Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Processo inflamatório: é uma reação local, predominantemente vascular, por meio da qual o organismo procura defender-se da ação de agentes lesivos. Pode ser encarado como: · Mecanismo de defesa: este ira atuar destruindo, diluindo, isolando ou sequestrando o agente agressor. Dessa forma, teremos um caminho aberto para os processos reparativos do tecido afetado. Infecção: quando existe a presença de algum tipo de micoorganismo dentro do corpo do hospedeiro (vírus, bactéria, fungos ou parasitas). Pode vir acompanhada de inflamação (pode ocorrer com o sem a presença do microorganismo). Agentes que causam a inflamação · Microorganismos vivos; · Agentes físicos e químicos; · Corpos estranhos; · Reparação dos tecidos Como identificar uma inflamação: a nomenclatura é sempre igual ao nome do órgão ou tecido + sufixo ITE. Exemplos: apendicite, meningite, pleurite e artrite. · As alterações que ocorrem nos vasos sanguíneos da microcirculação nas primeiras horas após uma injúria subletal (dose de uma substância menor do que a que provoca morte) envolvem três tipos de processos: 1. Fase alterativa: agressão; 2. Fase exsudativa: aumento da permeabilidade vascular; 3. Fase produtiva: proliferação dos vasos, fibroblastos, monócitos e linfócitos. A extensão da lesão depende da intensidade, natureza e duração do estímulo e também das características do hospedeiro (idade, imunidade e estado nutricional). O processo inflamatório pode ser dividido em agudo e crônico. As diferenças são: · Aguda: possui curta duração; caracteriza por exsudão de fluidos e proteínas do plasma; vasodilatação – aumento do fluxo sanguíneo – e apresenta edema, dor e perda da função. · Crônica: processo um pouco mais demorado; caracterizado por inflamação ativa (infiltrado de células mononucleares); destruição tecidual e tentativa de reparar danos. Distúrbios circulatórios · a circulação é constituída basicamente pelo coração e pelos vasos sanguíneos (veias e artérias). Este sistema tem como função a distribuição dos nutrientes vindos da dieta para as células, distribuição de hormônios, eliminação de substâncias tóxicas e troca de substâncias entre o meio intra e extra celular. Constituintes do sangue: · Glóbulos vermelhos – hemácias – responsáveis por levar oxigênio dos pulmões até todas as células do corpo; · Glóbulos brancos – leucócitos – são as células do sistema imunológico; · Plaquetas – são células responsáveis pela coagulação do sangue. · Plasma - é a parte liquida do sangue que possui água e diversas substâncias e nutrientes. A homeostase, ou seja, o equilíbrio ocorre quando a concentração de líquido e a concentração de elementos sólidos do sangue estão balanceadas perfeitamente. Classificação dos distúrbios 1. Desidratação (meio liquido): processo patológico do organismo dado pelo baixo nível do volume sanguíneo. Suas causas são: a. Excesso de calor – desencadeia a sudorese; b. Diminuição do consumo de água – diminui o volume de sangue, com isso, o sangue fica mais viscoso, denso; c. Febre – aumento da temperatura sanguínea, excesso de sudorese, diminuição do volume sanguíneo; d. Diarréia e vômitos – a água ingerida não passa dos intestinos para o sangue, dessa forma, o volume sanguíneo diminui. e. Uso de medicamentos diuréticos – estimulam a diurese (ato de urinar) · Quem tem hipertensão, significa que tem volume alto. Quem tem hipotensão, significa que o volume esta baixo, ou seja, a pessoa está desidratada. 2. Edema (meio liquido): é caracterizado pelo acúmulo de plasma entre a pele e os vasos sanguíneos. Este acúmulo pode ocorrer durante respostas inflamatórias ou quando o sistema renal não funciona de forma adequada. Suas causas são: a. Problemas cardíacos; b. Problemas hepáticos; c. Desnutrição; d. Hipotireoidismo; e. Obstrução venosa e ou linfática; f. Imobilidade prolongada. 3. Hiperemia (fluxo sanguíneo): o sufixo EMIA refere-se ao sangue; é o aumento da quantidade de volume sanguíneo em um determinado órgão ou órgão - fisiológico ou patológico. Suas causas são: A. Aumento do fluxo sanguíneo; B. Deficiência de escoamento. ( Todos os vasos que chegam no coração é veias e todo vasos que sai do coração é artérias ) Uma hiperemia arterial ou ativa, significa que houve um acumulo do fluxo sanguíneo muito grande na artéria. E quando esse fluxo escoe é chamado de hiperemia venosa, ou seja, uma deficiência de escoamento (região continua vermelha mesmo após um tempo do trauma). ( Hiperemia – ativa (recebe sangue) ou veno sa (sem escoamento) ) Quando o sangue está correndo dentro das artérias é chamado de fluxo ativo, pois é o esforço do coração nas artérias. E quando passa pela as veias é chamado de passivo ou venosa, pois está acontecendo um escoamento – algo que não necessita de esforço, como se fosse “respirar”. 4. Trombose (fluxo sanguíneo): processo patológico; quando existe um agrupamento de sangue solidificado dentro dos vasos (geralmente venoso). Pode ocorrer por três elementos (tríade de Virchow): a. Lesão endotelial– lesões na parede do vaso (vidro, farpa, faca...); b. Hipercoagulabilidade – alteração da viscosidade do sangue; c. Fluxo sanguíneo anormal– acúmulo excessivo de plaquetas. Eventos que pré-dispõem à trombose: a. Uso de anticoncepcionais hormonais; b. Tabagismo; c. Acúmulo de gordura no sangue (hipercolesterolemia); d. Doenças hereditárias; e. Acidentes com materiais perfurocortantes; f. Pós cirurgia; g. Diminuição do fluxo sanguíneo; h. Quedas e acidentes sem perfurações. 5. Embolia (fluxo sanguíneo): quando um pedaço da trombose se desprende. Pode ocorrer por: a. Fragmentos de trombo; b. gordura; c. Corpos estranhos ( Pode ocorrer uma embolia sem ter ocorrido uma trombose antes; como é o caso de gordura. ) Caso o “pedaço” da embolia se solte e pare no coração, gera um infarto – caracterizado pela ausência de oxigênio em algum órgão do corpo, promovido pela obstrução de veias e artérias, provenientes de fragmentos de trombos ou gordura – ou se para no pulmão, gera uma embolia pulmonar. Isquemia: falta de oxigênio em algum órgão, decorrente de obstruções nas artérias deste órgão. 6. AVC – Acidente vascular Cerebral (fluxo sanguíneo): o tecido encefálico é composto de neurônios (única célula que não realiza mitose). Existem dois tipos de AVC: a. Isquêmico: ocorre pela obstrução de artérias que levam oxigênio para o cérebro. b. Hemorrágico: decorrente de alguma lesão (rompimento) nas artérias que carregam oxigênio ao cérebro.
Compartilhar