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Tétano

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Victori� Karolin� Libóri� Card��
Tétan� acidenta�
Introdução
Doença infecciosa aguda não
contagiosa, prevenível por
vacina.
A causa da doença é pela ação de
exotoxinas, que causam
hiperexcitabilidade do sistema
nervoso central.
Ag. etiológico: Clostridium
tetani, bacilo gram-positivo
esporulado, anaeróbico. Produz
esporos quando está no meio
ambiente, como forma de
resistência.
Transmissão e períodos
importantes
Modo de transmissão:
introdução de esporos na pele/
mucosas por ferimentos.
Período de incubação: (entre o
ferimento e o 1° sinal/sintoma)
em torno de 5 a 15 dias, podendo
variar de 3 a 21 dias.
● Quanto menor for o
tempo de incubação,
maior a gravidade do
prognóstico.
Período de progressão: período
entre o 1° sinal até o 1° espasmo
muscular espontâneo.
Período de transmissibilidade:
não há transmissão direta de um
indivíduo para o outro.
Suscetibilidade e
imunidade
Suscetibilidade: universal.
Imunidade: por meio de vacinas
(repete-se a dose a cada 10 anos;
no caso de gravidez são 5 anos).
● A doença não confere
imunidade.
● Os filhos de mães imunes
apresentam imunidade
passiva e transitória até
2 meses.
Soro: dura cerca de 2 semanas.
Imunoglobulina humana
antitetânica: dura cerca de 3
semanas.
Fisiopatologia
1. Entrada da bactéria na
pele, através de uma
lesão.
2. Quando em anaerobiose,
principalmente por
conta de bactérias
aeróbicas que penetram
na pele junto com o
clostridium, os esporos
se transformam em sua
forma vegetativa e então
produzem/liberam
toxinas (tetanolisina e
tetanospasmina).
3. As toxinas vão para a
junção neuromuscular e
penetram nos axônios
dos neurônios motores
inibidores de glicina ou
GABA.
4. Perda do mecanismo
inibitório ocasionando
espasmos.
Quadro clínico
Sintomas iniciais:
● Dificuldade em abrir a
boca (trismo e riso
sardônico).
● Dificuldade em
deambular.
● Disfagia (dificuldade de
deglutição).
● Rigidez de nuca ou
paravertebral (pode
causar opistótono).
● Hipertonia da
musculatura torácica.
Sintomas de convalescência:
● Hipertonias musculares
localizadas ou
generalizadas.
● Ausência de febre ou
febre baixa.
● Hiperreflexia profunda.
● Contraturas paroxísticas
à estimulação do
paciente (estímulos
Victori� Karolin� Libóri� Card��
sonoros, táteis,
luminosos ou alta
temperatura) - o
paciente se mantém
lúcido e consciente.
Formas mais graves:
● Disautonomia -
hiperatividade do
sistema autônomo
simpático.
● Taquicardia.
● Sudorese profusa.
● Hipertensão arterial.
● Bexiga neurogênica
● Febre.
● Insuficiência respiratória
- causada pela hipertonia
torácica, contração da
glote e crises espásticas.
○ Principal causa
de morte no
tétano.
Complicações:
● Infecção urinária.
● Pneumonia.
● Asfixia por obstrução
alta.
● Insuficiência respiratória
baixa.
● Fratura de vértebras e de
costelas.
● Sepse.
Diagnóstico
Principalmente clínico e
epidemiológico.
Exames:
● CPK: avaliação de lesão
muscular.
● Gasometria arterial:
avaliação da saturação.
● Avaliação de eletrólitos:
cálcio/potássio.
● Hemograma: geralmente,
normal, a não ser que
haja infecção 2°.
○ Linfócitos com
discreta
leucocitose.
● Avaliação da função
renal: uréia - geralmente
normal.
● Linfócitos: discreta
leucocitose.
Diagnóstico diferencial:
meningite, hipocalcemia,
botulismo…
Tratamento
Soro antitetânico: administrar
em casos de acidentes com a
possibilidade de contrair a
bactéria.
● Caso a vacina tenha > 8
anos, deve-se vacinar o
paciente.
● Se for uma gestante, a
vacina deve ter > 5 anos
para nova vacinação.
Imunoglobulina: caso o paciente
não seja vacinado ou se a última
vacinação tiver mais de 10 anos.
Ferimentos profundos: realizar o
desbridamento da ferida e fazer
bloqueio local com
imunoglobulina.
Para prevenção de infecções
secundárias: adm de penicilina
benzatina ou metronidazol.
Pacientes graves:
● Sedativos:
benzodiazepínicos -
relaxante muscular.
● Manejo da disautonomia.
Profilaxia: vacina antitetânica de
10 em 10 anos.

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