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Inspetor de dutos-PROMINP-09valvulas

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INSPETOR DE DUTOS TERRESTRES NÍVEL 1
VÁLVULAS
201
202
 
VÁLVULAS
1.0 Definições
1.1 Válvulas
São dispositivos destinados a estabelecer, controlar e interromper o fluxo em uma tubulação. São 
os acessórios mais importantes para a segurança e operação dos dutos. De um modo geral a 
localização das válvulas deve ser estudada com cuidado, para que a manobra das mesmas seja fácil. No 
caso de gasodutos e oleodutos, a localização das válvulas de bloqueio instaladas ao longo da linha 
tronco é determinada por normas e deve atender a requisitos ambientais.
1.2 Diâmetro Nominal
É um número expresso em polegadas, igual ao diâmetro nominal do tubo ao qual a válvula será 
acoplada.
1.3 Classe de Pressão
É um número indicativo das condições de pressão e temperatura de trabalho conforme 
estabelecido em normas. Válvulas de dutos devem atender à norma API 6D.
2.0 Classificação das Válvulas
a) Quanto à finalidade, podem ser consideradas como:
- Válvulas de Bloqueio: válvulas de gaveta, de macho, de esfera e de comporta;
- Válvulas de Regulagem: válvulas de globo, de agulha, de controle, de borboleta e de diafragma;
- Válvulas que permitem o fluxo em um só sentido: válvulas de retenção, válvulas de retenção e 
fechamento (stop-check-valves) e válvulas de pé;
- Válvulas que controlam a pressão de montante (antes) – válvulas de segurança e válvulas de 
segurança e alivio;
- Válvulas que controlam a pressão de jusante (depois) – Válvulas redutoras e reguladoras de 
pressão.
203
b) Quanto ao tipo de extremidade podem ser classificadas como:
- Extremidades roscadas
- Extremidades para solda de topo
- Extremidades com encaixe para solda
- Extremidades flangeadas
c) Quanto ao meio de operação as válvulas podem ser classificadas como:
- Válvulas de Operação Manual: por meio de volante, por meio de alavanca e por meio de 
engrenagens, parafusos sem-fim, etc; (figura 2.1)
- Válvulas de Operação Motorizada: pneumática, hidráulica e elétrica;
- Válvulas operação automática: pelo próprio fluido (por diferença de pressões gerada pelo 
escoamento) e por meio de molas ou contrapesos.
Figura 2.1 – Operação manual de válvula
Os tipos de válvulas mais comumente encontrados em instalações dutoviárias são: as válvulas de 
gaveta, de esfera, de retenção e válvulas de segurança. Nos projetos mais recentes, a grande maioria 
das válvulas instaladas nos dutos é válvula de esfera, muito usada tanto para as manobras com os 
recebedores e lançadores nas operações com pig, quanto para as Shut Down Valves (SDV), que são 
válvulas de bloqueio instaladas ao longo de gasodutos para controlar o inventário (volume) contido no 
duto em um eventual vazamento.
3.0 Construção de Válvulas
204
Figura 3.1 - Válvula gaveta pequena, castelo rosqueado Figura 3.2 - Válvula gaveta grande, castelo aparafusado
Partes principais
a) Carcaça: parte externa;
b) Mecanismos internos;
c) Extremidades das válvulas.
a)Carcaça
- Divide-se em: corpo (parte externa) e castelo (parte superior removível).
- Ligação do corpo ao castelo;
- Castelo rosqueado - utilizado para pequenas válvulas e serviços de baixa pressão, conforme 3.1.
- Castelo de união - utilizado em válvulas de até 2" de diâmetro podendo ser aplicado a serviços 
severos;
- Castelo aparafusado - utilizado em válvulas de grande diâmetro, normalmente acima de 3" de 
diâmetro, admitem serviços severos e é considerado o melhor sistema em termos de vedação, 
conforme 3.2.
b)Mecanismos internos
- Definição:
- São peças de fechamento, sedes e hastes. Normalmente são fabricadas de materiais mais 
nobres que o corpo da válvula;
- Engaxetamento da haste.
- Caixa de gaxeta com sobreposta;
- Caixa de gaxeta com porca de união;
- Sistema especial de vedação (retentores, foles, etc).
- Rosca da haste.
- Esta pode ser externa (tipo sem-fim) ou interna. A externa apresenta a vantagem de não 
entrar em contato com o fluido.
c)Extremidades das válvulas.
- Extremidade flangeada → Sistema usado em todos os tipos de válvulas, empregados normalmente 
em diâmetros acima de 2";
- Extremidade de solda de encaixe → Aplicados em válvulas de aço em tubulações com diâmetro 
abaixo de 2" (tipo macarrão)
- Extremidade rosqueada → Utilizada em todos os tipos de válvulas e diâmetro inferior a 4".
- Extremidade de solda de topo → Aplicado em válvulas de aço, tubulações acima de 2" e serviços 
severos.
205
4.0 Tipos de Válvulas
4.1 Válvulas de Gaveta
Estas válvulas são classificadas como de bloqueio (fechamento lento e não estanque) porque se 
destinam apenas a estabelecer ou interromperem o fluxo e, conseqüentemente, devem funcionar 
completamente abertas ou completamente fechadas. O fechamento destas válvulas é feito pelo 
deslocamento de um componente chamado gaveta ou cunha e é obtido através da rotação de uma 
haste. A gaveta desloca-se perpendicularmente ao fluxo, assentando-se entre duas sedes.
Uma característica deste tipo de válvula é que são sempre de fechamento lento, especialmente em 
grandes diâmetros devido ao longo curso que a gaveta deve percorrer. Válvulas gavetas dificilmente dão 
uma vedação “absolutamente estanque” (bubble-tight closing), característica importante para as válvulas 
instaladas em dutos, figura 4.1.2. Válvulas “absolutamente estanques” são válvulas que quando 
completamente fechadas, submetendo-se um dos lados da válvula à máxima pressão de serviço, não 
há queda de pressão, que seria causada por qualquer vazamento ou gotejamento através da válvula 
ainda que insignificante. Para emprego ao longo da linha tronco de dutos, devem ter construção especial 
para conferir tanto a estanqueidade absoluta quanto à característica de ser pigável, isto é, quando 
completamente abertas não devem obstruir a passagem dos pigs, figura 4.1.1. Alguns fabricantes de 
válvulas de gavetas dispõem de construções especiais para atender estas características, porém não são 
muito usadas.
Figura 4.1.1 – Válvula de Gaveta passagem plena
206
Figura 4.1.2 – Válvula de Gaveta
4.2 Válvulas de Esfera
São classificadas como válvulas de bloqueio, devendo operar na mesma condição que as 
válvulas de gaveta, completamente aberta ou completamente fechada. Industrialmente aplicam-se 
principalmente a bloqueio de gases (de rua), figura 4.2.1 e figura 4.2.2. Neste tipo de válvula o 
fechamento é feito pela rotação de uma peça (esfera), onde há um orifício vazado de formato cilíndrico, 
encaixada no interior do corpo da válvula. São válvulas de fecho rápido, porque são fechadas com ¼ 
de volta da haste ou da esfera. O emprego de válvulas de esfera tem aumentado muito, principalmente 
como substitutas das válvulas de gaveta, tanto no bloqueio de líquido quanto de gases. As válvulas de 
esfera são de menor peso e tamanho, apresentam melhor vedação e maior facilidade de operação que 
as válvulas de gaveta.
Aspectos construtivos importantes para válvulas de esferas atualmente usadas em dutos:
- São geralmente com sede metálicas atuadas por efeito de pistão e por molas. Seu sistema de 
vedação é um sistema misto de vedação metálica (metal-metal) para atuação em altas pressões e 
vedação macia (por elastômero), para atuação em baixas pressões. 
- Sua forma construtiva lhe confere a característica de ser pigável, sem modificações no projeto.
- Devem ser do tipo duplo bloqueio, isto é, devem possuir vedação estanque (borracha vedante) em 
ambas as sedes simultaneamente, conseqüentemente a cavidade do corpo permanece estanque 
207
com a esfera posicionada tanto na posição completamente aberta quanto na posição completamente 
fechada, em relação ao fluido que escoa na tubulação, conforme figura 4.2.3.
- Devem possuir sistema de bleed (sistema de drenagem), isto é, o fluido aprisionado na cavidade 
durante a abertura ou fechamento da válvula, pode ser drenado através do dreno decorpo em 
qualquer das posições extremas da válvula, tanto na parte superior como na inferior.
- Para prevenir sobrepressões do fluido isolado na cavidade do corpo, as válvulas devem ser 
equipadas com dispositivos de alívio de pressão.
Figura 4.2.1 – Válvula de esfera funcionamento
Figura 4.2.2 – Válvula de Esfera
208
 
 
Figura 4.2.3 – Válvula de Esfera Duplo Bloqueio
4.3 Válvulas de Globo
São válvulas de regulagem e se destinam especificamente a regularem o fluxo, podendo operar 
parcialmente abertas. Nestas válvulas o fechamento é feito por meio de um tampão que se ajusta em 
uma sede, com orifício paralelo ao sentido do fluxo e são não pigáveis. As válvulas de globo dão 
uma vedação bem melhor que as de gaveta, porém devido a sua forma construtiva podem causar um 
considerável acúmulo de sujeira embaixo do tampão de fechamento. São usadas basicamente para 
serviço de regulagem.
209
 
 
Figura 4.3.1 – Válvula de Globo
4.4 Válvulas de Retenção
São válvulas que permitem o fluxo em um só sentido fechando-se automaticamente por 
diferença de pressões, exercidas pelo fluido em conseqüência de uma tendência de inversão no sentido 
do fluxo. São válvulas de operação automática. São usadas quando se quer impedir o retorno do fluido, 
normalmente em possíveis paradas da linha. Podem ser de vários tipos: de portinhola, de pistão e de 
esfera. São usadas geralmente em linhas de recalques de bombas para proteção das mesmas ou para 
manter a escorva (ausência de ar na linha).
Em dutos podem ser usadas para proteção ambiental, desta forma podem ser instaladas antes da 
travessia de rios em oleodutos ou para controle do inventário em gasodutos. Válvulas de retenção, 
usadas nas linhas-tronco de dutos, são normalmente do tipo portinhola, em que o fechamento é feito por 
uma portinhola articulada que se assenta na sede da válvula. Para uso em dutos devem ter construção 
especial. 
Para permitir a passagem de pigs, a portinhola deve ter uma face côncava. Deve ainda ter uma 
alavanca externa que permita abrir plenamente ou fechar a válvula, para não comprometer as operações 
com pigs.
Figura 4.4.1 – Válvula de retenção tipo portinhola
4.5 Válvulas de Segurança
São válvulas que aliviam a pressão à montante quando a pressão atinge níveis perigosos para 
integridade do equipamento. As válvulas devem abrir automaticamente em um valor de pressão para o 
qual foi calibrada, chamada pressão de abertura da válvula. A válvula fecha-se também automaticamente 
quando a pressão atingir níveis normais de operação, geralmente abaixo da pressão de abertura. São 
válvulas angulares, têm os bocais de entrada e saída a 90º um em relação ao outro. O obturador é 
mantido assentado sobre a sede pela ação de uma mola, com porca e regulagem. A válvula é calibrada 
210
 
 
regulando-se a tensão da mola de modo que a pressão de abertura alcance o valor especificado em 
projeto. As válvulas são chamadas “de segurança” quando destinadas a trabalhar com fluidos 
compressíveis, gases, vapor, etc (figura 4.5.1) e “de alívio” quando destinadas a trabalhar com líquidos 
que são fluidos incompressíveis (figura 4.5.2). Existem válvulas desenvolvidas para trabalhar tanto com 
líquidos como para gases, válvulas de “alívio e segurança”. As válvulas de segurança podem descarregar 
direto para atmosfera ou para um sistema fechado, esta última disposição irá influir diretamente no 
projeto da válvula e na regulagem da pressão de abertura. Em dutos, podem fazer parte do sistema de 
proteção e são instaladas nos terminais e estações de bombeio. São instaladas também nos 
lançadores e recebedores para proteção dos dutos durante as operações com pigs.
Figura 4.5.1 – Válvula de Segurança
Figura 4.5.2 – Válvulas de Alívio de Pressão
4.6 Extremidades das Válvulas
211
 
 
Válvulas são, de uma forma geral, peças sujeitas à manutenção periódica, ou eventual 
substituição, portanto em princípio deveriam ser desmontáveis da tubulação. Tanto válvulas rosqueadas 
como válvulas flangeadas são desmontáveis para reparo ou substituição. Com o desenvolvimento dos 
processos de soldagem passaram também a serem empregadas válvulas com extremidade soldada, em 
que o risco de vazamento pela ligação com a tubulação é significativamente menor. Em dutos as válvulas 
instaladas na linha-tronco e enterradas, caso mais comum atualmente, são especificadas com 
extremidade soldadas, enquanto que válvulas aéreas, situadas nas estações, podem ser especificadas 
com ligação soldada ou flangeada conforme a especificação de material definida pelo projetista do duto.
Válvulas com extremidades flangeadas – é o sistema mais usado em tubulações industriais.
Válvulas com extremidade para solda de topo – sistema mais usado quando se deseja segurança 
absoluta contra vazamentos.
Figura 4.6.1 – Válvula controladora de pressão flangeada
5.0 Meios de Operação das Válvulas
a) Operação manual
É o sistema mais barato e mais comumente usado. O fechamento corresponde sempre à rotação 
da haste no sentido dos ponteiros do relógio, para quem olha a haste do extremo para o corpo da 
válvula. Para operação manual de válvulas situadas fora do alcance do operador utilizam-se volantes ou 
alavancas com correntes, figura 5.1. Para válvulas que estejam relativamente próximas, porém fora do 
alcance do operador são usadas hastes de extensão. Em projetos de dutos este tipo de operador pode 
ser especificado para as válvulas aéreas nas estações de recebimento e lançamento.
212
 
 
Figura 5.1 – Operação Manual de Válvulas
b) Operação motorizada é o sistema em que a válvula é operada por uma força motriz externa (não 
manual), é empregada nos seguintes casos:
- Válvulas comandadas por instrumentos automáticos;
- Válvulas situadas em locais inacessíveis (caso típico de válvulas enterradas em dutos)
- Válvulas de operação freqüente;
- Válvulas de grande diâmetro para cuja operação seja exigido um grande conjugado motor ou um 
número muito grande de voltas no volante (sistemas utilizados: hidráulico, pneumático, elétrico);
- Válvulas em que a operação deva ser feita por comando remoto, permitindo operação do sistema 
em um único local (tendência dos projetos de dutos atuais), conforme figura 5.2.
- Válvulas com operação automática – dispensam qualquer atuação externa.
Figura 5.2 – Válvula de comando remoto
213
 
Por sistemas - atuam pela ação do próprio fluido, através de diferencial de pressão. Ex: Válvula de 
retenção.
Por meio de molas e contrapesos - ex: Válvula de segurança e alívio.
Figura 5.3 – Válvula de controle pneumático
Nos sistemas de operação hidráulica ou pneumática, a haste da válvula é comandada diretamente 
por um êmbolo ou por um diafragma, sujeitos à pressão de um líquido ou de ar comprimido, figura 5.3.
Nos sistemas de operação elétrica, dois tipos de operadores são de uso mais corrente: motor 
elétrico, acionando o volante da válvula por meio de engrenagens de redução e solenóides cujo campo 
magnético movimenta diretamente, por atração, a haste da válvula, abrindo ou fechando a válvula, figura 
5.4.
Figura 5.4 – Válvula de esfera aberta com acionador elétrico
Na Operação Automática o sistema é auto-suficiente, dispensando qualquer ação externa para seu 
funcionamento. A operação automática pode ser conseguida pela diferença de pressão do fluido 
214
 
circulante (em válvulas de retenção, por exemplo) ou pela ação de molas ou contrapesos, integrantes da 
própria válvula (válvulas de segurança e alívio), figura 5.5.
Figura 5.5 – Painel de acionamento automático de uma válvula da linha de gás
Observação: é preciso não confundir válvulas comandadas por instrumentos automáticos com 
válvulas de operação automática. Nas válvulas comandadas por um instrumento, o que é automático é 
o conjunto instrumento-válvula, e não a válvula em si, que é de operação motorizada,isto é, necessita 
uma força motriz externa para sua operação.
Para uso em dutos foram desenvolvidos operadores chamados operadores inteligentes, que 
quando montados na válvula, conferem ao conjunto válvula-operador a capacidade de desempenhar as 
seguintes funções:
A partir de uma conexão com o fluido escoando na linha, perceber queda de pressão ou velocidade 
de queda da pressão fazendo o operador (elétrico ou mais comumente em dutos, pneumático) da 
válvula atuar;
Enviar sinais de saída para um controlador lógico programável (CLP);
Enviar sinal indicando deslocamento da haste;
Permitir operação manual (local) da válvula;
Permitir operação motorizada (local) da válvula;
Permitir operação remota da válvula;
215
 
Atenção! Válvulas equipadas com este operador são válvulas motorizadas e não válvulas automáticas, 
já que apesar de fecharem com a pressão do fluido da linha, necessitam de um sistema hidráulico ou 
elétrico para fazer atuar a haste. Os operadores inteligentes combinam a atuação da haste com o 
controle por instrumento.
5.1 Principais Normas
PETROBRAS N-12 - Acondicionamento e embalagem de válvulas;
PETROBRAS N-464 – Construção, montagem e condicionamento de dutos;
PETROBRAS N-2444 - Padronização de material para dutos e terminais;
PETROBRAS N-2232 - Válvula gaveta de aço fundido e forjado;
PETROBRAS N-2247 - Válvula esfera em aço para uso geral e fire-safe;
PETROBRAS N-2296 – Válvula de retenção tipo portinhola de aço fundido;
PETROBRAS N-2668 – Válvula industriais;
ABNT NBR 5426 -Planos de Amostragem e Procedimentos na Inspeção por Atributos; 
ABNT NBR 5427 -Guia para Utilização da norma ABNT NBR 5426; 
ANSI/ASME B 16.5 - Dimensões de flanges e válvulas;
ANSI /ASME 16.34 - Válvulas flangeadas;
API SPEC 6D -Specification for Pipeline Valves (Gate, Plug, Ball and Check Valves);
MSS - SP-44 - Steel pipe line flanges;
MSS SP-55 - Quality Standard for Steel Castings for Valves, Flanges and Fittings and other Piping 
Components.
ASME B 31.4 -Liquid Transportation Systems for Hydrocarbons, Liquid Petroleum Gas, Anhydrous 
Ammonia and Alcohols; 
ASME B 31.8 -Gas Transmission and Distribution Piping Systems; 
6.0 Identificação e Marcação
a) As válvulas deverão estar marcadas, preferencialmente no corpo em relevo, com as seguintes 
marcações: Marca ou símbolo do fabricante; Especificação do material do corpo; Diâmetro Nominal (DN); 
Classe de pressão.
b) As válvulas deverão estar identificadas através de uma placa de identificação em aço inox ou alumínio 
com as seguintes informações: Marca ou símbolo do fabricante; Especificação do material do corpo; 
Especificação do material dos internos; Diâmetro nominal; Classe de pressão; Número de série de 
fabricação.
As normas Petrobrás específicas para as válvulas e a norma API 6D, principal norma construtiva 
de válvulas aplicadas a dutos, orientam as marcações e identificações aplicáveis.
216
7.0 Inspeção de Recebimento
A inspeção de recebimento das válvulas é feita basicamente para conferência da conformidade do 
material recebido com os documentos de compra e conseqüentemente com as normas construtivas e de 
testes aplicáveis, e ainda para verificação de possíveis danos causados pelo transporte e manuseio das 
válvulas até a chegada no local de armazenamento no canteiro. 
A inspeção de recebimento deve estar descrita em procedimento aplicável ao contrato e deve 
abranger os itens 7.1 a 7.4 abaixo.
7.1 Documentação
Verificação dos certificados dos materiais aplicados aos principais componentes das válvulas: 
corpo, haste, sedes e elastômeros (se aplicável). Os certificados devem confirmar que o material 
aplicado está conforme as especificações de material estabelecidas nos documentos de projeto e normas 
aplicáveis;
Verificação dos relatórios de inspeção de solda (no caso de válvulas com extensões soldadas no 
fabricante), confirmando que o procedimento de soldagem, aplicado às extensões soldadas (pups), está 
de acordo com o previsto. A EPS deve ter sido qualificada por Inspetor de Solda Nível 2. Deverá ter sido 
realizada também a inspeção visual da junta soldada.
Verificação dos certificados de teste hidrostático e de vedação, feitos no fabricante. Os certificados 
devem confirmar que os testes aplicados estão conforme a norma construtiva da válvula, indicando as 
pressões aplicadas, o tempo de espera, e as seqüências utilizadas na pressurização da válvula. Devem 
indicar também o laudo de aceitação e os números de séries das válvulas testadas.
Verificação dos relatórios de pintura. Os certificados devem confirmar que o sistema de pintura 
aplicado foi o especificados nos documentos de compra e está conforme os documentos de projeto e 
normas aplicáveis. A espessura de película deve estar conforme a norma aplicável. Devem indicar 
também o laudo de aceitação do Inspetor de Pintura e os números de séries das válvulas inspecionadas.
Verificação dos certificados dos parafusos e porcas. Deve ser verificado se os certificados de 
qualidade do material de todos os lotes de parafusos e porcas estão conforme especificação ASTM 
aplicável.
Os certificados devem ter um modo formal de serem rastreados à cada válvula inspecionada, é 
comum ser fornecido junto com o “ data- book” das válvulas, um relatório definindo a associação dos 
certificados de material e de testes com o número de série das válvulas.
217
7.2 Inspeção Visual
a)Verificação da identificação
Deve ser verificado se todas as válvulas estão com as placas de identificação.
b)Verificação da pintura
Deve ser verificado visualmente se a pintura aplicada sofreu algum dano. A pintura deve ser 
efetivamente inspecionada no canteiro nos seguintes casos:
- Caso esteja definido no plano de inspeção do contrato, a inspeção de pintura na chegada ao 
canteiro, deverá ser realizada por Inspetor de Pintura qualificado.
- Caso de dúvidas surgidas a partir da verificação dos relatórios no fabricante, ou na inexistência 
destes relatórios.
c) Verificação visual das extremidades e dos componentes usinados
- Válvulas com conexão por solda de topo - devem estar com a extremidade preservada com graxa ou 
verniz na sua chegada ao canteiro. Pode ser retirado a graxa ou o verniz, se necessário, e verificado 
se houve algum dano no transporte e manuseio. Após a verificação a conexão deverá novamente ser 
preservada com graxa ou verniz para armazenamento, até sua montagem.
- Válvulas com conexão flangeada - devem estar com os flanges protegidos por uma capa na sua 
chegada ao canteiro. Deve ser retirada a capa e verificada se a superfície está preservada e se 
houve algum dano devido ao manuseio e transporte. Danos mecânicos na região de vedação (área 
de contato com junta) são considerados não conformidades graves, pois podem influenciar na 
capacidade de estanqueidade da ligação. Após a verificação a conexão deverá novamente ser 
preservada com graxa ou verniz e recoberta com a capa para armazenamento, até sua montagem.
- Componentes usinados: gavetas, esferas, extremidades das hastes, canais de vedação em flange de 
vedação por anel, etc. devem estar preservados por graxa ou verniz em sua chegada ao canteiro. 
Deve, se necessário, ser retirada a graxa ou o verniz e verificado eventuais danos mecânicos devido 
ao transporte e manuseio. Devem ser verificados empenamentos da haste e aspecto geral do volante 
(se aplicável). Após a verificação o componente deverá novamente ser preservado com graxa ou 
verniz para armazenamento, até sua montagem.
d) Verificação dos acessórios
- Acessórios tais como drenos, válvulas de alívio, graxeiras, dispositivo para injeção de selante, 
conexões para instrumentos, etc. se montados na válvula devem estar condicionados 
adequadamente para evitar danos. Deve ser feita inspeção visual para verificação quanto a possíveisdanos durante transporte e manuseio.
- Anéis de vedação tipo RTJ - não devem apresentar corrosão, amassamento, avarias mecânicas e 
trincas.
218
- Parafusos e porcas devem estar identificados com as seguintes características: especificação, tipo 
de parafuso e dimensões. Deverão estar devidamente protegidos, livres de amassamentos, trincas e 
corrosão.
7.3 Inspeção Dimensional
Conforme definido no plano de inspeção do contrato devem ser verificados:
Nas válvulas: espessura do corpo, a distancia face a face das válvulas, as dimensões do bisel no 
caso de válvulas com ligação por junta soldada, e as dimensões dos flanges no caso de válvulas com 
ligação por flanges. Devem estar conforme as normas aplicáveis.
Nas juntas de vedação não metálicas devem ser verificados: o material, os diâmetros interno e 
externo, tipo de junta, material de enchimento, classe de pressão e padrão dimensional de fabricação. 
Devem ser armazenadas em locais planos, evitando quedas e choques contra sede retificada em seu 
interior.
Nas juntas de vedação metálicas conforme NORMA ASME B 16.20: espessura, diâmetro 
interno e externo, código de cor; diâmetro, classe de pressão e norma dos flanges (com superfície 
espiralada ou corrugada) e dureza tipo e número (para as juntas tipo anel – RTJ). Devem ser 
armazenadas com graxa anticorrosiva não solúvel em água e em locais planos.
Nos parafusos e porcas: comprimento do parafuso, diâmetro do parafuso e porca, altura e 
distancia entre faces e arestas da porca, e tipo e passo da rosca, conforme normas ASME B 1.1, ASME 
B 16.5 ou MSS SP-44.Os parafusos devem estar livres de amassamentos, trincas e corrosão e 
devidamente protegidos (com graxa anticorrosiva não solúvel em água, ficando protegidos de 
intempéries e longe do solo). Os dois deverão ficar roscados um no outro.
7.4 Testes Hidrostáticos e de Vedação
Conforme definido no plano de inspeção do contrato, devem ser feitos testes hidrostáticos e de 
vedação nas válvulas recebidas na obra. Os testes deverão ser realizados conforme a norma construtiva 
da válvula em bancada apropriada. Imediatamente após os testes as válvulas devem ter os seus internos 
(inclusive a cavidade interna do corpo) drenados e secos, com utilização de nitrogênio ou ar seco, e 
mantidos limpos secos e engraxados e protegidos. As hastes devem ser condicionadas e 
mecanicamente protegidas.
7.4.1 Testes hidrostáticos
Tem como objetivo, testar a resistência do corpo da válvula. A pressão e o tempo de teste devem 
ser conforme a norma construtiva da válvula. O teste hidrostático deve ser conduzido com a válvula 
219
parcialmente aberta, para não danificar o sistema de vedação. Deve ser conduzido conforme 
procedimento específico para teste da válvula, conforme figura 7.4.1.1.
7.4.2 Teste de vedação ou teste de estanqueidade
Tem como objetivo avaliar a condição de estanqueidade das sedes das válvulas nas pressões 
máximas de operação. As pressões e tempos de teste devem ser conforme a norma construtiva da 
válvula. O critério de aceitação da estanqueidade de válvulas para dutos é “absolutamente estanque”, 
não pode haver vazamentos.
De uma forma geral os testes devem ser conduzidos com aplicação da pressão:
- com a válvula fechada, em um dos lados, estando o outro lado aberto para atmosfera;
- com a válvula fechada, no outro lado da válvula não testado, estando o primeiro lado aberto para 
atmosfera;
- com a válvula aberta, verificando a condição de vazamento para a cavidade;
A seqüência de pressurização deve estar conforme a norma para válvulas de simples e de duplo 
bloqueio.
Sendo os testes de baixa pressão requisitos adicionais à norma, devem ser conduzidos 
quando especificados na compra. Deverão estar mencionados nos documentos de projeto anexos à 
autorização de fornecimento do material.
Os tempos de testes deverão ser considerados após a estabilização do ponteiro do manômetro.
A bancada deve ter um dispositivo para verificação de vazamento, por exemplo, um tubo de 
pequeno diâmetro em forma de “U” conectado ao dreno do corpo. Estando a cavidade cheia com o fluido 
de teste (não pressurizado) qualquer vazamento para cavidade fará com que o fluido contido no tubo 
derrame permitindo verificação visual. O dispositivo deverá estar conectado em todas as fases de 
aplicação da pressão de teste.
Os manômetros de teste, ou qualquer outro meio de medição de pressão, devem estar calibrados, 
isto é, o valor do erro encontrado no processo da calibração deve estar conforme o valor aceitável 
(precisão) definido no procedimento. O manômetro deve estar identificado de modo a permitir a 
verificação do seu status de calibração e sua identificação deve permitir rastreabilidade aos certificados 
de calibração. Geralmente a data limite da validade da calibração está registrada em uma etiqueta colada 
no instrumento.
O teste de vedação deve ser conduzido conforme procedimento específico para teste da válvula.
7.4.3 Procedimento de teste hidrostático e de vedação
O procedimento de testes deverá abranger no mínimo:
220
- Fluido de teste (geralmente água) e requisitos de qualidade aplicáveis;
- Pressões e tempos de teste;
- Seqüenciamento das etapas do teste;
- Diagrama da bancada;
- Características dos instrumentos de medição, manômetros. Devem ser informadas as dimensões 
do manômetro, o range (intervalo mínimo entre divisões da escala), e precisão aceitável para o 
manômetro. Os manômetros devem ser especificados de modo que a leitura de pressão seja 
feita no terço médio da escala.
- Os requisitos de segurança aplicáveis, especialmente os cuidados com a proximidade de 
pessoas ao local onde está sendo pressurizada a válvula. O local deve ser cercado para evitar 
transito de pessoas próximas à válvula em teste, e um aviso de teste de pressão deve ser 
colocado. (perigo de parafusos de fixação se romperem).
A posição onde será fixado o manômetro também deve ser estudada para evitar a exposição do 
inspetor em um tempo desnecessário de proximidade com a válvula pressurizada.
Figura 7.4.1.1 – Teste Hidrostático na válvula (foto de lado)
8.0 Armazenamento, Manuseio e Preservação
8.1 Válvulas Flangeadas
8.1.1 Válvulas até diâmetro de 4”
Após a aplicação da graxa, todas as válvulas devem receber um tampão de plástico em cada uma 
das extremidades.
Todas as peças devem ser marcadas, em alto relevo com a classe de pressão e o diâmetro 
nominal da válvula. As peças de diâmetro de 1/2”, 3/4”, 1”, 1 1/2”, 2”, 2 1/2” e 3” das classes 300 e 600, 
conforme a norma ASME B16.5, devem ter marcação dupla por servirem para as duas classes.
221
 
8.1.2 Válvulas de diâmetro de 6” e maiores
Após a aplicação da graxa, todas as válvulas devem receber uma placa de borracha colada nas 
superfícies externas dos flanges, de modo a impedir a entrada de poeira e umidade. Em seguida, as 
válvulas que não dispuserem de condições próprias para permanecerem na posição vertical, devem 
receber uma tábua aparafusada a cada flange de modo que permita o seu posicionamento na vertical, 
montadas sobre a proteção de borracha ou filme de plástico, conforme a FIGURA A-3 do ANEXO A.
8.2 Válvulas Roscadas com Extremidades ou com Encaixe para Solda
Após a aplicação da graxa, estas válvulas devem receber um tampão de plástico, encaixando 
internamente com pressão.
8.3 Válvulas “Wafer” (Qualquer Diâmetro)
Após a aplicação da graxa, estas válvulas devem receber uma placa de borracha colada nas 
superfícies externas, de modo a impedir a entrada de poeira e umidade, similar à usada nas válvulas 
flangeadas de diâmetro de 6” e maiores.
Figura 8.3.1 – Válvula wafer
8.4 Tampão
Os tampões citados devem ser fabricados em polietileno de baixa densidade ou material similar, 
capaz de resistir ao tempo por um período mínimo de dois anos, normalmente nas coresazul ou preto 
com o diâmetro correspondente em polegadas, conforme figura 8.4.1.
Observação: Acessórios tais como: drenos, extensões, tubulações auxiliares para injeção de selante, 
conexões de vents e válvulas de alívio se montados no corpo deverão ter proteção especial para evitar 
danos no transporte.
222
Figura 8.4.1 – Sistema de armazenamento e proteção (Norma 464-H)
É expressamente proibido, em válvulas de grande porte, o manuseio ou o transporte, 
fixando cabos de aço ou laços fora dos olhais de içamento.
Anéis de vedação metálicos para uso em flanges tipo RTJ, devem estar acondicionados 
adequadamente em prateleiras, protegidos do tempo, e deverão estar identificados e rastreados a seus 
certificados. Devem estar protegidas com graxa anticorrosiva não solúvel em água.
Todas as válvulas, acessórios e componentes que forem recebidos não montados ao corpo da 
válvula devem estar identificados preservados e armazenados conforme procedimento escrito, gerado no 
canteiro.
Parafusos (estojos) e porcas deverão estar adequadamente armazenados em locais abrigados do 
tempo e sem contato com o solo, engraxados com graxa anticorrosiva não solúvel em água e 
identificados, conforme procedimento escrito gerado no canteiro. As porcas devem ser armazenadas 
fixadas aos parafusos.
223
9.0 Procedimento de Inspeção de Recebimento
9.1 Deve ser verificado se todas as válvulas estão embaladas e acondicionadas de acordo com a norma 
API Specification 6D.
9.2 Deve ser verificado se todas as válvulas estão identificadas por plaqueta, de acordo com a 
codificação de projeto.
9.3 Em todas as válvulas dotadas de acionadores, devem ser realizados, previamente à montagem, 
testes de funcionamento. Quando aplicável, deve ser verificada a calibração do curso do obturador.
9.4 Os certificados de qualidade do material devem estar de acordo com a especificação ASTM aplicável, 
e em conformidade com a especificação do projeto.
9.5 Deve ser verificado se as seguintes características das válvulas estão de acordo com as 
especificações do projeto:
a) características dos internos e sistema de vedação;
b) flanges (item 5.1.3);
c) características e distância entre flanges;
d) diâmetro interno e nominal;
e) dreno, respiro e alívio do corpo;
f) Classe ANSI;
g) Revestimento externo.
9.6 O estado da superfície do corpo da válvula deve ser verificado quanto à corrosão, amassamento e 
falhas de fundição, empenamento da haste e aspecto geral do volante, segundo critérios da norma MSS 
SP-55.
9.7 Devem ser realizados na obra, logo após o recebimento, os testes hidrostáticos do corpo e da sede 
para todas as válvulas de bloqueio conforme procedimento do fabricante. A pressão de teste, tempo de 
duração e o critério de aceitação devem estar de acordo com a norma API Specification 6D. A água a ser 
utilizada deve ter qualidade compatível.
9.8 Imediatamente após o teste hidrostático na obra, as válvulas devem ter os seus internos (inclusive a 
cavidade interna do corpo) drenados e secos, com utilização de nitrogênio ou ar seco e mantidas limpas, 
secas, engraxadas e protegidos. As hastes devem ser condicionadas e protegidas mecanicamente.
10.0 Considerações Gerais
10.1 Após o teste hidrostático, todas as válvulas devem ser sopradas com ar comprimido seco, na 
posição totalmente aberta, até ficarem totalmente secas.
224
Em seguida, as válvulas devem ser fechadas e suas superfícies internas recobertas com graxa 
antioxidante, bem como todas as partes externas não pintadas como roscas, porcas, parafusos e biséis. 
As válvulas tipo esfera e macho devem ser acondicionadas na posição totalmente aberta.
10.2 Não é necessário proteger com graxa as válvulas de bronze, aço inoxidável e outras ligas metálicas 
não oxidáveis, desde que todos os componentes da válvula sejam não oxidáveis, caso contrário esses 
componentes devem ser protegidos com graxa. De qualquer modo as válvulas de bronze, aço inoxidável 
e outras ligas metálicas não oxidáveis devem receber a proteção contra poeira e umidade.
10.3 A graxa antioxidante deve ter as seguintes características, conforme figura 10.3.1:
Ponto de fulgor (ASTM D92) 218ºC (mínimo);
Penetração (sem agitação) (ASTM D217) 130 a 160;
Ponto de fluidez (ASTM D127) 3ºC a 71ºC;
Cinzas % (ASTM D482) 0,40 a 0,60;
Índice de Saponificação (ASTM D94) 6 a 10.
Nota: O manuseio e transporte das válvulas devem ser feitos sob as condições de segurança e 
cuidados, estando o pessoal envolvido portando os EPI’s adequados e utilizando um plano de içamento 
de cargas (Rigger) de acordo com as especificações de projeto e procedimentos aprovados da 
executante.
225
Figura 10.3.1 – Exemplos de aplicação da graxa (Norma 464-H)
EXERCÍCIOS
1) Quanto à classificação de válvulas indique a afirmativa correta abaixo:
(a) Válvulas redutoras permitem a passagem do fluxo em um único sentido.
(b) Válvulas de Pé permitem a passagem do fluxo nos dois sentidos.
(c) Válvulas de Segurança controlam a pressão de montante.
(d) Válvulas Globo regulam a pressão de montante.
(e) N.R.A.
2) Segundo a norma de construção de válvulas estas se dividem geralmente nas seguintes 
partes principais:
(a) Volante, mecanismos internos e castelo.
(b) Volante, sobreposta e extremidades.
(c) Gaveta, gaxeta e juntas.
(d) Carcaça, mecanismos internos e extremidades.
(e) N.R.A.
3) Correlacione as colunas abaixo, segundo características peculiares de cada válvula.
1)Retenção ( ) Bloqueio com fechamento lento
2)Segurança ( ) Bloqueio com fechamento rápido
3)Globo ( ) Regulagem com tampão paralelo ao sentido do fluxo
4)Esfera ( ) Operação automática permitindo a passagem num sentido
5)Gaveta ( ) Alivio de pressão,instaladas em estações de bombeio
4) As válvulas de segurança podem ter por definição as características abaixo, exceto:
(a) Abrem e fecham automaticamente quando atingida a pressão na qual foi calibrada.
(b) São angulares, com bocais de entrada e saída a 90° um em relação ao outro.
(c) Calibra-se regulando a tensão da mola de acordo com a pressão de abertura alcançada.
(d) Quando se trata de “alívio” destina-se a líquidos que são incompressíveis.
(e) Duplo bloqueio, com vedação estanque em ambas as sedes.
5) Ao estudarmos os meios de operação das válvulas são verificadas tais afirmações, dentre as 
quais uma está incorreta:
(a) Operação manual é o sistema mais barato e comum.
(b) Operação motorizada aplicada em válvulas inacessíveis (enterradas).
(c) Operadores inteligentes enviam sinais para um C.L.P, pertencendo às válvulas de operação 
automática.
(d) Válvulas comandadas por um instrumento, o automático é o conjunto instrumento-válvula.
(e) N.R.A.
226
	3.0 Construção de Válvulas
	Figura 4.2.3 – Válvula de Esfera Duplo Bloqueio
	10.0 Considerações Gerais
	EXERCÍCIOS

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