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Ciclo estral suínos

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Ciclo estral suínos
Fisiologia Reprodutiva da Fêmea Suína 
O ciclo estral de uma fêmea suína dura em média 21 dias, podendo variar de 18 – 24 dias, e ocorre durante o ano todo. Por isso a espécie é considerada poliéstrica não estacional. Há duas fases que caracterizam o ciclo estral de suínos: a fase folicular e a fase luteal. A primeira, com duração de 4 – 5 dias, compreende o período desde a regressão do corpo lúteo (CL) até a ovulação, e a segunda dura de 15 – 17 dias (Frare et al., 2013). A fase folicular pode ser subdividida em pró-estro (1 – 3 dias) e estro. No próestro há liberação de prostaglandina pelo endométrio e com isso ocorre luteólise, levando à queda da progesterona. O estro se inicia com a queda dos níveis circulantes de progesterona, produzido pelo corpo lúteo e aumento dos níveis de estrógeno, produzido pelo folículo (Prather e Day, 1998). Antes da ovulação há a liberação máxima de estrógeno, pois o crescimento folicular está no seu ponto máximo e após a ovulação, com a formação do corpo lúteo, a progesterona é que atinge seu ponto máximo (Soede e Kemp, 1997). Além disso, ocorre o pico de LH que desencadeia uma série de alterações nos folículos ovulatórios levando à maturação dos ovócitos (Soede e Kemp, 1997). Na fase luteal há predominância de progesterona devido à presença do CL. Essa fase é dividida em metaestro (2 – 3 dias) e diestro (7 – 12 dias). Na primeira, há concentração de estrógeno em níveis basais e produção de progesterona pelos corpos hemorrágicos. Além disso, as células da granulosa e teca sofrem diferenciação e infiltração de vasos e tecido conjuntivo, sendo então denominadas de células luteais grandes e células luteais pequenas, respectivamente (Frare et al., 2013). Caso ocorra a gestação, essas células produzirão progesterona para a manutenção da mesma. No diestro há produção máxima de progesterona entre os dias 12 – 14 do ciclo. Nos dias 15 – 16 inicia-se a regressão do CL, em fêmeas não gestantes, levando a 3 concentração de progesterona à níveis basais nos dias 17 – 18 do ciclo estral (Frare et al., 2013). Fêmeas suínas jovens diferem das porcas em alguns aspectos reprodutivos, por exemplo na duração do estro, que em porcas dura em média 50 – 60 horas e em leitoas de 26 a 36 horas (Frare et al., 2013). Além disso, as porcas ovulam em média entre 40 – 50 horas após o início do cio (Soede e Kemp, 1997), já as leitoas após 30 – 38 horas do início do cio (Prather e Day, 1998).
De forma geral, as fêmeas suínas liberam grande número de ovócitos (10 – 30 ovócitos em cada ciclo), e apresentam taxa de fecundação entre 95 e 100%, porém, cerca de 50% dos embriões são perdidos durante a gestação (Serret et al., 2007). Do total de perdas, 30 – 40% ocorrem no terço inicial da gestação e 10% durante a fase fetal (Serret et al., 2007). Esse fato pode ser explicado pela assincronia útero-embrião e o intervalo de tempo que é necessário para que ocorra a ovulação de todos os folículos (Serret et al., 2007). A entrada dos embriões no corpo uterino ocorre em aproximadamente 48 horas após a ovulação, no estágio de 4 células, quando também ocorre a ativação do genoma embrionário (Telford, Watson e Schultz, 1990). Já a eclosão dos embriões ocorre entre os dias 6 (D6) e 7 (D7) (Prather e Day, 1998). Portanto, é uma fase crítica em que se deve ter cuidado com o manejo da fêmea suína (Deschamps et al., 2007).

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