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PETIÇÃO INICIAL (INTRODUÇÃO) Partindo do principio da inercia jurisdicional, a petição inicial e a forma de provocar o judiciário, para assim sua demanda se efetivar, dado isso por meio da tutela jurisdicional. Ademais a petição vai ter duas funções, a instauração do processo e a identificação da demanda, contendo essa as partes, a causa do pedir e o pedido. Sendo essa considerada um ato processual solene, com diversos requisitos formais que devem ser seguidos, e sua ausência gera nualidade, podendo ser essa sanável ou insanavel.Com isso, a sua petição pode ser corregida e reenviada, na nulidade sanável, porem se não permitido o reenvio essa tem uma nulidade insanável. Requisitos estrutural No art 19 cpc se encontra os requisitos necessários para ser feito uma petição inicial de forma correta. JUIZO No art 319 I do CPC se fundamenta o juízo, sendo esse aquele que terá o primeiro contato com a petição inicial, sendo esse um destinatário da petição inicial. A primeira provocação do judiciário épor meio da petição chegando ao juízo. Ademais, esse pode ser de uma vara civil, vara única, vara de família, ate o mesmo para o tribunal de justiça e os supremos tribunais. Sendo necessário a escolha do juízo, o órgão competente, se a escolha desse acontece de forma incorreta pode gerar a incompetência absoluta ou relativa. O juízo é diferente da pessoa juiz, dado que o destinatário da petição deve ser o juízo, dado que essa deve obedecer a impessoalidade do Poder Judiciário QUALIFICAÇAO DAS PARTES No seu artigo 319 II do CPC trata da qualificação das partes, assim se permite a citação do réu e identificação dos sujeitos processuais parciais, o réu e autor, ademais, se apresentar alguma irregularidade ou ausência das qualificantes, sem o prejuízo dos objetivos dessa, o processo prossegue normalmente. Outrossim, se a qualificação do réu gerar dificuldade, o CPC em seu artigo 319 § 1º regulamenta que cabe o juiz diligência para obtenção dessas qualificação. Além disso vale ressaltar que essa so se aplica ao réu. “Art. 319. A petição inicial indicará: II - os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu;” FATOS E FUNDAMENTOS JURIDICOS DO PEDIDO Na petição inicial será narrado os fatos e a fundamentação desses, uma narração fática para gerar uma consequência jurídica. Nesse se apresentara a causa de pedir, teoria da substanciação. PEDIDO Diante do art 319 IV do CPC, o pedido e um elemento fundamental da petição inicial, como também, que existe dois tipos de pedido, o imediato, aquilo que o autor quer, como a condenação, declaração, e o mediato aquele bem da vida pretendido, como um valor material. Assim como se pode pleitear diversas tutelas jurisdicional. Sendo que o pedido deve ser certo(individual) e determinado( quantidade), tendo a exceção no §1 do artigo 324 CPC. “Art. 319. A petição inicial indicará: IV - o pedido com as suas especificações;” “Art. 324. O pedido deve ser determinado. § 1º É lícito, porém, formular pedido genérico: I - nas ações universais, se o autor não puder individuar os bens demandados; II - quando não for possível determinar, desde logo, as consequências do ato ou do fato; III - quando a determinação do objeto ou do valor da condenação depender de ato que deva ser praticado pelo réu.” VALOR DA CAUSA Sendo tratado no art 319 V do CPC, se apresentara o valor da causa como um dos elementos da petição dado que esse pode alterar o procedimento, a competência, a taxa judiciaria, o cálculo do valor da multa, se existir. Para a formulação desse se faz necessário a busca do art 292 do CPC . “Art. 292. O valor da causa constará da petição inicial ou da reconvenção e será: I - na ação de cobrança de dívida, a soma monetariamente corrigida do principal, dos juros de mora vencidos e de outras penalidades, se houver, até a data de propositura da ação; II - na ação que tiver por objeto a existência, a validade, o cumprimento, a modificação, a resolução, a resilição ou a rescisão de ato jurídico, o valor do ato ou o de sua parte controvertida; III - na ação de alimentos, a soma de 12 (doze) prestações mensais pedidas pelo autor; IV - na ação de divisão, de demarcação e de reivindicação, o valor de avaliação da área ou do bem objeto do pedido; V - na ação indenizatória, inclusive a fundada em dano moral, o valor pretendido; VI - na ação em que há cumulação de pedidos, a quantia correspondente à soma dos valores de todos eles; VII - na ação em que os pedidos são alternativos, o de maior valor; VIII - na ação em que houver pedido subsidiário, o valor do pedido principal.” PROVAS No inciso VI do 319, fundamenta que na petição inicial deve ser especificada todas as provas que devem ser produzidas. Assim o processo terá um curso menos moroso, dado que se o autor ou réu não especifica as provas que devem ser produzidas, podem gerar a preclusão, perder a possibilidade de escolha, após a requisição do juiz e a negação de umas das partes por mais de 2 vezes AUDIENCIA DE CONCILIAÇAO DE MEDIAÇÃO. No art 319 VII do CPC, requer que o autor escolha se têm interesse ou não pela audiência de conciliação e mediação. Vale ressaltar só uma das partes não quer então o caminho do processo é fazer a audiência de conciliação e mediação. Como também, o silencio das parte faz com que tenha conciliação e mediação . CONTESTAÇAO ( INTRODUÇAO) Contestação e a peça de defesa do réu, onde o réu vai apresentar toda sua impugnação a petição inicial, como também, vale ressaltar que seu prazo é de 15 dias,contado a partir da audiência de conciliação sem acordo, ou na juntada dos autos do mandato de citação, de acordo com artigo 231 do CPC, ou desde o protocolo da simples petição do réu informando que não quer a audiência de conciliação, lembrando que essa deve ser enviada 10 dias antes da data da hipótese de audiência de conciliação. Além disso, cabe ao réu impugnar os fatos ou fundamentos da petição inicial, porem, esse pode além de impugnar concordar os os fatos e fundamentos em todo ou em parte, ou silenciar-se sobre.. MATERIAS VINCULADAS A CONTESTAÇÃO No artigo 336 e 337, vão fundamentar que todas as matérias de defesa devem estar na contestação, e sua especificação no 337. Mas existem duas matérias de defesa que não são alegadas na contestação, apresentadas no artigo 146 do CPC, que impedimento e suspenção do juiz devem ser apresentadas em petição específica, sendo essa apartada do processo. Ademais, a contestação e a forma do réu apresentar suas defesas, assim como essas podem ser defesas processual, ligada aos elementos do processo, ou defesa mérito, ligada ao pedido do autor. Outrossim, as matérias processuais estão fundamentadas nos incisos do 337, e a do mérito estão no caput desse. Vale ressaltar, que a defesa processual são questões preliminares, dado que são apresentadas antes do mérito. “Art. 337. Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar: I - inexistência ou nulidade da citação; II - incompetência absoluta e relativa; III - incorreção do valor da causa; IV - inépcia da petição inicial; V - perempção; VI - litispendência; VII - coisa julgada; VIII - conexão; IX - incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização; X - convenção de arbitragem; XI - ausência de legitimidade ou de interesse processual; XII - falta de caução ou de outra prestação que a lei exige como preliminar; XIII - indevida concessão do benefício de gratuidade de justiça.” PRINCIPIOS RELATIVOS A CONTESTAÇÃO PRINCIPIO DA EVENTUALIDADE ART 336 DO CPC Cabe a réu na contestação materializar toda sua matéria de defesa, podendo a falta dessa gerar preclusão, perda da possibilidade de praticar umato processual. Mas, vale ressaltar que existe exceção, apresentados no artigo 342 do CPC. “Art. 342. Depois da contestação, só é lícito ao réu deduzir novas alegações quando: I - relativas a direito ou a fato superveniente; II - competir ao juiz conhecer delas de ofício; III - por expressa autorização legal, puderem ser formuladas em qualquer tempo e grau de jurisdição.” Ademais, três são razoes para a preclusão; temporal, perda de prazo de contestar; consumativa, algo que já foi feito e que não pode ser consumado novamente; lógica, quando se pratica algo anterior incompatível com certos atos a serem praticados no futuro. PRINCIPIO DA IMPUGNAÇAO ESPECIFICADA DOS FATOS Cabe ao reu impugnar um por um dos fatos alegados pelo autor na petição inicial, assim como sua não impugnação classifica os fatos como verossímeis. Fundamentados no artigo 341 do CPC. Outrossim, são dois os gêneros de exceção a esse princípio, alguns réus não precisam impugnar os fatos especificamente, § único do artigo 341, além disso, alguns fatos que mesmo não impugnados não podem ser considerados verossímeis, incisos do artigo 341. “Art. 341. Incumbe também ao réu manifestar-se precisamente sobre as alegações de fato constantes da petição inicial, presumindo-se verdadeiras as não impugnadas, salvo se: I - não for admissível, a seu respeito, a confissão; II - a petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considerar da substância do ato; III - estiverem em contradição com a defesa, considerada em seu conjunto. Parágrafo único. O ônus da impugnação especificada dos fatos não se aplica ao defensor público, ao advogado dativo e ao curador especial.” TECNICA DE SANEAMENTO Sanear significa corrigir, então, se dentro do processo existe um vício é dentro da contestação que esse vício deve ser sanado. Como exemplo, o artigo 338 do CPC, troca do réu ilegítimo pelo legítimo. APELAÇÃO (1009 A 1014 DO CPC) Cabe apelação contra a sentença que acolhe ou rejeita os embargos PRAZO Tendo o prazo geral de 15 dias, exceto para o Ministério Publico que tem prazo em dobro, os agentes de direito publico interno também tem prazo em dobro, assim como a Defensoria Pública e apelação de litisconsórcio de advogados diferentes, de escritórios também diferentes também tem prazo em dobro. Ademais, a apelação do Estatuto da Criança e Adolescente é de 10 dias. CABIMENTO Cabe apelação a sentença , porem, existe exceções, sentenças no Juizado Cível, aquelas que decretam falência, proferidas sobre execuções fiscais ate certo valor, quando uma das partes é município brasileiro e a outra e organização internacional. Porem, mesmo não tento apelação as exceções apresentadas, essas tem no ordenamento seus cabimentos, como o agravo instrumental, embargo infringente, recurso ordinário constitucional. A segunda hipótese de cabimento é apelação contra sentença e decisões interlocutórias não agraváveis de instrumento. PROCEDIMENTOS A apelação é dirigida ao juízo de 1º grau onde a decisão foi protocolada, informando o apelado, além disso, esse tem 15 dias para contradizer, logo essa vai para o tribunal de justiça, onde vai ser sorteado o relator, que prepara o relatório e pede a data para o julgamento, ademais, é feito a publicação da data do dia do julgamento, e acontece o julgamento. “Os elementos que devem estar presentes na construção da apelação são fundamentadas no artigo 1.010 do CPC. I - os nomes e a qualificação das partes; II - a exposição do fato e do direito; III - as razões do pedido de reforma ou de decretação de nulidade; IV - o pedido de nova decisão. a) Endereçamento/Competência: juízo que proferiu a decisão (juízo a quo) b) Dados cadastrais: nº do processo, nome das partes,a causa (requerente e requerido) c) Preâmbulo e Requerimento: indicação das partes do recurso (nomes do apelante e do apelado; qualificação, se necessário) e da ação de onde se origina o recurso; indicação do advogado; - referência ao recurso interposto, fundamento legal para a interposição; - requerimento da intimação do recorrido para oferecer as contrarrazões, com a consequente remessa dos autos ao juízo ad quem; d) Local, data e assinatura do advogado, inscrição na OAB/seccional” TEORIA DA CAUSA MADURA Se o tribunal resolve invalidar a sentença, esse pode aplicar a teoria da causa madura, em regra ao invalidar o processo se remete esse ao juiz para correção do erro e fazer um novo julgamento. Mas se o tribunal anula a sentença, e julga o processo em condição de imediato julgamento – maduro-, esse já começa o julgamento do mérito da causa, artigo 1.013 § 3º do CPC. Assim aplicando a teoria da causa madura. EFEITOS IMPEDITIVO A apelação impede o transito em julgado. MODIFICATIVO Tem efeito de modificar a decisão apelada. REGRESSIVO È aquele que permite ao juiz reconsiderar sua decisão, direito de retratação. Em regra a apelação não tem esse efeito, mas existe 12 hipóteses que a apelação tem esse efeito, apresentadas no artigo 494 do CPC, artigo 331 do CPC, artigo 332 §3 do CPC, artigo 485 § 7º do CPC, artigo 198 do ECA. DEVOLUTIVO Quando na idade média foi instituído o poder moderador, quando os juízes julgavam os casos e os recursos desses eram devolvidos ao rei, assim faz sentido ser chamado esse efeito de devolutivo, mas hoje esse efeito remete a matéria a apreciação do tribunal, descaracterizando o radical da palavra devolutivo. SUSPENSIVO Efeito suspensivo significa que a decisão apelada não produz efeito nenhum enquanto o recurso não é julgado. Ressaltando que nas sentenças que tem efeitos imediatos não existe o efeito suspensivos em regra, fundamentadas no artigo 1.012 § 1º do CPC, porém se requerido – sob alguns requisitos do artigo 1.012 § 4º- o efeito suspensivos de tais exceções, poderá ser aplicado. “Art. 1.012. A apelação terá efeito suspensivo. § 1º Além de outras hipóteses previstas em lei, começa a produzir efeitos imediatamente após a sua publicação a sentença que: I - homologa divisão ou demarcação de terras; II - condena a pagar alimentos; III - extingue sem resolução do mérito ou julga improcedentes os embargos do executado; IV - julga procedente o pedido de instituição de arbitragem; V - confirma, concede ou revoga tutela provisória; VI - decreta a interdição.” DONIZETTI, Elpídio. Curso didático de direito processual civil, 20ª Ed., revista atualizada e ampliada, GEN/Atlas, 2016. Neves, Daniel Amorim Assumpção. Manual de direito processual civil, 7. Ed., METODO; 2015 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm http://professor.pucgoias.edu.br/SiteDocente/admin/arquivosUpload/17363/materi al/APELA%C3%87%C3%83O%20-%20RESUMO.pdf http://professor.pucgoias.edu.br/SiteDocente/admin/arquivosUpload/17363/material/APELA%C3%87%C3%83O%20-%20RESUMO.pdf http://professor.pucgoias.edu.br/SiteDocente/admin/arquivosUpload/17363/material/APELA%C3%87%C3%83O%20-%20RESUMO.pdf
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