO CRIMINOSO 
	Conforme é visível no caso, a Querelada tinha o interesse de prejudicar o Querelado perante seus colegas de trabalho e denegrir sua reputação de modo que incorreu nos crimes de injúria e difamação, conforme passo a fundamentar:
1) Injúria
	A injúria, tipicamente descrita no artigo 140 do Código Penal, foi cometida pela Querelada em face ao Querelante. Ao impor, de forma livre e consciente, que o Querelante é um indivíduo “idiota, bêbado, porco, irresponsável e sem vergonha”, ela lhe ofende a sua honra subjetiva, a sua moral. Seguindo esse entendimento do tribunal do Estado do Rio de Janeiro: 
0004141-62.2020.8.19.0000 - PETIÇÃO - CRIMINAL
Des(a). KATYA MARIA DE PAULA MENEZES MONNERAT - Julgamento: 21/09/2020 - OE - SECRETARIA DO TRIBUNAL PLENO E ORGAO ESPECIAL
Petição criminal. Queixa-crime em face de Juiz de Direito. Imputação de prática de crimes de injuria e difamação contra o querelante, perpetrados em ofícios enviados pela Juíza Eleitoral, para as Corregedorias do Corpo de Bombeiros e da Policia Militar, para apurar a atuação de bombeiro militar e policiais militares no dia da eleição suplementar para Prefeito de Iguaba Grande, em que o Querelante era candidato. Não se verifica a intenção da Querelada em denegrir a honra do Querelante ao utilizar o termo "dito miliciano", pois fundamentado em prévia investigação do Querelante e grupos milicianos. Há nos autos cópia da representação pela prorrogação da prisão temporária do Querelante, datado de 27/06/2017, ante os indícios de envolvimento com a milícia e crime de homicídio, na ação penal 0000693-73.2017.8.19.0069. Os ofícios informaram os motivos pelos quais, no dever de cautela, a magistrada requisitava esclarecimentos sobre as atuações dos militares no dia da eleição. Ofícios interna corporis entre Órgãos do Estado do Rio de Janeiro, que não foi dada publicidade. O delito de difamação protege a honra objetiva - a imagem perante terceiros. O delito de injuria ofende o bem jurídico tutelado da honra subjetiva. Não houve imputação leviana com animus injuriandi de fatos ou conceitos negativos sobre o Querelante capaz de configurar o crime. Não está demonstrada a vontade livre e consciente da querelada de difamar (animus difamandi) e/ou injuriar (animus injuriandi), denegrir a imagem da vítima, divulgando ou propagando fatos desonrosos, sem caráter criminoso, ou a imputação leviana de fatos ou conceitos negativos sobre o Querelante com o especial fim de macular a honra do, capaz de configurar os crimes de injuria e difamação. Ausente o elemento subjetivo exigido pelos tipos penais, o dolo de dano, o fato é atípico. Os crimes não admitem a forma culposa, por falta de previsão legal. Há falta da condição da ação, qual seja, a prática de um fato aparentemente criminoso (fumus commissi delicti), com base no artigo 395, II, do Código de Processo Penal, que implica na rejeição da queixa crime. Queixa-crime rejeitada, com fundamento no artigo 395, II, do Código de Processo Penal.
	O abalo fora de tamanha grandeza que após o ocorrido o Querelante não conseguiu terminar os preparativos para a sua festa de aniversário. Logo o presente caso não versa sobre um mero dissabor, e a injúria sofrida tem que ser imputada a quem praticou o verbo típico descrito no crime de injúria. 
2) Difamação 
	Além da injúria cometida, é visível que o único evento ocorrido 19/04/2016 também configura a ocorrência do crime de Difamação.
	Isso ocorre, pois, além de ofender a sua honra subjetiva, a Querelada também ofende a sua honra objetiva ao afirmar que “ele trabalha todo dia embriagado e vestindo saia! No dia 10 do mês passado, ele cambaleava bêbado pelas ruas do Rio, inclusive, estava tão bêbado no horário do expediente que a empresa em que trabalha teve que chamar uma ambulância para socorrê-lo!”
	É visível que tudo isso que ela afirmou, além de lhe causar um desconforto e uma ofensa a sua dignidade, também ofende a sua reputação diante terceiros, principalmente os seus colegas de trabalho. Tendo em vista que o objetivo da Querelada era o de prejudicá-lo profissionalmente. Nesse diapasão a Doutrina do Guilherme Nucci:
Difamar significa desacreditar publicamente uma pessoa, maculando--lhe a reputação. Nesse caso, mais uma vez, o tipo penal foi propositadamente repetitivo, afinal, difamar já significa imputar algo desairoso a outrem, embora a descrição abstrata feita pelo legislador tenha deixado claro que, no contexto do crime do art. 139, não se trata de qualquer fato inconveniente ou negativo, mas sim de fato ofensivo à sua reputação. 19 Sendo assim, ao publicar dizendo que o Querelante trabalha embriagado, ela difama o Querelante, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação, e assim em conformidade com o verbo típico do crime de Difamação. (Curso de Direito Penal volume 2, pág. 295)
3) Causa de Aumento de Pena
	Conforme é visível no presente caso, o crime ocorreu por intermédio de uma rede social, ou seja, por intermédio da internet. Sendo assim é inquestionável a publicidade de tudo que fora exposto pela Querelada.
	De modo que enseja a causa de aumento de pena de um terço, em conformidade com o artigo 141, III do Código Penal, em vista do fato de que os crimes de Injúria e difamação ocorreram por intermédio de meio que facilita a divulgação do ato ilícito, que é a internet.
4) Do Concurso Formal 
De acordo com os fatos informados, é visível que a Querelante em um único ato cometeu dois crimes, de injúria e difamação, diante disto esses crimes foramcometidos em concurso formal na forma do artigo 70 do Código Penal, segunda parte.
Isso ocorre pois ela possuía desígnios autônomos, ou seja, ela possuía o dolo de cometer ambos os crimes a ela imputado, além de lhe ofender a dignidade ela também o imputa um fato ofensivo a sua reputação, conforme já fora exposto anteriormente.
E por isso, as penas desses crimes devem ser aplicadas cumulativamente, somando-se as penas dos crimes de injúria e difamação.
III-DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS 
a) Requer a designação da audiência de conciliação;
b) A citação da Querelada para responder a presente queixa crime;
c) Que a presente queixa seja recebida;
d) Protesta pela oitiva das testemunhas arroladas;
e) A condenação da Querelada pelo crime do artigo 139 c/c artigo 140, com aumento de pena de um terço do artigo 141, III, na forma do artigo 70, segunda parte, ambos do Código Penal.
f) Que a fixação do valor mínimo de R$..., para fins de indenização do artigo 387, V do CPP.
IV-ROL DE TESTEMUNHAS 
1-Marcos, nacionalidade..., estado civil..., profissão..., inscrito no CPF de nº..., residente e domiciliado a rua...., cidade..., Estado...
2-Miguel nacionalidade..., estado civil..., profissão..., inscrito no CPF de nº..., residente e domiciliado a rua...., cidade..., Estado...
3-Manuel, nacionalidade..., estado civil..., profissão..., inscrito no CPF de nº..., residente e domiciliado a rua...., cidade..., Estado...
Data...
Cidade....
Advogado
OAB nº...

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