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Avaliação ontogenia sistema imunológico

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO 
INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOMÉDICAS 
Curso de Ciências Biológicas – Modalidade Médica 
DISCIPLINA INTERAÇÃO CELULAR I 2020.PLE 
 
Nomes da dupla: ​Glenda Domingos Mascarenhas ​e ​Isabela Batista Gonçalves 
Moreira​ (Grupo 29) 
 
3- No artigo de 2017 o aluno deverá responder às seguintes questões: 
A) Qual é a hipótese do trabalho? 
A hipótese do trabalho se tratava da elucidação molecular dos processos que demonstram o 
desenvolvimento das células-tronco hematopoiéticas (HSCs), identificando reguladores 
secretados da maturação das HSCs, através do sequenciamento de RNA-seq de subdomínios 
da aorta-gônada-mesonefro (AGM) pelos estágios E9.5 e E10.5, críticos para o 
desenvolvimento, o que poderia fornecer informações sobre os fatores que suportam a 
funcionalidade da região AGM na maturação de HSC, bem como polaridade dorso-ventral. 
 
 
B) Comparando com o artigo de 2005 quais foram as estratégias usadas que 
permitiram aos autores avançarem no conhecimento? 
 
No artigo “Characterization of purified intraembryonic hematopoietic stem cells as a tool to 
define their site of origin”, de 2005, foram analisadas a partir das regiões de AGM 
(aorta-gônada-mesonefro) a subregião que poderia ser o primeiro sítio de origem no 
embrião de células-tronco intra embrionárias. Esse estudo propôs que as células-tronco 
hematopoéticas (HSCs) intra embrionárias eram geradas em regiões sub aórticas 
denominadas SACs e que a partir do período de E9.5 essas células-tronco migram das SAC 
para as região ventral da aorta se projetando no endotélio e, dessa forma, auxiliando na 
formação dos HIACs (​clusters hematopoiéticos intra aórticos) e na liberação desses mesmos 
HIACs na corrente sanguínea. Quando adentram a corrente sanguínea, esses HIACs passam 
a colonizar outros locais em formação no embrião como o fígado fetal. Essa análise pode ser 
efetuada através da caracterização fenotípica de células hematopoiéticas em 10.5dpc AGM e 
da localização das células da fração E a 10.5dpc em aglomerados intra aórticos e SAPs por 
meio de técnicas como comparação da análise de expressão gênica de genes já conhecidos 
pelo seu papel nos estágios de desenvolvimento e diferenciação da hematopoese como 
GATA-3 e CD45, por exemplo; ​in situ hybridization e imunocolaração de marcadores de 
superfície celulares e fatores transcricionais. 
Já no artigo “A molecular roadmap of the AGM region reveals BMPER as a novel regulator 
of HSC maturation”, de 2017, foi descoberto que uma molécula denominada de BMPER 
seria capaz de regular positivamente o desenvolvimento de HSCs. Foi constatado pelo artigo 
que BMPER é transcricionalmente induzida pela BMP4, a qual é regulada por feedback 
negativo possibilitando a maturação de HSCs por meio da inibição de BMP. Foi-se 
realizado e analisado um panorama transcricional completo das transições espaço-temporais 
entre E9.5 e E10.5 nas regiões de AGM e de cultura de células OP9 agregadas, o que 
permitiu a identificação de vários fatores secretados que poderiam influenciar na maturação 
das células-tronco hematopoéticas. Através de múltiplas análises da biblioteca de RNA-seq 
gerada, o estudo pode demonstrar que a proteína BMPER é ventralmente polarizada em 
AGM, sendo mais expressa por células perivasculares e sua expressão se acentua 
abruptamente no período de E9.5 e E10.5. Dessa forma, o estudo, em questão, utiliza a 
combinação de técnicas de análise de transcrição gênica de uma vasta gama genômica, de 
abordagens de bioinformática e de validação funcional para identificar novos reguladores do 
desenvolvimento de HSCs. 
Com isso, o artigo de 2017 buscou uma elucidação do desenvolvimento de HSCs intra 
embrionárias no período de E9.5 a E10.5 de acordo com uma abordagem mais voltada para 
a regulação molecular existente na região AGM que possibilitasse esse desenvolvimento. 
Enquanto que o modelo proposto pelo artigo de 2005 buscou elucidar o desenvolvimento 
das HSCs nesse mesmo período tentando localizar a região de AGMem que seria o 
primeiro sítio de origem das HSCs intra embrionárias e o processo de migração dessas 
HSCs para a corrente sanguínea a fim de colonizar o fígado fetal do embrião. Dessa forma, 
os resultados obtidos no artigo de 2017 em conjunto com os resultados obtidos no artigo de 
2005 podem refinar o conhecimento sobre o desenvolvimento de HSCs intra embrionárias 
por associar mecanismos moleculares e morfológicos de um mesmo processo. 
 
 
C) E por fim, qual foi a maior contribuição do trabalho? 
Acreditamos que a maior contribuição que o artigo “A molecular roadmap of the AGM 
region reveals BMPER as a novel regulator of HSC maturation” trouxe para a ciência foi a 
realização de um panorama transcricional completo das regiões AGM no período entre E9.5 
e E10.5, que, com isso, pode promover a identificação de fatores que quando secretados 
pudessem inferir na maturação das células-tronco hematopoiéticas. Dentre esses fatores, há 
um grande destaque ao papel funcional de BMPER, uma proteína ventralmente polarizada 
no nicho da aorta-gônada-mesonefro (AGM), que apresenta crescimento abrupto de sua 
expressão durante a maturação de HSCs no período de E9.5-10.5. Foi demonstrado que a 
proteína BMPER estimulava a maturação de E9.5 pró HSC e, em menor extensão, E11.5 pré 
HSCs. Além disso, foi observado também a atuação antagônica de BMPER com relação a 
BMP4. Isso foi demonstrado por meio dos experimentos ​in vitro​, em que os cientistas 
observaram que BMP4 promove a expressão de BMPER, que por meio de feedback 
negativo promove a sua própria inibição na AGM. Desse modo, BMPER age como um 
inibidor de BMP em E10.5 AGM, favorecendo a maturação das células-tronco 
hematopoiéticas mesmo quando BMP4 e outros ligantes de BMP forem expressos em E10.5 
AoV, região que deveria apresentar sinalização negativa de BMP.

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