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Lesão Medular

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Lesão Medular 
 
 
Definição 
Lesão Medular se caracteriza pela interrupção parcial ou 
total do sinal neurológico através da medula resultando em 
paralisia e ausência de sensibilidade do nível da lesão para 
baixo, assim como outras alterações nos sistemas: 
urinário, intestinal e autônomo. 
 
As lesões podem resultar: 
• Lesões Não Traumáticas – tumorais, infecciosas, 
vasculares, má formações, degenerativas, etc. 
• Lesões Traumáticas – acidentes automobilísticos, 
quedas de altura, acidentes esportivos e ato de 
violência. 
 
Classificação 
• Tetraplegia 
Paralisia completa dos 4 MEMBROS e do TRONCO, incluindo 
musculatura respiratória e é resultado das lesões da 
medula cervical. 
• Paraplegia 
Paralisia completa de todo ou parte do TRONCO e ambos 
os membros INFERIORES, resultado de lesões na medula 
torácica, lombar ou cauda equina. 
 
Níveis de Lesão Cervical 
• Tetraplégico 
Indivíduos portadores de grande comprometimento dos 
membros superiores para baixo 
• Tetraparético 
Indivíduos portadores de comprometimento leve dos 
membros superiores para baixo. 
 
NÍVEL DE LESÃO 
• Acima de T1 – Tetraplegia 
• Abaixo de T1 – Paraplegia 
 
• Acima de L1 – Espástica 
• Abaixo de L1 – Flácida 
(IMREA,2017) 
 
Designação do nível de lesão 
• Nível Neurológico: é o nível mais caudal da medula com 
função normal, motora e sensorial, de ambos os lados do 
corpo. 
• Nível imediato acima do nível da lesão. 
Se abaixo deste nível não houver nenhuma função motora 
ou sensitiva, está lesão é considerada COMPLETA. 
Caso haja a preservação parcial da função motora ou da 
sensitiva abaixo do nível da lesão, é considerada 
INCOMPLETA. 
• Nível Motor: é o segmento mais caudal da medula com 
função motora normal bilateral 
• Nível Sensorial: é o segmento mais caudal da medula com 
função sensorial normal bilateral 
 
Manifestações Clínicas 
1 - CHOQUE MEDULAR 
• Principal complicação da LM; 
• Resultado da retirada abrupta das conexões entre 
os centros superiores e a medula espinal; 
• Pode durar dias ou semanas; 
• Flacidez, arreflexia, perda de sensibilidade e 
função motora (abaixo do nível da lesão); 
• Demonstrado fisicamente pela ausência do 
reflexo bulbocavernoso e o que determina o fim 
do choque é o retorno desse reflexo. 
 
Reflexo bulbocavernoso é testado fazendo um estímulo 
na glande ou no clitóris, ou pela puxada no cateter da 
sonda. Se positivo haverá contração do esfíncter anal. 
 
2 - DISREFLEXIA AUTONÔMICA 
• É um reflexo autonômico patológico que 
acontece em lesões acima de T6. 
• Sintomas: hipertensão arterial, cefaleia intensa, 
hipersudorese, congestão nasal. 
• Os pacientes devem ser colocados sentados, para 
diminuir a pressão. 
 
3 - HIPOTENSÃO OSTOSTÁTICA 
• Queda da pressão quando o paciente fica em 
posição ereta; 
• Ocorre em pacientes com lesão medular cervical 
e torácica alta; 
• Tonteira, desmaio, visão turva, fraqueza, 
taquicardia, cefaleia e parestesias; 
• Deitar o paciente com as pernas elevadas, para o 
aumento da pressão. 
 
4 - COMPROMETIMENTO DA TERMORREGULAÇÃO 
• Presente em paciente com lesões cervicais; 
• Não ocorre resposta ao calor e nem ao frio. 
 
5 - COMPROMETIMENTO RESPIRATÓRIO 
• Lesão em C2 e C3, o paciente necessita de 
respiração assistida; 
• Incapaxidade funcional dos músculos intercostais 
e da parede abdominal. 
 
6 - ESPASTICIDADE 
• Fisiopatologia não definida; 
• Aumento do reflexo miotático (ativação do fuso 
muscular que manda estímulo para medula regular 
o tônus da musculatura); 
• Aumento da espasticidade nos primeiros 6 meses. 
7 - DISFUNÇÕES DA BEXIGA 
• Lesão acima do cone medular- bexiga espástica; 
• Lesão do cone medular ou cauda equina, bexiga 
flácida. 
 
8 - DISFUNÇÕES DO INTESTINO 
• Diminuição do peristaltismo acompanhada de 
retenção fecal (fase do choque medular); 
• Intestino espástico (lesões acima do cone 
medular); 
• Intestino flácido (lesões no cone medular e da 
cauda equina). 
 
9 - DISFUNÇÃO SEXUAL 
• Ereção; 
• Baixo nível de fertilidade. 
 
10 - DOR MÚSCULOEQUELÉTICAS 
• Causada pelo desequilíbrio muscular. 
 
11 - DOR NEUROPÁTICA 
• Abaixo da lesão; 
• Orientar alongamento e mobilização passiva. 
 
Tipos de lesão 
Transversa - Transsecção completa da medula espinal 
• Interrupção dos tratos motores e sensitivos; 
• Completa perda da motricidade voluntária e da 
sensibilidade consciente abaixo da lesão; 
• Lesão das raízes nervosas no nível da 
transsecção; 
• Síndrome do “choque medular”; 
• Hiperreflexia e paralisia espástica abaixo do nível 
da lesão. 
 
 
 
 
Lesão incompleta - Hemissecção completa da medula espinal 
(Síndrome de Brown-Séquard) 
[Causada por ferimentos por penetração (ex. facada) ] 
Lado ipsilateral (mesmo) à lesão: 
• Alteração motora (paralisia) 
• Perda da sensibilidade no segmento do dermátomo 
que corresponde ao nível da lesão. 
• Diminuição dos reflexos, clônus e babinski + 
• Perda da propriocepção, vibração e toque 
profundo (resultado do dano dos cordões 
posteriores); 
Lado contralateral à lesão: 
• Perda da sensibilidade a dor e temperatura (isso 
ocorre porque o trato espinotalâmico, que 
transmitem estas informações situam-se 
ânterolateralmente na medula espinhal). 
 
Síndrome Medular Anterior 
• Perda espinotalâmica bilateral; 
• Sensibilidade em coluna posterior preservada, a 
sensibilidade profunda (propriocepção, vibração e 
toque profundo); 
• Lesão de neurônio motor superior abaixo do nível 
da lesão; 
• Lesão de neurônio motor inferior ao nível da 
lesão; 
• Disfunção esfincteriana; 
• Etiologia: infarto da artéria espinal anterior. 
 
 
Síndrome da Medula Espinal Central 
• Destruição da comissura anterior da medula 
espinal = cruzamento dos tratos espino-
talâmicos; 
• Anestesia bilateral e simétrica no nível da lesão; 
• Sintomas posteriores dependem do local de 
evolução da lesão; 
• Ocorrem comprometimentos sensoriais, mas 
estes tendem a ser menos graves que os 
déficits motores; 
• Paciente consegue andar, não tão fácil; 
• Principais causas: siringomielia, hematomielia e 
tumores intramedulares. 
 
 
Síndrome Medular Posterior 
• Preservação da função motora, sensação de dor 
e toque leve; 
• Perda da propriocepção e sensações epicríticas 
(ex. discriminação entre 2 pontos, grafestesia, 
esterognosia); 
• Aumento da base de sustentação; 
• É comum o padrão de marcha com base ampla e 
batida forte do calcanhar; 
• Prova de Romberg positiva; 
• Ataxia sensitiva; 
• Hipotonia bem evidente. 
 
 
Preservação sacral 
• Se refere a uma lesão incompleta na qual (alguns 
ou todos) os tratos sacrais são preservados; 
• Os sinais clínicos incluem: sensação perianal e 
contração do esfíncter anal externo 
• Essas são importantes descobertas e 
frequentemente os primeiros sinais de que a 
lesão cervical está incompleta. 
 
Síndrome da cauda equina 
• Podem ocorrer transecções completas, contudo 
as lesões na CE são com frequência incompletas 
por causa do grande número de raízes nervosas 
envolvidas; 
• Podem ocorrer transecções completas, contudo 
as lesões na CE são com frequência incompletas 
por causa do grande número de raízes nervosas 
envolvidas; 
• Sintomas de instalação lenta e irregular; 
• Sintomas esparsos de acordo com as raízes 
envolvidas; 
• Dor é o sintoma proeminente; 
• Distúrbios sensitivos tardios; 
• Sequela nos dermátomos correspondentes as 
raízes lesadas; 
• Paralisia Flácida; 
• Abaixo do cone medular (L1-L2).

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