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Mecanismo de ação das Sulfas

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Sulfas 
Mecanismo de ação: 
• Inibição di-hidrofolato sintetase 
• Incorporação das sulfas em di-hidropterpoico 
 
 As sulfonamidas são análogos sintéticos do ácido para-aminobenzoico (PABA). Devido à semelhança estrutural, 
elas competem com o PABA pela enzima bacteriana diidropteroato-sintase, funcionando como um inibidor 
competitivo desta enzima, que é responsável pela incorporação do PABA ao ácido diidropteroico, o precursor 
imediato do ácido fólico. Desse modo, as sulfonamidas impedem que as bactérias utilizem normalmente o PABA 
para sintetizar ácido fólico, funcionando como bacteriostáticos. 
 
Os microrganismos sensíveis são aqueles que precisam sintetizar o seu próprio ácido fólico; as bactérias capazes de 
utilizar o folato pré-formado não são afetadas. O efeito bacteriostático induzido pelas sulfonamidas é anulado 
competitivamente pelo 
PABA. As células de mamíferos necessitam do ácido fólico pré-formado, não conseguem sintetizá-lo e, portanto, não 
são sensíveis aos fármacos que atuam por este mecanismo. 
 A trimetoprima é um dos fármacos mais ativos que produzem efeito sinérgico quando utilizados com uma 
sulfonamida. Esse antibiótico é um inibidor competitivo potente e seletivo da diidrofolatoredutase microbiana, a 
enzima que reduz o diidrofolato a tetraidrofolato. Essa forma reduzida do ácido fólico é necessária para as reações 
de transferência de um carbono. Por conseguinte, a administração simultânea de sulfonamida e trimetoprima causa 
bloqueios sequenciais da via de síntese de tetraidrofolato dos microrganismos a partir de moléculas precursoras. 
A ação das sulfonamidas é inibida pela presença de pus e de produtos de destruição tecidual porque esses contêm 
timidina e purinas, que são utilizados diretamente pelas bactérias, não sintetizando, assim, o ácido fólico. 
 
 
 
 
 
 
 
Biotransformação e eliminação Espectro antimicrobiano Resistência Indicações Clínicas 
Metabolização: hepática acetilação 
(Sulfas + Acetil-CoA) –fase dois! 
Fração mitocondrial hepática 
Metabolização à nível renal ; Células rins; 
glicuronidação – FASE 2 
Eliminação 3 formas: 
• Eliminadas inalteradas, se não 
for lipossolúvel 
• Eliminadas conjugadas com 
ácido glicurônico 
• Eliminadas conjugadas grupo 
acetil(acetilação) 
• Eliminação preferencialmente 
na urina 
➔ Urina pH ácido – algumas sulfas 
apresentam baixa solubilidade 
→ Precipitam-se agregados 
cristalinos nos túbulos renais e 
ureteres→ Cristalúria : causando 
obstrução e irritação 
➔ Tomar bastante agua para tentar 
evitar esses cristais! 
➔ Outro fármaco que pode causar 
cristalúria: alopurinol 
Streptococcus pyogenes 
Streptococcus pneumoniae 
Escherichia coli 
Klebsiella pneumoniae 
Haemophilus influenzae 
Haemophilus ducrey 
Nocardia asteroides 
Toxoplasma gondii 
Actinomyces 
Plasmodium falciparum (malária, associação) 
Lembrar que tudo depende do ambiente em 
que a bactéria está! 
 
 
 
Resistência ocorre através de mutação 
Transferência de resistência através de 
plasmídios 
Desenvolve-se pela alteração no 
metabolismo da célula bacteriana, que 
passa a conseguir desenvolver seu 
próprio ácido fólico 
• Alteração enzima di-
hidropteroato sintetase – 
bactéria alterou a estrutura 
da enzima e a SULFA não 
conseguiu ligar mais! 
• Aumento na capacidade 
inativação da droga 
• Desenvolvimento via 
metabólica alternativa 
• Produção antagonista da 
droga 
 
ITU 
• geralmente recorrentes, causado por 
Escherichia coli – escolher sulfa que 
consegue ter elevada concentração à nível 
renal, solúvel na urina ácida; 
➔ Fármaco mais usado Sulfametoxazol 
em associação ao pirimetamina 
Nocardiose 
• Infecção bacteriana, pneumonia e 
depois sofre disseminação 
hematogênica SNC 
• Causado pela Nocardia 
• Usado Sulfadiazina (Intermediária), 
como primeira escolha ou Sulfisoxazol 
(Curta) 
Tracoma 
• Doença crônica que pode levar ao 
comprometimento visual 
• Causado por Clamydia trachomatis 
• Usado Sufametoxazol (associação) 
Toxoplasmose (Trissulfapirimidina) 
Malária (Sulfadoxina + Pirimetamina) 
Febre reumática 
Infecções trato respiratório 
 
 
 
 
Classe Fármacos Farmacocinética Indicação Efeitos Adversos Tempo de 
Administração 
 
 
 
 
 
Sulfas sistêmicas 
de ação curta 
 
 
 
 
 
 
 
Sulfacetamida 
Sulfamerazina 
Sulfametazina 
Sulfametizol 
Sulfisoxazol 
Sulfatiazol 
 
 
 
 
 
 
Rapidamente absorvidas e 
excretadas 
Penetram na Barreira 
Hematoencefácica 
Atingem concentrações elevadas 
na urina 
Veia-vida de 4-7 h 
Sulfacetatamida, 
Sulfamerazina,Sulfametazina 
• Baixa solubilidade 
• Fração antibacteriana 
• Trissulfapirimidina 
• Toxoplasmose 
Sulfametizol → ITU, pouco utilizado 
TOXICIDADE – Para todas 
Dor de cabeça, letargia, 
tontura, zumbido (raros, 
mais voltados para aquelas 
que penetram no SNC 
Reações de 
hipersensibilidade– 
erupções cutâneas 
Síndrome Stevens-Johnson 
(reações pele e mucosa, 
fatores imunológicos, fatal, 
principalmente crianças) 
Discrasias sanguíneas 
(leucopenia) 
Nefrose tóxica, cristalúria 
(deposição cristais droga 
túbulos renais 
 
 
 
 
 
 
4-6h 
Sulfas sistêmicas 
de ação 
intermediária 
Sulfametoxazol 
Sulfafenazol 
Sulfadiazina 
Meia- Vida entre 10-12h 
Absorvidas mais lentamente que 
as de ação curta 
Eliminação lentificada 
Sulfametoxazol + trimetropim → ITU 
Sulfadiazina + pirimetamina → 
toxoplasmose 
 12-12h 
Classe Fármacos Farmacocinética Indicação Efeitos Adversos Tempo de 
Administração 
Sulfas de ação 
prolongada 
Sulfadoxina Lentamente absorvidas 
Lentamente excretadas 
Meia- vida 17-40h 
SULFADOXINA 
• Tratamento malária 1 cpr/semana 
• Sulfadoxina meia-vida 150h – ação ultra 
prolongada – 1 semana 
• Lenta excreção alta propriedade 
lipofílica 
• Aplicação clínica apenas em 
circunstâncias extraordinárias 
• Desvantagens: 
➔ Baixa concentração droga ativa nas 
vias urinárias 
➔ Não penetram tão bem líquido 
cefalorraquidiano 
➔ Lenta eliminação acumula-se no 
sangue, pacientes insuficiência renal 
**Por ser extremamente lipossolúvel ela 
não é boa no ITU, pois é rapidamente 
absorvida!!! 
 
 24h 
Sulfas intestinais Ftalilsulfatiazol 
Sulfassalazina 
Sulfaguanidina 
Succinilsulfatiazol 
Ftalilsulfametizol 
• Adição de radical no NH2 
• Baixa absorção no TGI 
• Alcançam altas 
concentrações luz cólon 
• Luz cólon reação hidrólise 
libera sulfonamida ativa 
• Usadas em cirurgias intestinais 
➔ De forma profilática ou terapêutica; 
nunca para ambas 
Ftalilsulfatiazol- mais utilizado 
• 3 a 5 primeiros dias fezes amolecidas e 
inodoras 
• Pós-operatório 1 ou 2 semanas 
 
Classe Fármacos Farmacocinética Indicação Efeitos Adversos Tempo de 
Administração 
Sulfas tópicas Sulfadiazina de 
prata 
Sulfacetamida 
sódica 
Acetato de 
mafenida 
Cloridrato de 
mafenida 
 
 
• Usadas pele, membrana mucosa e 
olho – Ag 
• Sulfadiazina prata 1% – 
Dermazinebb® – queimaduras 
➔ Dermazine → queimaduras; outras 
duas situações: colírio em doses 
bem baixas ou compor parte de uma 
mistura – Bota de unna – usada para 
tratar pé diabético, fica tipo um 
gesso 
• Boa indicação para queimados; 
• Por proteger o organismo permite 
que a pele cicatrize mais rápido 
• Sulfacetamida sódica 
• Usadas na pele, membrana mucosa 
e olho 
• Acetado mafenida: fármaco novo

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