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CLÍNICA DE PEQUENOS ANIMAIS III (UAM)

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FLUXO HOSPITALAR 
Várias disposições físicas são adequadas para salas 
de operação modernas (SO) e áreas cirúrgicas, mas 
os objetivos de todos os projetos são: a segurança do 
paciente e a eficiência do trabalho. 
A área cirúrgica deve ficar próxima às áreas de 
preparação cirúrgica e de anestesia, cuidados 
críticos, radiologia e suprimento central. No entanto, 
ela deve estar isolada do fluxo de tráfego geral. 
Devido ao constante perigo de contaminação dos 
pacientes cirúrgicos, a área cirúrgica deve ser dividida 
claramente em áreas limpa, mista e contaminada. 
O acesso fácil a cada sala cirúrgica a partir da área 
de trabalho central assegura um fluxo de tráfego 
eficiente, reduzindo a contaminação cruzada entre as 
áreas. 
As áreas limpas devem ser restritas a um tráfego 
limpo, e as contaminadas, a um tráfego 
contaminado. 
ÁREA LIMPA 
As áreas limpas incluem SO, áreas de assepsia e 
salas de suprimentos esterilizados. 
ÁREA MISTA 
As áreas mistas englobam os corredores entre as SO 
e as áreas de enfermeiros, de processamento de 
instrumentos e suprimentos, área de armazenamento 
e as salas de serviços. 
ÁREA CONTAMINADA 
Áreas contaminadas incluem as salas de preparação 
anestésica e cirúrgica, os vestiários, as salas de 
descanso e os escritórios. 
 
 
 
 
 
 
 
ESTRUTURA DO CENTRO CIRÚRGICO 
1° ÁREA: SALA DE PREPARAÇÃO 
ANESTÉSICA E CIRÚRGICA 
É o local adjacente à área cirúrgica onde ocorre o 
preparo do animal para cirurgia. 
2° AREA: SALA DE PARAMENTAÇÃO 
Local adjacente ou dentro da área cirúrgica. É o local 
de limpeza onde ocorre a antissepsia das mãos e 
antebraços, colocação dos aventais estéreis e luvas 
cirúrgicas (paramentação cirúrgica). 
3° ÁREA: SALA DE RECUPERAÇÃO PÓS-
OPERATÓRIA 
Sala adjacente à área cirúrgica. O animal fica em 
gaiolas individuais com aquecimento (21-25°C) em 
monitoração completa. Medicamentos para analgesia, 
AINEs e para emergências devem estar presentes. 
4° ÁREA: SALA CIRÚRGICA 
Circulação de pessoas restrita e de função exclusiva. 
Sala com ar-condicionado de circulação positiva e 
sem janelas. Desinfectar os locais com mais transito 
de pessoas e, no final do dia, desinfectar a sala toda. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CLÍNICA DE PEQUENOS ANIMAIS III 
PROFILAXIA DA INFECÇÃO 
TÉCNICA ASSÉPTICA 
São os métodos e práticas utilizadas para evitar a 
contaminação cirúrgica. Isso inclui o preparo 
adequado das instalações, do ambiente, da equipe e 
do instrumental cirúrgico. 
Os microrganismos que invadem uma ferida podem 
ser classificados como exógenos ou endógenos. As 
fontes exógenas são o ar, instrumentos e fômites 
cirúrgicos, e o pessoal que transita no ambiente 
cirúrgico. As fontes endógenas provêm dos tratos 
respiratório, gastrintestinal, urogenital, e da pele. Tais 
microrganismos respondem pela maioria das 
infecções pós-operatórias e septicemias. A 
disseminação hematógena ou linfática é outra fonte 
menos comum de infecção endógena. 
TIPOS: 
ANTISSEPSIA 
É o conjunto de manobras que utilizamos para 
destruir ou impedir o desenvolvimento de 
microrganismos saprófitas ou patogênicos existentes 
na pele ou mucosas, bem como instrumentos e 
demais materiais necessários à intervenção cirúrgica. 
ASSEPSIA 
Compreende as precauções que o cirurgião e seus 
auxiliares tomam com a finalidade de permitir que 
tanto a ferida cirúrgica como o instrumental utilizado 
permaneça livre de microrganismos evitando, assim, 
qualquer contaminação. É todo o conjunto de 
métodos profiláticos. 
ESTERILIZAÇÃO 
Destruição de todos os microrganismos (bactérias, 
vírus, esporos) sobre alguma coisa. Ele se refere, 
geralmente, a objetos que entram em contato com 
tecidos estéreis, ou entram no sistema vascular. 
DESINFECÇÃO 
Destruição da maior parte de microrganismos 
patogênicos presentes em objetos inanimados. 
 
FATORES QUE PREDISPÕE INFECÇÕES 
• Quantidade de microrganismos 
• Coágulos, seroma e hematoma 
• Aporte sanguíneo insuficiente 
• TGI 
• Sutura menor e com poucos pontos 
EQUIPAMENTOS CIRÚRGICOS 
EQUIPAMENTO CRÍTICO 
Equipamento ou implantes que entram no corpo por 
baixo da pele ou das membranas mucosas requerem 
esterilização e são tratados usando uma técnica 
asséptica. 
EQUIPAMENTO SEMI-CRÍTICO 
Equipamentos que entram em contato com a pele ou 
membranas mucosas apenas para fins cirúrgicos, 
sem penetração do corpo, devem ser limpos e 
desinfetados, para reduzir o nível de micro-
organismos, mas não é necessário esterilizar 
• Vaginoscópio 
EQUIPAMENTO NÃO-CRÍTICO 
Instrumentos que entram em contato com as 
mucosas ou com a pele e não estão diretamente 
associados à cirurgia devem ser limpos e 
desinfetados terminalmente, mas não exigem um 
tratamento específico no período entre os pacientes. 
• Laringoscópio 
 
CLASSIFICAÇÃO DAS FERIDAS 
CIRÚRGICAS POR POTENCIAL PARA 
INFECÇÃO 
LIMPAS 
Realizadas em tecidos estéreis, na ausência de 
processo infeccioso ou inflamatório, ou técnica 
asséptica. 
POTENCIALMENTE CONTAMINADA 
Flora microbiana pouco numerosa, ocorre a 
penetração em TGI, respiratório ou urinário, mas sem 
conteúdo significativo. 
CONTAMINADA 
Flora bacteriana abundante, mas sem supuração. 
INFECTADAS 
Lesão local causada pela proliferação bacteriana. 
 
 
 
 
MÉTODOS DE ESTERILIZAÇÃO 
FÍSICOS POR CALOR ÚMIDO: 
1 - EBULIÇÃO 
Utilização da água no seu ponto de ebulição pelo 
período de 30 a 60 minutos. É um método precário e 
serve para a esterilização de instrumental cirúrgico 
metálico e vidrarias. 
2 - AUTOCLAVAGEM 
É o uso da água em forma de vapor e sob pressão. A 
temperatura deve atingir 120° a 130°C e a pressão de 
1 a 1,5 atm, durante 30 a 40 minutos. Serve para 
esterilizar panos de campo, aventais, instrumentos de 
borracha, plásticos e compressas. 
• 132-135°C por 10-25min 
 
FÍSICOS POR CALOR SECO: 
1 - ESTUFA DE AR QUENTE 
A temperatura deve atingir 160° por 60 minutos. É 
mais adequado para esterilizar o instrumental 
cirúrgico metálico. 
• 160° por 2h ou 180° por 1h 
Os instrumentos vão para a autoclave em 
embalagens, como a de papel crepado ou panos. As 
embalagens devem ser fechadas com fitas 
termossensível e com as datas de esterilização. 
 
FÍSICO POR RADIAÇÃO IONIZANTE 
COBALTO 60 
Processo restrito e de uso comercial. 
 
QUÍMICO: 
1 - A GÁS 
O Óxido de etileno pode ser usado em instrumentos 
ópticos, seringas e sondas de borracha. E 
extremamente tóxico e não pode ser usado em 
acrílico e itens farmacêuticos. 
O Formaldeídos (pastilhas) não é mais utilizado pela 
alta toxicidade, mas se usava para material cirúrgico. 
2 - FRIA 
O Glutaraldeído 2% é ideal para lentes. 
MÉTODOS DE DESINFECÇÃO 
1 - DESINFETANTES 
Agentes químicos que destroem bactérias 
patogênicas e vírus, mas não esporos. 
• Álcool etílico 70% 
• Isopropopílico 50-70% 
• Hipoclorito e compostos liberadores de cloro 
ativo 
• Iodóforos 
• Glucomato de clorexidine 
 
 
 
PREPARO DO PACIENTE 
LIMPEZA E ANTISSEPSIA 
Deve ser submetido à tricotomia fora da área “limpa”. 
Quando possível, prescrever banho 1 a 2 dias antes 
da data da cirurgia. Conforme o procedimento 
cirúrgico e a afecção clínica, o paciente deve ser 
submetido a antibioticoterapia profilática. 
A antissepsia é feita com álcool iodado 1%, PVPI ou 
clorexidini alcóolico. 
PREPARO DO CIRURGIÃO 
• Pijama cirúrgico de uso exclusivo do CS 
• Uso de gorro, máscara, propé e jaleco de 
manga longa 
• Antissepsia de mãos e antebraços (5-10 
escovadas por superfície) 
CONDUTA NA SALA CIRÚRGICA 
• Mínimo trânsito 
• Gorro, máscara, propé e paramentação 
• Conversação limitada e não tocar objetos 
estéreis 
• Postura de equipe 
 
 
 
 
 
 
CUIDADOS COM O PACIENTE 
PRÉ-OPERATÓRIO 
É o momento que acontece desde a primeira consulta 
clínica-cirúrgica do paciente, diagnóstico, condição do 
paciente para a cirurgia e condição cirúrgica do 
paciente.1 - ANAMNESE 
A anamnese completa obtida com o dono ou o 
responsável pelos cuidados do cão é essencial para 
avaliação precisa do processo mórbido subjacente e 
na identificação de outras anomalias que possam 
comprometer o resultado da cirurgia 
2 - EXAME FÍSICO 
O animal deve ser sistematicamente avaliado durante 
o exame físico, e todos os sistemas do corpo devem 
ser incluídos. A condição geral do animal (condição 
física, atitude e saúde mental) deve ser avaliada. 
Animais traumatizados devem passar por um exame 
neurológico e um exame ortopédico, além de uma 
avaliação dos sistemas respiratório, gastrointestinal, 
cardiovascular e urinário. Emergências podem 
permitir apenas um exame rápido, até que o animal 
tenha sido estabilizado 
 
3 - EXAMES COMPLEMENTARES 
O estado físico do animal e o procedimento a ser 
realizado indicam a extensão da avaliação laboratorial 
necessária. 
Hematológico: 
• Hematócrito 
• PT 
• Hemograma completo 
Bioquímico: 
• Uréia 
• Creatinina 
• FA e ALT 
Urinálise: 
• Densidade 
• Proteína, pH, sangue e glicose 
4 - DETERMINAÇÃO DO RISCO CIRÚRGICO 
E PROGNÓSTICO 
 
5 - ESTABILIZAÇÃO DO PACIENTE 
O paciente deve ser estabilizado tanto quanto 
possível antes da cirurgia. Ocasionalmente, a 
estabilização é impossível, e a intervenção cirúrgica 
deve ser feita rapidamente; no entanto, a reposição 
de déficits hídricos e a correção de anomalias 
acidobásicas e eletrolíticas antes da indução da 
anestesia 
6 - TERMO DE CONSENTIMENTO E 
RESPONSABILIDADE 
 
TRANS-OPERATÓRIO 
É o momento da cirurgia, na qual ocorre a 
manutenção do paciente, cuidados com os tecidos, 
escolha de sutura e seu padrão. 
PÓS-OPERATÓRIO 
É acompanhamento do paciente desde o término da 
cirurgia até sua alta do hospital, na qual entra o 
tratamento de analgesia pós-cirurgia e observação de 
sinais e sintomas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO À CIRURGIA 
CLASSIFICAÇÃO DA CIRURGIA 
SEGUNDO A PERDA DE SANGUE: 
CRUENTA 
Há perda de sangue. 
INCRUENTA 
Quase sem perda de sangue. 
 
SEGUNDO A FINALIDADE: 
EXTREMA URGÊNCIA OU EMERGÊNCIA 
É feita a cirurgia sem ou com pré-operatório muito 
curto pois o paciente corre risco eminente de vida. 
RELATIVA URGÊNCIA 
O paciente precisa da cirurgia para ter uma 
sobrevida, porém, para a realização da cirurgia, é 
necessário a sua estabilização, assim a cirurgia é 
adiada para algumas horas ou até no próximo dia. 
SEM URGÊNCIA 
É possível o preparo total do paciente para a cirurgia. 
ELETIVAS 
São cirurgias de escolhas. 
EXPERIMENTAIS 
Realizadas com a finalidade de estudos. 
 
SEGUNDO A TÉCNICA EMPREGADA: 
CONSERVADORAS 
Quando conservamos um tecido ou órgão. 
MULTILADORAS 
Quando há necessidade de extirpar o órgãos, total ou 
parcialmente. 
REPARADORAS 
Quando faz a reparação do tecido ou órgãos afetado. 
 
 
 
SEGUNDO O PROGNÓSTICO: 
LEVE 
Sem risco eminente 
GRAVE 
Risco de vida pós-cirúrgico. 
 
DIVISÃO DAS OPERAÇÕES: 
PREPARATÓRIAS 
São aquelas que precedem o ato operatório 
propriamente dito, como a contenção do paciente, a 
tricotomia, a anestesia e a profilaxia da infecção. 
GERAIS 
São as realizadas em qualquer região do corpo. 
ESPECIAIS 
São realizadas em regiões específicas ou 
determinadas. 
NOMENCLATURA CIRÚRGICA 
Visa identificar corretamente as diferentes 
intervenções cirúrgicas realizadas. A nomenclatura ou 
terminologia cirúrgica baseia-se em um radical que se 
refere ao órgão que está sendo abordado e em um 
sufixo que indica a manobra que está sendo 
executada. 
 
TEMPOS CIRÚRGICOS 
É composta por três tempos: diérese, hemostasia e 
síntese. 
DIÉRESE 
São manobras manuais e instrumentais que visam 
afastar os tecidos com finalidade terapêutica. 
DIÉRESE CRUENTA: 
Divisão dos tecidos com perda de sangue. 
1 - ARRANCAMENTO 
Manobra manual feita por rompimento. É feita em 
nervos, vasos e orquiectomia de bezerros. 
2 - CURETAGEM 
Utiliza a cureta e tem por finalidade eliminar tecidos 
superficiais neoformados indesejáveis. Ativa a 
cicatrização em feridas ulceradas. 
3 - DEBRIDAMENTO 
Utiliza a tesoura ou bisturi para eliminar bridas 
(aderências). Bridas são tecidos neoformados, 
resultantes da cicatrização ou circundando tumores, 
que dificultam a extirpação. 
4 - DESLOCAMENTO 
Manobra manual ou com tesoura romba fechada, que 
visa promover uma cicatrização mais rápida e menos 
volumosa. É realizada para liberação de saco 
herniário, tumores e etc. 
5 - ESCARIFICAÇÃO 
Raspado mais superficial do tecido. Utiliza-se cureta 
ou lâmina de bisturi. 
6 - EXÉRESE 
Eliminação de determinada estrutura anatômica, 
como de ressecção de tumores, de saco herniário. É 
realizado com bisturi, tesoura, serra, etc. 
7 - FORMAÇÃO DE FÍSTULA 
Exteriorização de um órgão oco realizado com 
tesoura ou bisturi. 
8 - FRATURA 
Realizado com fio serra, serra e etc. 
9 - LIBERAÇÃO DE ADERÊNCIA 
Técnica manual ou realizada com tesoura romba 
fechada. 
10 - PUNÇÃO 
Realizado com agulha ou trocáter. 
11 - DIVULSÃO 
Afastamento do tecido sem secção, podendo ser 
manual ou instrumental. 
12 - PUNÇÃO-INCISÃO 
Técnica realizada com bisturi para drenagem de 
abscesso. 
13 - INCISÃO 
Realizada com bisturi ou tesoura, seguindo os 
seguintes princípios: 
• Evitar corte biselado (torto) 
• Evitar incisão em tecidos fora do plano 
cirúrgico 
• Incisão em um só tempo 
• O bisturi deve ser utilizado para incisionar a 
pele, depois, usa-se a tesoura 
 
DIÉRESE INCRUENTA: 
Incisão sem perda de sangue, utiliza-se o bisturi 
elétrico (secção por passagem de corrente elétrica 
de alfa sequência), raio laser (cirurgia oftálmica) ou 
criobisturi. 
 
HEMOSTASIA 
São manobras manuais e instrumentais que visam 
evitar, prevenir ou deter a hemorragia ou impedir a 
circulação temporária em determinada área. 
Finalidades: 
• Limpeza da área operativa, pois o sangue 
dificulta a visualização 
• Evitar choque e hipóxia tecidual 
• Evitar coágulos nas bordas das feridas pois 
estes são meios de cultura 
 
CLASSIFICAÇÃO: 
EXTERNA 
O sangue flui para o exterior 
INTERNA 
O sangue tende a se acumular no interstício dos 
tecidos (equimoses) ou em cavidades neoformadas 
(hematomas). 
 
TIPOS: 
PREVENTIVA 
• Torniquete 
• Faixa de Esmarch 
TEMPORÁRIA 
• Tamponamento com gaze 
• Compressão digital ou instrumental 
• Pinça hemostática 
DEFINITIVA 
• Ligadura ou transfixação com fios de sutura 
 
MÉTODOS: 
FÍSICOS 
• Compressão circular. Não se deve usar em 
regiões infectadas, utiliza-se o torniquete e a 
faixa de Esmarch 
• Compressão digital (apenas preventiva) 
• Compressão indireta. É temporária, usa-se 
em hemorragias capilares ou subcutânea com 
a ajuda de algodão ou gase 
• Pinças hemostáticas (temporária ou 
definitiva) 
• Ligadura por laçada ou transfixação 
• Ligadura em massa. É feita quando não é 
possível a individualização de um vaso 
• Torção 
• Eletrocoagulação (eletrobisturi) 
• Termocauterização 
 
 
 
SÍNTESE 
É o conjunto de manobras manuais e instrumentais, 
através do uso de fios e outros materiais, que visa 
restabelecer a condição anatômica funcional dos 
tecidos. 
Condições para uma boa cicatrização: 
1. Anti-sepsia e assepsia 
2. Hemostasia perfeita 
3. Abolição do “espaço morto” 
4. Bordas das feridas limpas e regulares 
5. Ausência de corpo estranho e tecido morto 
6. Posição anatômica correta 
7. Tração moderada dos nós 
8. Escolha correta dos instrumentais e materiais 
de sutura 
Materiais de sutura: 
• Fios 
• Grampos 
• Grampeadores 
• Adesivos sintéticos e biológicos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INSTRUMENTAÇÃO CIRÚRGICA 
É todo o conjunto de objetos, instrumentos e 
equipamentos que entram em contato direto ou 
indireto com a região operatória, utilizados para a 
execução de determinado procedimento cirúrgico 
 
 
 
A colocação dos instrumentos na mesa de 
instrumentação deve seguira mesma ordem 
usada na classificação dos mesmos: 
1. Diérese 
2. Preensão 
3. Hemostasia 
4. Exposição 
5. Especial 
6. Síntese 
 
 
 
As setas além de indicar a orientação de sentido, 
indicam também a ordem de disposição dos 
instrumentos ela também indica que o instrumental 
cirúrgico é disposto de instrumentos atraumáticos 
para os mais traumáticos entre as diferentes 
classificações e mesmo dentro de uma mesma 
categoria. As pinças anatômicas são menos 
traumáticas que as pinças dente-de-rato, a pinça 
hemostática Halsted (mosquito) são menos 
traumáticas que as pinças Kelly e assim 
sucessivamente. Esse é o esquema mais utilizado. 
 
 
MATERIAIS DE DIÉRESE 
BISTURI 
É constituído por um cabo reto com encaixe em uma 
das extremidades para uma lâmina desmontável e 
descartável. 
O cabo n°3 é destinado para lâminas pequenas (de 
números 9 a 17) em cirurgias mais delicadas, cujos 
formatos são variáveis e adaptados para determinada 
função, sendo as mais usadas as de n°11 e 15. O 
cabo n°4 é usado habitualmente e se destina a 
lâminas maiores (de números 18 a 50) e as mais 
empregadas são as de número 22 e 23. Há, 
entretanto, bisturis de lâminas fixas. 
 
 
 
 
 
 
TESOURA 
Sua função principal é a de cortar tecidos orgânicos e 
materiais como gaze, fios, borrachas, e promover a 
dissecção e divulsão dos tecidos. Seu comprimento é 
variável em função da profundidade do campo de 
ação, de acordo com o tipo de estrutura se mais 
delicada ou mais robusta, de acordo com o tecido a 
ser seccionado. A ponta de tesoura pode ser reta ou 
curva para acompanhar a forma da incisão e pontas 
rombas ou agudas para facilitar a penetração ou o 
tipo de corte 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PREENSÃO 
São aqueles destinados a agarrar (segurar, 
apreender) tecidos, chamados de pinças de 
dissecção. 
Existe um modelo de pinças dente-de-rato que deve 
ser aplicado somente na confecção de pontos na pele 
ou em outros materiais como campos, borrachas, etc. 
O outro modelo possui estrias transversais nas faces 
internas das pontas. As pinças têm comprimentos 
variáveis, pontas de espessuras diferentes, podendo 
ser retas, angulares ou curvas. 
MATERIAIS DE HEMOSTASIA 
São chamados de pinças hemostáticas, destinadas 
ao pinçamento de pequenos vasos sangrantes pela 
ligadura e também para pinçar fios de sutura e 
tecidos orgânicos como aponeuroses, peritônio, etc. 
Tipos: 
• Pinça Halsted (mosquito): de tamanho 
pequeno e delicado, pontas finas. È usado 
para vasos, em estruturas orgânicas nobres e 
para pinçamento de fios finos para sutura 
• Pinça Kelly: suas pontas são menores que as 
da pinça Kocher. É usada para vasos, fios 
grossos e pinçamento pela ponta de tecidos. 
Suas pontas possuem ranhuras em dois 
terços de sua extensão 
• Pinça Rochester: é uma pinça hemostática 
robusta usada para pinçamento de pedículos 
e órgãos circundados com vasos 
• Pinça Kocher: suas pontas são mais longas e 
robustas e possui dentes-derato, o que a torna 
mais traumática que as demais. É usada para 
pinçamentos transversais em tecidos ou 
pinçamento pela ponta para a tração de 
aponeuroses 
 
 
 
 
 
MATERIAIS DE EXPOSIÇÃO 
Constituem-se de afastadores, ou seja, elementos 
mecânicos para afastar os tecidos seccionados ou 
separados, expondo planos anatômicos ou órgãos 
subjacentes. O afastamento bem realizado facilita 
muito o ato operatório. Existem dois tipos principais: 
• Afastadores dinâmicos 
• Afastadores auto-estáticos 
MATERIAL ESPECIAL BÁSICO 
• Pinças ou clampes intestinais: pinças 
longas usadas aos pares. Promove 
hemostasia, evita a saída de conteúdo 
intestinal e apresentando as bordas para a 
sutura 
• Pinças de preensão atraumáticas 
(Babcock, Duval): servem para a preensão 
de tecidos delicados ou vísceras. Possui 
ampla superfície de contato e com ranhuras, 
causando trauma mínimo aos tecidos 
• Pinça de preensão traumática (Allis): possui 
maior poder de preensão por denteamento 
fino nas superfícies de contato 
• Pinças vasculares para hemostasia 
temporária (Porrs, “bulldog”): são pinças 
atraumáticas e possuem denteamento 
especial que permite realizar a hemostasia 
sem lesionar os vasos 
• Pinças de campo (Backaus): têm pontas 
agudas ou dentes para fixar os panos de 
campo à pele, prender os campos entre si ou 
fixar objetos nos campos 
MATERIAL DE SÍNTESE 
São destinados a realizar as manobras necessárias 
para a reunião dos tecidos entre si: porta-agulhas e 
agulhas, principalmente. Existem dois modelos 
principais de porta-agulhas: 
• Porta-agulha de Hegar (Hegar-Mayo): 
possui argolas na extremidade das hastes e 
possui a mesma empunhadura e mesmo 
manuseio da pinça hemostática. É ideal para 
suturas em profundidade devidos às suas 
hastes longas e estreitas. É usado também 
para transfixação de estruturas rígidas como 
osso e pele 
• Porta-agulha de Mathieu: as duas hastes 
são curvas com cremalheira nas extremidades 
livres e mola entre elas para mantê-lo aberto. 
É ideal para trabalho em superfície e é 
manipulado em posição empalmada. 
MATERIAIS DE SUTURA 
FIOS DE SUTURA 
Fio de sutura é uma porção de material sintético ou 
derivado de fibras vegetais ou estruturas orgânicas, 
flexível, de secção circular e com diâmetro muito 
reduzido em relação ao comprimento. 
Fio absorvível é aquele que perde sua força tênsil 
em menos de 60 dias. Alguns fios classificados como 
inabsorvíveis são biodegradáveis. A seda perde 
metade de sua força tênsil em um ano, o algodão, 
50% e o nylon, 12% no mesmo período. 
Subclassificações podem ser baseadas na origem da 
matéria prima (mineral, vegetal ou sintético), no 
número de filamentos (mono/multifilamentado) ou 
ainda, no tratamento superficial e tingimento na 
degradação enzimática. 
 
CLASSIFICAÇÃO 
INABSORVÍVEIS: 
1 - DE ORIGEM ANIMAL, VEGETAL OU 
MINERAL 
Seda, linho e algodão e aço, respectivamente. À 
exceção do aço, são de ótimo manuseio. Todos 
podem produzir reação tipo corpo estranho. 
2 - SINTÉTICOS 
Nylon, perlon, poliéster e polipropileno adaptados 
como fios inabsorvíveis apresentam reação tecidual 
menor; oferecem alguma dificuldade quanto ao 
manuseio e mostram facilidade em desatar o nó (por 
isto exigem superposição de seminós de segurança. 
São os mais inertes de todos os fios. Os fios 
inabsorvíveis sintéticos multifilamentados são 
fabricados a partir de fibras que são trançadas, o que 
torna o manuseio mais fácil. 
ABSORVÍVEIS: 
1 - DE ORIGEM ANIMAL OU ORGÂNICO 
Cataguete. É fabricado a partir do intestino do 
carneiro, boi ou porco. Introduzido no organismo, 
instala-se reação inflamatória que leva à degradação 
e absorção do fio, sempre acompanhada de reação 
tecidual. A absorção do categute simples leva à perda 
de sua capacidade tensiva em 1-2 semanas. 
Usado inicialmente em suturas de órgãos 
cavitários em geral, suturas de músculos e 
fáscias musculares e na redução de espaço 
morto. 
2 - SINTÉTICOS 
São copolímeros derivados de açúcares, lentamente 
reabsorvidos por hidrólise (60 a 180 dias); podem ser 
multi ou monofilamentados. 
Os fios absorvíveis sintéticos são hidrolisados e por 
isso têm a presença de um éster de cadeia alifática 
que os torna hidroliticamente instáveis. São, portanto, 
absorvidos por hidrólise num período de 60 a 90 dias. 
A amônia acelera a degradação dos fios absorvíveis 
sintéticos e devem ser evitados em locais onde haja 
amônia, portanto não são utilizados no sistema 
urinário em presença de infecções 
• Ácido poliglicólico (Dexon®) 
• Poliglactina 910 (Vicryl®) 
• Polidioxanona (PDS®) 
• Poligliconato (Maxon®) 
 
SUBCLASSIFICAÇÃO 
MULTIFILAMENTADOS 
• Ácido poliglicólico (Dexon): ótima 
resistência tênsil, mínima reação inflamatória. 
Perde 50% da resistência em 14 dias, e é 
completamente reabsorvível em 90 dias 
• Poliglactina 910 (Vicryl): é um copolímero de 
ac. glicólico e glicolático,totalmente absorvível 
por hidrólise em 60-90 dias 
Ambos são indicados para suturas internas. 
MONOFILAMENTADOS 
• Originados da síntese de poliéster-poli-P-
diaxone; reabsorvido totalmente em 180 dias. 
Em um mês, 60% da força tênsil ainda é 
preservada 
• O Poligliconato mantém as mesmas 
características dos sintéticos absorvíveis, com 
a vantagem de que em 14 dias sua força tênsil 
está íntegra 
 
 
 
 
 
 
 
SELEÇÃO DO FIO 
Deve ser sempre baseada nas propriedades 
biológicas do fio e na situação clínica do paciente. 
O princípio da seleção do fio de sutura é baseado na 
resistência que deve ser pelo menos igual ao tecido a 
ser suturado: 
Pele/fáscia > estômago/ID > bexiga 
A velocidade em que a sutura perde força e a ferida 
adquire força devem ser compatíveis. Levar em 
consideração alterações biológicas provocadas pela 
sutura e as propriedades mecânicas do fio devem ser 
semelhantes às do tecido. 
PELE 
• Monofilamento de náilon e prolipropileno são 
mais indicados 
• Evitar: fios com capilaridade ou reativos 
SUBCUTÂNEO 
• Absorvíveis sintéticos são preferíveis devido a 
baixa reatividade 
FÁSCIA 
• Fios não absorvíveis: necessidade de 
prolongada resistência 
• Absorvíveis sintéticos (preferível) ou categute 
(cromado) 
• OBS: categute está em desuso 
MÚSCULO 
• Sintéticos absorvíveis ou não absorvíveis 
• Miocárdio: náilon ou polipropileno 
VÍSCERAS OCAS 
• Categute cirúrgico 
• Absorvíveis sintéticos e não absorvíveis 
monofilamentados 
• Evitar: não absorvíveis multifilamentados e 
seda na vesícula urinária 
TENDÃO 
• Náilon e aço inoxidável são os mais utilizados 
• Polidioxanona e poligliconato também são 
usados 
VASOS SANGUÍNEOS 
• Polipropileno (menos trombogênicos) 
• Náilon, poliéster revestido e outros 
NERVO 
• Náilon e Polipropileno (baixa reatividade) 
 
PORTA-AGULHAS E AGULHAS 
PORTA-AGULHA 
São instrumentos especiais usados para prender as 
agulhas, facilitando a introdução destas nos tecidos, 
durante a execução das suturas. Os modelos mais 
utilizados em medicina veterinária são o posta agulha 
de Mayo-Hegar e Mathieu. 
O porta agulha de Mayo-Hegar tem argolas na 
extremidade das hastes, tendo empunhadura e 
manuseio como das pinças hemostáticas. É ideal 
para suturas em profundidade devido às hastes 
serem longas e estreitas. 
O porta agulha de Mathieu tem as duas hastes 
curvas com cremalheira na extremidade livre e mola 
entre elas para mantê-lo aberto. É ideal para trabalho 
em superfície, sendo manipulado em posição 
espalmada. 
AGULHAS 
São instrumentos de sutura, nos quais os fios são 
acoplados ou montados, a fim de serem introduzidos 
nas bordas das feridas. Podem variar de conformação 
de acordo com as necessidades dos tecidos a 
suturar, tipo de fio e localização da área a suturar. Em 
geral são medidas em milímetros de comprimento. 
Classificação: 
• Traumáticas: agulha que ocasiona trauma 
tecidual devido a diferença ente o diâmetro da 
agulha e fio. Não tem o fio acoplado. São 
utilizadas em tecidos resistentes como 
aponeurose e pele 
• Atraumáticas: os fios já vêm montados 
(encastoados) no fundo da agulha para que 
não haja uma diferença no diâmetro do fio e 
do fundo da agulha. São utilizadas em tecidos 
mais delicados. Os fios com agulha 
encastoada podem ter 1 ou 2 agulhas 
montadas, sendo estes últimos utilizados mais 
em suturas cardiovasculares 
 
 
 
 
PARAMENTAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO 
Tem como função a reprodução sexuada das 
espécies pela fusão do gameta masculino 
(espermatozoide) ao feminino (ovócito). 
ANATOMIA 
O escroto é uma evaginação da pele que tem por 
função envolver os testículos. Está localizado na 
porção extra-abdominal. Abaixo do escroto encontra-
se a túnica de Darthus que é responsável pela 
formação do septo testicular. 
Os testículos têm duas funções: a primeira é a função 
exócrina pela produção dos gametas masculinos nos 
túbulos seminíferos. A segunda, é a função 
endócrina pela produção de hormônios andrógenos, 
como a testosterona, produzida pelas células de 
Leydig e estrógeno pelas células de Sertoli quando 
atingem a puberdade. 
 
Para o testículo ter as suas atividades exócrinas e 
endócrinas em plenitude, ele precisa estar de 3-4° C a 
menos que a temperatura média do corpo do animal 
(37,5-38°C). Para o bom funcionamento dos 
testículos eles são formados por um complexo de 
termorregulação. O m. cremaster tem a capacidade 
de abaixar ou elevar os testículos com a parede 
corpórea dependendo da temperatura necessária. O 
plexo pampiniforme é formado pelas veias 
testiculares que estão entrelaçadas em uma forma 
espiralada na artéria testicular, formando uma contra-
corrente, para que ocorra o resfriamento do sangue 
arterial que entra nos testículos pelas veias 
testiculares. O testículo é envolto pela túnica vaginal 
que é um envoltório feito pelo próprio peritônio. 
Durante a deiscência testicular, a gônada migra 
caudalmente dentro do abdômen para o anel inguinal 
interno, atravessa a parede abdominal e emerge no 
anel inguinal superficial. O testículo completa a 
migração localizando-se totalmente na bolsa 
testicular. A descida é precedida pela formação do 
processo vaginal que envolve o ligamento inguinal do 
testículo (gobernaculum testis), que orienta a descida. 
A descida dos testículos é favorecida pela pressão 
intra-abdominal e pela testosterona. O cão e o gato 
podem demorar até 6 meses para o testículo ocupar a 
posição extra-abdominal. 
O epidídimo encontra-se lateralmente ao testículo e 
é dividido em três partes: cabeça, corpo e cauda e é 
responsável pela maturação dos espermatozoides. 
Os espermatozoides maduros estão localizados na 
cauda do epidídimo, da qual desemboca o ducto 
deferente para se conectar a uretra pélvica. 
O ducto deferente é responsável por conectar a 
caudal do epidídimo na uretra pélvica. A passagem 
dessas estruturas é feita pelo anel inguinal que é 
uma abertura fisiológica responsável pela passagem 
de vasos. A uretra é dividida em pélvica e abdominal. 
As glândulas anexas são compostas pela próstata e 
pela ampola do deferente e são responsáveis para 
fluidificar a uretra, regulando o pH da uretra, e 
aumentando o volume do ejaculado e servindo como 
substrato energético. A próstata está localizada 
ventro-caudal à bexiga e ventral ao reto, ela possui 
dois lóbulos, o direito e o esquerdo, que são 
simétricos e de superfície lisa e com um sulco 
mediano central. 
Cão: 
 
Gato: 
 
 
 
 
 
AFECÇÕES TESTICULARES 
ANOMALIAS CONGÊNITAS 
ANORQUIDISMO 
Ausência de ambos os testículos. 
MONORQUIDISMO 
Ausência de um testículo. 
ANOMALIAS HEREDITÁRIAS 
1 - CRIPTORQUIDISMO 
É a não migração de um ou ambos os testículos até o 
saco escrotal. É uma afecção hereditária, 
autossômica e ligada ao sexo. É comum em raças 
toys e pequenas. 
Fases da descida testicular: 
1º Descida abdominal 
2º Descida inguinal 
3º Descida extra-andominal 
Os testículos possuem a mesma origem embrionária 
que os rins e, partir dos 30-40 dias de 
desenvolvimento fetal os testículos se separam do 
rim, ficando caudal ao rim e iniciando sua descida. 
A descida abdominal acontece, aproximadamente, 
30 dias antes do parto, assim os testículos vão em 
direção ao anel inguinal pela ação do gubernáculo. A 
partir do parto e em até 15 dias de vida acontece a 
descida inguinal; os testículos começam a passar 
pelo anel inguinal. A descida inguinal acontece após 
a descida inguinal, nesse momento os testículos se 
encontram na região subcutânea e se movem em 
direção a bolsa escrotal para preenchê-lo. A descida 
extra-abdominal pode demorar, fisiologicamente, até 
6 meses. 
DIAGNÓSTICO 
A falha mais comum geralmente encontrada é na 
descida abdominal (na maioria das vezes o testículo 
encontra-se lateral à bexiga). O diagnósticoé feito por 
US. Quando a falha na descida extra-abdominal o 
testículo é retido na região subcutânea, sendo 
possível, assim o diagnóstico por palpação. 
Falhas mais comuns na descida testicular: 
Abdominal > extra-abdominal > inguinal 
TRATAMENTO 
Orquiectomia (OSH) bilateral pois testículos ectópicos 
aumentam em até 14x as chances de neoplasias e 
torções testiculares. O animal deve também ser 
retirado da reprodução. 
2 - TORÇÃO TESTICULAR 
A torção testicular é uma condição rara em cães e 
animais de qualquer idade são susceptíveis, apesar 
da inexistência de predisposição racial, cães 
criptorquidas são mais propensos a desenvolver essa 
patologia pela maior rotação na bolsa testicular. 
Traumas no ligamento testicular e após a execução 
de exercícios intensos podem gerar também torção 
testicular. 
A torção resulta em um infarto venoso, com testículo 
e epidídimo tornando-se hemorrágicos. Devido à 
obstrução venosa, edema e inflamação, o testículo na 
maioria das vezes apresenta-se aumentado de 
tamanho e podendo evoluir para necrose testicular 
SINTOMAS 
• Dor e distensão abdominal 
• Edema 
• Êmese 
• Disúria, hematúria e febre 
DIAGNÓSTICO 
• Sintomas 
• US. Observar que a circulação sanguínea está 
interrompida 
TRATAMENTO 
OSH e tratamento suporte. 
 
 
 
INFLAMATÓRIO E INFECCIOSAS 
ORQUITE 
Inflamação do testículo. 
Geralmente associado a refluxos provenientes da 
bexiga, uretra e próstata para o ducto deferente ou 
por via hematógena por agentes: E. coli, Stafilococos, 
Streptococous, Mycoplasma e Brucella canis. 
É indicado a OSH como tratamento em orquites 
agudas e graves pois ocorre a formação de 
abscessos e fístulas do parênquima testicular. 
 
 
 
NEOPLASIAS 
1 - NEOPLASIAS TESTICULARES 
As neoplasias testiculares mais comuns em cães são: 
tumor das células de Sertoli (sertolinoma), nas 
células de intersticiais (Leydigomas) e nas células 
germinativas (Seminomas). Os sertolinomas são os 
mais comuns. 
Os autores afirmam ainda que metástases de 
tumores testiculares não são frequentes, embora os 
tumores de células de Sertoli e seminomas possam 
produzi-las em alguns casos. Cães criptorquídicos 
têm 13,6 vezes maiores riscos de tumores 
testiculares do que os normais, e animais com hérnia 
inguinal têm 4,7 vezes aumentados os riscos de 
tumores testiculares. 
SINTOMAS GERIAS 
• Dor e aumento de volume testicular 
• Dermatite na bolsa escrotal 
SERTOLINOMAS 
É a neoplasia testicular mais comum e de 
comportamento maligno (20-30%). E estão 
associados a machos com testículos ectópicos. A 
metástase é geralmente nos linfonodos inguinais e 
com síndromes paraneoplásicas. 
Sintomas: 
• Síndroma de feminilização por 
hiperestrogenismo (alopecia simétrica 
bilaterial, pele adelgaçada com pigmentação, 
ginecomastia e atrofia peniana) 
SEMINOMAS 
Pode acometer os testículos normais ou ectópicos, 
uni ou bilateralmente. Tumor característico por formar 
grandes massas, mas de comportamento benigno. 
LEYDIGOMAS 
Tumor que acomete os testículos e a bolsa escrotal, 
mas de comportamento benigno. Pode ocorrer 
hiperplasia das glândulas perineais, hérnia perineal e 
hiperplasia de prostáta pelo aumento da testosterona. 
DIAGNÓSTICO GERAL 
US. 
TRATAMENTO GERAL 
• OSH 
• Quimioterapia (Doxorrubicina ou Carboplatina) 
TÉCNICA CIRÚRGICA 
ORQUIECTOMIA (OSH) 
CÃES 
A OSH pode ser feita de forma aberta ou fechada. 
Refere-se OSH aberta quando a incisão da túnica 
vaginal. Em cães a OSH é feita pré-escrotal pois 
diminui as possibilidades de edema escrotal e causa 
menos desconforto abdominal. 
1º Incisionar a região escrotal ou pré-esceotal 
2º Expor o testículo na incisão 
3º Incisionar a túnica vaginal e separá-la do 
testículo para total visualização do testículo 
4º Expor o cordão espermático e pregar 3 pinças 
hemostáticas, na qual as 2 primeiras pinças 
permanecerão no paciente e a última pinça 
para o testículo que será retirado 
5º Incisionar entra a segunda e terceira pinça 
para retirada do testículo 
6º Fazer ligadura para hemostasia definitiva. A 
primeira ligadura será feita abaixo da primeira 
pinça, após dado o primeiro nó, retirar a 
primeira pinça. Dar mais outros 5 nós. 
7º Retirar a segunda pinça após ter dado todos 
os nós 
8º Suturar a túnica vaginal 
 
Hemostasia no gato: 
• Ligadura com fio 
• O ducto deferente enrolado nos vasos 
• Ligadura com o cordão espermático nele 
mesmo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AFECÇÕES PROSTÁTICAS 
HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA (HPB) 
A HPB é uma enfermidade caracterizada tanto pelo 
aumento do número de células (hiperplasia) como 
pelo aumento do tamanho celular (hipertrofia). 
Trata-se de uma alteração do envelhecimento, que 
ocorre apenas em duas espécies: cães e homem. 
Em cães, a hiperplasia prostática benigna está 
associada com a relação androgênio-estrogênio, a 
qual pode aumentar o número de receptores para 
andrógenos. Mesmo com a diminuição da produção 
de androgênio junto com o envelhecimento do animal 
e com o aumento da produção estrogênica a 
hiperplasia se desenvolve, também chamada de 
metaplasia escamosa. Com o envelhecimento, 
ocorre aumento aparente na sensibilidade do 
crescimento da glândula prostática pela testosterona, 
uma vez que a secreção de testosterona e as 
concentrações de dihidrotestosterona e testosterona 
prostática diminuem com a idade. Devido às 
mudanças no catabolismo e ao aumento na sua 
ligação aos receptores, a dihidrotestosterona se 
acumula. 
A hiperplasia é comum em animais a partir de 5 anos 
de idade, sem predisposição de raça e muitas vezes 
não há manifestação clínica patológica significativa, 
podendo levar, em outros casos em sua evolução, a 
outros processos inflamatórios agudos e crônicos, 
bacterianos, abscessos, neoplasias e formações 
císticas. Cães castrados não apresentam; a castração 
regride a hiperplasia. 
SINTOMAS 
O aumento da próstata acaba comprimindo o cólon 
descendente e o reto. 
• Tenesmo e fezes em fita 
• Sem dor à palpação 
• Lóbulos e sulco com simetria e textura normal, 
porém aumentados 
• Hematúria, retenção urinária e disúria 
• Corrimento uretral 
• Infecções recidivantes no trato urinário 
• Febre, depressão, anorexia, êmese e diarreia 
• Complicações: fecaloma e hérnia cranial 
 
 
 
 
DIAGNÓSTICO 
EXAME FÍSCO 
Palpação retal. 
EXAMES DE IMAGEM 
• US: tecidos prostáticos hiperecogênicos 
• RX 
EXAMES LABORATORIAIS 
Biópsia aspirativa guiada por US. 
TRATAMENTO 
OSH 
 
PROSTATITES 
A HPB e outras condições que promovem alteração 
na arquitetura normal da glândula prostática 
(metaplasia, neoplasia ou cistos) predispõem à 
infecção, por interferirem nas defesas normais do 
organismo, ou por proporcionarem um meio ideal 
para o crescimento de microrganismos. A prostatite é 
definida como uma infecção da próstata, com ou sem 
a formação de abscessos. 
A prostatite bacteriana acomete principalmente cães 
adultos e não castrados. A Escherichia coli é o 
organismo mais frequentemente isolado, porém a 
infecção por Staphylococcus aureus, Klebsiella spp., 
Proteus mirabilis, Mycoplasma canis, Pseudômonas 
aeruginosa, Enterobacter spp., Streptococcus spp., 
Pasteurella spp., Haemophilus spp. ou Brucella canis 
pode ocorrer. Os microrganismos rotineiramente 
envolvidos na prostatite são os mesmos presentes 
em infecções do trato urinário, o que sugere que a 
infecção ocorra de forma ascendente 
SINTOMAS 
• Mesmos sintomas da HPB 
• Na forma crônica a próstata pode estar 
sensível ao toque e com aumento de volume 
e, na forma crônica, sem dor ao toque, com 
aumento de volume discreto e assimétrica 
• A superfície vai estar eritematosa 
 
 
 
 
CISTOS PROSTÁTICOS 
Os cistos prostáticos podem ser caracterizados como 
de retenção ou paraprostáticos. Os de retenção 
(internos) ocupam o parênquima e são causados 
pelo acúmulo de secreções prostáticasdentro do 
órgão como resultado de obstruções dos ductos. Os 
cistos paraprostáticos (externos) não têm 
comunicação com a próstata, e alguns autores 
sugerem que sejam resquícios embrionários dos 
ductos de Müller. Os cistos estão mais comumento 
localizados na região periuretral. 
O tamanho e a quantidade de cistos podem alterar as 
dimensões, a simetria e a textura da glândula 
prostática. 
SINTOMAS 
• Superfície irregular, com aumento de volume, 
sem dor e não-eritematoso 
DIAGNÓSTICO 
EXAME FÍSCO 
Palpação retal. 
EXAMES DE IMAGEM 
• US: tecidos prostáticos hiperecogênicos 
• RX 
EXAMES LABORATORIAIS 
• PAAF e/ou biópsia aspirativa guiada por US. É 
achado líquido prostático asséptico (raro a 
presença de leucócitos e bactérias) e com 
presença de células epiteliais. 
TRATAMENTO 
CLÍNICO 
• ANTB: Amoxicilina com clavulanato, 
Cefalosporinas ou Quinolonas 
• AINE: Dipirona 
• Fluidoterapia 
CIRÚRGICO 
• OSH: cistos pequenos 
• Omentalização ou marsupialização: cistos 
médios e grandes 
 
 
 
ABSCESSOS PROSTÁTICOS 
Os abscessos prostáticos geralmente são resultado 
de infecção bacteriana ascendente que ultrapassa os 
mecanismos de defesa da uretra e coloniza o 
parênquima prostático. Podem ser secundários à 
prostatite bacteriana supurativa, que leva à formação 
de microabscessos no parênquima, os quais se 
coalescem, formando um abscesso único, ou ainda, 
como resultado da contaminação de cistos de 
retenção, paraprostáticos ou metaplásicos. Os 
principais microrganismos envolvidos são Escherichia 
coli, Staphylococcus spp. e Proteus spp. Na 
abscedação, a próstata está assimétrica e 
aumentada. 
SINTOMAS 
• Superfície irregular, com aumento de volume e 
com dor e eritematose 
• Febre 
• Secreção uretral 
DIAGNÓSTICO 
EXAME FÍSCO 
Palpação retal. 
EXAMES DE IMAGEM 
• US: tecidos prostáticos hiperecogênicos 
• RX 
EXAMES LABORATORIAIS 
• Biópsia aspirativa guiada por US. É achado 
líquido prostático séptico. 
• Leucocitose com desvio à esquerda 
• Cultura do líquido prostático para antibiograma 
TRATAMENTO 
CLÍNICO 
• ANTB: Amoxicilina com clavulanato, 
Cefalosporinas ou Quinolonas 
• AINE: Dipirona 
• Fluidoterapia 
CIRÚRGICO 
• OSH 
• Colocação de drenos cirúrgicos ou fazer 
omentalização 
 
 
NEOPLÁSICA 
A incidência de neoplasias prostáticas no cão é baixa, 
todavia podem ser observados adenocarcinoma, 
carcinoma das células de transição, carcinoma das 
células escamosas, leiomiossarcoma e 
fibrossarcoma; de forma rara, o linfoma também é 
descrito. 
SINTOMAS 
• Perda de peso, claudicação e fraqueza nos 
membros pélvicos 
• Tenesmo e disquezia 
• Incontinência urinária 
• Metástase pulmonar 
DIAGNÓSTICO 
EXAME FÍSICO 
Durante a palpação retal, a glândula pode apresentar-
se endurecida e irregular, podendo estar aderida ao 
canal pélvico. 
EXAMES DE IMAGEM 
• RX: prostatomegalia, mineralização do tecido 
prostático, com contorno irregular, 
linfadenopatia regional e sinais de metástase 
nos pulmões ou ossos 
• US: prostatomegalia, com contorno irregular e 
padrão de ecogenicidade mista. Ainda, 
podem-se evidenciar áreas de calcificações no 
interior da próstata, indicadas por ecos 
brilhantes que produzem sombra, os quais, 
quando presentes, são considerados sinais de 
malignidade 
EXAMES LABORATORIAIS 
PAAF e/ou biópsia 
TRATAMENTO 
• Prostatectomia total 
• QT 
• Radioterapia 
 
 
 
AFECÇÕES DE PREPÚCIO E PÊNIS 
FIMOSE 
A incapacidade de protusão do pênis a partir do 
prepúcio ou bainha peniana caracteriza a fimose que 
é uma condição em que o pênis fica preso na 
cavidade prepucial. Em geral ocorre quando a 
abertura do prepúcio é pequena, impedindo a 
exposição do pênis. 
A incapacidade de expor o pênis causa irritação e 
infecções prepuciais secundárias a retenção de urina 
no prepúcio e pode ser observada como causa de 
urina acumulada no prepúcio. Pode ser congênita ou 
adquirida. 
SINTOMAS 
• Distensão prepucial por urina 
• Não visualização do orifício prepucial 
• Corrimento prepucial purulento ou 
hemorrágico 
TRATAMENTO 
Reconstrução do orifício prepucial. 
 
 
PARAFIMOSE 
É uma condição em que o pênis é impedido de retrair-
se para a cavidade prepucial. É mais comum após a 
ereção, mas pode estar associado à cópula, 
traumatismo e neoplasia. 
O pênis fica exposta por causa da formação de 
dobras no prepúcio. A circulação do pênis fica 
comprometida pelo prepúcio. 
SINTOMAS 
Pênis edemaciado, exposto e dolorido (até com 
necrose). 
TRATAMENTO 
CLÍNICO 
• Compressas geladas, lavar, lubrificar e tentar 
reposicionar o pênis 
CIRÚRGICO 
• OSH 
• Correção cirúrgica do orifício prepucial 
• Amputação peniana 
 
 
ABDOMÊN 
LAPAROTOMIA 
A celiotomia é uma incisão cirúrgica na cavidade 
abdominal; o termo laparotomia também é utilizado 
como sinônimo, embora tecnicamente se refira a uma 
incisão no flanco. Essa técnica é indicada para fins 
diagnósticas e/ou terapêuticas. 
ANATOMIA 
O abdômen é delimitado cranialmente pelo m. do 
diafragma respiratório e, caudalmente, pelo m. do 
diafragma pélvico. 
Na linha média ventral do abdômen há uma fina 
camada branca e fibrosa chamada linha Alba. Essa 
linha passa pela cicatriz do umbigo. 
Ao redor dos dois lados da linha Alba encontra-se o 
m. reto do abdômen. Ao redor dos dois lados do m. 
reto do abdômen, encontra-se, lateralmente, um 
conjunto de músculos: o m. oblíquo abdominal 
interno (OAI), m; oblíquo abdominal externo (OAE) 
e transverso do abdômen (TA). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TIPOS DE LAPAROTOMIA 
LINHA MÉDIA VENTRAL 
A incisão é feita seguindo a linha Alba. 
Esse é o melhor tipo de corte pela ampla visualização 
e acesso de todos os órgãos. Outro ponto importante 
é que o corte pela linha Alba é menos cruenta e não 
lesa nenhum outro músculo, causando menos dor. 
Subtipos de incisão: 
• Pré-umbilical: do umbigo pra cima 
• Retroumbilical: do umbigo pra baixo 
• Pré e retroumbilical: corte do xifóide ao púbis 
 
 
 
 
 
 
FLANCO 
Abertura na região do flanco. 
PARACOSTAL 
É a abertura paralela a última costela. 
PARAMEDIANA 
É a abertura paralela à linha Alba. 
 
 
 
TÉCNICA CIRÚRGICA 
• Jejum, MPA, tricotomia em todo abdômen 
ventral e antissepesia 
• O animal é posto em decúbito dorsal com 
quatro panos de campos. Os panos de 
campos são presos pelas pinças Backhaus ou 
suturados 
• A primeira incisão com bisturi é feita bem no 
meio do abdômen (entre as mamas). Após a 
incisão, divulsionar com as pinlas romba fina 
ou romba-romba o tecido subcutâneo e 
separá-lo. Em cães machos, pince o prepúcio 
e prenda-o lateralmente. A incisão de pele 
torna-se paramediana na região do prepúcio. 
Incise a musculatura na linha alba, como 
descrito anteriormente 
• Colocar o segundo plano de panos de campos 
e os prender com pinças Backhaus 
• Visualizar o m. reto do abdômen e a linha Alba 
• Com as pinças Allis, tracionar o m. reto do 
abdômen e, com o bisturi, incisionar a linha 
Alba 
• Após o corte com o bisturi, aumentar o plano 
cirúrgico com a tesoura (pré-umbilical, 
retroumbilical ou pré e retroumbilical) 
• Usar os afastadores de Farabeuf para melhor 
visualização 
• Sutura do m. reto do abdômen e da fáscia 
externa com fio de nylon 
• Sutura do subcutâneo com fio de 
poliglecaprone ou poliglactina 
• Sutura da pele com fio de nylon 
 
 
SISTEMA REPRODUTOR FEMINO 
PIOMETRA 
ETIOLOGIA 
É um processo inflamatório de origem endócrino-
hormonal, associado em sua evolução às infecções 
bacterianas, constituindo um severo complexo 
patológico, caracterizado por acúmulo de exsudato 
muco-purulento ou purulento nas cavidades e no 
lúmen do útero e do trato genital tubular. 
O aparecimento da piometra acontece mais 
comumente no diestro, mas pode ocorrer em 
qualquer fase do ciclo estral. No diestro o a cadela 
está sob influência da progesterona pelo 
aparecimento docorpo lúteo. A estimulação 
progestacional crônica e repetida pode levar à 
resposta exagerada e anormal do endométrio, 
denominada hiperplasia endometrial cística (HEC). 
O aumento do nível da progesterona estimula o 
crescimento e a atividade secretora das glândulas 
endometriais e reduz a atividade miometrial, 
permitindo o acúmulo de secreções glandulares 
uterinas. Em contrapartida, ocorre a diminuição da 
circulação uterina, dos sistemas de defesa do útero e 
das contrações uterinas que somadas ao fechamento 
do colo uterino produzem a retenção de líquido dentro 
do órgão e a abertura do colo uterino durante o estro 
permitindo a entrada de bactérias. Assim, ocorre a 
infecção ascendente de bactérias (E. coli > 
Estreptococous > Estafilococus) que antes na porção 
inferior do trato genital. 
EPIDEMIOLOGIA 
Doença comum em cadelas, adultas (8-10 anos de 
idade) e não-castradas. Cadelas com ciclos estrais 
irregulares, velhos e com pseudociese tem 
predisposição a doença. 
 
SINTOMAS 
• Febre, desidratação, apatia e dor 
• PU/PD 
• Êmese e diarréia 
• Aumento do volume do útero 
• Secreção vaginal quando com cérvix aberta 
• Glomerulonefrite imunomediada por depósito 
de imunocomplexos 
 
DIAGNÓSTICO 
EXAMES DE IMAGEM 
US com aumento dos cornos e com conteúdo 
anecogênico. 
EXAMES LABORATORIAIS 
• Leucocitose 
• Aumento de ureia e creatinina 
 
TRATAMENTO 
CLÍNICO 
• Fluidoterapia com RL 
• Tratamento suporte: anti-emético 
• AINE: buscopan 
• ANTB: Trimetropin, Ampicilina, Amoxicilina 
com clavulanato ou Cefazolina 
CIRÚRGICO 
Laparotomia pela linha média ventral pré e 
retroumbilical e ovariosalpingohisterectomia (OSH). 
 
 
OVÁRIOSALPINGOHISTERECTOMIA 
A ovariosalpingohisterectomia (OSH) consiste na 
retirada dos ovários, ovidutos, do útero e dos 
ligamentos que os sustentam (ligamento suspensório 
do ovário e ligamento largo do útero). 
ANATOMIA 
Os ovários estão localizados caudal aos rins, no 
nível da 3°-4° vértebra lombar. O ovário direito é mais 
cranial que o esquerdo, assim como o rim. 
Cada ovário é suspenso da parede do corpo pelo 
mesovário (prega do peritônio). O ovário na cadela é 
recoberto pela bolsa ovariana. Os ovários estão 
presos à parede abdominal pelo ligamento 
suspensório ovariano e por alguns outros ligamentos 
do próprio ovário. 
A vascularização é feita pela a. aorta e pela v. cava. 
O ovário direito recebe sangue da a. aorta, formando 
a a. ovariana direita; o mesmo acontece com o ovário 
esquerdo, formando a a. ovariana esquerda. O 
retorno venoso é feito pela v. cava, ligando 
diretamente ao ovário direito, formando a v. ovariana 
direita. Diferentemente do lado direito, a v. ovariana 
esquerda surge a partir da v. renal esquerda. 
O pedículo ovariano é formado pela a. ovariana, v. 
ovariana e lig. suspensório do ovário de ambos os 
lados. 
Compõe-se o útero de um par de cornos, corpo e 
cérvix. Encontra-se na cavidade abdominal e apenas 
a cérvix ocupa a cavidade pélvica. Os cornos uterinos 
são estruturas tubulares longas, que se extendem da 
tuba para o corpo uterino. Cada ovário é ligado a seu 
corno correspondente pelo ligamento próprio do 
ovário. Os cornos uterinos estendem-se caudalmente 
no abdômen e encontram um corpo único, de 
aproximadamente 1/5 da extensão dos mesmos. O 
corpo encontra-se com a cérvix, estrutura curta e 
grossa que conecta útero e vagina. Durante a 
gestação, ela permanece fechada, conferindo 
proteção ao útero contra agentes externos. 
Após a secção do útero forma-se o coto uterino com 
a ligadura. 
A vascularização uterina vem da a. aorta, das a. 
ovarianas, das a. das tubas ovarianas até chegar no 
útero formando a a. uterina. O retorno venoso é pela 
v. ovariana, v. das tubas uterinas e v. vaca. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TÉCNICA CIRÚRGICA 
• Técnica chamada de: OSH das 3 pinças 
• O abdome é abordado pela linha média 
ventral com uma incisão pré-retroumbilical. Os 
ovários são identificados, eles encontram-se 
ligados ao terço médio e ventral da última ou 
das últimas costelas pelo ligamento 
suspensório 
• O ligamento largo é perfurado com um 
instrumento de ponta romba na região caudal 
à artéria e veias ovarianas 
• O ovário é elevado o máximo possível da 
cavidade abdominal, 3 pinças hemostáticas 
curvas são colocadas no pedículo que contém 
a artéria e a veia ovariana 
• Todas as pinças são aplicadas proximalmente 
ao ovário, da mesma maneira, com as pontas 
dirigidas para cima 
• As pontas devem ser grandes o suficiente 
para prender o pedículo por inteiro 
• O pedículo pinçado é seccionado entre a 
pinça média e a superior, sendo este pedículo, 
a pinça inferior é liberada enquanto a tração 
na ligadura é mantida, isso apertará ao 
máximo o nó 
• A ligadura é finalizada com uma laçada distal 
a primeira, liberando-se a última pinça 
• O mesmo procedimento é repetido no outro 
ovário 
 
 
 
• Ligadura 1: lig. suspensório do ovário E, a. 
ovariana e v. ovariana E 
• Ligadura 2: lig. suspensório do ovário D, a. 
ovariana e v. ovariana D 
• Ligadura 4: a. e v. uterina E + D e coto uterino 
(são feitas duas ligaduras em úteros pequenos 
e não-edemaciados e quatro ligaduras em 
úteros grandes, com muita gordura ou com 
patologias) 
 
 
ORELHA 
ANATOMIA 
A orelha do cão e do gato compõe-se de três 
porções: a orelha externa, média e a interna. Juntos, 
esses componentes são responsáveis pela 
identificação e localização da direção do som e 
percepção constante da posição da cabeça em 
relação à gravidade, permitindo detectar sua 
aceleração e rotação durante o movimento. 
ORELHA EXTERNA 
O meato auditivo externo serve para conduzir as 
ondas sonoras até o tímpano, e se insere nas 
porções vertical e horizontal do canal auditivo 
externo. 
A orelha externa é composta de uma porção vertical 
e outra horizontal unida em forma de “L” para 
formar um tubo cartilaginoso cônico que conduz as 
ondas sonoras até o tímpano. O conduto auditivo 
externo inicia sua porção horizontal proximamente 
junto ao osso temporal e termina distalmente sua 
porção vertical nos componentes cartilaginosos da 
base do pavilhão auricular. 
ORELHA MÉDIA 
A orelha média é formada pela cavidade ou bula 
timpânica, delimitada em sua porção ventral pela 
cúpula óssea da bula timpânica (porção cavitária do 
osso temporal) e em sua porção dorsal por uma 
pequena câmara óssea tubular, o processo epitil 
timpânico. A tuba auditiva insere-se na região rostral 
da bula e estende-se até a nasofaringe. 
O tímpano é uma membrana fina, semitransparente, 
com um contorno arredondado, elíptico, com tamanho 
médio. A membrana timpânica (MT) divide a orelha 
externa da orelha média e está localizada na câmara 
dorsal da bula timpânica (BT). essa membrana 
divide-se em duas porções: a pars flácida e pars 
tensa. 
Na orelha média, são encontrados os três ossículos 
timpânicos (martelo, bigorna e estribo), distribuídos 
lateromedial, respectivamente, e a janela da cóclea, 
estrutura que divide a orelha média da interna. 
Existem dois pequenos músculos na orelha média, o 
tensor do tímpano e o estapédio, que podem alterar 
as relações dos ossículos auditivos, através da 
fixação destes à parede do recesso epitimpânico por 
vários ligamentos. 
A inervação desses músculos é através dos nervos 
trigêmeo e nervo facial, esse fato pode explicar as 
alterações neurológicas evidenciadas em otites 
médias. 
ORELHA INTERNA 
A orelha interna, é a responsável por receber os 
sinais auditivos, manter o equilíbrio e a posição dos 
olhos, tronco e membros. Está localizada no labirinto 
da porção petrosa do osso temporal e é composta 
pela cóclea, vestíbulo e canais semicirculares. 
Os três órgãos contidos no labirinto ósseo são: a 
cóclea, os canais semicirculares e o vestíbulo. 
 
 
 
 
 
 
OTOHEMATOMA 
ETIOLOGIA 
São coleções de sangue no pavilhão auricularque 
apresentam a forma de tumefações flutuantes, em 
massas ou nódulos de dimensões variadas. 
Os fatores que desencadeiam a sua formação é: 
movimentos bruscos da cabeça devido á dor e 
coceiras na orelha, inflamações crônicas e agudas, 
ectoparasitas (ácaros), corpos estranhos, tumores e 
pólipos no canal auditivo. Todos esses fatores 
aumentam a fragilidade capilar do pavilhão auditivo. 
O traumatismo pode ocasionar rompimento de vasos 
sanguíneos e o extravasamento de sangue entre a 
pele e a cartilagem, que cessa quando a pressão 
interna se iguala à pressão das artérias afetadas. 
As hemorragias ocorrem entre as camadas da 
cartilagem ou placa cartilaginosa auricular e a fibrina 
é depositada na parede do otohematoma, 
promovendo a formação de um seroma 
sanguinolento. Com o estabelecimento de um estado 
crônico, a fibrose e a contração promovem 
espessamento e a deformação da orelha. 
EPIDEMIOLOGIA 
O otohematoma ocorre principalmente em raças de 
orelhas pendentes (Pastor Alemão, Cocker Spaniel, 
Basset Houd, Golden Retriver e Labrador), sem 
predisposição sexual, de idade entre 3-7 anos e em 
raças de médio a grande porte. 
 
SINTOMAS 
Caracterizam-se por tumefações flutuantes, tensas, 
que variam de tamanho e, na maioria das vezes, 
dolorosas que podem estar em uma ou ambas as 
orelhas. 
 
DIAGNÓSTICO 
EXAME FÍSICO 
• Palpação de orelha com presença de 
conteúdo líquido, além do histórico de 
comportamento clínico do animal (prurido 
auricular) 
 
 
TRATAMENTO 
CLÍNICO 
• Bandagem 
• ANTBs preventivos: Amoxicilina com 
clavulanato ou Enrofloxacino 
• AINEs: Meloxicam ou Carvoprofeno 
• ou AIE: Prednisolona 
• Acompanhar a cicatrização e o 
restabelecimento da colagem da cartilagem 
CIRÚRGICO: 
DRENAGEM COM AGULHA 
É a técnica mais simples para correção de 
otohematoma, mas de mais baixa eficácia. 
 Deve ser feito apenas em otohematomas de coleção 
líquida e fluída e, preferencialmente, na extremidade 
distal da orelha. É essencial que a formação seja 
pequena e que não tenha mais de 7 dias. 
Não é necessário anestesia, apenas contenção do 
animal ou sedativos. Fazer a tricotomia e antissepsia 
da superfície côncava da orelha e drenar o líquido 
com a agulha e seringa. 
 
 
 
 
DRENAGEM E COLOCAÇÃO DE DRENOS 
Os drenos e as cânulas também são usados como 
meio de providenciar uma drenagem a longo tempo, 
mas só podem ser usados se a quantidade de fibrina 
no hematoma for mínima. É o melhor método pois se 
restabelece a colagem da cartilagem. Ficar com o 
dreno de 15-20 dias. 
Esta técnica consiste em aplicar um dreno tubular de 
silicone através de duas incisões 
com 4 a 7 mm de comprimento, 
feitas nas extremidades distal e 
proximal do hematoma. Estas 
duas incisões permitem também 
a extracção manual do sangue e 
dos coágulos. Após a colocação 
do tubo com uma pinça 
hemostática, são feitas duas 
suturas simples de sustentação, 
uma em cada incisão, com fio 3-
0 monofilamentoso de nylon ou 
de polipropileno. 
INCISÃO, DRENAGEM E SUTURA 
Esta técnica é recomendada sobretudo para 
hematomas grandes ou crónicos, que apresentam a 
parede espessada. É o método mais invasivo pois 
ocorre a drenagem por todo o hematoma e é 
necessário anestesia geral. Ficar com os pontos de 
15-20 dias. 
O animal deve ser posicionado em decúbito lateral, 
com o lado cuja orelha está afetada voltado para 
cima. O primeiro passo consiste em fazer a tricotomia 
da orelha, tanto da face externa como da interna, e 
prepará-la assepticamente para a cirurgia. Coloca-se, 
então, uma compressa estéril ou um pedaço de 
algodão no canal auditivo para absorver o sangue 
proveniente do hematoma. Realiza-se uma incisão na 
superfície côncava do pavilhão auricular, sobre todo o 
comprimento do otohematoma e retiram-se uns 
milímetros de pele e cartilagem para evitar um 
encerramento rápido da ferida cirúrgica. Os coágulos 
de fibrina são removidos e a cavidade é irrigada com 
uma solução salina. As suturas devem ter 0,5 a 1 cm 
de comprimento e devem posicionar-se verticalmente, 
paralelamente às artérias auriculares que se 
localizam na superfície convexa, com um padrão de 
pontos em “U” verticais ou com pontos simples 
transfixantes, abrangendo toda a espessura do 
pavilhão auricular, isto é pele-cartilagem-pele, ou só a 
pele da superfície côncava e a cartilagem. 
Os fios de sutura devem ser 3-0 ou 4-0 
monofilamentosos de material não absorvível, como o 
propileno ou o nylon, ou absorvível como a 
polidioxanona, o poliglecaprone 25 ou o poligliconato. 
É recomendado deixar um espaço de pelo menos 0,5 
cm entre a incisão e a sutura. 
 
 
 
RESSECÇÃO LATERAL 
DO CANAL AUDITIVO 
VERTICAL 
A ressecção do canal auditivo lateral aumenta a 
drenagem e melhora a ventilação do canal auditivo. 
Também facilita a colocação de agentes tópicos 
dentro do canal horizontal. Essa técnica é conhecida 
como “Procedimento Zepp”. 
Indicações: 
• Estenose do canal por hiperplasia do epitélio 
• Lesões neoplásicas da parede lateral 
• Otite externa crônica 
TÉCNICA CIRÚRGICA 
• Posicionar o animal em decúbito lateral com a 
cabeça elevada em uma toalha 
• Colocar o campo cirúrgico ao redor da orelha 
com todo o pavilhão auricular envolto no local 
da cirurgia 
• Delimitar a extensão do canal auditivo ventral 
com uma pinça 
• Marcar um local abaixo do canal auditivo 
horizontal, que é a metade do comprimento do 
canal auditivo vertical 
• Fazer duas incisões paralelas na pele lateral 
do canal auditivo vertical que se estendam 
desde o tragus ventralmente ao local marcado 
• Aumentar, ainda, 1/3 da incisão 
• Ligar as incisões na pele ventralmente e, 
usando uma combinação de dissecção 
cortante e contundente, rebater o retalho de 
pele dorsal, expondo a parede cartilaginosa 
lateral do canal auditivo vertical 
• Durante a dissecção, ficar o mais próximo 
possível da cartilagem do canal auditivo para 
evitar inadvertidamente danos ao nervo facial 
• Observar a glândula parótida na medida 
ventral da incisão e evitar danificá-la. 
Localizando-se no aspecto dorsal da cabeça 
do animal, utilizar tesouras Mayo para cortar o 
canal vertical 
• Repitir o processo, começando pela incisura 
intertrágica (aspecto caudal ou lateral do 
conduto auditivo externo) 
• Não permitir que as incisões convirjam para o 
aspecto lateral do canal, ou o escorredor será 
demasiado estreito 
• Certificar-se de estender as incisões até o 
início do canal horizontal, ou o escorredor não 
ficará na posição horizontal contra a pele. 
Rebater o flap cartilaginoso distalmente e 
inspecionar a abertura do canal horizontal; se 
indicado, obter culturas 
• Ocasionalmente, a abertura pode ser 
ampliada, fazendo dois cortes pequenos nos 
aspectos cranial e caudal. Ressecar a metade 
distal da aba da cartilagem para fazer o 
escorredor e retirar a aba da pele 
• . O ligamento entre as abas horizontais e 
verticais geralmente funciona como uma 
dobradiça para permitir ao escorredor ficar na 
posição horizontal, mas, em alguns casos, 
marcar a cartilagem no lado ventral do 
escorredor facilita isso 
• Colocar suturas de monofilamento absorvíveis 
ou não absorvíveis (3-0 ou 4-0) a partir do 
tecido epitelial da pele 
• Começar a suturar a abertura do canal 
horizontal, em seguida, suturar o escorredor. 
Por último, suturar os aspectos cranial e 
caudal da parede medial do canal auditivo 
vertical na pele 
 
 
Precauções: 
• Antes da cirurgia, realizar cultura e 
antibiograma para entrar com um antibiótico 
eficaz 
• Administrar o antibiótico eficaz antes, durante 
e depois da cirurgia (até 30 dias). 
• Deiscência de pontos: abertura espontânea 
dos pontos por necrose tecidual. Caso 
aconteça isso, deixar cicatrizar por segunda 
intenção 
ABLAÇÃO DO 
CANAL VERTICAL 
Ablação do canal vertical pode ser executada quando 
o canal vertical todo está doente, mas o canalhorizontal está normal. 
Pode ser a técnica de escolha quando neoplasia está 
confinada ao canal vertical ou em alguns animais com 
otite externa crônica. Remoção total do canal vertical 
pode resultar em menos exsudação e menos dor pós-
operatória. Esta técnica pode proporcionar uma 
melhor aparência estética do ouvido do que é 
fornecido pela ressecção do canal auditivo lateral 
quando uma grande quantidade de tecido 
hiperplásico está presente em torno do canal vertical. 
Indicações: 
• Otite hiperplásica irreversível 
• Trauma ou neoplasia no canal vertical 
 
TÉCNICA CICÚRGICA 
• Fazer uma incisão em “T”. Fazer uma incisão 
paralela ao bordo do tragus e outra incisão 
longitudinal ao longo do conduto auditivo 
vertical 
• Abrir e disseccionar a pele em busca do canal 
auditivo vertical 
• Continuar a incisão horizontal através da 
cartilagem ao redor do meato acústico externo 
com uma lâmina de bisturi. Retirar o máximo 
de tecido doente na superfície média do 
pavilhão auricular quanto possível, mas não 
danificar os principais ramos da grande artéria 
auricular 
• Usar tesoura Mayo curvadas para dissecar em 
torno das faces proximais e mediais do canal 
vertical. Durante a dissecção, ficar o mais 
próximo possível da cartilagem do canal 
auditivo para evitar inadvertidamente danos ao 
nervo facial 
• Libertar canal vertical inteiro de todos os 
anexos musculares e fasciais 
• Seccionar o canal vertical ventralmente 1 a 2 
cm dorsais ao canal horizontal e enviá-lo para 
exame histológico 
• Incisar o restante do canal vertical, cranial e 
caudal para criar abas dorsal e ventral 
• Refletir o retalho ventral para baixo, e suturar 
a pele para um escorredor usando suturas de 
monofilamento absorvíveis ou não absorvível 
(2-0 para 4-0). Suturar a aba dorsal para a 
pele e fechar o tecido subcutâneo com um 
material capaz de absorver a sutura (2-0 ou 3-
0). Em seguida, fechar a pele em formato de T 
 
 
 
Precauções: 
• Antes da cirurgia, realizar cultura e 
antibiograma para entrar com um antibiótico 
eficaz 
• Administrar o antibiótico eficaz antes, durante 
e depois da cirurgia (até 30 dias). 
• Deiscência de pontos: abertura espontânea 
dos pontos por necrose tecidual. Caso 
aconteça isso, deixar cicatrizar por segunda 
intenção 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABLAÇÃO TOTAL DO 
CONDUTO AUDITIVO 
EXTERNO 
É indicado em animais com otite externa crônica que 
não respondem bem ao tratamento médico 
adequado, em casos de intensa calcificação e 
ossificação da cartilagem auricular, ou quando 
hiperplasia epitelial grave se estende para além do 
pavilhão auricular ou do canal auditivo vertical. 
O procedimento geralmente é realizado em animais 
nos quais ressecções do ouvido lateral falharam, e 
pode ser benéfico para aqueles com canais auditivos 
gravemente estenosados ou em neoplasias. 
 
TÉCNICA CIRÚRGICA 
• Fazer uma incisão em “T”. Fazer uma incisão 
paralela ao bordo do tragus e outra incisão 
longitudinal ao longo do conduto auditivo 
vertical 
• Abrir e dissecionar a pele em busca de todo o 
canal auditivo externo 
• Continuar a incisão horizontal através da 
cartilagem ao redor do meato acústico externo 
com uma lâmina de bisturi 
• Tomar cuidado com a glândula salivar parótida 
e o nervo fácil 
• Levantar todo o cone de cartilagem e dissecar 
todo o canal horizontal. Dissecar bem rente ao 
osso da crânio (bula timpânica) 
• Após a dissecção do cone cartilagionoso o 
meato acústico estará exposto 
• Curetar toda a secreção do meato acústico e 
lavá-lo com soro fisiológico 
• Fechar o tecido subcutâneo com fio absorvível 
(2-0 ou 3-0), e fechar a pele em formato de T. 
Se a drenagem for desejada, usar dissecação 
romba para saída de um dreno de Penrose 
(14 a 12 polegadas de largura) ou tubo de 
borracha macia ventral da incisão em uma 
área dependente (por meio de uma incisão 
separada), ou usar a drenagem por aspiração 
fechada (p. ex., o cateter de borboleta, 
vacutainer tubular) 
• A extremidade do dreno perto da cavidade 
timpânica pode ser protegida com uma única 
sutura de categute cromado (4-0 ou 5-0). Fixar 
a drenagem para a pele no local da saída 
(ventro-caudal à incisão). 
 
 
Precauções: 
• Antes da cirurgia, realizar cultura e 
antibiograma para entrar com um antibiótico 
eficaz 
• Administrar o antibiótico eficaz antes, durante 
e depois da cirurgia (até 30 dias). 
• Deiscência de pontos: abertura espontânea 
dos pontos por necrose tecidual. Caso 
aconteça isso, deixar cicatrizar por segunda 
intenção 
 
 
GLÂNDULAS SALIVARES 
ANATOMIA 
Os cães possuem inúmeras glândulas salivares 
menores distribuídas ao longo de toda a cavidade oral 
(lábios, bochecha, língua, palato, faringe e esôfago) e 
quatro pares de glândulas maiores, são elas: as 
parótidas, sublinguais, zigomáticas e 
submandibulares. 
A glândula parótida é uma glândula serosa e possui 
anatomia triangular e localiza-se próxima ao conduto 
auditivo dos cães. 
A glândula sublingual localiza-se abaixo da língua; 
próximo ao ramo horizontal da mandíbula. 
A glândula zigomática, também conhecida como 
orbitária, é ovoide e irregular, relacionando-se aos 
músculos masséter e temporal e ao arco zigomático. 
A glândula mandibular é grande e ovoide, 
estendendo-se da fossa atlantal até o osso basi-
hióide, sendo parcialmente recoberta pela parótida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
MUCOCELE 
ETIOLOGIA 
É uma afecção benigna causada pela obstrução 
(parciais ou totais) por sialólitos, ruptura ou trauma do 
ducto coletor causando extravasamento e acúmulo de 
saliva no tecido conjuntivo adjacente. 
A saliva extravasada induz reação inflamatória nos 
tecidos vizinhos e para que o conteúdo salivar 
extravasado não atinja outros locais, forma-se um 
tecido de granulação circundando-o e por essa razão, 
a mucocele é caracterizada como um pseudocisto. 
Podem ser formadas na região cervical ventral, 
sublingual, faríngea, parotídea ou zigomática, de 
acordo com a glândula e ducto salivar afetado. São 
mais frequentes na glândula sublingual (rânula) e 
mandibular. 
As mucoceles possuem etiologia infecciosa, 
traumática (após cirurgias glandulares, auto 
mordiscamentos linguais, feridas por mordedura, uso 
de enforcadores ou coleiras apertadas, acidentes 
balísticos, fornecimento de osso na alimentação) 
EPIDEMIOLOGIA 
Não há predisposição sexual e racial em cães, porém 
os poodles, Pastores Alemães, Yorkshires e 
Dachshunds são os mais comumente afetados. Os 
poucos casos relatados na espécie felina foram de 
animais sem raça definida. 
 
SINTOMAS 
• Aumento de volume ventral, flutuante e indolor 
na região cervical 
• Dificuldade na apreensão dos alimentos 
• Disfagia e movimentos anormais na língua 
• Dispneia 
• Exoftalmia, estrabismo e inchaço periocular 
 
DIAGNÓSTICO 
É baseado no exame físico pela palpação do volume 
e da glândula salivar e pela punção do local. 
É feita a paracentese do local de carácter viscoso, 
espesso, translúcido e de coloração amarelo-palha a 
avermelhada. Pode ainda ser feito a sialografia e a 
biópsia do material excitado. 
TRATAMENTO 
CLÍNICO 
Drenagem no conteúdo salivar acumulado do tecido 
subcutâneo com agulha de amplo calibre. 
 
CIRÚRGICO: 
É baseado na posição da mucocele. 
CERVICAL 
Realizar a sialoadenectomia das glândulas 
submandibulares e linguais dos dois lados, além da 
drenagem da mucocele. 
Técnica cirúrgica: 
• Incisar a pele, o tecido subcutâneo e o 
músculo platisma do ângulo da mandíbula 
caudalmente para a veia jugular externa a fim 
de expor a cápsula fibrosa da glândula 
mandibular 
• Evitar o ramo do segundo nervo cervical que 
passa pela cápsula, incisar a cápsula e 
dissecá-la a partir das glândulas salivar 
mandibular e sublingual monostomática 
• Ligar a artéria (ramo da grande artéria 
auricular) e veia à medida que são 
encontradas no aspecto medial do dorso da 
glândula.Continuar dissecando cranialmente, 
seguindo o ducto mandibular, o ducto 
sublingual e as glândulas sublinguais 
polistomática em direção à boca 
• Incisar a fáscia entre o masseter e os 
músculos digástricos. Expor todo o complexo 
de glândulas salivares mandibular e 
sublingual, por retração do músculo digástrico 
e aplicação de tração caudal na glândula 
mandibular 
• Se necessário, executar miotomia do músculo 
digástrico ou fazer um túnel do complexo 
ducto-glândula sublingual caudal sob o 
músculo digástrico para melhorar a 
visualização 
• Dissecar (divulsão digital ou dissecção 
cortante) rostralmente até identificar o ramo 
lingual do nervo trigêmeo e apenas os ductos 
permanecerem no complexo 
• Evitar traumatizar os nervos lingual e 
hipoglosso 
• Tentar identificar o defeito da glândula do 
ducto causando a mucocele, porque falha em 
identificar esse defeito pode indicar que a 
mucocele origina-se a partir do complexo do 
ducto glandular contralateral 
• Ligar e transeccionar o complexo glândula-
ducto mandibular sublingual caudalmente ao 
nervo lingual 
• Colocação de dreno ou marsupialização 
 
 
 
SUBLINGUAL (RÂNULA) 
Técnica cirúrgica: 
• Drenar mucoceles sublinguais (rânulas) por 
excisão de uma secção elíptica, em toda a 
espessura da parede mucocele 
• Suturar o revestimento de tecido de 
granulação para a mucosa sublingual 
(marsuapialização) para estimular a drenagem 
durante vários dias 
• Drenar as mucoceles faríngeas por aspiração 
ou por marsupialização 
• Excisar o tecido da faringe redundante para 
evitar a obstrução das vias respiratórias após 
a mucocele ter sido evacuada 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SISTEMA DIGESTÓRIO 
ESÔFAGO 
ANATOMIA 
As porções cervical e torácica proximal do esôfago 
estão à esquerda da linha média, entretanto, o 
esôfago está ligeiramente à direita da linha média, 
desde a bifurcação traqueal até o estômago. 
As camadas da parede do esôfago incluem mucosa, 
submucosa, muscular e adventícia. A submucosa é a 
camada de sustentação do esôfago e deve ser 
incorporada a todas as suturas. 
O esôfago canino normal tem estriações lineares na 
mucosa por toda a sua extensão. A porção distal do 
esôfago felino normalmente tem dobras circulares na 
mucosa que formam um padrão em espinha de peixe 
com contraste positivo. 
A irrigação sanguínea do esôfago cervical vem de 
ramos das artérias tireóidea e subclávia. As artérias 
broncoesofágicas e ramos de segmentos da aorta 
irrigam o esôfago torácico. O esôfago abdominal é 
irrigado por ramos das artérias gástrica e frênica 
esquerdas. Os ramos intramurais dividem-se e 
anastomosam-se na camada submucosa. O fluxo 
sanguíneo colateral das porções cervical e abdominal 
do esôfago pode irrigar o esôfago torácico com 
adequado fluxo sanguíneo se o sistema vascular 
intramural estiver intacto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESOFAGOSTOMIA 
É a criação de uma abertura no esôfago para 
colocação de um tubo de alimentação. 
É indicado em anorexia e distúrbios da cavidade oral 
ou faringe. É contraindicado em qualquer distúrbio 
esofágico. 
TÉCNICA CIRÚRGICA 
• A região do ângulo da mandíbula até o início 
do tórax deve ser preparada assepticamente. 
A cavidade oral deve ser mantida aberta 
• Colocar o paciente em decúbito lateral direito 
• A sonda deve ser posta na porção final do 
esôfago. Usar os espaços intercostais como 
referência, a sonda deve ficar entre o 7-8° EIC 
• Colocar uma pinça curva na boca do paciente, 
passando a orofaringe e forçando-a contra a 
pele do pescoço para lateralizar o esôfago 
• Com a pinça, separar as outras estruturas (v. 
jugular) e pressionar a parede do esôfago 
contra a pele 
• Pressionar a pinça contra a parede do esôfago 
até a pinça fazer uma saliência sobre a pele 
• Perfurar a região na qual a ponta da pinça 
está exteriorizando a sua ponta. Fazendo uma 
comunicação do esôfago com o meio externo 
• Pinçar a sonda esofágica com a pinça o 
puxando para dentro do esôfago até sair pela 
cavidade oral 
• Posicionar a sonda na cavidade oral para 
empurrá-la do lado certo para o esôfago 
• Suturar a sonda na forma “sutura chinesa”. 
Prender o fio na sonda e na pele até a sonda 
ficar firme 
Após colocação, as sondas esofágicas podem ser 
mantidas por semanas ou meses, desde que seja 
feito limpezas periódicas. A sonda é removida com 
corte do fio de ancoragem e tração. A ferida cicatriza 
por segunda intenção após a remoção do tubo (em 4 
a 5 dias). 
 
 
 
 
 
 
ESTÔMAGO 
SÍNDROME DA 
DILATAÇÃO E TORÇÃO 
GÁSTRICA (SDTG) 
Síndrome aguda caracterizada por dilatação rápida e 
significativa do estômago por conteúdo líquido e 
gasoso associado ao seu mau posicionamento com 
concomitante disfunção cardiorrespiratória e 
evoluindo para o choque. 
ETIOLOGIA 
A aerofagia na ingestão rápida, hiperventilação e 
anormalidades da motilidade esofagiana também 
foram associadas com DTG recorrente. A eructação 
prejudicada pode resultar de junção gastroesofagiana 
anatômica ou funcionalmente anormal. 
A conformação corporal em cães com peito profundo 
e estreito, afrouxamento dos ligamentos 
hepatoduodenal e hepatogástrico, dieta rica em 
carboidratos, alta granulação, alimentação em 
plataforma elevada, frequência de alimentação, 
exercício pós-prandial, ingestão de grande volume de 
alimentos, eructação defeituosa ou vômito após a 
alimentação e aumento da produção ou ingestão de 
gás gástrico também estão correlacionados. 
EPIDEMIOLOGIA 
A doença ocorre com maior frequência em cães de 
raças grandes e gigantes (Great Dane, Labrador, 
Pastor Alemão, Setter Irlândes, São Bernado, 
Bernese e Dobermann). Alguns cães de raças 
pequenas também podem sofrer da síndrome 
(Basset, Bulldog e Poodle). 
É raro em gatos e animais com idade entre 2 meses a 
1 anos. A médias de animais mais acometidos está 
na faixa de 6 anos de idade. Não há predisposição 
sexual, mas os machos são mais frequentemente 
acometidos podendo até haver hereditariedade. 
Animais submetidos a esplenomegalia ou 
esplenectomima estão mais sujeitos à síndrome. 
 
 
 
 
 
FISIOPATOLOGIA 
Geralmente, ocorre primeira a dilatação gástrica (DG) 
e, secundariamente, a torção gástrica (TG). 
Estômago normal > disfunção do esfíncter 
gastroesofágico e pilórico > DG > DTG 
A DG acontece pela aerofagia na alimentação 
somadas pela fermentação de alimentos com muita 
quantidade de carboidratos e pela difusão 
sanguínea decorrente de alterações metabólicas que 
aumentam de modo gradativo o acúmulo de ar. O 
aumento de volume no estômago promove estase 
sanguínea, congestão local e deslocamento de 
líquido para o seu interior. Também ocorre maior 
liberação das secreções gástricas e, conforme se 
acumulam, aumento também gás gástrico. 
A anormalidade fundamental associada a TG é a 
frouxidão dos ligamentos hepatoduodenal e 
hepatogástrico que resulta em elevado grau de 
mobilidade do estômago dentro do abdome, 
permitindo que ele gire em torno do seu eixo 
longitudinal. 
Em geral, o estômago sofre rotações em sentido 
horário. A rotação pode ser de 90-360°, mas, 
geralmente é de 220-270°. Quando o estômago gira, 
o piloro e o duodeno deslocam-se ventralmente e 
para esquerda da linha média localizando-se entre o 
esôfago e o estômago. Quanto maior o grau de torção 
pior é o prognóstico do animal. A torção do estômago 
no sentido anti-horário também é possível. Ocorre 
necrose no estômago (com início no fundo). 
Como o baço está fixado à curvatuva maior do 
estômago pelo ligamento gastroesplênico, a torção 
do estômago quase sempre desloca o baço para o 
lado ventral direito do abdome e causa congestão 
esplênica e esplenomegalia. O omento insere-se na 
curvatura maior do estômago, por isso geralmente é 
encontrado cobrindo a porção ventral do estômago 
rotacionado. 
A SDTG causa compressão de vasos abdominais 
principais

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