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Corpo Estranho Intestinal

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OBSTRUÇÃO INTESTINAL 
Pode ser: Extralumial, intramural e intralumial. 
 
 
Pode ser classificada quanto ao lúmen intestinal em: 
- Obstrução Completa: sinais clínicos mais agudos. 
( sinais clínicos aparecem muito mais rápido. Vômito 
intenso, perca muito eletrólitos como sal e potássio, 
desidratação alta). 
- Obstrução Incompleta: sinais clínicos menos agudos 
e pode ser assintomático por dias a semanas. 
(se manifesta mais tarde; líquidos e algum sólido 
acabam passando, mas os sinais clínicos e as 
complicações aparecem mais tarde). 
 
De acordo com as alterações patológicas podem ser 
classificadas em: 
- Mecânica simples: são obstruções parciais ou 
completas, contudo a irrigação sanguinea na parede 
intestinal não está impedida. 
- Estrangulantes: em geral, são as obstruções 
completas em que o suporte sanguíneo está impedido 
no segmento intestinal afetado. 
Intestino Delgado 
Os pontos mais comuns de obstrução são nos locais 
onde o lúmen intestinal é menor, ou seja, duodeno 
distal e jejuno proximal. 
*Duodeno: cuidar ducto biliar e pancreático. 
Se o corpo estranho chegar até o cólon, provavelmente 
ele será eliminado. Contudo, pode passar machucando 
a mucosa intestinal. 
 
Avaliar história clínica do paciente (estresse, mudança 
alimentar, qualidade das fezes, presença de vômito, 
medicações, acesso a brinquedos, lixo, cozinha, festa 
em casa, personalidade do paciente). 
Sinais clínicos: vômito, anorexia, perda de peso, 
letargia, dor ou desconforto abdominal. 
Alguns pacientes podem não demonstrar dor na 
apalpação abdominal e na ausculta abdominal. 
 
CORPO ESTRANHO LINEAR 
Obstrução parcial, geralmente. Fio, corda, objetos que 
após a mastigação adotam o formato de corda. 
Pode ficar fixado na base da língua ou no piloro e as 
demais partes em movimento no lúmen intestinal de 
acordo com o peristaltismo. 
Pregueamento intestinal. 
Pressionado contra a mucosa na borda mesentérica, 
podendo levar a perfuração e peritonite. 
Se o objeto linear estiver presente por um longo 
tempo, ele pode se incrustar na mucosa, necessitando 
de uma ressecção intestinal. 
Em geral, se tornam necessárias várias enterotomias 
(2-4). 
Pode ocorrer laceração iatrogênica da borda 
mesentérica, caso haja tração ou tensão excessiva, 
onde o objeto corta o tecido antes ou durante a 
extração. 
 
Mais comumente em gatos do que cães. 
Quanto mais tardio o diagnóstico, mais esse fio vai 
fazer um efeito serrote. 
Ultrassom melhor para o diagnóstico. Raio-x tem 
difícil visualização do fio. 
O fio quando passa e faz o efeito sanfona, acaba 
cortando a borda mesentérica. 
Tome cuidado, pois ás vezes o fio já está encapsulado 
pela mucosa. Nesse caso terá que fazer uma incisão e 
puxar. Normalmente nesse nível ele já deve ter 
causado pequenas perfurações e fístulas naquele local. 
Ás vezes precisa fazer até 4 incisões na borda anti-
mesentérica. 
Cuidar o estômago, pois às vezes pode conter um 
material na ponta do fio que se acumula no estomago. 
Fazendo com que esse objeto forme uma âncora e não 
passe pelo piloro. 
 
Radiografias: são rotina para o diagnóstico de 
obstrução. VD/DV ou LE/LD 
- Avaliar a presença de alças intestinais, líquido livre, 
efeito massa intra-abdominal, presença de gás livre no 
abdômen ou corpo estranho radiopaco. 
- Radiografia com contraste positivo (sulfato de bário 
10ml/kg – diluído em 1:3 com água). Suspeita de 
perfuração usar contraste iodado. 
Se o paciente está vomitando sangue ou fazendo fezes 
com sangue, não é recomendado usar o contraste 
sulfato de bário. Se tiver perfuração ele pode 
extravasar e acaba não sendo absorvido, aumentando 
os riscos de sepsemia. 
 
Cicatrização 
Intestino Delgado: primeiros 4 dias há processo 
inflamatório – macrófagos (que estimulam fatores de 
crescimento e citocina) – fibroplasia e angiogenese. 
A integridade intestinal é mantida pela sutura e 
depósito de fibrina. Boa parte das deiscências ocorrem 
até o quinto dia. 
Em cerca de 14 dias há aumento da produção de 
colágeno e proliferação de fibroblastos. 
Falhas no processo de cicatrização levam a altas taxas 
de morbidade e mortalidade. 
 
Intestino Grosso: retorno da força de tensão em mais 
lenta. Há uma fase mais longa de lise de colágeno em 
relação a síntese dele no processo de cicatrização, nos 
primeiros 3-4 dias da cirurgia. 
A deiscência no Intestino grosso é mais comum do que 
no Intestino delgado, pois a lise do colágeno supera 
sua síntese. 
Outro fator é o contato direto das fezes com a linha de 
sutura, não somente devido a contaminação bacteriana, 
mas também pela força de cisalhamento exercida pelo 
conteúdo intraluminal. 
 
Hemograma e Bioquímico: para descartar 
enfermidades intercorrentes como nefropatia, 
hepatopatia, disfunção hormonal, diabetes e 
pancreatite. 
Hemograma – leucocitose com desvio a esquerda ou 
leucopenia degenerativa. 
 
QUANDO OPERAR 
Obstruções baixas ou parciais – até 12h após o 
diagnóstico. 
Cirurgia imediata – perfurações intestinais, obstruções 
completas, estrangulamento, vólvulo intestinal. 
Presença de vólvulo – índice de óbito vai de 60 a 
100%, geralmente associado à liberação de radicais 
livres durante a reperfusão. 
 
FLUIDOTERAPIA 
Déficit aumenta durante a intervenção cirúrgica. 
Hipotensão induzida pela anestesia geral. 
Exposição da cavidade abdominal. 
Evaporação do circuito anestésico. 
 
ANTIBIOTICOTERAPIA: QUANDO USAR 
Invasão do lúmen intestinal. 
Integridade do intestino comprometida. 
Cirurgia com duração superior a 2h. 
Intestino delgado: E. coli, Clostridium spp., 
Enterococcus spp., E. staphylococcus aureus – também 
são comunente isolados com causadores de peritonite. 
As bactérias residentes se proliferam de forma anormal 
quando o conteúdo intestinal estagnado e a parede 
desvitalizada do intestino são ótimos meios de cultura. 
A cirurgia de invasão do lúmen intestinal pode ser 
classificada em contaminada, isso dependendo da 
quantidade de conteúdo extravasado. Vale lembrar que 
o risco de infecção aumenta de acordo com o estresse 
do paciente, a patogenicidade do microrganismo, a 
suscetibilidade tecidual e o tempo. 
Opções: 
- Cefazolina (20mg/kg) antes de procedimentos em 
intestino delgado superior e médio. Redosados após 2h 
de cirurgia. 
PROTEÇÃO DO CAMPO CIRÚRGICO 
Usar compressa cirúrgica grande umedecida (morna), 
pois protegem de contaminações e extravasamentos. 
Segundo campo (Packing off) – isola a alça intestinal 
dos demais campos cirúrgicos. 
 
CONSIDERAÇÕES CIRÚRGICAS PARA 
MANOBRAS NO INTESTINO 
Manusear de forma gentil (vago e íleo). 
Manter umedecidas (luz do foco). 
Uso de clamps intestinais, dedos ou garrote com dreno 
de Penrose. 
Não ocluir os vasos. Fazer dissecação minuciosa. Não 
usar eletrocauterio. 
Suturas – fio monofilamentoso, usar mínima tensão 
nas linhas de sutura. 
 
AVALIAÇÃO DA VIABILIDADE INTESTINAL 
Observar a: 
- Coloração intestinal – banhar o segmento em solução 
salina aquecida por alguns minutos pode melhorar a 
coloração e o peristaltismo. É importante lembrar que 
a coloração não garante que haverá cicatrização, sendo 
assim na dúvida ele deve ser removido. 
- Pulsação arterial. 
- Peristaltismo. 
- Sangramento na linha de incisão. 
- Se houver comprometimento do intestino delgado, 
70-80% pode ser removido sem efeito adverso 
(síndrome do intestino curto). 
- Oximetria de pulso em alça intestinal é confiável. 
- Fluoresceína (15-25mg/kg): 95% de confiabilidade 
na detecção de intestino inviável e cerca de 58% na 
detecção de intestino viável. Pós-IV esperar por 2-
3min e usar lâmpada de Wood em sala cirúrgica na 
penumbra. Essa técnica só pode ser usada 1 vez em 
24h. Esse corante avalia somente a perfusão e não a 
integridade da mucosa. 
 
ENTEROTOMIA 
Boa parte dos objetos podem ser removidos por 
enterotomia sem necessidade de anastomose intestinal. 
A menosque haja dano tecidual e/ou perfuração. 
 
SUTURAS DE APOIO 
São atraumáticas, servem para: Mobilizar, Tracionar, 
Auxiliar na reposição das alças intestinais. 
Em geral, com fio 3/0 e com cerca de 10cm de 
comprimento. 
 
 
 
ENTERECTOMIA 
75-85% margem 
 
 
VASCULARIZAÇÃO 
 
 
MATERIAL DE SUTURA E PADRÕES DE 
SUTURAS 
Absorvível monofilamentar – polidioxanona ou 
poligliconato. 
Quando há expectativa de retardo da cicatrização – 
usar não absorvível monofilamentar, náilon e 
polipropileno (albumina menor ou igual a 2g/dL). 
Grampeadores cirúrgico intestinais – custo. 
Diâmetro do fio – 3-0, 4-0, 5-0, cuidado com o 
diâmetro do fio. Erro comum na escolha e dano 
tecidual futuro. 
 
Padrão de sutura: melhor resultado quando: 
- Remoção do excesso de mucosa evertida com tesoura 
metzembaum. 
- Sutura de Gambee. 
- Sutura padrão contínuo simples. 
- Intestino delgado com fio absorvível monofilamentar 
com sutura isolada simples. 
- Primeiro ponto na borda mesentérica e segundo em 
antimesentérica. 
- Caso haja peritonite, suturas com fio inabsorvível 
monofilamentar. 
A sutura deve ficar fixa cerca de 2mm da borda da 
incisão e a 2-3mm um do outro. 
Suturas de aproximação facilitam a cicatrização. 
Suturas eversoras e inversoras retardam a cicatrização. 
Suturas e eversão nas anastomoses apresentam uma 
tendência maior de vazamento. 
 
SUTURA BORDA 
Começa a dar pontos pela borda mesentérica. Mais 
complicações devido à presença do tecido adiposo 
adjacente a essa borda. 
 
 
 
 
Sutura contínua aumenta o risco de estenose 
(estreitamento) no futuro. Se começa na borda 
mesentérica e acaba na borda mesentérica do outro 
lado se tracionar o nó demais vai fazer um efeito bolsa 
de tabaco, o que ira levar a uma obstrução parcial 
futura. 
 
SUTURA DE GAMBEE 
Fios simples: sutura de gambee. Boa margem, tração e 
aposição, anastomose melhor. 
 
 
OMENTALIZAÇÃO 
Importante para a cicatrização intestinal. 
Selo da anastomose. 
Aumento do suporte sanguíneo. 
Drenagem linfática. 
Formação de tecido de granulação. 
Prevenção e controle de infecções. 
 
 
 
Acompanhamento pós-cirúrgico com ultrassom. 
 
REFORÇO NA LINHA DE SUTURA 
Retalhos de serosa: 
Geralmente em forma de retalho de jejuno. 
Aumentam o fluxo sanguíneo. 
Supre o local de cicatrização com macrófagos, 
neutrófilos e citocinas envolvidas no processo de 
cicatrização. 
 
 
 
LAVAGEM ABDOMINAL E SUCÇÃO 
Grande quantidade de litros aquecidos. 
Repetir até o fluido removido estar translúcido. 
Diminui a contagem bacteriana. 
Aquece o abdômen. 
Remove resíduos de sangue. 
Umedece as vísceras. 
Permite avaliação final mais precisa. 
Obs: Adição de antibióticos ou antisséptico podem 
levar a peritonite e ser irritantes para as serosas das 
vísceras. 
 
PÓS CIRÚRGICO 
Observar a presença de vômito. 
Uso de analgésicos. 
Fluidoterapia e correção dos déficits de eletrólitos e 
ácido-básico. 
Oferecer pequenas quantidades de água 8-12h após a 
intervenção. 
Animais debilitados – alimentação enteral ou 
parenteral. 
Interromper antibióticos 2-6h pós cirurgia a menos que 
haja risco de peritonite. 
Estimular a ambulação para evitar o íleo paralítico. 
Taxa de deiscência do ID entre 16 a 74%. 
 
Baixa de proteína e albumina há um retardo na 
cicatrização. 
Sem vômito, alimentação liquida 12h depois. Em torno 
de 24h depois começa com alimentação pastosa. 
É importante o paciente caminhar para evitar o íleo 
paralítico. 
Se houve transfusão de sangue antes ou depois do 
procedimento: aumenta o risco de deiscência e 
sepsemia. 
Continuar com antibiótico sistêmico se o paciente já 
tinha peritonite (mesmo fazendo a lavagem). 
 
PROGNÓSTICO 
Bom: evitar a peritonite e ressecções extensas. 
Tratamento clínico sem cirurgia é reservado. 
Os animais podem morrer devido ao choque 
hipovolêmico, endotóxico, septicemia, peritonite ou 
inanição. 
 
COMPLICAÇÕES 
Importante monitorar nas primeiras 48h. 
Analgesia, Hipotermia, Hipoglicemia, Hidratação. 
Líquido por via oral após as 12 primeiras horas e 
depois pastosa. 
Retorno do peristaltismo intestinal ID em até 72h 
podendo ser maior em felinos. 
Reavaliar o paciente duas vezes ao dia. 
Deiscências nos primeiros 3-5 dias da cirurgia 
(importante em cirurgias do IG). 
Drenagem de soluções serossanguinolenta pela ferida 
é um indicativo de complicação e deve ser tratada de 
imediato. 
Monitoramento com exame de sangue e ultrassom. 
Boa analgesia para não ter dor e, consequentemente 
estresse. 
 
DISPARIDADE LUMINAL 
Disparidade mínima: nesses casos um ajuste na sutura 
das bordas, ajustando a tensão de sutura. 
 
 
 
Disparidade moderada: pode ser corrigida realizando-
se um ajuste no ângulo de transecção da borda da 
extremidade do intestino. Ângulo de 45-60°. 
 
 
Disparidade grande: uma incisão longitudinal é 
realizada na borda antimesentérica de forma a 
aumentar o lúmen de menor diâmetro. Ex.: anatomose 
ileocólica. ressecar as duas bordas, borda de diâmetro 
menor faz uma ressecção em cunha na borda anti 
mesentérica. Isso aumenta a superfície de sutura. 
 
 
 
- Evitar fechar parcialmente o lúmen da borda com 
maior diâmetro de lúmen. Evita-se assim a formação 
de uma saculação com fundo cego. 
- Se o diâmetro do lúmen for igual a incisão pode ser 
perpendicular. Se forem diferentes ela pode ser 
oblíqua. 
- Amparar a borda antes da anastomose. 
 
Teste se a sutura está viável: Pega solução fisiológica, 
fecha os dois lados dos lumens da sutura e aplica. Ver 
se há vazamento da solução pela sutura.

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