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Ciências Humanas e Sociais Formação integral Saúde

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Neste momento se faz importante relembrar alguns pontos da legislação:
Lei nº 8.080/1990:
· Art. 2º: § 2º O dever do Estado não exclui o das pessoas, da família, das empresas e da sociedade.
· Art. 7º: I – universalidade de acesso aos serviços de saúde em todos os níveis de assistência (à todo e qualquer cidadão); II – integralidade de assistência - conjunto articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade (hierarquização) do sistema;
Lei nº 8.142/1990:
· Art. 1º: § 1º - A Conferência de Saúde reunir-se-á cada 4 anos com a representação dos vários segmentos sociais, para avaliar a situação de saúde e propor as diretrizes para a formulação da política de saúde (...)
· Art. 1º: § 2º - O Conselho de Saúde, (...) composto por representantes do governo, prestadores de serviço, profissionais de saúde e usuários, atua na formulação de estratégias e no controle da execução da política de saúde (...)
· Art. 1º. § 4º - A representação dos usuários nos Conselhos de Saúde e Conferências de Saúde será paritária em relação ao conjunto dos demais segmentos.
Antes de continuarmos, convido você para assistir ao vídeo “História das Políticas Públicas de Saúde no Brasil” e a fazer um paralelo com as legislações apresentadas no quadro abaixo. Desta forma, consolidaremos o conteúdo debatido anteriormente e ampliaremos nossa visão sobre a formação integral em saúde.
https://www.youtube.com/watch?v=cSwIL_JW8X8&index=20&list=WL
 O PACTO PELA VIDA (buscando saídas para os problemas e impasses)
Em princípio, a responsabilidade pela gestão do SUS é dos três níveis de governo e as normas operacionais vinham regulamentando as relações e responsabilidades dos diferentes níveis até 2006, momento em que se instituiu o Pacto pela Saúde, como um conjunto de reformas nas relações institucionais e fortalecimento da gestão do SUS.
O Pacto introduziu mudanças nas relações entre os entes federados, inclusive nos mecanismos de financiamento – significando, portanto, um esforço de atualização e aprimoramento do SUS.
Para a adesão dos gestores ao Pacto, é assinado um termo de compromisso, onde constam nos eixos prioritários as metas a serem atingidas anualmente ou bianualmente e se estabelecem compromissos entre os gestores em três dimensões:
· Pacto pela Vida,
· Pacto em Defesa do SUS e
· Pacto de Gestão.
O Pacto em Defesa do SUS firma-se em torno de ações que contribuam para aproximar a sociedade brasileira do SUS, seguindo as seguintes diretrizes:
·  A repolitização da saúde, como movimento que retoma a Reforma Sanitária Brasileira, atualizando as discussões em torno dos desafios atuais do SUS;
· Promoção da Cidadania como estratégia de mobilização social tendo a questão da saúde como direito;
· Garantia de financiamento de acordo com as necessidades do Sistema.
Na dimensão do Pacto de Gestão são abordados:
· A Regionalização;
· A qualificação do processo de descentralização e ações de planejamento e programação;
· Mudanças no financiamento.
Em fevereiro de 2008, o Ministério da Saúde publicou a Portaria nº 325/GM de 21 de fevereiro de 2008, que estabelece prioridades, objetivos e metas do Pacto pela Vida para 2008, os indicadores de monitoramento e avaliação e as orientações, prazos e diretrizes para sua pactuação. Em 7 de dezembro de 2010 foi publicada a Portaria nº 3.840 que inclui o Monitoramento da Saúde Bucal no Pacto pela Saúde para o ano de 2011.
 
ARTIGOS E VÍDEOS RECOMENDADOS
 
Serie SUS - Por que o SUS hoje é assim? (02) https://www.youtube.com/watch?v=wV_SPOJfqgk
 
CANABARRO, I. M.; HAHN, S. Panorama da Assistência Farmacêutica na Saúde da Família em município do interior do Estado do Rio Grande do Sul. Epidemiol. Serv. Saúde, Brasília, 18(4):345-355, out-dez 2009. Acesso em 262015 às 00:58 AM. Disponível em: http://scielo.iec.pa.gov.br/pdf/ess/v18n4/v18n4a04.pdf
 
Reforma Sanitária Brasileira – FIOCRUZ: Acessado em 26/12/2015 às 01:30h AM. Disponível em: http://www.ensp.fiocruz.br/portal-ensp/judicializacao/pdfs/introducao.pdf
 
RESUMO
Com as reflexões sobre os artigos, vídeos e conteúdo visto até o momento, é possível entender e diferenciarmos os mais importante modelos de saúde:
Modelo Assistencial Sanitarista: trata os problemas de saúde da população através de grandes campanhas e programas especiais. Não é um modelo de integralidade! Não atua na prevenção! Atua, pontualmente, em determinadas situações.
Modelo Médico Assistencial Privatista: Trata-se de um modelo de demanda espontânea, ou seja, os próprios indivíduos que procuram os serviços médicos devido a sua iniciativa. Também não atuam em prevenção! O foco é a doença e não o indivíduo. Tem sua origem na assistência filantrópica e na medicina liberal. Não altera o nível de saúde da população.
Modelos Assistenciais Alternativos: O principal exemplo é o próprio SUS. Busca a “integralidade” as ações (medidas de prevenção, cura, reabilitação e educação em saúde). Representa a vigilância em saúde. É capaz de alterar o nível de saúde da população.
 
BIBLIOGRAFIA
AIACHE, J.M.; AIACHE S.; RENOUX, R. Iniciação ao conhecimento do medicamento. 2. ed. São Paulo: Andrei, 1998. 377 p.
BERMUDEZ, J. A. Z.; & BONFIM, J. R. de A. (Orgs.) Medicamentos e a Reforma do Setor Saúde. São Paulo: Hucitec/Sobravimne, 1999.
FREITAS, C. M.; CZERESNIA, D. Promoção da saúde: conceitos, reflexões, tendências. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2003. 174p 
FOUCAULT M. Nascimento da clínica: a crise das febres. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1994
MENDES, E. V. A reengenharia do sistema de serviços de saúde no nível local: a gestão da atenção à saúde. In: MENDES, E. V. (Org.) A Organização da Saúde no Nível Local. 1.ed. São Paulo: Hucitec. 
REIS, D. O; ARAÚJO, E. C; CECÍLIO, L. C. O. Políticas Públicas de Saúde no Brasil: SUS e pactos pela Saúde; p. 31-47; UNA-SUS | UNIFESP.
SANTOS, N. Desenvolvimento do SUS, rumos estratégicos e estratégias para visualização dos rumos. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro, v. 12, n. 2, p. 429-435, abr. 2007.

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