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DIREITO INTERNACIONAL
DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO
Livro Eletrônico
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 DIREITO INTERNACIONAL
Direito Internacional Privado
Prof.ª Islene Silva
Direito Internacional Privado ........................................................................4
1. Conceito e Noções Gerais .........................................................................4
1.1. Elementos de conexão ..........................................................................8
2. Cooperação Jurídica Internacional ...........................................................15
2.1. Provas ..............................................................................................16
2.2. Homologação de sentença estrangeira ..................................................17
2.3. Cartas rogatórias ...............................................................................19
2.4. Auxílio direto .....................................................................................22
2.5. Arbitragem ........................................................................................23
2.6. Competência Internacional ..................................................................24
2.7. Sequestro internacional de crianças e prestação de alimentos no exterior ..25
Resumo ...................................................................................................28
1. Conceito e Noções Gerais .......................................................................28
2. Cooperação Jurídica Internacional ...........................................................29
Questões de Concurso ...............................................................................31
Gabarito ..................................................................................................59
Gabarito Comentado .................................................................................60
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 DIREITO INTERNACIONAL
Direito Internacional Privado
Prof.ª Islene Silva
Olá, futuro (a) advogado (a),
Meu nome é Islene Gomes, sou advogada e professora, com experiência na 
preparação para o Exame da Ordem, e espero, por meio das aulas de Direito Inter-
nacional Privado, colaborar com a sua aprovação. 
Com esse objetivo, trabalharemos teoria e questões anteriores, principalmente 
da FGV, a fim de que você domine a disciplina. Os conteúdos trabalhados serão os 
seguintes:
• Conceito e noções gerais. 
• Elementos de Conexão. 
• Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB). 
• Conexão Internacional no CPC/2015.
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 DIREITO INTERNACIONAL
Direito Internacional Privado
Prof.ª Islene Silva
DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO
1. Conceito e Noções Gerais
Conforme Paulo Henrique Gonçalves Portela (2017)1, Direito Internacional 
Privado é:
[...] o ramo do Direito que visa a regular os conflitos de leis no espaço em relações de 
caráter privado que tenham conexão internacional, determinando qual a norma jurídica 
nacional que se aplica a esses vínculos, que poderá tanto ser um preceito nacional como 
estrangeiro. (PORTELA, 2017, p. 39)
Trata-se de ramo do Direito interno, que excetua o princípio da territorialidade, 
pois admite a aplicação do Direito estrangeiro em território nacional quando a lei 
pátria autorizar. Nessa hipótese, inclusive, a lei estrangeira poderá ser aplicada de 
ofício. É o ordenamento jurídico interno que estabelece os elementos de conexão 
(domicílio, nacionalidade etc). O Direito interno é que determina a obrigatoriedade 
de aplicação do Direito Estrangeiro. 
“As normas de Direito Internacional Privado são meramente indicativas” (PORTELA, 
2017, p. 170)2.
1 PORTELA, Paulo Henrique Gonçalves. Direito Internacional Público e Privado. 9 ed. Salvador: 
Juspodivm, 2017. 
2 PORTELA, Paulo Henrique Gonçalves. Direito Internacional e Direitos Humanos. 3 ed. Salva-
dor: Juspodivm, 2017. 
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 DIREITO INTERNACIONAL
Direito Internacional Privado
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Quanto ao objeto do Direito Internacional Privado, Valério Mazzuoli (2017)3 le-
ciona que: 
O DIPr é a disciplina jurídica – baseada num método e numa técnica de aplicação do 
direito – que visa solucionar os conflitos de leis estrangeiras no espaço, ou seja, os fatos 
em conexão espacial com leis estrangeiras divergentes, autônomas e independentes, 
buscando seja aplicado o melhor direito ao caso concreto. (MAZZUOLI, 2017, p. 659)
Para parte da doutrina, também integram o objeto do Direito Internacional Pri-
vado “questões pessoais de interesse internacional, referentes à nacionalidade e à 
condição jurídica do estrangeiro […] cooperação jurídica internacional […] tutelar o 
reconhecimento de direitos adquiridos no exterior”.
Outro aspecto relevante no estudo diz respeito às fontes de Direito Internacio-
nal Privado, a saber:
• Lei (fonte primária): 
− Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB), artigos 7º ao 19; 
− Código de Processo Civil/2015; 
− Lei n. 9.307/1996 (Arbitragem), atualizada pela Lei n. 13.129/2015;
− Regimento Interno do STJ, artigos 216-A a 216-x, os quais tratam de ho-
mologação de sentença estrangeira e da concessão de exequatur às roga-
tórias no STJ; 
− CF/88, quando disciplina a competência para homologação de sentença 
estrangeira; 
− Tratados (destaca-se a Convenção de Direito Internacional Privado – 1928, 
denominada Código Bustamante/Decreto n. 18.871/1929, embora pouco 
aplicado atualmente, devido à incompatibilidade de muitas normas diante 
das situações jurídicas hodiernas).
3 MAZZUOLI, Valério de Oliveira. Curso de Direito Internacional Privado. 2 ed. São Paulo: 
Saraiva, 2017.
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Direito Internacional Privado
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• Instrumentos de soft law;
• Costumes;
• Jurisprudência;
• Doutrina;
• Princípios gerais do Direito (e do Direito Internacional);
• Atos de organizações internacionais.
Segundo Portela (2017, p. 659)4, “os contratos internacionais não são, ainda, con-
siderados fontes de Direito Internacional Privado”.
Os autores costumam diferenciar o Direito Internacional Público do Direito Inter-
nacional Privado. Diante disso, reproduzimos um quadro elaborado pelo professor 
Portela (2017)5, o qual, didático como sempre, elucida as divergências existentes 
entre os ramos citados:
Direito Internacional Público Direito Internacional Privado
Regulação da sociedade internacional Regulação dos conflitos de leis no espaço
Disciplina direta das relações internacionais ou 
das relações internas de interesse internacional
Indicação da norma nacional aplicável a 
um conflito deleis no espaço
Normas de aplicação direta
Normas meramente indicativas do Direito 
aplicável
Regras estabelecidas em normas internacionais
Regras estabelecidas em normas 
internacionais OU internas
Regras de Direito Internacional Público
Regras de Direito Internacional Público ou 
interno
4 PORTELA, Paulo Henrique Gonçalves. Direito Internacional Público e Privado. 9 ed. Salvador: Juspo-
divm, 2017.
5 Idem, p. 50. 
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Direito Internacional Privado
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Em apertada síntese: o Direito Internacional Privado objetiva determinar, diante 
do conflito de leis no espaço, qual norma interna será aplicada. Trata-se de ramo 
que regulamenta situações que trazem dúvidas sobre a lei que incidirá no caso con-
creto, ao envolver conexão internacional. A aplicação de lei nacional é regra geral 
na hipótese de os fatos ocorrerem em território pátrio, embora algumas situações 
suscitem dúvidas, pois o ordenamento de outro país surge com possibilidade de 
aplicação também. A fixação do ordenamento jurídico a ser aplicado é o objeto 
(dentre outros) do Direito Internacional Privado. 
O ordenamento jurídico de cada Estado define o direito a ser aplicado, e os tratados 
também poderão trazer disposições a respeito. Além disso, o juiz poderá, de ofício, 
aplicar a norma estrangeira que determinar a norma a ser aplicada no conflito de 
leis no espaço. 
Feitas essas considerações iniciais, destaca-se que o Direito Internacional Priva-
do possui três tipos de normas:
Indicativa
Definem as normas a serem aplicadas na solução de um conflito de leis no espaço (controvérsia 
com conexão internacional);
Não solucionam o conflito, mas apontam a norma a ser aplicada;
Exemplo: art. 9º da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB), que trazem dis-
posições sobre as obrigações, determinando que serão regidas pela lei do país no qual forem 
constituídas.
Conceitual ou qualificadora
Conceituam institutos encontrados nas legislações.
Direta
Definem conceitos jurídicos.
Exemplo: nacionalidade.
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Direito Internacional Privado
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Além da definição supramencionada, a norma indicativa apresenta a seguinte 
divisão:
OBJETO DE CONEXÃO ELEMENTO DE CONEXÃO
• Trata-se da matéria sobre a qual 
versa a norma.
• Indicará o direito pátrio a ser aplicado;
• Geralmente, a lei nacional indicará, mas o tratado 
também poderá dizer a norma a ser aplicada.
Exemplo: personalidade. Exemplo: domicílio.
Regra: existir um elemento de conexão para cada objeto de conexão.
Já em relação à norma qualificadora, prevalece a lex fori, embora a lei estran-
geira possa produzir efeitos em outro país, quando não violar norma de ordem pú-
blica nele vigente. São teorias relativas à norma conceitual ou qualificadora: 
Qualificação pela lex fori 
(lei de cada Estado)
Qualificação pela lex 
causae
Qualificação por referência
Ordenamento nacional 
conceitua/qualifica.
Lei estrangeira conceitua/
qualifica.
Baseada em conceitos 
que têm autonomia 
e universalidade.
1.1. Elementos de conexão
O estudo dos elementos de conexão (que definem a norma a ser aplicada no 
caso concreto) no ordenamento jurídico brasileiro (lex fori) perpassa, necessaria-
mente, a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB). 
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A partir da referida legislação, são identificados os seguintes elementos:
Lex Domicilli 
(domicílio)
O domicílio é um dos principais elementos de conexão do ordenamento jurídico bra-
sileiro;
O referido elemento orienta que seja aplicada a norma do domicílio de uma das 
partes envolvidas no conflito de leis no espaço;
É usada, geralmente, quando a controvérsia envolve estatuto pessoal, conforme 
evidencia o art. 7º da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB): 
A lei do país em que domiciliada a pessoa determina as regras sobre o 
começo e o fim da personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de 
família. 
A lei do domicílio também é observada em relação ao casamento, nas hipóteses em 
que houver conflito de leis no espaço. Nesse sentido é a regra esculpida no art. 7º, 
§ 1º: 
Realizando-se o casamento no Brasil, será aplicada a lei brasileira quan-
to aos impedimentos dirimentes e às formalidades da celebração. 
Nos moldes do art. 18 da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB), 
brasileiros poderão casar-se no exterior: estrangeiros poderão casar-se no Brasil, 
desde que o casamento ocorra perante autoridades diplomáticas ou consulares do 
país de ambos os nubentes (é o chamando “casamento diplomático ou consular”). É 
a redação do Art. 18 da LINDB: 
Tratando-se de brasileiros, são competentes as autoridades consulares 
brasileiras para lhes celebrar o casamento e os mais atos de Registro 
Civil e de tabelionato, inclusive o registro de nascimento e de óbito dos 
filhos de brasileiro ou brasileira nascido no país da sede do Consulado. 
§ 1º As autoridades consulares brasileiras também poderão celebrar a 
separação consensual e o divórcio consensual de brasileiros, não haven-
do filhos menores ou incapazes do casal e observados os requisitos le-
gais quanto aos prazos, devendo constar da respectiva escritura pública 
as disposições relativas à descrição e à partilha dos bens comuns e à 
pensão alimentícia e, ainda, ao acordo quanto à retomada pelo cônjuge 
de seu nome de solteiro ou à manutenção do nome adotado quando se 
deu o casamento.
§ 2º É indispensável a assistência de advogado, devidamente consti-
tuído, que se dará mediante a subscrição de petição, juntamente com 
ambas as partes, ou com apenas uma delas, caso a outra constitua 
advogado próprio, não se fazendo necessário que a assinatura do advo-
gado conste da escritura pública.
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Outrossim, estrangeiros podem casar-se no Brasil conforme determina o Art. 7º, § 
2º, da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB): 
O casamento de estrangeiros poderá celebrar-se perante autoridades 
diplomáticas ou consulares do país de ambos os nubentes.
No que tange ao regime de bens (legal ou convencional), bem como às hipóteses de 
invalidade matrimonial, será observada a lei do país em que os nubentes são domici-
liados. Se este domicílio for diverso, será aplicada a lei do primeiro domícilio conjugal: 
Art. 7º, § 3º Tendo os nubentes domicílio diverso, regerá os casos de 
invalidade do matrimônio a lei do primeiro domicílio conjugal.
§ 4º O regime de bens, legal ouconvencional, obedece à lei do país em 
que tiverem os nubentes domicílio, e, se este for diverso, a do primeiro 
domicílio conjugal.
A lei do domicílio também será aplicada em relação aos bens móveis trazidos pelo 
proprietário ou que estão em transporte para outra localidade nos termos do Art. 
8º, § 1º, da LINDB: 
Aplicar-se-á a lei do país em que for domiciliado o proprietário, quanto 
aos bens móveis que ele trouxer ou se destinarem a transporte para 
outros lugares.
O Art. 8º, em seu § 2º, disciplina o penhor, que irá regular-se 
[...] pela lei do domicílio que tiver a pessoa, em cuja posse se encontre 
a coisa apenhada.
A lex domicilli também será observada diante da sucessão por morte e da capaci-
dade para suceder, nos termos do Art. 10, e respectivos parágrafos, da LINDB: 
A sucessão por morte ou por ausência obedece à lei do país em que 
domiciliado o defunto ou o desaparecido, qualquer que seja a natureza 
e a situação dos bens.
§ 1º A sucessão de bens de estrangeiros, situados no País, será regula-
da pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, 
ou de quem os represente, sempre que não lhes seja mais favorável a 
lei pessoal do de cujus.
§ 2º A lei do domicílio do herdeiro ou legatário regula a capacidade para 
suceder.
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Lex patriae (nacio-
nalidade)
Aplica-se a norma do Estado do qual a pessoa é nacional diante dos conflitos de lei 
no espaço. 
O referido elemento de conexão é encontrado nos seguintes artigos da Lei de Intro-
dução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB) (já mencionados no item anterior):
Art. 7º, § 2º e Art. 18, § 1º. 
Lex fori
(lei do foro)
Aplica-se a lei do local onde se desenvolve a relação jurídica. 
Portela (2017, p. 175)6 leciona: 
No Brasil, o critério da lex fori aplica-se da seguinte maneira: 
- As normas de Direito Internacional Privado são exatamente aquelas 
em vigor na ex fori; - Aplica-se a lex fori quando o Direito estrangeiro 
não puder ser aplicado ou não for verificável.
6 PORTELA, Paulo Henrique Gonçalves. Direito Internacional e Direitos Humanos. 3 ed. Salvador: Juspo-
divm, 2017.
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Lex rei sitae
(norma do local 
em que está 
o bem em 
conflito)
Elemento que considera a lei do local em que a coisa está situada. Tem previsão 
nos seguintes artigos da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB): 
Art. 8º Para qualificar os bens e regular as relações a eles concernen-
tes, aplicar-se-á a lei do país em que estiverem situados.
Art. 10 A sucessão por morte ou por ausência obedece à lei do país em 
que domiciliado o defunto ou o desaparecido, qualquer que seja a natu-
reza e a situação dos bens.
Art. 12, § 1º Só à autoridade judiciária brasileira compete conhecer das 
ações relativas a imóveis situados no Brasil.
Exceções:
Art. 7º, § 4º O regime de bens, legal ou convencional, obedece à lei do 
país em que tiverem os nubentes domicílio, e, se este for diverso, a do 
primeiro domicílio conjugal.
Art. 8º Para qualificar os bens e regular as relações a eles concernen-
tes, aplicar-se-á a lei do país em que estiverem situados.
§ 1º Aplicar-se-á a lei do país em que for domiciliado o proprietário, 
quanto aos bens móveis que ele trouxer ou se destinarem a transporte 
para outros lugares.
§ 2º O penhor regula-se pela lei do domicílio que tiver a pessoa, em cuja 
posse se encontre a coisa apenhada.
Art. 10 A sucessão por morte ou por ausência obedece à lei do país em 
que domiciliado o defunto ou o desaparecido, qualquer que seja a natu-
reza e a situação dos bens.
§ 1º A sucessão de bens de estrangeiros, situados no País, será regula-
da pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, 
ou de quem os represente, sempre que não lhes seja mais favorável a 
lei pessoal do de cujus.
Ressalte-se que, no caso do art. 10, § 1º, o conflito de leis será resolvido aplicando-se 
a lei mais favorável ao cônjuge ou filhos brasileiros. 
Lex loci delicti 
comissi
(Norma do lugar 
onde foi come-
tido o ato ilícito)
Norma do local em que foi cometido o delito será observada.
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Locus regit 
actum/ lex loci 
contractus
(Norma do local 
em que a obriga-
ção foi contraída)
Trata-se de critério adotado diante de conflitos de leis no espaço que envolvam con-
flitos contratuais e extracontratuais. 
Regra: aplica-se a norma do local em que a obrigação foi contraída. 
Está prevista no Art. 9º da Lei de Introdução às Nomas do Direito Brasileiro (LINDB), 
cuja redação é:
Para qualificar e reger as obrigações, aplicar-se-á a lei do país em que 
se constituírem.
§ 1º Destinando-se a obrigação a ser executada no Brasil e dependendo 
de forma essencial, será esta observada, admitidas as peculiaridades da 
lei estrangeira quanto aos requisitos extrínsecos do ato.
§ 2º A obrigação resultante do contrato reputa-se constituida no lugar 
em que residir o proponente.
Atenção quanto à redação do Art. 9º, § 2º, pois a residência do proponente é com-
preendida como o local em que a proposta foi feita. 
Outro aspecto que merece destaque está relacionado à eficácia executiva de títuto 
executivo extrajudicial no Brasil. A matéria é regida pelo art. 784 do Código de Pro-
cesso Civil de 2015, cuja redação do § 3º estabelece que: 
O título estrangeiro só terá eficácia executiva quando satisfeitos os 
requisitos de formação exigidos pela lei do lugar de sua celebração e 
quando o Brasil for indicado como o lugar de cumprimento da obrigação.
“A forma de testamento também é regida pelo critério locus regit actum” (PORTELA, 
2017, p. 180)7.
Segundo a jurisprudência do TST, os contratos de trabalho executados no exterior 
observarão a norma mais favorável ao trabalhador. 
7 PORTELA, Paulo Henrique Gonçalves. Direito Internacional e Direitos Humanos. 3 ed. Salvador: Juspo-
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Lex Voluntatis 
(Autonomia da 
vontade)
Verifica-se quando as partes podem escolher o ordenamento que será aplicado. 
Não é a regra.
Poderão ou não ser admitidas pela lei do foro. 
Ordem pública é limitador. 
Exemplo: Art. 7º, §5º, da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB):
O estrangeiro casado, que se naturalizar brasileiro, pode, mediante ex-
pressa anuência de seu cônjuge, requerer ao juiz, no ato de entrega do 
decreto de naturalização, se apostile ao mesmo a adoção do regime de 
comunhão parcial de bens, respeitadosos direitos de terceiros e dada 
esta adoção ao competente registro.
Aparece, também, na Lei de Arbitragem (9.307/1996): 
Art. 2º A arbitragem poderá ser de direito ou de equidade, a critério 
das partes.
§ 1º Poderão as partes escolher, livremente, as regras de direito que 
serão aplicadas na arbitragem, desde que não haja violação aos bons 
costumes e à ordem pública.
Não é expressamente reconhecida como elemento de conexão, mas parcela da dou-
trina já indica como tal. 
Lex loci executio-
nis/ lex loci solu-
tionis (norma do 
local de execução 
de um contrato 
ou de uma obri-
gação)
Para alguns, tem identidade com a locus regit actum/ lex loci contractus.
No país, incidirá quando a obrigação for cumprida no Brasil (competência da autori-
dade brasileira) e na execução de contrato de trabalho celebrado em um país, mas 
executado em outro, observada a regra da norma mais favorável ao trabalhador. 
Foram feitas as considerações mais relevantes sobre os elementos de conexão 
no ordenamento jurídico brasileiro, os quais estão previstos, principalmente, na 
Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB). É importante estudá-la, 
pois os assuntos abordados até o momento são cobrados com frequência. Você 
pode ver, nas Questões de Concurso (de 1 a 25), como o tema foi trazido em 
provas anteriores. 
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2. Cooperação Jurídica Internacional
A compreensão do Direito Internacional Privado exige o estudo das regras re-
lativas à cooperação jurídica internacional, as quais se encontram tanto na Lei de 
Introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB), quanto no Código de Processo 
Civil de 2015 (CPC/2015).
Sobre a cooperação jurídica internacional no Código de Processo Civil (CPC/2015), 
interessa ressaltar inicialmente:
Brasil observará na cooperação jurídica 
internacional – Art. 26, CPC/2015
Objeto da cooperação jurídica internacional – 
Art. 27, CPC/2015
I – o respeito às garantias do devido processo 
legal no Estado requerente;
II – a igualdade de tratamento entre nacionais 
e estrangeiros, residentes ou não no Brasil, 
em relação ao acesso à justiça e à tramitação 
dos processos, assegurando-se assistência 
judiciária aos necessitados;
III – a publicidade processual, exceto nas 
hipóteses de sigilo previstas na legislação 
brasileira ou na do Estado requerente;
IV – a existência de autoridade central para 
recepção e transmissão dos pedidos de coo-
peração;
V – a espontaneidade na transmissão de infor-
mações a autoridades estrangeiras.
I – citação, intimação e notificação judicial e extra-
judicial;
II – colheita de provas e obtenção de informações;
III – homologação e cumprimento de decisão;
IV – concessão de medida judicial de urgência;
V – assistência jurídica internacional;
VI – qualquer outra medida judicial ou extrajudicial 
não proibida pela lei brasileira.
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Já os parágrafos do art. 26 (CPC/15) trazem as seguintes regras e apontamentos 
pertinentes:
Redação – parágrafos do art. 26 do CPC/15 Apontamentos
§ 1º Na ausência de tratado, a cooperação jurídica 
internacional poderá realizar-se com base em reci-
procidade, manifestada por via diplomática.
A reciprocidade não é requisito para a 
homologação.
§ 2º Não se exigirá a reciprocidade referida no § 
1º para homologação de sentença estrangeira.
Conforme o salientado em relação ao 
parágrafo anterior.
§ 3º Na cooperação jurídica internacional não será 
admitida a prática de atos que contrariem ou que 
produzam resultados incompatíveis com as normas 
fundamentais que regem o Estado brasileiro.
Isso porque a ordem pública deve ser 
observada e mantida.
§ 4º O Ministério da Justiça exercerá as funções 
de autoridade central na ausência de designação 
específica.
O pedido passivo de cooperação interna-
cional é remetido à autoridade central.
2.1. Provas
O art. 13 da LINDB traz regra relativa aos fatos ocorridos no exterior a serem 
comprovados em relação processual. Nos termos do referido dispositivo legal:
A prova dos fatos ocorridos em um país estrangeiro rege-se por lei que nele vigorar, 
quanto ao ônus e aos meios de produzir-se, não admitindo os tribunais brasileiros pro-
vas que a lei brasileira desconheça. 
Infere-se, portanto, no que tange à prova de fatos ocorridos no exterior que: 
Ônus da prova e meios de produção de 
provas no exterior
Provas que a lei brasileira não tenha 
conhecimento
Regidos por lei estrangeira Não serão admitidas nos tribunais nacionais
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2.2. Homologação de sentença estrangeira
Em relação à cooperação internacional, outro assunto de suma relevância é a 
homologação de sentença estrangeira, a qual é feita pelo Superior Tribunal de Jus-
tiça (STJ), mediante juízo de delibação (concentrado), sem apreciar o mérito, pois 
verifica somente os aspectos formais. 
Trata-se de etapa necessária para que decisão judicial proferida em outro Esta-
do produza efeitos no Brasil, salvo disposição diversa em lei ou tratado, consoante 
redação do art. 961 do CPC/15:
A decisão estrangeira somente terá eficácia no Brasil após a homologação de sentença 
estrangeira ou a concessão do exequatur às cartas rogatórias, salvo disposição em sen-
tido contrário de lei ou tratado.
Nos termos do art. 15 da LINDB:
Será executada no Brasil a sentença proferida no estrangeiro, que reúna os seguintes 
requisitos: 
a) haver sido proferida por juiz competente; 
b) terem sido as partes citadas ou haver-se legalmente verificado à revelia; 
c) ter passado em julgado e estar revestida das formalidades necessárias para a execu-
ção no lugar em que foi proferida; 
d) estar traduzida por intérprete autorizado; 
e) ter sido homologada pelo Supremo Tribunal Federal.8
E o art. 17 da LINDB estabelece que:
As leis, atos e sentenças de outro país, bem como quaisquer declarações de vontade, 
não terão eficácia no Brasil, quando ofenderem a soberania nacional, a ordem pública e 
os bons costumes.
8 Art. 105, I, “i”, da CF/88 fixa a competência para o STJ.
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No mesmo sentido das regras esculpidas na LINDB, o Código de Processo Civil 
de 2015 (art. 963), bem como Regimento Interno do STJ, determinam que
Constituem requisitos indispensáveis à homologação da decisão: 
I – ser proferida por autoridade competente; 
II – ser precedida de citação regular, ainda que verificada a revelia; 
III – ser eficaz no paísem que foi proferida; 
IV – não ofender a coisa julgada brasileira; 
V – estar acompanhada de tradução oficial, salvo disposição que a dispense prevista em 
tratado; VI - não conter manifesta ofensa à ordem pública. (grifo nosso)
Não são requisitos para homolgação: pedido de Estado estrangeiro e reciprocidade 
quanto ao reconhecimento de sentença pátria no exterior. 
Retomando a redação do art. 961 do CPC/2015, insta salientar que:
§ 1º É passível de homologação a decisão judicial definitiva, bem como a decisão não 
judicial que, pela lei brasileira, teria natureza jurisdicional.
Homologação parcial (possibilidade): 
§ 2º A decisão estrangeira poderá ser homologada parcialmente.
Deferimento de pedidos de urgência/atos de execução provisória:
§ 3º A autoridade judiciária brasileira poderá deferir pedidos de urgência e realizar atos 
de execução provisória no processo de homologação de decisão estrangeira.
Fins de execução fiscal: 
§ 4º Haverá homologação de decisão estrangeira para fins de execução fiscal quan-
do prevista em tratado ou em promessa de reciprocidade apresentada à autoridade 
brasileira.
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Produção de efeitos independente de homologação: 
§ 5º A sentença estrangeira de divórcio consensual produz efeitos no Brasil, indepen-
dentemente de homologação pelo Superior Tribunal de Justiça.
Competência quando a produção de efeitos independe de homologação: 
§ 6º Na hipótese do § 5º, competirá a qualquer juiz examinar a validade da decisão, em 
caráter principal ou incidental, quando essa questão for suscitada em processo de sua 
competência.
Aos juízes federais de primeira instância compete a execução de sentença es-
trangeira homologada pelo STJ, consoante o art. 109, X, da CF/88. Ademais, duas 
situações merecem diferenciação:
Pendência de causa perante a jurisdição 
do Brasil 
Não impede homologação.
Sentença estrangeira sobre casos de competência 
EXCLUSIVA de juiz nacional
Não será homologada.
O STJ também homologa sentenças arbitrais internacionais.
2.3. Cartas rogatórias
Segundo Portela (2017, p. 191)9, trata-se
[…] de ferramenta do cooperação jurídica internacional que consiste no pedido feito 
pelo juiz de um Estado ao Judiciário de outro ente estatal, com o intuito de obter 
a colaboração deste para a prática de certos atos processuais.
9 PORTELA, Paulo Henrique Gonçalves. Direito Internacional e Direitos Humanos. 3 ed. Salvador: Juspo-
divm, 2017. 
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O auxílio processual é buscado por meio das cartas rogatórias a fim de que pro-
vas sejam produzidas, intimações realizadas, bem como outros atos processuais 
sejam efetivados. 
Compete ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), nos termos do art.105, I, “i” da 
Constituição Federal de 1988, a concessão de exequatur às cartas rogatórias. Há 
dois tipos de cartas rogatórias: 
ATIVAS PASSIVAS
Expedidas/enviadas por autoridade brasileira Recebidas pela autoridade brasileira
Haverá juízo de delibação, ou seja, verificação de aspectos formais, salvo em 
relação à ordem pública, bons costumes e soberania nacional, que, se inobserva-
dos, impedirão o exequatur. 
Competência exclusiva do Poder Judiciário impede o exequatur. 
Acerca do tema, estipula o art. 12, § 2o da LINDB: 
A autoridade judiciária brasileira cumprirá, concedido o exequatur e segundo a forma 
estabelecida pele lei brasileira, as diligências deprecadas por autoridade estrangeira 
competente, observando a lei desta, quanto ao objeto das diligências.
As exigências para cumprimento, cuja competência é da Justiça Federal de primei-
ra instâncias, de cartas rogatórias estão previstas nos seguintes dispositivos legais:
Art. 962, CPC: É passível de execução a decisão estrangeira concessiva de medida de 
urgência. 
§ 1º A execução no Brasil de decisão interlocutória estrangeira concessiva de medida de 
urgência dar-se-á por carta rogatória. 
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§ 2º A medida de urgência concedida sem audiência do réu poderá ser executada, desde 
que garantido o contraditório em momento posterior. § 3º O juízo sobre a urgência da me-
dida compete exclusivamente à autoridade jurisdicional prolatora da decisão estrangeira. 
§ 4º Quando dispensada a homologação para que a sentença estrangeira produza efeitos 
no Brasil, a decisão concessiva de medida de urgência dependerá, para produzir efeitos, 
de ter sua validade expressamente reconhecida pelo juiz competente para dar-lhe cum-
primento, dispensada a homologação pelo Superior Tribunal de Justiça.
Art. 963. Constituem requisitos indispensáveis à homologação da decisão: 
I – ser proferida por autoridade competente; 
II – ser precedida de citação regular, ainda que verificada a revelia;
III – ser eficaz no país em que foi proferida; 
IV – não ofender a coisa julgada brasileira; 
V – estar acompanhada de tradução oficial, salvo disposição que a dispense prevista em 
tratado; 
VI – não conter manifesta ofensa à ordem pública. 
Parágrafo único. Para a concessão do exequatur às cartas rogatórias, observar-se-ão os 
pressupostos previstos no caput deste artigo e no art. 962, § 2º.
Salvo disposição contrária de lei ou de tratado, a rogatória estrangeira somente 
será cumprida após concessão do exequatur. 
Esse procedimento perante o STJ é entendido como de jurisdição contenciosa. 
Assim, é preciso observar o contraditório e ampla defesa:
Art. 36, CPC: O procedimento da carta rogatória perante o Superior Tribunal de Justiça 
é de jurisdição contenciosa e deve assegurar às partes as garantias do devido processo 
legal. 
§ 1º A defesa restringir-se-á à discussão quanto ao atendimento dos requisitos para que 
o pronunciamento judicial estrangeiro produza efeitos no Brasil. 
§ 2º Em qualquer hipótese, é vedada a revisão do mérito do pronunciamento judicial 
estrangeiro pela autoridade judiciária brasileira.
Além das regras do CPC/2015, observa-se o Código de Bustamante. 
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2.4. Auxílio direto
Encontra-se disciplinar nos artigos 28 a 34 do Código de Processo Civil de 2015:
Conceito legal: 
Art. 28. Cabe auxílio direto quando a medida não decorrer diretamente de decisão de 
autoridade jurisdicional estrangeira a ser submetida a juízo de delibação no Brasil.
Art. 29. A solicitação de auxílio direto será encaminhada pelo órgão estrangeiro inte-
ressado à autoridade central, cabendo ao Estado requerente assegurar a autenticidadee a clareza do pedido.
Objetos do auxílio direto: 
Art. 30. Além dos casos previstos em tratados de que o Brasil faz parte, o auxílio direto 
terá os seguintes objetos:
I – obtenção e prestação de informações sobre o ordenamento jurídico e sobre proces-
sos administrativos ou jurisdicionais findos ou em curso; 
II – colheita de provas, salvo se a medida for adotada em processo, em curso no estran-
geiro, de competência exclusiva de autoridade judiciária brasileira; 
III – qualquer outra medida judicial ou extrajudicial não proibida pela lei brasileira.
Art. 31. A autoridade central brasileira comunicar-se-á diretamente com suas congê-
neres e, se necessário, com outros órgãos estrangeiros responsáveis pela tramitação e 
pela execução de pedidos de cooperação enviados e recebidos pelo Estado brasileiro, 
respeitadas disposições específicas constantes de tratado.
Art. 32. No caso de auxílio direto para a prática de atos que, segundo a lei brasileira, 
não necessitem de prestação jurisdicional, a autoridade central adotará as providências 
necessárias para seu cumprimento.
Art. 33. Recebido o pedido de auxílio direto passivo, a autoridade central o encaminha-
rá à Advocacia-Geral da União, que requererá em juízo a medida solicitada.
Parágrafo único. O Ministério Público requererá em juízo a medida solicitada quando for 
autoridade central.
Art. 34. Compete ao juízo federal do lugar em que deva ser executada a medida apre-
ciar pedido de auxílio direto passivo que demande prestação de atividade jurisdicional.
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2.5. Arbitragem
Trata-se de meio extrajudicial de solução de conflitos, que possui grande aplica-
bilidade no âmbito do comércio internacional. Rege-se no direito pátrio pela Lei n. 
9.307/96, podendo ser invocada por pessoas físicas e jurídicas. 
Pode ser:
De direito De equidade
Árbitro aplicará norma jurídica. Direito considerado no caso concreto.
A critério das partes.
Autonomia da vontade.
A adoção da arbitragem poderá decorrer:
Cláusula compromissória Compromisso arbitral
Prevista em contrato Posterior ao litígio
Diante de cláusula arbitral ou de compromisso arbitral, o juiz proferirá sentença terminativa, 
sem resolução de mérito, pois quando a controvérsia é sujeita à arbitragem, o Poder Judiciário 
não atua perante a controvérsia.
As sentenças ou laudos arbitrais são as decisões dos árbitros. Produzem efeitos 
e são títulos executivos judiciais.
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2.6. Competência Internacional
Perante a competência internacional, há a seguinte divisão:
Concorrente (não afasta a competência 
da Justiça estrangeira)
Exclusiva (afasta a competência da Justiça 
estrangeira)
Art. 21. Compete à autoridade judiciária bra-
sileira processar e julgar as ações em que:
I – o réu, qualquer que seja a sua nacionali-
dade, estiver domiciliado no Brasil;
II – no Brasil tiver de ser cumprida a obriga-
ção;
III – o fundamento seja fato ocorrido ou ato 
praticado no Brasil.
Parágrafo único. Para o fim do disposto no 
inciso I, considera-se domiciliada no Brasil 
a pessoa jurídica estrangeira que nele tiver 
agência, filial ou sucursal.
Art. 23. Compete à autoridade judiciária brasileira, 
com exclusão de qualquer outra:
I – conhecer de ações relativas a imóveis situados 
no Brasil;
II – em matéria de sucessão hereditária, proceder à 
confirmação de testamento particular e ao inventário 
e à partilha de bens situados no Brasil, ainda que o 
autor da herança seja de nacionalidade estrangeira ou 
tenha domicílio fora do território nacional;
III – em divórcio, separação judicial ou dissolução 
de união estável, proceder à partilha de bens situa-
dos no Brasil, ainda que o titular seja de nacionali-
dade estrangeira ou tenha domicílio fora do território 
nacional.
Art. 22. Compete, ainda, à autoridade judiciá-
ria brasileira processar e julgar as ações:
I – de alimentos, quando:
a) o credor tiver domicílio ou residência no 
Brasil;
b) o réu mantiver vínculos no Brasil, tais como 
posse ou propriedade de bens, recebimento de 
renda ou obtenção de benefícios econômicos;
II – decorrentes de relações de consumo, 
quando o consumidor tiver domicílio ou resi-
dência no Brasil;
III – em que as partes, expressa ou tacita-
mente, se submeterem à jurisdição nacional.
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Art. 12, LINDB - É competente a autoridade 
judiciária brasileira, quando for o réu domici-
liado no Brasil ou aqui tiver de ser cumprida a 
obrigação.
Art. 12. É competente a autoridade judiciária brasi-
leira, quando for o réu domiciliado no Brasil ou aqui 
tiver de ser cumprida a obrigação.
§ 1º Só à autoridade judiciária brasileira compete 
conhecer das ações relativas a imóveis situados no 
Brasil.
Art. 24. A ação proposta perante tribunal 
estrangeiro não induz litispendência e não 
obsta a que a autoridade judiciária brasileira 
conheça da mesma causa e das que lhe são 
conexas, ressalvadas as disposições em con-
trário de tratados internacionais e acordos 
bilaterais em vigor no Brasil.
Parágrafo único. A pendência de causa perante 
a jurisdição brasileira não impede a homolo-
gação de sentença judicial estrangeira quando 
exigida para produzir efeitos no Brasil.
Impede-se a homologação de sentença que examina 
competência exclusiva brasileira.
Art. 25, CPC: 
Não compete à autoridade judiciária brasileira o processamento e o julgamento da ação 
quando houver cláusula de eleição de foro exclusivo estrangeiro em contrato internacio-
nal, arguida pelo réu na contestação.
Não se elege foro quando a competência internacional for exclusiva da autoridade 
judiciária brasileira. 
2.7. Sequestro internacional de crianças e prestação de 
alimentos no exterior
O sequestro internacional de crianças e a prestação de alimentos no exterior são 
temas que costumam aparecer nas provas. Por isso, a seguir, são feitos algumas 
considerações relevantes sobre os referidos assuntos. 
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A respeito do sequestro internacional de crianças, interessa destacar:
Sequestrador: pai ou mãe que retira (remove), de modo ilícito, a criança que sairá de sua resi-
dência habitual para outro país. 
Regras a serem observadas: Convenção de Haia sobre o Sequestro Internacional de Crianças.
Aplicação da Convenção: diante de casos em que o direito de guarda ou de visita é violado. 
Aplicação cessa quando a criança completa 16 anos. 
Autoridade central no Brasil: SecretariaNacional de Direitos Humanos (Presidência da República).
Autoridades centrais: cooperam entre si. Em caso de dificuldade nesse sentido: Advocacia-Geral 
da União (AGU) ajuiza ação judicial na Justiça Federal.
Princípio do interesse superior (melhor) do menor.
Transferência ou retenção ilícita: determina-se o retorno imediato. 
Artigos importantes: 
Artigo 12 - Quando uma criança tiver sido ilicitamente transferida ou retida, nos termos do Artigo 
3, e tenha decorrido um período de menos de 1 ano entre a data da transferência ou da retenção 
indevidas e a data do início do processo perante a autoridade judicial ou administrativa do Estado 
Contratante onde a criança se encontrar, a autoridade respectiva deverá ordenar o retomo ime-
diato da criança.
A autoridade judicial ou administrativa respectiva, mesmo após expirado o período de uma ano 
referido no parágrafo anterior, deverá ordenar o retorno da criança, salvo quando for provado que 
a criança já se encontra integrada no seu novo meio.
Quando a autoridade judicial ou administrativa do Estado requerido tiver razões para crer que a 
criança tenha sido levada para outro Estado, poderá suspender o processo ou rejeitar o pedido 
para o retomo da criança.
Artigo 13 - Sem prejuízo das disposições contidas no Artigo anterior, a autoridade judicial ou 
administrativa do Estado requerido não é obrigada a ordenar o retorno da criança se a pessoa, 
instiuição ou organismo que se oponha a seu retorno provar: 
a) que a pessoa, instituição ou organismo que tinha a seu cuidado a pessoa da criança não exer-
cia efetivamente o direito de guarda na época da transferência ou da retenção, ou que havia con-
sentido ou concordado posteriormente com esta transferência ou retenção; ou 
b) que existe um risco grave de a criança, no seu retorno, ficar sujeita a perigos de ordem fisica 
ou psíquica, ou, de qualquer outro modo, ficar numa situação intolerável.
A autoridade judicial ou administrativa pode também recusar-se a ordenar o e retorno da criança 
se verificar que esta se opõe a ele, e que a criança atingiu já idade e grau de maturidade tais que 
seja apropriado levar em consideração as suas opiniões sobre o assunto. Ao apreciar as circuns-
tâncias referidas neste Artigo, as autoridades judiciais ou administrativas deverão tomar em con-
sideração as informações relativas à sittuação social da criança, fornecidas pela Autoridade Cen-
tral ou por qualquer outra autoridade competente do Estado de residência habitual da criança.
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No que diz respeito aos alimentos, importa salientar: 
Regras: Convenção de Nova Iorque.
Autoridades remetentes: enviam pedidos de alimentos para outros Estados.
Instituições Intermediárias: recebem os pedidos de alimentos emanados de outros Estados. 
Procuradoria-Geral da República faz os dois papéis no Brasil. 
Lei do Estado demandado – será observada. Utiliza-se de carta rogatória para instruir a ação. Se 
executada em 4 (quatro) meses a contar do recebimento pela autoridade requerida, a autoridade 
requerente deverá ser informada sobre os motivos do atraso ou da falta de execução. Embora 
possível, é rara a negativa de execução da rogatória. 
Aplicação da Convenção: é preciso que ambos observem o documento internacional. 
Princípio da reciprocidade: art. 18. 
Princípio da complementariedade: meios jurídicos existentes, tanto no direito interno quanto no 
internacional, complementam a Convenção. 
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RESUMO
1. Conceito e Noções Gerais
• O Direito Internacional Privado:
− É ramo de direito interno;
− Regula relações no espaço;
− Estabelece a norma a ser aplicada nos casos de conexão internacional;
− Objeto: fixar a regra jurídica ser aplicada no caso concreto;
− Traz exceção ao princípio da territorialidade;
− Possui 3 tipos de normas: indicativa (menciona o direito aplicável), concei-
tual ou qualificadora (apresenta preceitos), e diretas (princípios e regras);
− A norma indicativa é divida em objeto de conexão (matéria abordada pela 
norma) e elemento de conexão (diz o direito a ser aplicado na norma);
− O elemento de conexão é indicado na norma (nacional ou internacional);
− No Brasil, a Lei de Introdução às Normas do Direito é de suma relevância, 
inclusive por apresentar diversos elementos de conexão, a saber:
 ◦ Lex domicilii (domicílio);
 ◦ Lex patriae (nacionalidade);
 ◦ Lex fori (lei do foro);
 ◦ Lex rei sitae (norma do lugar em que está situado o bem);
 ◦ Lex loci delicti comissi (norma do lugar em que o ato ilícito foi cometido);
 ◦ Lex loci executionis/lex loci solutionis (norma do lugar de execução de 
um contrato/obrigação);
 ◦ Locus regit actum/Lex loci contractus (norma do lugar em que a obrigação 
é constituída);
 ◦ Lex voluntatis (autonomia da vontade). 
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Ainda sobre a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB), é impor-
tante salientar que “direitos adquiridos em um Estado poderão ser reconhecidos 
em outro, desde que não violem a ordem pública deste último” (PORTELA, 2017, 
p. 172)10.
2. Cooperação Jurídica Internacional
• A cooperação internacional observa regramento previsto no CPC/2015;
• Artigos 26 e 41, ambos do CPC/2015, trazem regras basilares de cooperação 
internacional;
• Além da legislação interna, a cooperação também é regulada por tratados 
internacionais, caso existam;
• A cooperação internacional poderá ocorrer por reciprocidade;
• Reciprocidade não é requisito para homologação de sentença;
• Pedidos de cooperação internacional são encaminhados à autoridade central, 
conforme o Estado e a situação;
• O objeto da cooperação internacional está previsto no art. 27 do CPC/2015;
• O STJ homologará sentenças estrangeiras, salvo se versarem a respeito de 
tema cuja competência exclusiva é da justiça brasileira;
• A homologação é realizada pelo STJ mediante juízo de delibação: verifica for-
malidades, e não o mérito. 
10 PORTELA, Paulo Henrique Gonçalves. Direito Internacional e Direitos Humanos. 3 ed. Salvador: Juspo-
divm, 2017.
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• Compete à Justiça Federal de Primeira instância a execução das sentenças 
homologadas;
• Sentença de divórcio consensual produz efeitos independentemente de ho-
mologação;
• É possível homologação parcial;
• A carta rogatória objetiva realizar ato processual no exterior. Exequatur com-
pete ao STJ. Trata-se de jurisdiçãocontenciosa. 
• O auxílio direto também está relacionado à cooperação internacional. Previ-
são: artigos 28 a 34 do CPC/2015;
• Convenção de Haia (aspectos civis sobre o sequestro internacional de crian-
ças): um dos temas relevantes de Direito Internacional Privado. Não se aplica 
ao maior de 16 anos. 
• Alimentos no exterior: dentre as normas internacionais a respeito, destaca-se 
a Convenção de Nova Iorque sobre Prestação de Alimentos no Estrangeiro.
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QUESTÕES DE CONCURSO
Questão 1 QUESTÃO (FGV/EXAME DE ORDEM UNIFICADO XXXI/OAB/2020) Em 
função do incremento nas atividades de transporte aéreo no Brasil, a sociedade 
empresária Fast Plane, sediada no país, resolveu adquirir helicópteros de última ge-
ração da pessoa jurídica holandesa Nederland Air Transport, que ficou responsável 
pela fabricação, montagem e envio da mercadoria. O contrato de compra e venda 
restou celebrado, presencialmente, nos Estados Unidos da América, restando ajus-
tado que o cumprimento da obrigação se dará no Brasil. No momento de receber 
as aeronaves, contudo, a adquirente verificou que o produto enviado era diverso 
do apontado no instrumento contratual. Decidiu a sociedade empresária Fast Plane, 
então, buscar auxílio jurídico para resolver a questão, inclusive para a propositura 
de eventual ação, caso não haja solução consensual.
Considerando-se o enunciado acima, aplicando-se a Lei de Introdução às Normas 
do Direito Brasileiro (Decreto-lei n° 4.657/42) e o Código de Processo Civil, assi-
nale a afirmativa correta.
a) A lei aplicável na solução da questão é a holandesa, em razão do local de fabri-
cação e montagem das aeronaves adquiridas.
b) A autoridade judiciária brasileira será competente para processar e julgar even-
tual ação proposta pela Fast Plane, mesmo se estabelecida cláusula de eleição de 
foro exclusivo estrangeiro, em razão do princípio da inafastabilidade da jurisdição.
c) A autoridade judiciária brasileira tem competência exclusiva para processar e 
julgar eventual ação a ser proposta pela Fast Plane para resolver a questão.
d) A autoridade judiciária brasileira tem competência concorrente para processar e 
julgar eventual ação a ser proposta pela Fast Plane para resolver a questão.
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Questão 2 (FGV/V EXAME DE ORDEM UNIFICADO/OAB/2011) Em janeiro de 
2003, Martin e Clarisse Green, cidadãos britânicos domiciliados no Rio de Janei-
ro, casam-se no Consulado-Geral britânico, localizado na Praia do Flamengo. Em 
meados de 2010, decidem se divorciar. Na ausência de um pacto antenupcial, 
Clarisse requer, em petição à Vara de Família do Rio de Janeiro, metade dos bens 
adquiridos pelo casal desde a celebração do matrimônio, alegando que o regi-
me legal vigente no Brasil é o da comunhão parcial de bens. Martin, no entanto, 
contesta a pretensão de Clarisse, argumentando que o casamento foi realizado 
no consulado britânico e que, portanto, deve ser aplicado o regime legal de bens 
vigente no Reino Unido, que lhe é mais favorável. Com base no caso hipotético 
acima e nos termos da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, assinale 
a alternativa correta. 
a) O juiz brasileiro não poderá conhecer e julgar a lide, pois o casamento não foi 
realizado perante a autoridade competente.
b) Clarisse tem razão em sua demanda, pois o regime de bens é regido pela lex 
domicilli dos nubentes e, ao tempo do casamento, ambos eram domiciliados no 
Brasil.
c) Martin tem razão em sua contestação, pois o regime de bens se rege pela lei 
do local da celebração (lex loci celebrationis), e o casamento foi celebrado no 
consulado britânico.
d) O regime de bens obedecerá à lex domicilli dos cônjuges quanto aos bens mó-
veis e à lex rei sitae (ou seja, a lei do lugar onde estão) quanto aos bens imóveis, 
se houver.
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Questão 3 (FGV/VI EXAME DE ORDEM UNIFICADO/OAB/2012) Tício, espanhol, 
era casado com Tácita, brasileira. Os cônjuges eram domiciliados no Brasil. Tício 
possuía uma filha adotiva espanhola, cujo nome é Mévia, e que residia com o pai. 
Em razão de um grave acidente na Argentina, Tício faleceu. O de cujus era pro-
prietário de dois bens imóveis em Barcelona e um bem imóvel no Rio de Janeiro. 
Diante da situação exposta, à luz das regras de Direito Internacional Privado vei-
culadas na Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB) e do Código 
de Processo Civil Brasileiro (CPC), assinale a assertiva correta.
a) Ainda que a lei espanhola não conceda direitos sucessórios à filha adotiva, po-
derá ela habilitar-se na ação de inventário ajuizada pelo cônjuge supérstite, no 
Brasil, regendo-se a sucessão pela lei brasileira, que não faz qualquer distinção 
entre filhos naturais e adotivos.
b) A capacidade de suceder da filha é regulada pela legislação espanhola.
c) A ação de inventário e partilha de todos os bens é de competência exclusiva do 
Poder Judiciário Brasileiro, já que o de cujus era domiciliado no Brasil.
d) Se o de cujus houvesse deixado bens imóveis somente na Espanha, a sucessão 
seria regida pela lei espanhola.
Questão 4 (FGV/X EXAME DE ORDEM UNIFICADO/OAB/2012) (ADAPTADA) A res-
peito dos elementos de conexão no Brasil, assinale a afirmativa correta. 
a) A lei da nacionalidade da pessoa determina as regras sobre o começo e o fim 
da personalidade.
b) A Lex loci executionis é aplicável aos contratos de trabalho, os quais, ainda 
que tenham sido celebrados no exterior, são regidos pela norma mais favorável ao 
trabalhador. 
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c) A norma do país em que é domiciliada a vítima aplica-se aos casos de responsa-
bilidade por ato ilícito extracontratual.
d) O elemento de conexão Lex loci executionis ou Lex loci solutionis é o critério 
aplicável, como regra geral, para qualificar e reger as obrigações.
Questão 5 (FGV/XX EXAME DE ORDEM UNIFICADO/OAB/2016) Em 2013, uma 
empresa de consultoria brasileira assina, na cidade de Londres, Reino Unido, con-
trato de prestação de serviços com uma empresa local. As contratantes elegem o 
foro da comarca do Rio de Janeiro para dirimir eventuais dúvidas, com a exclusão 
de qualquer outro. Dois anos depois, as partes se desentendem quanto aos critérios 
técnicos previstos no contrato e não conseguem chegar a uma solução amigável. 
A empresa de consultoria brasileiradecide, então, ajuizar uma ação no Tribunal de 
Justiça do Estado do Rio de Janeiro para rescindir o contrato. Com relação ao caso 
narrado acima, assinale a afirmativa correta.
a) O juiz brasileiro poderá conhecer e julgar a lide, mas deverá basear sua decisão 
na legislação brasileira, pois um juiz brasileiro não pode ser obrigado a aplicar leis 
estrangeiras.
b) O Poder Judiciário brasileiro não é competente para conhecer e julgar a lide, pois 
o foro para dirimir questões em matéria contratual é necessariamente o do local em 
que o contrato foi assinado.
c) O juiz brasileiro poderá conhecer e julgar a lide, mas deverá basear sua decisão 
na legislação do Reino Unido, pois os contratos se regem pela lei do local de sua 
assinatura.
d) O juiz brasileiro poderá conhecer e julgar a lide, mas deverá se basear na le-
gislação brasileira, pois, a litígios envolvendo brasileiros e estrangeiros, aplica-se 
a lex fori.
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Questão 6 (FGV/XVII EXAME DE ORDEM UNIFICADO/OAB/2015) A sociedade em-
presária brasileira do ramo de comunicação, Personalidades, celebrou contrato de 
empresária brasileira internacional de prestação de serviços de informática, no 
Brasil, com a sociedade empresária uruguaia Sacramento. O contrato foi celebrado 
em Caracas, capital venezuelana, tendo sido estabelecido pelas partes, como foro 
de eleição, Montevidéu. Diante da situação exposta, à luz das regras do Direito In-
ternacional Privado veiculadas na Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro 
(LINDB) e no Código de Processo Civil, assinale a afirmativa correta. 
a) No tocante à regência das obrigações previstas no contrato, aplica-se a legisla-
ção uruguaia, já que Montevidéu foi eleito o foro competente para se dirimir even-
tual controvérsia.
b) Para qualificar e reger as obrigações do presente contrato, aplicar-se-á a lei ve-
nezuelana.
c) Como a execução da obrigação avençada entre as partes se dará no Brasil, 
aplica-se, obrigatoriamente, no tocante ao cumprimento do contrato, a legislação 
brasileira.
d) A Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro veda expressamente o foro 
de eleição, razão pela qual é nula ipse jure a cláusula estabelecida pelas partes 
nesse sentido.
Questão 7 (FGV/VI EXAME DE ORDEM UNIFICADO/OAB/2012) A sociedade em-
presária do ramo de comunicações A Notícia Brasileira, com sede no Brasil, cele-
brou contrato internacional de prestação de serviços de informática com a socieda-
de empresária Santiago Info, com sede em Santiago. O contrato foi celebrado em 
Buenos Aires, capital argentina, tendo sido estabelecido como foro de eleição pelas 
partes Santiago, se porventura houver a necessidade de resolução de litígio entre 
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as partes. Diante da situação exposta, à luz das regras de Direito Internacional 
Privado veiculadas na Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB) 
e no estatuto processual civil pátrio (Código de Processo Civil – CPC), assinale a 
alternativa correta. 
a) No tocante à regência das obrigações previstas no contrato, aplica-se a legisla-
ção chilena, já que Santiago foi eleito o foro competente para se dirimir eventual 
controvérsia.
b) Nos contratos internacionais, a lei que rege a capacidade das partes pode ser 
diversa da que rege o contrato. É o que se verifica no caso exposto acima.
c) Como a execução da obrigação avençada entre as partes se dará no Brasil, 
aplica-se, obrigatoriamente, no tocante ao cumprimento do contrato, a legislação 
brasileira.
d) A Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro veda expressamente o foro 
de eleição, razão pela qual é nula ipso jure a cláusula estabelecida pelas partes 
nesse sentido. 
Questão 8 (FGV/VI EXAME DE ORDEM UNIFICADO/OAB/2012) Uma sociedade 
brasileira, sediada no Rio de Janeiro, resolveu contratar uma sociedade americana, 
sediada em Nova York, para realizar um estudo que lhe permitisse expandir suas 
atividades no exterior, para poder vender seus produtos no mercado americano. 
Depois de várias negociações, o representante da sociedade americana veio ao 
Brasil, e o contrato de prestação de serviços foi assinado no Rio de Janeiro. Não 
há no contrato uma cláusula de lei aplicável, mas alguns princípios do UNIDROIT 
foram incorporados ao texto final. Por esse contrato, o estudo deveria ser entregue 
em seis meses. No entanto, apesar da intensa troca de informações, passados 10 
meses, o contrato não foi cumprido. A sociedade brasileira ajuizou uma ação no 
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Brasil, invocando a cláusula penal do contrato, que previa um desconto de 10% no 
preço total do serviço por cada mês de atraso. A sociedade americana, na sua con-
testação, alegou que a cláusula era inválida segundo o direito americano. Conforme 
a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, qual é a lei material que o juiz 
deverá aplicar para solucionar a causa?
a) A lei brasileira, pois o contrato foi firmado no Brasil.
b) A lei americana, pois o réu é domiciliado nos Estados Unidos.
c) Os princípios do UNIDROIT, porque muitas cláusulas foram inspiradas nessa le-
gislação.
d) A Lex Mercatoria, porque o que rege o contrato internacional é a prática inter-
nacional.
Questão 9 (FGV/XV EXAME DE ORDEM UNIFICADO/OAB/2014) Túlio, brasileiro, é 
casado com Alexia, de nacionalidade sueca, estando o casal domiciliado no Brasil. 
Durante um cruzeiro marítimo, na Grécia, ela, após a ceia, veio a falecer em ra-
zão de uma intoxicação alimentar. Alexia, quando ainda era noiva de Túlio, havia 
realizado um testamento em Lisboa, dispondo sobre os seus bens, entre eles, três 
apartamentos situados no Rio de Janeiro. À luz das regras de Direito Internacional 
Privado, assinale afirmativa correta.
a) Se houver discussão acerca da validade do testamento, no que diz respeito à ob-
servância das formalidades, deverá ser aplicada a legislação brasileira, pois Alexia 
encontrava se domiciliada no Brasil.
b) Se houver discussão acerca da validade do testamento, no que diz respeito à 
observância das formalidades, deverá ser aplicada a legislação portuguesa, local 
em que foi realizado o ato de disposição da última vontade de Alexia.
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c) A autoridade judiciária brasileira não é competente para proceder ao inventário 
e à partilha de bens, porquanto Alexia faleceuna Grécia, e não no Brasil.
d) Se houver discussão acerca do regime sucessório, deverá ser aplicada a legisla-
ção sueca, em razão da nacionalidade do de cujus.
Questão 10 (FGV/IX EXAME DE ORDEM UNIFICADO/OAB/2012) José, de naciona-
lidade brasileira, era casado com Maria, de nacionalidade sueca, encontrando-se o 
casal domiciliado no Brasil. Durante a viagem de “lua de mel”, na França, Maria, 
após o jantar, veio a falecer, em razão de uma intoxicação alimentar. Maria, quando 
ainda era noiva de José, havia realizado testamento em Londres, dispondo sobre os 
seus bens, entre eles dois imóveis situados no Rio de Janeiro. À luz das regras de 
Direito Internacional Privado, assinale a afirmativa correta. 
a) Se houver discussão acerca da validade do testamento, no que diz respeito à ob-
servância das formalidades, deverá ser aplicada a legislação brasileira, pois Maria 
encontrava-se domiciliada no Brasil.
b) Se houver discussão acerca da validade do testamento, no que diz respeito à 
observância das formalidades, deverá ser aplicada a legislação inglesa, local em 
que foi realizado o ato de disposição de última vontade de Maria.
c) A autoridade judiciária brasileira não é competente para proceder ao inventário 
e à partilha de bens, porquanto Maria faleceu na França, e não no Brasil.
d) Se houver discussão acerca do regime sucessório, deverá ser aplicada a legisla-
ção sueca, em razão da nacionalidade do de cujus.
Questão 11 (FGV/VI EXAME DE ORDEM UNIFICADO/OAB/2012) Arnaldo Butti, ci-
dadão brasileiro, falece em Roma, Itália, local onde residia e tinha domicílio. Em 
seu testamento, firmado em sua residência poucos dias antes de sua morte, Butti, 
que não tinha herdeiros naturais, deixou um imóvel localizado na Avenida Atlântica, 
na cidade do Rio de Janeiro, para Júlia, neta de sua enfermeira, que vive no Brasil. 
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Inconformada com a partilha, Fernanda, brasileira, sobrinha-neta do falecido, que 
há dois anos vivia de favor no referido imóvel, questiona no Judiciário brasileiro 
a validade do testamento. Alega, em síntese, que, embora obedecesse a todas 
as formalidades previstas na lei italiana, o ato não seguiu todas as formalidades 
preconizadas pela lei brasileira. Com base na hipótese acima aventada, assinale a 
alternativa correta. 
a) Fernanda tem razão em seu questionamento, pois a sucessão testamentária de 
imóvel localizado no Brasil rege-se, inclusive quanto à forma, pela lei do local onde 
a coisa se situa (lex rei sitae).
b) Fernanda tem razão em questionar a validade do testamento, pois a Lei de In-
trodução às Normas do Direito Brasileiro veda a partilha de bens imóveis situados 
no Brasil por ato testamentário firmado no exterior.
c) Fernanda não tem razão em questionar a validade do testamento, pois o ato 
testamentário se rege, quanto à forma, pela lei do local onde foi celebrado (locus 
regit actum).
d) O questionamento de Fernanda não será apreciado, pois a Justiça brasileira não 
possui competência para conhecer e julgar o mérito de ações que versem sobre 
atos testamentários realizados no exterior.
Questão 12 (FGV/III EXAME DE ORDEM UNIFICADO/OAB/2011) Em junho de 
2009, uma construtora brasileira assina, na Cidade do Cabo, África do Sul, contrato 
de empreitada com uma empresa local, tendo por objeto a duplicação de um trecho 
da rodovia que liga a Cidade do Cabo à capital do país, Pretória. As contratantes 
elegem o foro da comarca de São Paulo para dirimir eventuais dúvidas. Um ano de-
pois, as partes se desentendem quanto aos critérios técnicos de medição das obras 
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e não conseguem chegar a uma solução amigável. A construtora brasileira decide, 
então, ajuizar, na justiça paulista, uma ação rescisória com o objetivo de colocar 
termo ao contrato. Com relação ao caso hipotético acima, é correto afirmar que 
a) o Poder Judiciário brasileiro não é competente para conhecer e julgar a lide, pois 
o foro para dirimir questões em matéria contratual é necessariamente o do local 
onde o contrato é assinado.
b) o juiz brasileiro poderá conhecer e julgar a lide, mas deverá basear sua decisão 
na legislação sul-africana, pois os contratos se regem pela lei do local de sua assi-
natura.
c) o juiz brasileiro poderá conhecer e julgar a lide, mas deverá basear sua decisão 
na legislação brasileira, pois um juiz brasileiro não pode ser obrigado a aplicar leis 
estrangeiras.
d) o juiz brasileiro poderá conhecer e julgar a lide, mas deverá se basear na legis-
lação brasileira, pois em litígios envolvendo brasileiros e estrangeiros aplica-se a 
lex fori.
Questão 13 (CESPE/ANALISTA LEGISLATIVO/CÂMARA FEDERAL/2014) Haverá re-
envio se o direito internacional privado do país A indicar o direito do país B como 
aplicável ao caso, sendo que o direito internacional privado do país B indica, na 
mesma hipótese, a aplicação de seu próprio direito material nacional. 
Questão 14 (CESPE/JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO/TRF1/2011) As partes têm liber-
dade para escolher a lei de regência em contratos internacionais em razão da regra 
geral da autonomia da vontade, em matéria contratual. Nesse sentido, as leis, atos 
e sentenças de outro país, bem como quaisquer declarações de vontade, terão ple-
na eficácia no Brasil, independentemente de qualquer condição ou ressalva. 
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Questão 15 (CESPE/JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO/TRF1/2011) Para resolver os 
conflitos de lei no espaço, o Brasil adota a prática do reenvio, mediante a qual se 
substitui a lei nacional pela estrangeira, desprezando-se o elemento de conexão 
apontado pela ordenação nacional, para dar preferência à indicada pelo ordena-
mento jurídico alienígena. 
Questão 16 (CESPE/ADVOGADO DA UNIÃO/AGU/2012) O reenvio é proibido pela 
Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro.
Questão 17 (PRG/PROCURADOR DA REPÚBLICA/MPF/2015) Assinale a alternativa 
correta:
a) De acordo com a Lei de Introdução as Normas do Direito Brasileiro, para quali-
ficar os bens imóveis e regular as relações a eles concernentes, utiliza-se a lei do 
domicílio do proprietário.
b) A Convenção Interamericana sobre Normas Gerais de Direito Internacional Pri-
vado prevê que as questões prévias, preliminares ou incidentes que surjam em 
decorrência de uma questão principal não devem necessariamente ser resolvidas 
de acordo com a lei que regula esta última.
c) De acordo com a Lei de Introdução as Normas do Direito Brasileiro, admite-se 
o reenvio até o segundo grau, salvo se o direito estrangeiro escolhido pelo reenvio 
for contrário a ordem pública doméstica.
d) Conforme o Código Bustamante (Convenção de Direito Internacional Privado, 
1928), a lei de regência do estatuto pessoal é a lei do domicílio da pessoa

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