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1 Brenda Araújo (@brendaraujo____), Odontologia, UFPE Processos Patológicos Gerais ➞ Sistema circulatório (SC): composto pelo (1) coração (bomba); (2) artérias, veias e vasos linfáticos (tubos distribuidores e coletores); e pelos (3) capilares (tubos de paredes finas), que permitem a troca rápida de substâncias entre o sangue, o interstício e as células. Obs.: os vasos sanguíneos são interconectados ➞ Sistema linfático (SF): composto por (1) vasos linfáticos que se iniciam na matriz extracelular como (2) capilares e recolhem a linfa – formada a partir da reabsorção do líquido intersticial filtrado dos capilares sanguíneos, contendo água, macromoléculas, moléculas pequenas e células migradoras – de forma unidirecional e intermitente p/ os v. linfáticos. Obs.: os capilares linfáticos começam nas extremidades, em fundo cego, drenam a linfa p/ os vasos linfáticos coletores, que migram p/ os órgãos linfóides, conferindo-nos a função de defesa ao mesmo tempo que recolhe a linfa. ➞ Pressão intraluminal: força situada dentro do lúmen de um vaso. Quando se torna excessiva, o plasma tende a extravasar. ➞ Fluxo sanguíneo: quantidade de sangue que passa por uma seção transversal de um vaso, por unidade de tempo. Em condições ideais, a viscosidade sanguínea e a velocidade do fluxo fazem com que os elementos maiores se desloquem em maior velocidade no centro do vaso e os menores, mais próximos da superfície endotelial, em menor velocidade. Esse processo é denominado fluxo laminar e evita o contato direto dos elementos figurados com o endotélio. Forças de cisalhamento: impacto mecânico (atrito) que pode acontecer entre as células sanguíneas e o endotélio vascular. Devido a essa força, as plaquetas são ativadas, aderem- se ao endotélio e podem induzir trombose ou contribuir para a aterosclerose. Alteração circulatória que se refere ao aumento da quantidade de sangue no interior dos vasos, especialmente na microcirculação. Essa elevação resulta da velocidade do fluxo sanguíneo (hiperemia ativa), da redução da drenagem venosa por diminuição da velocidade de fluxo (hiperemia passiva ou congestão) ou desses dois fatores, quando há hiperfluxo associado a dificuldade de retorno venoso, como acontece em inflamações (hiperemia mista). Processo resultante da dilatação arterial, que eleva o fluxo local do sangue e torna a área avermelhada (eritema). Exemplos: rubor/hiperemia facial causada por estímulos vasodilatadores neurogênicos ou por exercícios físicos (liberação de adenosina e ADP) e hiperemia nas fases iniciais de uma inflamação aguda (causada por mediadores inflamatórios vasodilatadores). Ocorre quando há dificuldades na drenagem venosa de maneira localizada ou sistêmica. ➞ Hiperemia passiva ou congestão localizada: retorno venoso reduzido devido a bloqueios 2 Brenda Araújo (@brendaraujo____), Odontologia, UFPE Processos Patológicos Gerais obstrutivos e localizados. Acontece em trombose venosa, compressão de veias por causas variadas ou condições que favorecem o empilhamento de eritrócitos e o aumento da viscosidade sanguínea. ➞ Hiperemia passiva pulmonar e hiperemia passiva sistêmica: redução do retorno venoso sistêmico ou pulmonar, como acontece na insuficiência cardíaca. Obs.: Insuficiência cardíaca direita causa hiperemia passiva em todo o organismo. Normalmente, quando o sangue passa através dos capilares, ptns plasmáticas são retidas na vasculatura e há um movimento de líquido p/ a matriz extracelular. Quando isso ocorre em pequenas quantidades, os vasos linfáticos conseguem drenar, removendo o excesso de liquido e mantendo o equilíbrio hídrico e osmótico do nosso corpo. Porém, em alguns casos, o liquido pode ser extravasado em quantidades muito grandes e promover o edema, ou seja, resultar em um desequilíbrio caracterizado pelo movimento de fluido da vasculatura para dentro do espaço intersticial, acumulando-se de modo anormal. A patogênese do edema está relacionada com as forças que regulam o transporte de líquidos entre os vasos e o interstício, como: (1) aumento da pressão hidrostática vascular; (2) redução da pressão oncótica do plasma; (3) aumento da permeabilidade vascular; e (4) bloqueio da circulação linfática. ➞ Exsudato: fluido extravasado rico em proteínas e células de defesa. É formado quando há um aumento da permeabilidade vascular, como acontece em inflamações, traumatismos na microcirculação e em vasos malformados no interior de neoplasias. ➞ Transudato: fluido extravasado pobre em proteínas e não contem células de defesa. É encontrado em edemas originados por desequilíbrio nas forças de Starling, com maior filtração do que a capacidade de reabsorção dos capilares sanguíneos e linfáticos. ➞ Edemas em cavidades: são nomeados “hidro” + nome da cavidade. Ex.: hidrotórax, hidropericárdio, hidroperitônio. ➞ Anasarca: edema grave, generalizado, caracterizado por profundo inchaço dos tecidos subcutâneos e acúmulo de fluido nas cavidades corporais. É a saída de sangue do compartimento vascular ou das câmaras cardíacas para o meio externo, interstício ou cavidades pré- formadas. ➞ Causas: (1) alteração na integridade da parede vascular; (2) alterações dos mecanismos de coagulação sanguínea, incluindo fatores plasmáticos e teciduais; (3) alterações qualitativas ou quantitativas das plaquetas; e (4) mecanismos complexos e ainda mal definidos. ➞ Hemorragias puntiformes ou petéquias: são pequenas áreas hemorrágicas, geralmente múltiplas, dentro da pele, membranas mucosas ou superfícies serosas. Na maioria das vezes, resultam de defeitos quali ou quantitativos de plaquetas, como a trombocitopenia e a função defeituosa (deficiência de vitamina C). ➞ Púrpura: lesões superficiais levemente maiores que as petéquias e, geralmente, ocorrem na pele, de forma múltipla, plana ou discretamente elevada. ➞ Equimoses: surgem como manchas azuladas ou arroxeadas, mais extensas do que a púrpura 3 Brenda Araújo (@brendaraujo____), Odontologia, UFPE Processos Patológicos Gerais e que podem provocar aumento discreto de volume local. São frequentes em traumatismos. ➞ Hematoma: hemorragia em que o sangue se acumula formando uma tumoração. Assim como a anterior, é frequente após ação de agentes mecânicos. ➞ Hemorragias em cavidades: hemartro ou hemartrose p/ cav. articular, hemopericárdio, hemotórax e hemoperitônio para suas respectivas cav. serosas. Hemossalpinge, hematométrio e hematocolpo ocorrem luz da tuba uterina, na cav. uterina e na cav. vaginal, respectivamente. Hemobilia é a hemorragia no interior da vesícula biliar ou dos ductos biliares. ➞ Epistaxe: eliminação de sangue pelas narinas. ➞ (1) Hemoptise e (2) escarro hemoptoico: hemorragia pela tosse e oriunda do sistema respiratório, em (1) maior volume e (2) menor volume. ➞ Hematêmese: eliminação de sangue pela boca oriundo do sistema digestório e eliminado por vômito. ➞ (1) Melena e (2) hematoquezia: eliminação de sangue pelo ânus, podendo ser (1) sangue digerido, que confere cor escura às fezes; e (2) sangue não digerido, de cor vermelha. ➞ Otorragia: perda de sangue pelo meato acústico externo. ➞ Hematúria: eliminação de sangue com a urina, podendo ser macro ou microscópica. ➞ Metrorragia: perda de sangue originado do útero fora da menstruação. Se há perda excessiva de sangue na menstruação, tem-se a menorragia ou hipermenorreia. Já se a frequência e/ou o tempo de duração damenstruação aumenta, tem-se polimenorreia. ➞ Hifema: hemorragia da câmara anterior do olho, já a hiposfagma é a hemorragia ocular subconjuntival. A significância clínica de qualquer hemorragia depende do volume de sangue perdido e da velocidade do sangramento. Perdas maiores podem causar choque hemorrágico (hipovolêmico). O local também é importante: sangramentos que seriam insignificantes nos tecidos subcutâneos podem causar morte se localizados no cérebro. Consiste em uma série de processos regulados que mantêm o sangue em estado fluido, sem coágulos, nos vasos normais, formando ao mesmo tempo e rapidamente um tampão hemostático, localizado no sítio de lesão vascular. Essa parada de um sangramento pode ocorrer de forma natural (hemostasia espontânea) ou artificial (p. ex., ligadura ou cauterização de vasos lesados). A hemostasia espontânea faz-se por um conjunto de eventos em que participam a parede vascular, as plaquetas e o sistema de coagulação sanguínea. Nesse processo ocorrem os seguintes fenômenos: (1) vasoconstrição arteriolar; (2) formação do tampão plaquetário; (3) estruturação da rede de fibrina, a partir da polimerização do fibrinogênio, mediante o processo de coagulação do sangue (coágulo sanguíneo); (4) estabilização do coágulo, por meio da formação de ligações cruzadas entre as moléculas de fibrina. Cessado o sangramento, é acionado o mecanismo de dissolução do coágulo pelo sistema fibrinolítico, de modo a restabelecer o fluxo sanguíneo e a permitir os mecanismos de reparo tecidual. 4 Brenda Araújo (@brendaraujo____), Odontologia, UFPE Processos Patológicos Gerais A contraparte patológica da hemostasia é a trombose, que consiste na solidificação do sangue, formando um coágulo sanguíneo (trombo) dentro de vasos intactos das cavidades cardíacas, nas artérias, nas veias e na microcirculação. Tanto a hemostasia como a trombose envolvem três elementos: parede vascular, plaquetas e cascata de coagulação. Obs.: a fluidez ideal do sangue resulta do equilíbrio entre coagulação e fatores anticoagulantes. O ↑ ou a ↓ da atividade coagulante favorece a formação de trombos. O desenvolvimento de um trombo normalmente se relaciona a um ou mais componentes da tríade de Virchow: 1. Lesão endotelial: o endotélio não precisa ser afetado fisicamente para originar trombose. Qualquer perturbação do equilíbrio dinâmico dos efeitos protrombóticos pode influenciar localmente a coagulação (hipertensão, produtos metabólicos, inflamação, toxinas). 2. Fluxo sanguíneo anormal, estase ou turbulência: contribui para trombose arterial e cardíaca por causar lesão ou disfunção endotelial, e também por formar contracorrentes e bolsas locais de estase. A estase permite que plaquetas e leucócitos entrem em contato com o endotélio quando o fluxo é lento. Além disso, torna lenta a eliminação dos fatores de coagulação ativados e impede o influxo de inibidores de fator de coagulação (devido a aneurismas, placas ateroscleróticas). 3. Hipercoagulabilidade: apesar de pouco contribuir para a trombose arterial ou intracardíaca, é um importante fator de risco subjacente para trombose venosa. É definida como qualquer alteração das vias de coagulação que predisponha as pessoas afetadas à trombose, e pode ser dividida em desordens primárias (genéticas, causadas por mutações no fator V e nos genes da protrombina) e secundárias (adquiridas, estase ou lesão vascular). 1. Propagação: aumento do trombo por acréscimos de plaquetas adicionais e fibrina, que aumentam a margem de oclusão ou embolização vascular. 2. Embolização: o trombo, no todo ou em parte, se desloca e é transportado para outra parte na vasculatura. 3. Dissolução: se um trombo é recém-formado, a ativação dos fatores fibrinolíticos pode levar à sua rápida e completa dissolução. 4. Organização e recanalização: os trombos antigos se tornam organizados pelo crescimento de células endoteliais, células da musculatura lisa e fibroblastos para dentro de um trombo rico em fibrina. Em tempo, formam- se canais capilares que – até certo ponto – criam condutos ao longo da extensão do trombo, restabelecendo, portanto, a continuidade do lúmen original. É a obstrução de um vaso sanguíneo ou linfático por um corpo sólido, líquido ou gasoso em circulação e que não se mistura com o sangue ou linfa. O corpo que circula no interior dos vasos e que é transportado para um local distante do seu ponto de origem é denominado êmbolo. Embolia é causa frequente e importante de morbidade e mortalidade, especialmente a embolia pulmonar, que é o seu principal representante. 5 Brenda Araújo (@brendaraujo____), Odontologia, UFPE Processos Patológicos Gerais Êmbolos sólidos correspondem a fragmentos de trombos ou de tecidos. Os mais comuns são os trombóticos (tromboêmbolos, que levam a tromboembolia). Quando se originam de trombos em câmaras cardíacas esquerdas ou em artérias, os êmbolos podem obstruir vasos em qualquer território e causar isquemia de gravidade variada. Se oriundos do coração direito ou de veias da grande circulação, provocam obstrução das artérias pulmonares ou de seus ramos, como na embolia pulmonar. As consequências desta podem incluir insuficiência cardíaca direita, hemorragia pulmonar, infarto pulmonar ou morte súbita. A síndrome de descompressão resulta da formação de bolhas de ar, especialmente nitrogênio, quando o indivíduo submerso em grande profundidade retorna à superfície. Quando o indivíduo retorna à superfície rapidamente, a pressão atmosférica cai, e o nitrogênio dissolvido volta ao estado gasoso e forma bolhas (êmbolos) que obstruem vasos na microcirculação. As principais causas de embolia gasosa são acidentes iatrogênicos ou traumáticos, como procedimentos invasivos, por meio da inserção de agulhas e cateteres em vasos ou em cavidades serosas. Clinicamente, a embolia gasosa se manifesta relacionada ao sistema nervoso central: paralisias, paresias e quadros diversos de isquemia cerebral são as mais importantes da síndrome de descompressão. ➞ Embolia de líquido amniótico: resulta das contrações uterinas que forçam a passagem do líquido para o interior das veias uterinas expostas durante o trabalho de parto. É rara, grave e tem alta taxa de mortalidade. O líquido amniótico tem atividade pró- coagulante, desencadeando a formação de microtrombos disseminados (coagulação intravascular disseminada). ➞ Embolia gordurosa: pode ser provocada por (1) infusão inadequada de substâncias oleosas na circulação sanguínea (injeções oleosas intramusculares); (2) esmagamento do tecido adiposo ou da medula óssea amarela em indivíduos politraumatizados; (3) lise de hepatócitos com esteatose acentuada, causando migração de gorduras para as veias hepáticas. Um infarto é uma área de necrose isquêmica causada por obstrução do suprimento vascular para o tecido afetado. A trombose arterial ou embolia arterial é subjacente à grande maioria dos infartos. São classificados com base em sua cor (que reflete a quantidade da hemorragia), podendo ser vermelhos (hemorrágicos) ou brancos (anêmicos). A região comprometida adquire coloração vermelha em razão da hemorragia que se forma na área infartada. ➞ Causas: (1) oclusões venosas; (2) em tecidos frouxos (ex.: pulmão), onde o sangue pode se acumular em zonas infartadas; (3) em tecidos com circulações duplas (ex.: pulmão e intestino delgado), onde é típica a perfusão parcial inadequada do suprimento arterial colateral; (4) em tecidos previamente congestionados (comoconsequência de um lento fluxo de saída venoso). A região afetada fica mais clara (branca ou amarelada) do que a cor normal do órgão. ➞ Causas: (1) obstrução arterial em territórios sem ou com escassa circulação colateral; (2) em órgãos ou territórios supridos por ramos colaterais; (3) em órgãos com circulação terminal ou com poucos ramos colaterais, obstrução arterial, especialmente em situações de aumento da demanda de oxigênio, queda abrupta da pressão arterial, choque ou anemia. É o que acontece tipicamente no coração, no encéfalo, nos rins e no baço. 6 Brenda Araújo (@brendaraujo____), Odontologia, UFPE Processos Patológicos Gerais Os efeitos da oclusão vascular variam desde aquela sem consequência até a necrose tecidual que leva à disfunção do órgão e algumas vezes ao óbito. A variação dos resultados é influenciada: 1. Pela anatomia do suprimento vascular: a presença ou ausência de um suprimento sanguíneo alternativo é o fator mais importante para determinar se a oclusão de um vaso individual causa dano. 2. Pelo tempo de desenvolvimento da oclusão: o lento desenvolvimento das oclusões tem menos probabilidade de causar infarto por dar tempo para o desenvolvimento de suprimentos sanguíneos colaterais. Se uma artéria coronária se oclui lentamente (p. ex., por uma placa aterosclerótica), o fluxo nessa circulação colateral pode aumentar o suficiente para impedir o infarto — ainda que a artéria original se torne completamente ocluída. 3. Pela vulnerabilidade intrínseca do tecido afetado à lesão isquêmica. 4. Pelo conteúdo de oxigênio no sangue. Distúrbio hemodinâmico agudo e sistêmico caracterizado pela incapacidade do sistema circulatório de manter a pressão arterial em nível suficiente para garantir a perfusão sanguínea ao organismo, o que resulta em hipóxia generalizada. A manutenção da pressão arterial e da pressão de perfusão tecidual depende de: (1) bomba cardíaca, que impulsiona o sangue nos vasos; (2) volume de sangue circulante; (3) compartimento vascular. Em condições normais, a quantidade de sangue ejetado na circulação ocupa o compartimento vascular de modo a exercer tensão na parede dos vasos suficiente para manter a pressão arterial e a perfusão dos tecidos. ➞ Causas: (1) falência da bomba cardíaca (choque cardiogênico); (2) redução da volemia (choque hipovolêmico); (3) aumento do compartimento vascular (choque distributivo); (4) falência no enchimento do ventrículo esquerdo (choque obstrutivo). 1. Choque cardiogênico: surge da insuficiência cardíaca aguda, especialmente do ventrículo esquerdo, que resulta em incapacidade do coração em bombear o sangue para a circulação sistêmica. As principais causas são infarto agudo do miocárdio e miocardites agudas. 2. Choque hipovolêmico: resulta da redução aguda e intensa do volume circulante, por perda de líquidos para o meio externo, devido a: (a) hemorragia grave, vômitos e diarreia; (b) perda cutânea (queimaduras); (c) passagem rápida de líquido do meio intravascular para a MEC (como na dengue, devido à perda de fluidos na microcirculação); (d) causas menos frequentes. 3. Choque distributivo: resulta de vasodilatação arteriolar periférica que leva a queda da resistência periférica, inundação de capilares e redução drástica do retorno venoso. Exemplo típico é o choque anafilático, em que há liberação rápida de histamina que provoca vasodilatação arteriolar, queda rápida da pressão arterial, inundação do leito capilar e diminuição do retorno venoso. Nesse grupo está também o choque séptico, causado por resposta sistêmica que o organismo monta contra invasores biológicos (infecções) ou por lesões teciduais causadas por agentes físicos ou químicos, cuja patogênese é complexa e ainda mal compreendida. O choque séptico é incluído como choque distributivo porque ocorre vasodilatação na microcirculação induzida por resposta inflamatória sistêmica que inicia o distúrbio hemodinâmico. 7 Brenda Araújo (@brendaraujo____), Odontologia, UFPE Processos Patológicos Gerais Esquema representando o choque anafilático: ➞ Choque obstrutivo: tem como mecanismo básico a restrição no enchimento das câmaras cardíacas esquerdas de instalação súbita. As principais causas são embolia pulmonar maciça (bloqueio do fluxo sanguíneo nas artérias pulmonares) e hidro ou hemopericárdio agudos (levam a restrição diastólica por preenchimento do espaço pericárdico por líquido de edema ou por sangue). Obs.: o choque de qualquer tipo pode levar à lesão tissular hipóxica se não corrigido. KUMAR, V. et al. Robbins & Cotran Patologia: Bases Patológicas das Doenças. 8ª ed. Elsevier Brasil, 2010. BRASILEIRO FILHO, Geraldo. Bogliolo: Patologia Geral. 9ª ed. Guanabara Koogan, 2016.
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