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NUTRIÇÃO MATERNO INFANTIL WEBCONFERÊNCIA I Profa. Msc. Milena Maia Conteúdo Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher Período gestacional Rede cegonha Saúde Materna e Infantil • A saúde da mulher foi incorporada às políticas nacionais de saúde nas primeiras décadas do século XX 1983 •Programa “Assistência Integral à saúde da Mulher: bases de ação programática” (PAISM) •Incorporou a descentralização, hierarquização, regionalização, equidade na atenção, bem como de participação social. 2004 •Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher - Princípios e Diretrizes Implantação não efetiva, devido a dificuldades financeiras, políticas e operacionais Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher Ações Educativas Preventivas De Diagnóstico, Tratamento e Recuperação ENGLOBANDO • Assistência à mulher em clínica ginecológica, no pré-natal, parto e puerpério, no climatério • Planejamento familiar • DST, câncer de colo de útero e de mama • Outras necessidades identificadas Objetivos gerais PNAISM • Promover a melhoria das condições de vida e saúde das mulheres brasileiras, mediante a garantia de direitos legalmente constituídos e ampliação do acesso aos meios e serviços de promoção, prevenção, assistência e recuperação da saúde em todo território brasileiro • Contribuir para a redução da morbidade e mortalidade feminina no Brasil, especialmente por causas evitáveis em todos os ciclos de vida e nos diversos grupos populacionais, sem discriminação de qualquer espécie • Ampliar, qualificar e humanizar a atenção integral à saúde da mulher no SUS. Objetivos específicos PNAISM • Ampliar e qualificar a atenção clínico- ginecológica, inclusive para as portadoras de infecção pelo HIV e outras DST • Estimular a Implantação e Implementação da assistência em planejamento familiar • Promover a atenção obstétrica e neonatal, qualificada e humanizada, incluindo a assistência ao abortamento em condições inseguras; • Promover a atenção às mulheres e adolescentes em situação de violência sexual e doméstica Período Gestacional Vulnerabilidade nutricional Aumento das demandas energéticas, protéicas e de micronutrientes Formação de estruturas maternas como placenta, útero, glândulas mamarias e sangue; Crescimento e desenvolvimento do feto; Reservas energéticas da mãe utilizadas durante o parto e na lactação. 1º TRIMESTRE Condição pré-gestacional da mãe 2º e 3º TRIMESTRES Ganho adequado de peso + estilo de vida Período Gestacional Fatores de risco para a gravidez atual Mortalidade materna • Organização Mundial de Saúde - Durante a gestação ou 42 dias após término da gravidez Causas obstétricas diretas Causas obstétricas indiretas •Doenças hipertensivas •Hemorragias • Infecção puerperal •Diabetes •Hipertensão •Doenças cardiovasculares Prevenção possível Gestante de alto risco Mortalidade infantil •Taxa de mortalidade – indicador mais eficaz para apontar a qualidade de vida •Melhoria da taxa devido: • Segurança alimentar e nutricional • Saneamento básico • Vacinação • Modelo de atenção à saúde Prematuridade Asfixia durante o parto Infecções Doenças infecciosas e parasitárias Desnutrição Doenças respiratórias Rede Cegonha • Instituída pela Portaria Nº 1.459, de 24 de junho de 2011 • Portaria Nº 2.351, de 5 de outubro de 2011 •Altera a Portaria nº 1.459/GM/MS, de 24 de junho de 2011, que institui, no âmbito do SUS, a Rede Cegonha. • Portaria Nº 650, de 5 de outubro de 2011 •Dispõe sobre os Planos de Ação Regional e Municipal da Rede Cegonha. Rede Cegonha o respeito à diversidade cultural, étnica e racial a promoção da equidade o enfoque de gênero o respeito, a proteção e a realização dos direitos humanos a compatibilização com as atividades das redes de atenção à saúde materna e infantil em desenvolvimento nos Estados a garantia dos direitos sexuais e dos direitos reprodutivos de mulheres, homens, jovens e adolescentes a participação e a mobilização social Rede de cuidados que assegura: • às mulheres: o direito ao planejamento reprodutivo, a atenção humanizada à gravidez, parto, abortamento e puerpério. • às crianças: direito ao nascimento seguro, crescimento e desenvolvimento saudáveis. Rede Cegonha Objetivos • Fomentar a implementação de novo modelo de atenção à saúde da mulher e à saúde da criança com foco na atenção ao parto, ao nascimento, ao crescimento e ao desenvolvimento da criança de zero aos vinte e quatro meses; • Organizar a Rede de Atenção à Saúde Materna e Infantil para que esta garanta acesso, acolhimento e resolutividade; e • Reduzir a mortalidade materna e infantil com ênfase no componente neonatal. Componentes da Rede Cegonha Pré-natal •Pré-natal na UBS, com captação precoce e acolhimento com classificação de risco •Alimentação sistema de informação •Garantia dos Exames de Pré-Natal Risco Habitual •Garantia dos Exames de Pré Natal de Alto Risco •Vinculação UBS à Maternidade Parto e nascimento •Suficiência de leitos •Ambiência •Direito a Acompanhante •Acolhimento com Classificação de Risco •Boas Práticas: segurança •Práticas Gestão: Cuidado Horizontal e Conselho Gestor Puerpério e atenção à criança •Aleitamento materno •Acompanhamento da criança •Visita primeira semana •Busca ativa de crianças vulneráveis •Planejamento reprodutivo Transporte e regulação •Transporte seguro •Vaga sempre •Central de regulação de leitos Conteúdo Recomendações Diabetes gestacional Hipertensão induzida pela gravidez Infecção pelo HIV IMC pré- gestacional (kg/a²) Ganho de peso total (Kg) Ganho de peso semanal g/semana <18,5 12,5 a 18 510g 18,5 a 24,9 11,5 a 16 420g 25,0 a 29,9 7,0 a 11,5 280g ≥30 5 a 9 220g Fonte: IOM, 2009. Recomendação para ganho de peso • Peso pré-gestacional • Idade • Nível de atividade física • Estágio e tipo da gravidez Diabetes gestacional •É a hiperglicemia diagnosticada na gravidez, de intensidade variada, geralmente se resolvendo no período pós- parto. •Aumenta o risco de a mãe desenvolver diabetes posteriormente. Insulina (pâncreas) • Início da gravidez – resposta de insulina normal • Menor sensibilidade à insulina – ação de hormônios antagonista protegesterona, cortisol, prolactina, hormônio lactogênio placentário Fatores de risco para DMG • Idade materna avançada • Sobrepreso ou obesidade • Ganho excessivo de peso • Histórico anterior de DMG • História familiar de diabetes melito tipo 2 • Crescimento muito rápido do bebê • Baixa estatura • Síndrome dos ovários policísticos Diagnóstico •Glicemia de jejum ≥ 92mg/dL •1h após sobrecarga de glicose ≥ 180mg/dL •2h após sobrecarga de glicose ≥ 153mg/dL Tratamento Monitorização da glicemia Terapia nutricional Insulinoterapia ou medicamentos orais Atividade física regular Complicações para o feto • Macrossomia fetal • Parto prematuro • Cesariana • Hipoglicemia ao nascer • Parto prematuro • ↑ Risco de trauma e malformações congênitas • ↑ Riscos de desenvolver obesidade e diabetes tipo 2 na fase adulta. Hipertensão induzida pela gravidez Distúrbio grave que pode incluir pressão arterial alta, insuficiência renal, convulsões e até mesmo a morte da mãe e do feto. Síndromes hipertensivas da gravidez Características Hipertensão crônica • Observada antes da gravidez • Antes de 20 semanas de gestação • Diagnosticada pela primeira vez durante a gravidez • Não se resolve até 12 semanas após o parto Pré-eclâmpsia/eclâmpsia • Após 20 semanas de gestação • Acompanhada de proteinúria • Desaparecimento até 12 semanas pós-parto. Pré-eclâmpsia sobreposta à hipertensão crônica • Surgimento de pré-eclâmpsia em mulheres com hipertensão crônica ou doença renal • Proteinúria surge ou piora após a 20ª semana de gravidez A eclâmpsia caracteriza-se pela presença de convulsões tônico- crônicas generalizadas ou comaem mulher com qualquer quadro hipertensivo. Tratamento • Parto – mais seguro • Terapia anticonvulsivante ou antihipertensivos • Repouso no leito • Sulfato de magnésio Indicações para o parto Maternas Fetais • Aumento persistente da pressão arterial até níveis de gravidade. • Cefaleia grave e distúrbios visuais persistentes. • Dor epigástrica grave persistente, náuseas ou vômitos. • Deterioração progressiva da função hepática. • Deterioração progressiva da função renal. • Suspeita de descolamento de placenta. • Trabalho de parto ou sangramento . • Restrição grave do crescimento fetal. • Suspeita ou comprometimento • Oligohidrâmnio • Idade gestacional confirmada de 40 semanas Fonte: Ministério da Saúde, 2012. Infecção pelo HIV Síndrome imunodeficiência adquirida (AIDS) Vírus HIV Perda gradual da imunidade Dados epidemiológicos Mulheres 25 a 44 anos Adolescentes Homossexuais Usuários de drogas Transfusão de sangue Portadores de hemofilia TRANSMISSÃO VERTICAL Passagem de vírus da mãe para o bebê representa 84% dos casos de aids em crianças com até 13 anos Indicação de terapia antirretroviral (TARV) 1.Profilaxia da transmissão vertical 2.Tratamento da infecção pelo HIV Profilaxia da transmissão vertical do HIV • Iniciada de maneira precoce • Após o término do primeiro trimestre (entre a 14ª e a 28ª semana de gestação) • Suspensa após o parto • Objetivo • Prevenção da transmissão vertical • Recomendação • Para gestantes que não têm indicação de tratar a infecção pelo HIV (assintomáticas) Não seriam candidatas a receber algum esquema antirretroviral Suspensão da amamentação e inibição da lactação Toda mãe soropositiva para o HIV deverá ser orientada a não amamentar. Direito a receber fórmula láctea infantil, pelo menos até o seu filho completar 6 meses de idade • Contraindicados • Aleitamento cruzado • Alimentação mista (leite humano e fórmula infantil) • Uso de leite humano com pasteurização domiciliar. A utilização de estrogênio como inibidor da lactação é contraindicada devido ao risco de tromboembolismo. Orientações para gestantes infectadas pelo HIV Promover melhor qualidade de vida Recomendações nutricionais idênticas às gestantes não infectadas Melhorar a função imune – vitamina A, C, E, B6, ácido fólico, selênio, zinco Previsão de ganho de peso durante a gestação deve ser a mesma para gestantes não infectadas
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