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Estudo Direcionado - Semiologia Veterinária

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1 – Determine a estrutura do pelo descrevendo e caracterizando suas divisões, os diferentes tipos de pelo, as fases de crescimento e o que influencia seu crescimento.
Pelos e folículos: Filiformes constituídos por queratina.
Divisões: Haste, Porção intradérmica e Raiz 
Anexam-se ao folículo: Glândula sebácea e Músculo pilo-eretor.
Tipos de pelos: Determinam os diferentes tipos de pelames nas raças (equinos e bovinos – somente primários.)
Pelo Primário: Glândula sebácea, Músculo eretor, emerge separadamente
Pelo Secundário: Glândula sebácea, emergem em grupos. 
Ciclo do pelo: 
Fase Anágena: Fase de crescimento – Máxima expressão 
Fase Catágena: Folículo regride a 1/3 da dimensão 
Fase Telógena: Extremidade de “forma clava” e Perda do pelo. 
Influências no crescimento: 
Clima, Fotoperíodo / Temperatura ambiente, bem definidos – Queda na primavera e outono, Temperados – Queda o ano todo o 
Nutrição / Hormônios / Estado geral de higidez o Genética / Intrínsecos / Fatores de crescimento 
Tamanho do pelo: Pelo Longo – pouca queda (18 a 24 meses para recuperar tosa) 
Pelo Curto – Muita queda (4 a 8 semanas para recuperar tosa).
2 – Quais são as glândulas sudoríparas presentes nos animais suas características de localização, secreção e apresentação nas diferentes espécies.
Epitriquiais: presente na pele com pelame. Função – antimicrobiana e de feromônio. Presente em todos animais domésticos 
Atriquiais: Exclusivamente nos coxins. Espiraladas e no subcutâneo. Fortemente inervadas. Presente nos carnívoros domésticos.
3 – O sistema tegumentar é o que mais sofre erros de abordagem por parte do clínico veterinário e algumas doenças já podem ser direcionadas mesmo durante sua anamnese. Descreva quais são doenças características conforme a idade, raça e coloração da pele dos animais.
Equinos – Sarcoide. 
Felinos – Complexo granuloma eosinofílico. 
Cães – Piodermites.
Animais Jovens: Demodicose, dermatofitose, celulite juvenil, papilomatose dos bezerros, alérgicos.
Adultos: quadros alérgicos, quadros hormonais, doenças queratinizantes.
Idosos: neoplasias, doenças autoimunes.
Machos: neoplasias gonodais, fístulas perineais, abcessos em felinos (brigas), associadas a perambulação (escabioses).
Fêmeas: neoplasias gonodais (associadas ao Cio ou não).
Predisposição racial:
Cães -- Akita: Adenite Sebácea, síndrome uveodermatológica. Boxer: atopia, demodicose. Bull Terrier: foliculite-furunculose.
Felinos – Persa: dermatofitose, complexo granuloma colagenolítico, Absíneo: displasia folicular.
Relacionadas a coloração do pelo:
Cães Pretos: doença do mutante de cor. Felinos brancos: carcinoma espinocelular. Bovinos claros ou brancos: sensibilização. Equinos de cor tordilha: predisposição a melanoma.
Predisposição racial:
Equinos -- Appaloosa: Pênfigo foliáceo. Árabe: Vitiligo. Quarto de Milha: Astenia Cutânea, queratose.
Bovinos – Angus: Acantólise Familiar. Simental: Astenia cutânea, Jersey: Hipotricose.
4 – O que é prurido e quais são as formas de se identificar esta alteração tão importante nas doenças dermatológicas. Quais são os sinais clínicos característicos da presença de prurido nos animais e em quais patologias dermatológicas é mais possível de se encontrar esta alteração de forma patológica.	
Prurido: sensação desagradável que manifesta no paciente o desejo de coçar.
Presença Real? Maior desafio – Frases prontas “ meu cão tem coceira”, avaliar a existência da coceira patológica – Perguntar de diversas maneiras, passa grande parte do tempo se coçando? (Deve ser mais de 30%). Intensidade do prurido: de 1 a 10 quanto coça? Classificação de leve, moderado e grave.
Manifestação do Prurido: Trauma com os membros? Lamber? Roçar na parede? Fômites? Ato de mordiscar? 
Localização do Prurido, buscar lesões de auto-trauma, local mais traumatizado? Coçar o local de suspeita – animal mimetiza o prurido
Determinar: Existe ou não existe prurido? Listar os diagnósticos diferenciais para SIM e para NÃO).
5 – Caracterize as lesões cutâneas quanto a sua distribuição, topografia e configuração.
Distribuição: relacionada a morbidade e prognóstico da doença.
Localizada: 1 a 5 lesões cutâneas individualizadas. Disseminada: acometimento difuso – 60% da superfície corporal. Generalizada: comprometimento total do corpo
Topografia: Relaciona-se uma lesão em comparação a outra.
Simétricas ou assimétrica. Quadros hormonais: perda de pelos simétricos. DAP: lesão triangular pruriginosa, região lombossacral.
Profundidade: relaciona-se a determinadas dermatopatias ou gravidade da doença. Profunda ou superficial.
Configuração: forma ou contorno específico, associado a algumas dermatopatias.
6 - Quais são as lesões elementares da dermatologia e suas principais características.
LESÕES ELEMENTARES: adaptada da dermatologia Humana, permite nomear as lesões.
Aspectos Morfológicos: alterações de cor, formações sólidas, coleções líquidas, alterações de espessura, perdas teciduais e reparação.
ALTERAÇÕES DE COR: 
ERITEMA - coloração avermelhada advinda de vasodilatação, volta a coloração normal pela digito ou vitropressão, presente em dermatopatias inflamatórias, associada a quadros pruriginosos.
PÚRPURA: coloração avermelhada decorrente de extravasamento de hemácias, evolução para coloração amarelo ou amarelo-esverdeada, não retoma coloração frente a digitopressão. Classificações: Petéquias – até 1 cm de diâmetro. Equimose – maior que 1 cm de diâmetro.
MORFOLOGIA – FORMAÇÕES SÓLIDAS - Resultam de processos inflamatório, infecciosos ou neoplásicos, atingem epiderme, derme e hipoderme, pápula, lesão sólida circunscrita e elevada, medindo até 1 cm, placa, área elevada da pele – aglomerado de pápulas, medindo até 2 cm, nódulo, lesão sólida circunscrita saliente ou não, medindo 1 a 3 cm
MORFOLOGIA – FORMAÇÕES SÓLIDAS - Tumor ou nodosidade, lesão sólida circunscrita saliente ou não, medindo mais que 3cm, utilizar preferencialmente para tumores, goma, nódulo ou nodosidade com depressão ulcerada, verrucosidade, lesão sólida acinzentada e áspera, clássica de papilomas e sarcoide equino.
MORFOLOGIA – FORMAÇÕES LÍQUIDAS De conteúdo Seroso, sanguinolento ou purulento o Vesícula o Elevação circunscrita de até 1 cm de diâmetro o Claro (seroso), Turvo (purulento) ou avermelhado (sanguinolento) o Bolha o Elevação circunscrita maior de 1 cm de diâmetro o Conteúdo claro o Pústula o Elevação circunscrita de até 1 cm contendo pus o Lesões cáusticas, farmacodermias, autoimunes e piodermites.
MORFOLOGIA – COLEÇÕES LÍQUIDAS: Cisto, formação elevada ou não, constituída por cavidade fechada envolta por epitélio, conteúdo líquido ou semissólido, abcesso, formação circunscrita de tamanho variável encapsulado, proeminente ou não, há calor, dor e tumefação, hematoma, formação circunscrita de tamanho variável, derrame sanguíneo na pele ou tecido subjacente, indicativo de trauma.
MORFOLOGIA – ALTERAÇÃO DE ESPESSURA: hiperqueratose, espessamento da pele – aumento da camada córnea, pele áspera, inelástica, dura e acinzentada, liquefação ou lignificação, espessamento da camada malpighiana, acentuação dos sulcos cutâneos, aspecto quadriculado ou favos de mel, edema, aumento da espessura sem alteração de cor, inflamação aguda, irrigação linfática deficiente, hipoproteinemia e cardiopatias, avaliado pelo Sinal de Godet
MORFOLOGIA – PERDAS TECIDUAIS E REPARAÇÃO: decorrente de perda ou lesão patológica de tecido cutâneo, escama, células da camada córnea desprendendo-se, decorrente de fator genético, processo inflamatório ou metabólico, escoriação, erosão linear decorrente de lesão autotraumática pruriginosa.
MORFOLOGIA – PERDAS TECIDUAIS E REPARAÇÃO: erosão, perda superficial da epiderme ou de camadas da epiderme, ulceração, perda circunscrita da epiderme, pode atingir hipoderme e tecidos subjacentes, colarinho epidermóide, fragmento de epiderme circular, decorrente de ruptura de pústula ou vesículas bolhosas, escara, cor lívida ou negra limitada por necrose tecidual, fístula, canal que drena material purulento ou sanguinolento.
MORFOLOGIA – LESÕES PARTICULARES: não pertencem aoutras classificações, celulite o Inflamação da derme ou tecido subcutâneo, comedão o Cravo Branco - acúmulo de corneócitos do infundíbulo folicular o Cravo Preto – acúmulo de queratina e sebum em folículo piloso dilatado
7 – Descreva os sinais específicos da dermatologia, qual o nome, como realizar o teste e o que o resultado positivo ou negativo pode demonstrar ao clínico.
Sinal de Nikolsky: Pressão sobre a pele separando epiderme da derme. Comum no pênfigo e dermatose por acantólise.
Sinal de Godet: Pressão da pele obtendo depressão. Presença de edema – depressão permanece.
Sinal de Larsson: Fricção contra o sentido do nascimento do pelo. Evidencia acúmulo de escamas – quadro disqueratinização.
8 – Quais são os exames de inspeção direta na dermatologia e o que cada um destes pode avaliar e qual sua aplicação na dermatologia.
Principal orientação na Dermatologia: Iluminação = luz branca ou natural, ambiente bem iluminado. 
OBSERVAÇÕES DA LESÃO: distância de 1,5 a 2m, distribuição/gravidade do quadro, regiões anatômicas afetadas, falhas no recobrimento piloso/alopecias (considerar variações das espécies), presença ou não de prurido
COLORAÇÃO DA PELE: observar regiões desprovidas de pelame, informações sobre estado geral do paciente, cianose, icterícia, palidez, hiperemia.
SUDORESE: hiperidrose, hipoidrose, anidrose
9 – Quais são os sinais clínicos observados nas doenças otológicas e outras alterações associadas?
Meneio da cabeça, manifestação de prurido, odores, sensibilidade do pavilhão ou região parotídea, presença de secreções na entrada do conduto, déficit auditivo.
Componentes neurológicos: ptose palpebral, paralisia palpebral, distúrbio de equilíbrio, distúrbios de mastigação (menos comuns).
10 – Quais são os fatores observados na otoscopia de cães e gatos, descreva as alterações e características normais observadas no exame.
Inspeção indireta da porção interna do conduto, contenção física ou química? Difícil avaliação minuciosa da membrana timpânica, otoscópio de comprimento adequado - uso humano - comprimento e lentes inadequadas, iluminação - luz branca halógena.
OTOSCOPIA – SEM SEDAÇÃO: decúbito esternal ou posição quadrupedal, contenção com focinheira, apoio do crânio com mão sobre mandíbula, cuidados = evitar movimentos bruscos, não tocar paredes com extremidade do espéculo
Porção Inicial: direcionamento vertical, recobrimento delicado e homogêneo, coloração rosácea clara, pode ter presença de pelos, quantidade moderada de cerume castanho-claro
Porção Profunda: curvatura de horizontal, epitélio delgado e sem pelos, cerume em menor quantidade, cecessário mudar curvatura do espéculo – observar tímpano.
Tímpano: estrutura elipsoide, pars flácida, região triangular vascularizada, pars tensa, aspecto esbranquiçado e côncavo, parcialmente transparente, possível observar porção da região interna e fixação do martelo, ouvido interno, conter somente ar.
Otoscopia alterações: alterações do cerume - causada por inflamações, cor, quantidade, parasitas, sarna otodécica, larvas de miíase, corpos estranhos. Recobrimento Epitelial - eritematoso e eventualmente edemaciado, estenose por edema – quadro crônico. Lesões hiperplásicas e Neoplásicas. Alterações Timpânicas - opacificação da membrana translúcida, rupturas e/ou necroses.
11 – No exame do sistema circulatório, quais são os pontos de ausculta cardíaca e quais as válvulas auscultadas?
Auscultar todos os focos cardíacos: pulmonar, aórtico, mitral e tricúspide. Auscultar pulmões e toda a cavidade torácica. Focos da Ausculta – Espaços intercostais Equinos
O ponto de auscultação do foco valvar mitral, posteriormente localizado
O foco aórtico, em uma posição mais dorsal e cranial ao foco mitral
O foco pulmonar, em uma posição mais ventral e cranial ao foco aórtico
O foco valvar tricúspide, localizado no lado direito na mesma posição do foco valvar mitral.
12 – Descreva quais são os sons cardíacos, seus nomes, momento do ciclo cardíaco em que ocorrem e quais são audíveis ou não durante a ausculta cardíaca.
PRIMEIRA BULHA CARDÍACA (S1): Associado ao fechamento das Válvulas Atrioventriculares (Mitral e Tricúspide). Fechamento em si não gera sons
SEGUNDA BULHA CARDÍACA (S2): Associado ao fechamento das Válvulas Atriais (pulmonar e aórtica), geralmente mais cura e mais afiada (tom mais alto que a primeira). Fechamento em si não gera sons.
TERCEIRA BULHA (S3): Acontece durante fase de enchimento rápido dos ventrículos. Fase inicial da diástole pode criar turbulência audível
QUARTA BULHA (S4): Pouquíssimo audível. Ocorre exatamente ao final da diástole (durante sístole atrial)
13 – Descreva qual/ais a/as doença/as mais comuns a afetarem o coração dos pequenos e grandes animais.
Reticulopericardite – Comum e Bovinos 
Cardiomiopatia dilatada congestiva - Idiopática em Cães - comum 
Deficiência de taurina em gatos - incomum 
Degeneração mixomatosa mitral (endocardiose) – comum em cães 
Cardiomiopatia hipertrófica - Comum em gatos, raro em cães.
14 – Quais são as principais queixas apresentadas pelos tutores de animais que apresentam alteração cardiovascular e os principais sinais clínicos observados pelo veterinário ao examinar o paciente.
Principais queixas: cansaço fácil, fraqueza, intolerância ao exercício ou fraco desempenho atlético, emagrecimento progressivo (grandes - animais adultos), desenvolvimento retardado e incompleto (animais grandes em crescimento), tosse (geralmente improdutiva), respiração ofegante (taquipneia) e taquicardia, ascite e edema pulmonar (Pequenos).
Edema: sinal de Godet positivo, ausculta pulmonar, pulso venoso, pulsação da veia jugular e/ou mamária, após a primeira bulha cardíaca.
Exame das Mucosas: coloração, TPC, percussão tórax / Abdômen.
Ausculta: local silencioso - livre de insetos e ruídos externos, auscultar todos os focos cardíacos, pulmonar, aórtico, mitral e tricúspide. Paciência - realizar boa e completa auscultação cardíaca, auscultar pulmões e toda a cavidade torácica.
15 – Descreva e entenda o histórico e sinais clínicos relevantes observados pelo tutor e pelo veterinário nas doenças reprodutivas das fêmeas de cães e vacas.
Sinais Clínicos Relevantes: O que o Tutor refere? Alterações no Ciclo Reprodutivo, anestro prolongado, ciclos irregulares, ninfomania, estros curtos, comportamento masculinizado, defeitos anatômicos, aumento ou projeções anormais, distensão abdominal, dor, contrações e esforços expulsivos.
O que o Veterinário observa? Corrimentos Vaginais - Sanguinolento? ✓Proestro e estro em cadelas - Corrimento verde-escuro ✓Puerpério em cadelas - Secreção marrom fétida ✓Morte com decomposição fetal - Secreção serossanguinolenta - Secreção purulenta ✓Infecção - Secreção marrom ou enegrecida ✓Mumificação fetal. 
Crostas aderidas na cauda e períneo, folículo ovariano persistente, tumores ovarianos, produtores de estrógeno, TVT, cistite, laceração vaginal, metrorragia, corpo estranho vaginal, descolamento placentário (gestação), subinvolução placentária (cadelas).
16 – Quanto ao exame físico interno do sistema reprodutor de fêmeas, descreva quais são indicados nas diferentes espécies e nos diferentes momentos do ciclo reprodutivo.
Em trabalho de parto: Via Vaginal - luva e antissepsia, grandes animais, manipulação direta, pequenos animais, manipulação digital, pequenos ruminantes e porcas, cuidadoso sobre intensa lubrificação, alto risco de ruptura uterina. Observar: Vias Fetais, abertura/lubrificação, bolsas fetais, ruptura/cor/odor/quantidade líquido, feto, viabilidade/tamanho/posição.
Rotineiro não gestantes/prenhes em situação especial: Equinos e Bovinos – Via Retal. Pequenos e médios Animais – Palpação Abdominal/vaginoscopia. Suínos e Pequenos Ruminantes – Manipulação abdominal difícil.
17 – Ao fazer palpação retal de vacas e vaginoscopia em vacas, quais são os cuidados prévios e fatores/estruturas a serem observados durante os respectivos exames?
Palpação retal: EPI, lubrificação/unhas aparadas, conhecimento anatomofisiologia. Observar: Cérvix/Útero/Ovário - Espessura, simetria, contração, tamanho.Previamente a Vaginoscopia: toque retal, limpeza e antissepsia da vulva/períneo/cauda, aspersão de líquido, sem contaminar interior, secar com papel toalha, exame manual. Ao parto: impossibilidade de visualização. Cadelas – busca de tumores vaginais
Vaginoscopia: utilização de espéculo *Curva dorsocranial*, lubrificar com solução fisiológica. Éguas: tubular ou Polanski. Cadelas: tubulares ou bico de pato, difícil observar cérvix. Gatas: não permitem exame.
Observar: presença de fezes, fístula retovaginal / laceração perineal, urina no fundo vaginal, lesão grave meato urinário, pneumovagina, mal fechamento dos lábios, quantificar e qualificar as secreções, cérvix - formato/posição/abertura, outros, volumes, aderências/cicatrizes, formato cérvix, abertura cervical, coloração da mucosa – cérvix/vagina, grau de umidade – cérvix/vagina, característica do muco – cérvix/vagina. 
18 – Descreva qual o momento e método mais eficaz do diagnóstico de prenhes nas diferentes espécies e qual o período de gestação de cada uma das principais espécies domésticas.
Diagnóstico de gestação: Objetivos - o mais precoce possível, orientar criador, racionalizar serviços, aumento de eficiência reprodutiva e produtiva, adotar procedimentos de manejo. 
Auxílio da US: pequenos ruminantes – 30 dias; Bovinos – 24 dias; pequenos animais – 18 a 20 dias; éguas – 12 a 15 dias; suínos – pouco utilizado; suscetível ao equipamento e experiência profissional 
19 – Quais são as principais doenças observadas (descreva-as) na glândula mamária dos animais domésticos e os principais exames diagnósticos utilizados em vacas.
Galactorreia: diz respeito à lactação não associada à prenhez, sendo o indício mais comum de pseudociese, hiperplasia mamária, caracteriza-se por rápido crescimento anormal de tecido. Comum em gatas jovens/diferenciar com histologia
Mamite ou mastite: é o processo inflamatório da glândula mamária, em grande parte, de origem infecciosa. Comum em gatas e cadelas, histórico de abandono de filhotes, aumento de volume, calor e dor na palpação.
Galactocele: cistos mamários causados por obstrução de ducto acinar.
Neoplasia: maior incidência em cadelas com mais de 5 anos, corresponde a 50% dos tumores em fêmeas, menor ocorrência em castradas antes do 1º cio, avaliar linfonodos axilares e inguinais – metástase. Rx de tórax – busca de metástase, CAAF.
Exame da glândula mamária: inspeção, palpação, exame macroscópico do leite, volume/cor/consistência/odor /sabor/grumos, leite sanguinolento (congestão mamária), pus (mamite apostematosa), soro sanguíneo, flocos de pseudomembranas (mamite flegmonosa ou gangrenosa).
Exames complementares do leite: avaliação microscópica do leite (CCS), estabelecer número de células somáticas, características das células, células do epitélio, secretoras de leite, neutrófilos, macrófagos e linfócitos, bioquímicos, microbiológicos
20 – Quais são os principais testes oculares realizados no exame oftalmológico, quais informações / dados estes testes podem trazer ao veterinário e sua ordem sistemática correta?
Teste Lacrimal de Schirmer – TLS, TLS 1 – Sem anestésico, 15 – 25 mm em 1min. TLS 2 – Olho anestesiado
Teste de Canulação e Lavagem do Ducto Nasolacrimal: avalia transito/patência do canal lacrimal. Equinos – via retrógrada
Teste do Rosa Bengala, teste de distúrbios da superfície ocular: causados por herpes vírus 1 e CCS
Teste da Fluoresceína: pigmenta estroma corneano, associado ao teste de Jones, 5 min – fluoresceína no focinho ou boca
ANAMNESE, CONTENÇÃO DO ANIMAL, EXAME FÍSICO GERAL, EXAME OFTÁLMICO (Ambiente Claro): Inspeção do aspecto externo do olho, TESTE DA LÁGRIMA DE SCHIRMER, Reflexo Fotomotor da Pupila (Direto e Consensual), Biomicroscopia do Segmento Anterior do Olho (pálpebras, conjuntiva, córnea, câmara anterior, íris e pupila e cristalino), presença de secreções? Coleta de Material (citologia e cultura e antibiograma), anestesia Tópica – TONOMETRIA.
EXAME OFTÁLMICO (Ambiente Escuro) GONIOSCOPIA COM BIOMICROSCOPIA (se necessário), instilação do corante de fluoresceína COROU? ---------- ÚLCERA DE CÓRNEA, instilar tropicamide (Sob suspeita de glaucoma na tonometria e alterações visíveis a pupila não deve ser dilatada), EXAME DA LENTE (Biomicroscopia com pupila dilatada), EXAME DO FUNDO DE OLHO (Oftalmoscopias direta e indireta com pupila dilatada), ABORDAGEM DO PACIENTE DIRECIONADA AOS SINAIS OBSERVADOS INDICAÇÃO DE EXAMES COMPLEMENTARES ESPECIALIZADOS REVISÃO DOS DADOS DIAGNOSTICO ---------- TRATAMENTO
21 – Diferencie e descreva quais são as principais doenças de cílios e pálpebras em pequenos animais.
Distiquíase: consiste no mau posicionamento de cílios isolados ou múltiplos da pálpebra. Emergem das glândulas társicas em direção ao bulbo do olho.
Triquíase: consiste no desvio do crescimento dos cílios para dentro, ou seja, em direção ao globo ocular. 
Cílios ectópicos: são pelos anormais, que saem da conjuntiva palpebral e se direcionam para os olhos. 
Entrópio / Ectrópio: inversão/eversão das pálpebras.
Epífora:  lacrimejamento decorrente de drenagem da lágrima deficiente ou por aumento da secreção lacrimal
Ptose Palpebral: pálpebra caída, caimento ou fechamento da pálpebra superior.
Blefarite: inflamação pálpebra
Blefarospasmo/Entrópio espástico: contração espasmódica das pálpebras decorrente da contração do músculo orbicular.
 • Neoformação benignas ou malignas)
• Terceira Pálpebra: protrusão da terceira pálpebra, hipertrofia ou protrusão da glândula, eversão ou inversão da cartilagem, conjuntivite folicular, corpo estranho.

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