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Livro-Texto - Unidade I SEGURANÇA EMPRESARIAL

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Prévia do material em texto

Autora: Profa. Fabíola Mariana Aguiar Ribeiro
Colaboradores: Profa. Christiane Mazur Doi
 Profa. Tânia Sandroni
 Prof. Fabio Ricardo Brandão dos Santos
Segurança Empresarial
Professora conteudista: Fabíola Mariana Aguiar Ribeiro
Graduada em Física, com habilitação em Astronomia, pela Universidade de São Paulo (2001). Em 2006, concluiu 
doutorado em Astrofísica pela mesma universidade. Em 2009, mudou seu enfoque de pesquisa para ensino, 
ministrando disciplinas para o ciclo básico do curso de Engenharia na UNIP. Desde 2009, integra a equipe da Comissão 
de Qualificação e Avaliação (CQA), da UNIP, elaborando e revisando materiais didáticos e de apoio de diversos cursos, 
além de realizar a tabulação de resultados de avaliações internas e externas.
© Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma e/ou 
quaisquer meios (eletrônico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada em qualquer sistema ou banco de dados sem 
permissão escrita da Universidade Paulista.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
R484s Ribeiro, Fabíola Mariana Aguiar.
Segurança Empresarial / Fabíola Mariana Aguiar Ribeiro. – São 
Paulo: Editora Sol, 2021.
204 p., il.
Nota: este volume está publicado nos Cadernos de Estudos e 
Pesquisas da UNIP, Série Didática, ISSN 1517-9230.
1. Segurança. 2. Gestão. 3. Políticas. I. Título.
CDU 658.382.3
U510.69 – 21
Prof. Dr. João Carlos Di Genio
Reitor
Prof. Fábio Romeu de Carvalho
Vice-Reitor de Planejamento, Administração e Finanças
Profa. Melânia Dalla Torre
Vice-Reitora de Unidades Universitárias
Profa. Dra. Marília Ancona-Lopez
Vice-Reitora de Pós-Graduação e Pesquisa
Profa. Dra. Marília Ancona-Lopez
Vice-Reitora de Graduação
Unip Interativa – EaD
Profa. Elisabete Brihy 
Prof. Marcello Vannini
Prof. Dr. Luiz Felipe Scabar
Prof. Ivan Daliberto Frugoli
 Material Didático – EaD
 Comissão editorial: 
 Dra. Angélica L. Carlini (UNIP)
 Dr. Ivan Dias da Motta (CESUMAR)
 Dra. Kátia Mosorov Alonso (UFMT)
 Apoio:
 Profa. Cláudia Regina Baptista – EaD
 Profa. Deise Alcantara Carreiro – Comissão de Qualificação e Avaliação de Cursos
 Projeto gráfico:
 Prof. Alexandre Ponzetto
 Revisão:
 Vitor Andrade
 Ricardo Duarte
Sumário
Segurança Empresarial
APRESENTAÇÃO ......................................................................................................................................................7
INTRODUÇÃO ...........................................................................................................................................................7
Unidade I
1 SEGURANÇA EMPRESARIAL ..........................................................................................................................9
1.1 Definição .....................................................................................................................................................9
1.2 Conjuntura e tendências ................................................................................................................... 14
2 RAMOS E SEGMENTOS DA ATIVIDADE DE SEGURANÇA ................................................................. 15
2.1 Regulamentação e legislação pertinentes ................................................................................. 20
Unidade II
3 SEGURANÇA NAS EMPRESAS .................................................................................................................... 45
3.1 Breve histórico ....................................................................................................................................... 45
3.2 Ameaças específicas à segurança .................................................................................................. 49
3.3 Funções da segurança ........................................................................................................................ 51
4 INTER-RELACIONAMENTO DA SEGURANÇA COM AS DEMAIS ÁREAS DA 
ORGANIZAÇÃO EMPRESARIAL ...................................................................................................................... 57
4.1 Setor administrativo ........................................................................................................................... 58
4.2 Setor de recursos humanos (RH) ................................................................................................... 58
4.3 Setor financeiro .................................................................................................................................... 59
4.4 Setor comercial (setor de marketing) .......................................................................................... 60
4.5 Setor de logística .................................................................................................................................. 60
4.6 Setor de produção ............................................................................................................................... 61
Unidade III
5 O PAPEL DO GESTOR NA SEGURANÇA EMPRESARIAL ..................................................................... 66
5.1 Competências pessoais ...................................................................................................................... 66
5.2 Exigências de qualificação ................................................................................................................ 69
5.3 Mercado de trabalho ........................................................................................................................... 69
5.4 Segmentos profissionais da segurança ....................................................................................... 70
5.4.1 Consultoria ................................................................................................................................................ 71
5.5 Papel de difusor de políticas de segurança e de práticas preventivas ........................... 76
5.6 Projetos de regulamentação da profissão .................................................................................. 78
6 FERRAMENTAS DO GESTOR DE SEGURANÇA EMPRESARIAL ........................................................ 81
6.1 Análise de riscos.................................................................................................................................... 82
6.2 Planos de contingência ...................................................................................................................... 88
6.3 Tecnologias, equipamentos e sistemas integrados ................................................................. 89
6.3.1 Sensores ...................................................................................................................................................... 91
6.3.2 Barreiras de proteção perimetral ...................................................................................................... 97
6.3.3 Sistemas de controle de acesso ......................................................................................................102
6.3.4 Proteção contra incêndio e pânico................................................................................................105
6.3.5 Blindagem ................................................................................................................................................108
6.4 Segurança da informação ...............................................................................................................111
6.5 Segurança no transporte de cargas ............................................................................................114
6.6 Segurança patrimonial .....................................................................................................................115
6.7 Segurança de executivos e autoridades....................................................................................117
6.8 Terceirização.........................................................................................................................................120
6.9 Gerenciamento da equipe de segurança ..................................................................................123
6.9.1 Equipe ....................................................................................................................................................... 123
6.9.2 Organização da equipe ...................................................................................................................... 125
6.9.3 Gestão estratégica ............................................................................................................................... 128
6.9.4 Instrução ................................................................................................................................................. 136
Unidade IV
7 POLÍTICAS, DIRETRIZES E ESTRATÉGIAS INTERNAS .........................................................................146
7.1 Adequação à cultura organizacional ..........................................................................................146
7.2 Definição e divulgação dos valores e princípios ....................................................................150
7.3 Política de pessoal ..............................................................................................................................152
7.4 Planos de carreira ...............................................................................................................................155
8 POLÍTICAS, DIRETRIZES E ESTRATÉGIAS: RELACIONAMENTO COM OS ÓRGÃOS 
DE SEGURANÇA PÚBLICA ..............................................................................................................................156
8.1 Polícia Federal (PF) .............................................................................................................................157
8.2 Polícia Militar (PM) ............................................................................................................................162
8.3 Polícia Civil ............................................................................................................................................172
8.4 Guarda Civil Metropolitana, Forças Armadas, Senasp, Defesa Civil e 
demais órgãos .............................................................................................................................................175
7
APRESENTAÇÃO
Caro aluno,
A segurança é fundamental em todos os aspectos da vida social. Como cidadãos, queremos estar 
seguros nos ambientes públicos e privados. No caso das empresas, entidades jurídicas, a questão não é 
diferente. O investimento em segurança é indispensável para que elas possam atuar de forma competitiva 
no mercado. Com isso, os riscos com roubos, perdas e fraudes tendem a ser reduzidos.
A disciplina Segurança Empresarial aborda a evolução da segurança e o seu papel nas organizações 
e na carreira para gestores, mostrando a aplicação do planejamento da segurança e suas ferramentas e 
enfatizado o papel fundamental da qualificação dos profissionais que atuam na área.
Nesse contexto, serão estudadas as políticas voltadas à segurança dentro das empresas, acentuando a 
importância dos diversos aspectos de relacionamento com o público, com os demais setores da empresa 
e com outras instituições. Os principais conceitos relacionados à gestão da segurança empresarial, 
situados no universo das organizações, também são apresentados.
A disciplina tem como objetivos capacitar os futuros gestores a empregarem as técnicas e as práticas 
fundamentais que envolvem a segurança e instruí-los a transmitir o conhecimento das atividades de 
segurança privada para seus subordinados e para os demais funcionários de uma empresa. Com o 
intuito de alcançar esses objetivos, precisamos compreender o papel da segurança privada no contexto 
empresarial e conhecer a legislação da área, o que pretendemos fazer neste livro.
Bons estudos!
INTRODUÇÃO
Vivemos em um mundo no qual a questão da segurança é uma das prioridades para as pessoas e 
para as empresas.
O gestor em segurança é peça fundamental nesse cenário, pois ele avalia as ameaças e propõe 
soluções para minimizá-las ou anulá-las. O trabalho do gestor depende da atuação em equipe; 
logo, ele tem de estar capacitado para gerir e coordenar pessoas e para interagir com os demais 
setores da empresa.
Para alcançar esses objetivos, temos, nos dias atuais, diversos equipamentos e ferramentas 
tecnológicas que nos auxiliam na área de segurança, mas a peça fundamental continua sendo a mão de 
obra humana, que irá operar as tecnologias e analisar os dados que elas fornecem. É importante que o 
gestor tenha conhecimento, além da área técnica de segurança, dos processos de gestão de pessoas e 
da legislação vigente. É pelo conhecimento da legislação que o gestor em segurança fica ciente dos seus 
direitos e deveres e dos direitos e deveres da sua equipe e das pessoas com quem ele interage.
8
Este livro é dividido em quatro unidades, que abordam os seguintes aspectos:
• Na unidade I, apresentamos o conceito de segurança empresarial, especificando conjunturas e 
tendências, e relacionamos os ramos e os segmentos da atividade de segurança.
• Na unidade II, detalhamos o papel da segurança nas empresas, apresentando sua função e as 
ameaças específicas que a segurança pode vir a sofrer.
• Na unidade III, analisamos o papel do gestor e as ferramentas que ele tem à disposição quanto à 
segurança empresarial.
• Na unidade IV, expomos as políticas, as diretrizes e as estratégias, tanto em relação ao enfoque 
interno quanto em relação às forças de segurança pública.
9
SEGURANÇA EMPRESARIAL
Unidade I
1 SEGURANÇA EMPRESARIAL
1.1 Definição
O Dicionário Michaelis define segurança como “aquilo que protege de agentes exteriores; abrigo, 
proteção, resguardo”.
Logo, a segurança empresarial tem como objetivo combater ou minorar os efeitos de ameaças no 
ambiente empresarial, protegendo os valores de uma empresa. Vale destacar que, conforme indicado na 
figura 1, os valores de uma empresa englobam:
• as pessoas;
• as instalações físicas;
• os equipamentos;
• as informações;
• os suprimentos;
• os dispositivos usados para comunicação.
Suprimentos
Pessoas
Dispositivos de 
comunicação
Equipamentos
Informações
Instalações 
físicas
Figura 1 – Valores de uma empresa
Mandarini (2006) propõe um modelo para classificar o nível de proteção de um sistema de segurança 
em círculos de proteção, no qual o nível de segurança aumenta conforme nos aproximamos do centro, 
que é o núcleo mais seguro. O círculo mais externo é o perímetro de proteção global. Nesse sistema, um 
círculo externo presta proteção para um círculo contido nele.
10
Unidade I
Os círculos, segundo o modelo de Mandarini (2006), são classificados, de dentro para fora, em:
• segurança excepcional;
• segurança elevada;
• segurança mediana;
• segurança rotineira;
• segurança periférica.
Na figura 2, temos uma representação desse modelo.
Segurança 
periférica
Segurança 
rotineira
Segurança 
mediana
Segurança 
elevada
Segurança 
excepcional
Figura 2 – Níveis de proteção de um sistema de segurança
Conforme a situação, o gestor de segurança deve avaliar qual é o nível de segurança adequado.
São funções do gestor de segurança:
• identificar os riscos assim que eles surgem;
• alocar os recursos disponíveis para minimizar esses riscos;
• atuar de forma preventiva, antecipando-se às ocorrências.
 Observação
A fonte de risco é o elemento que, de modo individual ou combinado, 
tem potencial para originar o risco.
11
SEGURANÇA EMPRESARIAL
Desde os princípios da teoria clássica de administração, é destacada a importância de um sistema 
de segurança empresarial. A segurança é uma das funções essenciais na organização de uma empresa 
(FAYOL, 1990).
 Saiba mais
Para saber mais sobrea teoria clássica de administração, consulte:
BEZERRA, F. Teoria clássica da administração. Portal Administração, 
2017. Disponível em: https://www.portal-administracao.com/2017/09/teoria 
-classica-da-administracao.html. Acesso em: 10 dez. 2020.
O programa de segurança empresarial deve ser preventivo, ou seja, deve ser planejado para se 
antecipar às ameaças. Ele pode ter diferentes enfoques, tais como:
• análise de riscos;
• segurança do trabalho;
• segurança das informações;
• segurança física do patrimônio.
Na figura 3, temos uma representação desses enfoques.
Programa de segurança 
empresarial
Análise 
de riscos
Segurança das 
informações
Segurança do 
patrimônio
Segurança do 
trabalho
Figura 3 – Diversos enfoques de um programa de segurança empresarial
 Observação
A gestão de riscos refere-se às atividades coordenadas para dirigir e 
controlar uma organização no que se refere a riscos.
12
Unidade I
A análise de riscos tem como objetivo o levantamento de áreas e de procedimentos que possam 
representar potenciais falhas à segurança. Com a análise de riscos, o gestor em segurança tem a intenção 
de que as ocorrências sejam evitadas ou minimizadas, de forma que a resposta, quando necessária, 
ocorra no menor tempo e da forma mais eficiente possível, e o retorno ao funcionamento normal da 
empresa seja breve.
A segurança do trabalho tem como objetivo direto a proteção das pessoas da empresa em seu 
ambiente de trabalho. É composta de um conjunto de normas, atividades e ações preventivas e procura 
prevenir a ocorrência de doenças ocupacionais e de acidentes de trabalho. A equipe que atua em 
segurança do trabalho é constituída de:
• engenheiro de segurança do trabalho;
• técnico em segurança do trabalho;
• médico do trabalho;
• enfermeiro do trabalho.
Segundo a Classificação Brasileira de Ocupações – CBO (BRASIL, 2010), os engenheiros de segurança 
do trabalho:
• desenvolvem, testam e supervisionam sistemas, processos e métodos produtivos;
• gerenciam atividades de segurança no trabalho e do meio ambiente;
• gerenciam exposições a fatores ocupacionais de risco à saúde do trabalhador;
• planejam empreendimentos e atividades produtivas;
• coordenam equipes, treinamentos e atividades de trabalho.
De acordo com a CBO (BRASIL, 2010), os técnicos em segurança do trabalho:
• participam da elaboração e fazem a implementação da política de saúde e de segurança do trabalho;
• realizam diagnóstico da situação de saúde e de segurança do trabalho da instituição;
• identificam variáveis de controle de doenças, acidentes, qualidade de vida e meio ambiente;
• desenvolvem ações educativas na área de saúde e de segurança do trabalho;
• integram processos de negociação;
13
SEGURANÇA EMPRESARIAL
• participam da adoção de tecnologias e processos de trabalho;
• investigam, analisam acidentes de trabalho;
• recomendam medidas de prevenção e controle.
Conforme a CBO (BRASIL, 2010), os médicos do trabalho (assim como os demais médicos clínicos):
• realizam consultas e atendimentos médicos;
• tratam pacientes e clientes;
• implementam ações de prevenção de doenças e promoção da saúde tanto individuais quanto coletivas;
• coordenam programas e serviços em saúde;
• efetuam perícias, auditorias e sindicâncias médicas;
• elaboram documentos;
• difundem conhecimentos da área médica.
 Lembrete
A análise de riscos tem como objetivo o levantamento de áreas e de 
procedimentos que possam representar potenciais falhas à segurança.
É de competência do médico do trabalho a realização de exames admissionais, demissionais e 
periódicos. Além disso, esse profissional deve prestar assistência em caso de acidente do trabalho.
Consoante a CBO (BRASIL, 2010), os enfermeiros do trabalho (assim como os demais enfermeiros):
• prestam assistência ao paciente e/ou cliente;
• coordenam, planejam ações e auditam serviços de enfermagem e/ou perfusão;
• implementam ações para a promoção da saúde na comunidade.
Os perfusionistas realizam procedimentos de circulação extracorpórea em hospitais. Todos os 
profissionais dessa família ocupacional podem realizar pesquisa.
14
Unidade I
A segurança das informações tem como objetivo a proteção das informações relevantes para uma 
empresa, não apenas as informações armazenadas sob a forma de dados computacionais, mas todo tipo 
de informação, como processos, documentos, rotinas, planos ou projetos. A segurança das informações 
também é responsável pela segurança dos meios que dão suporte às informações, como computadores, 
estruturas de comunicação em rede ou servidores. Em um mundo cada vez mais conectado e com 
tecnologias cada vez mais avançadas, é fundamental resguardar as informações da empresa de 
ataques de terceiros.
Já a segurança física do patrimônio tem como objetivo a proteção de bens, produtos, instalações, 
equipamentos e suprimentos da empresa. A segurança do patrimônio é o primeiro aspecto que nos vem à 
mente quando pensamos em segurança, pois o patrimônio é a parte mais visível dos bens de uma empresa.
1.2 Conjuntura e tendências
No final da década de 1960 e no início da década de 1970, o Brasil vivia sob um regime militar. 
Até esse momento, as forças de segurança pública eram responsáveis pela segurança inclusive em 
ambientes privados, como instituições bancárias. Com a demanda da força policial para combater os 
opositores do regime, as forças de segurança pública deixaram de prestar serviço para os bancos e 
ficou determinado que elas deveriam se encarregar dos serviços de segurança necessários tanto nas 
agências quanto no transporte de valores. Essa foi a origem da segurança privada no Brasil.
A demanda por segurança privada ampliou-se para além do sistema bancário, sendo utilizada 
na segurança de outras instituições, públicas ou privadas, escolta de cargas e proteção pessoal. Isso 
intensificou-se com a violência crescente, não só nos grandes centros urbanos como também nas 
cidades menores.
 Saiba mais
Para saber mais sobre a evolução e ter um panorama da violência urbana 
no Brasil, consulte o Monitor da Violência:
MONITOR da violência. G1, [s.d.]. Disponível em: https://g1.globo.com/
monitor-da-violencia/. Acesso em: 10 dez. 2020.
Desde então, a segurança privada teve enfoque apenas em preservar bens e pessoas, ou seja, material 
físico. Contudo, nos últimos anos, esse enfoque se ampliou.
Vivemos na era da informação, em que a informação pode ser o patrimônio de maior valor de uma 
empresa; logo, a estratégia de segurança empresarial deve considerar esse ponto. Para garantir suporte 
à informação, necessita-se de uma estrutura bem estabelecida, muitas vezes composta de instrumentos 
de informática, como computadores e servidores, além de uma estrutura de rede para permitir o tráfego 
dessa informação. Garantir a segurança desses equipamentos quanto às ameaças é fundamental na 
atividade de segurança empresarial nos dias atuais.
15
SEGURANÇA EMPRESARIAL
Outro fenômeno que acontece é a migração das informações, que antes se localizavam em 
dispositivos físicos dentro da empresa, para o que chamamos de nuvem. A necessidade de proteger 
essas informações quando dispostas dessa forma é crucial na segurança empresarial.
 Observação
A tecnologia de computação em nuvem está associada, também, à 
utilização da memória de armazenamento em meio que não é físico.
 Saiba mais
Para saber mais sobre a segurança do armazenamento em nuvem, acesse:
REDAÇÃO FUTERECOM DIGITAL. Entenda como proteger o armazenamento 
em nuvem da sua empresa em tempos de home office com soluções efetivas 
para aumentar a segurança. Futerecom Digital, 18 set. 2020. Disponível em: 
https://digital.futurecom.com.br/segurana/armazenamento-em-nuvem-e-
segurana-como-proteger-seus-arquivos. Acesso em: 10 dez. 2020.
Mudanças no regime de contratação de pessoal pelas empresas também devem ser consideradas 
no âmbito da segurança empresarial. Antigamente, o funcionário trabalhava por um longo tempo 
na mesma empresa, tornando-se conhecidode todos. Nos dias atuais, há uma demanda maior por 
funcionários terceirizados. Assim, a estrutura de segurança da empresa deve estar preparada para lidar 
com o acesso de pessoas distintas às instalações das empresas. Além disso, deve haver a preocupação de 
limitar e monitorar as áreas físicas às quais os funcionários, terceirizados ou não, têm acesso.
O fenômeno de terceirização de mão de obra atinge diretamente o setor de segurança, já que é 
frequente a contratação de serviços de segurança terceirizados. Mais adiante, detalharemos os prós e os 
contras dessa terceirização, bem como os procedimentos que devem ser tomados.
2 RAMOS E SEGMENTOS DA ATIVIDADE DE SEGURANÇA
Conforme a Classificação Brasileira de Ocupações – CBO (BRASIL, 2010), o gestor de segurança é o 
profissional responsável pelo seguinte:
• gerenciamento de atividades de segurança;
• desenvolvimento de planos e de políticas de segurança;
16
Unidade I
• execução de análises de riscos;
• realização de tomada de medidas para proteger o patrimônio humano e o patrimônio físico 
de uma empresa;
• administração da equipe de segurança;
• coordenação de serviços de inteligência empresarial;
• prestação de serviços de consultoria e de assessoria.
Quanto ao exercício da função de gestor de segurança, a CBO (BRASIL, 2010) aponta que ele pode 
se dar em empresas públicas ou privadas, nos ramos de atuação industriais e comerciais, bem como 
na área de prestação de serviços. Podemos ter o regime de trabalho com vínculo empregatício ou a 
prestação de serviço de forma autônoma. Quanto à forma de trabalho, ela pode se dar presencialmente 
ou de maneira remota.
A atividade de segurança privada é essencial nos dias atuais e ocorre nos seguintes segmentos:
• vigilância patrimonial;
• transporte de valores;
• segurança em logística;
• escolta armada;
• segurança pessoal;
• segurança eletrônica;
• sindicância interna;
• segurança da informação;
• segurança contra incêndio;
• segurança em eventos;
• cursos de formação.
Na figura 4, temos uma representação desses segmentos.
17
SEGURANÇA EMPRESARIAL
Escolta 
armada
Transporte 
de valores
Segurança 
em logística
Segurança 
eletrônica
Segurança 
da 
informação
Segurança 
contra 
incêndio
Segurança 
em eventos
Segurança 
pessoal
Cursos de 
formação
Vigilância 
patrimonial
Sindicância 
interna
Figura 4 – Áreas de atuação da segurança privada
A atividade de vigilância patrimonial tem como objetivo garantir a integridade do patrimônio e 
das pessoas. Essa atividade pode ser exercida em ambientes de acesso público ou privado, residências, 
estabelecimentos comerciais, condomínios, locais de prestação de serviços e indústrias. A segurança 
patrimonial pode envolver a presença fixa de vigilantes, a realização de rondas periódicas pelo local e a 
instalação e o uso de equipamentos de monitoramento.
Como uma área diferenciada da segurança patrimonial, temos a segurança bancária, em que é 
necessário garantir a integridade de clientes, funcionários, patrimônio, bens e informações em ambientes 
que manipulam numerário. Nesse ambiente, precisamos prevenir e inibir ações criminosas, corrigir 
e redefinir medidas de segurança já adotadas e recuperar e dar continuidade ao funcionamento da 
instituição financeira em caso de incidente.
O papel do segurança no transporte de valores envolve a utilização de veículos comuns ou especiais, 
para transporte de numerário, bens ou valores, além da escolta dos veículos que fazem esse transporte. 
No transporte de valores, é comum o uso de carros-fortes ou de carros blindados. Cabe ao profissional 
de segurança determinar a rota mais segura para o transporte desses valores.
O papel do segurança também se estende ao transporte de cargas que não envolve valores monetários, 
como produtos fabricados por uma empresa. Nesse caso, não é feito uso de carro-forte, mas podemos 
usar rastreadores em meio à carga e à escolta, que pode ser armada ou não.
A atividade de escolta armada tem como objetivos assegurar:
• o transporte de bens e valores sem intercorrências;
• o retorno em segurança da equipe envolvida na atividade;
• o retorno do armamento utilizado.
18
Unidade I
O objetivo da atividade de segurança pessoal é garantir a integridade física de uma pessoa ou um 
grupo de pessoas contra violências como assaltos, sequestros, agressões ou acidentes. Essa atividade é 
geralmente demandada por pessoas com elevado poder aquisitivo ou com destaque na mídia, como 
empresários, autoridades e artistas. São funções do profissional envolvido em segurança pessoal:
• a elaboração de planos de segurança pessoal;
• a orientação dos vigilantes que formam a equipe;
• o desenvolvimento de planos de ação e de contingência para o caso de alguma ocorrência;
• o estabelecimento de sistema de apoio;
• o monitoramento para os profissionais da equipe;
• o fornecimento dos recursos necessários para seguir o plano de segurança.
Em uma sociedade informatizada como a que vivemos, muitas vezes, o principal ativo de uma 
empresa não são produtos ou bens físicos, mas, como já dissemos, a informação mantida em meio 
digital. Compreender isso e garantir a segurança da informação é atribuição do gestor de segurança.
Hoje em dia, temos uma grande gama de dispositivos tecnológicos que podem ser aplicados 
na melhoria na segurança, como câmeras, sensores e meios de controle de acesso, os quais podem 
ser utilizados pelo gestor de segurança. Logo, a segurança eletrônica é um ramo da segurança que 
não deve ser deixado de lado, devendo ser usado como complemento do componente humano no 
sistema de segurança.
Para prevenir intercorrências ou para sanar pontos fracos em um sistema de segurança, é possível 
realizar sindicâncias internas, que é outro ramo de atuação do gestor de segurança.
O gestor de segurança que atua em eventos deve estar preparado para lidar com significativo fluxo 
de pessoas, atuando em shows, congressos e exposições. Nesse sentido, precisamos ter o planejamento 
prévio do evento, o plano de análise e de identificação de riscos, o orçamento prévio de segurança, a 
contratação de equipamentos e serviço e o treinamento da equipe de segurança envolvida. Durante o 
evento, devemos distribuir as equipes, fazer o controle de acesso e orientar a brigada de incêndio. Após 
o evento, necessitamos acompanhar a saída do público, dos artistas ou das autoridades, acompanhar a 
desmontagem da infraestrutura e elaborar o relatório de ocorrências.
O profissional de segurança também pode atuar em cursos de formação, de extensão e de 
reciclagem de outros vigilantes. Tais cursos são regulamentados pela Polícia Federal (PF), como será visto 
mais adiante.
19
SEGURANÇA EMPRESARIAL
O gestor de segurança deve atuar tanto na parte operacional quanto na parte administrativa, 
sendo de sua responsabilidade a organização, a coordenação e a supervisão de atividades e operações 
de segurança. Para tanto, é necessário que esse profissional tenha formação multidisciplinar, com 
conhecimentos de diversas áreas, como:
• administração;
• economia;
• direito;
• contabilidade;
• marketing;
• gestão de pessoas;
• logística;
• qualidade.
O trabalho do gestor de segurança em uma empresa está mais próximo do setor de recursos humanos, 
que é o responsável por garantir a segurança no ambiente empresarial. No entanto, é necessário que o 
profissional em gestão de segurança dialogue com todos os demais setores da empresa e, também, com 
órgãos externos, como empresas terceirizadas de segurança e órgãos públicos de segurança.
É esperado que o gestor de segurança implante um sistema e tenha uma equipe apta a responder 
rapidamente aos riscos, aos perigos e às ameaças no ambiente empresarial. Para que esse objetivo seja 
atendido, a segurança empresarial tem ênfase na segurança patrimonial, com foco na orientação e no 
uso de ferramentas de segurança. Essas ferramentas são:
• gerenciamento e prevenção de riscos;
• planejamento estratégico;
• elaboração de planode segurança;
• organização do departamento de segurança;
• gerenciamento de equipes.
Na figura 5, temos uma representação dessas ferramentas.
20
Unidade I
Elaboração 
de plano de 
segurança
Gerenciamento e 
prevenção de riscos
Planejamento estratégico
Gerenciamento de 
equipes
Organização do 
departamento de 
segurança
Figura 5 – Ferramentas do gestor de segurança
É fundamental que o gestor de segurança tenha conhecimento dos aspectos jurídicos de seu ramo 
de atuação para:
• saber os direitos e os deveres de sua equipe;
• ter consciência das necessidades legais para sua atuação;
• conhecer os limites de sua atuação.
 Lembrete
O objetivo da atividade de segurança pessoal é garantir a integridade 
física de uma pessoa ou um grupo de pessoas contra violências como 
assaltos, sequestros, agressões ou acidentes.
2.1 Regulamentação e legislação pertinentes
A primeira lei que devemos olhar, independentemente da atuação em segurança, é a 
Constituição Federal.
A Constituição Federal, em seu Título II, dos Direitos e Garantias Fundamentais, Capítulo I, dos 
Direitos e Deveres Individuais e Coletivos, diz o que segue (BRASIL, 1988).
 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, 
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a 
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e 
à propriedade, nos termos seguintes:
21
SEGURANÇA EMPRESARIAL
I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos 
desta Constituição;
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão 
em virtude de lei;
III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano 
ou degradante;
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da 
indenização por dano material, moral ou à imagem;
VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o 
livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção 
aos locais de culto e a suas liturgias;
VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas 
entidades civis e militares de internação coletiva;
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou 
de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de 
obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, 
fixada em lei;
IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de 
comunicação, independentemente de censura ou licença;
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das 
pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral 
decorrente de sua violação;
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar 
sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou 
desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação 
judicial; (vide Lei n. 13.105, de 2015) (Vigência)
XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, 
de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem 
judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação 
criminal ou instrução processual penal; (vide Lei n. 9.296, de 1996)
22
Unidade I
XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas 
as qualificações profissionais que a lei estabelecer;
XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da 
fonte, quando necessário ao exercício profissional;
XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo 
qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele 
sair com seus bens;
XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos 
ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem 
outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas 
exigido prévio aviso à autoridade competente.
Olhando agora com enfoque direto na área de segurança, a primeira lei que trata de segurança 
privada no Brasil é o Decreto-Lei n. 1.034 (BRASIL, 1969), revogado pela Lei n. 7.102 (BRASIL, 1983). Essa 
última regulamenta a segurança em estabelecimentos financeiros e apresenta as normas de constituição 
e de funcionamento da segurança privada.
Em seu primeiro artigo, a Lei n. 7.102 diz o que segue (BRASIL, 1983).
 
Art. 1º É vedado o funcionamento de qualquer estabelecimento financeiro 
onde haja guarda de valores ou movimentação de numerário, que não possua 
sistema de segurança com parecer favorável à sua aprovação, elaborado 
pelo Ministério da Justiça, na forma desta lei.
Sobre o sistema de segurança que deve ser implantado, essa lei diz o que segue (BRASIL, 1983).
 
O sistema de segurança referido no artigo anterior inclui pessoas 
adequadamente preparadas, assim chamadas vigilantes; alarme capaz de 
permitir, com segurança, comunicação entre o estabelecimento financeiro 
e outro da mesma instituição, empresa de vigilância ou órgão policial mais 
próximo; e, pelo menos, mais um dos seguintes dispositivos:
I - equipamentos elétricos, eletrônicos e de filmagens que possibilitem a 
identificação dos assaltantes;
II - artefatos que retardem a ação dos criminosos, permitindo sua perseguição, 
identificação ou captura; e
III - cabina blindada com permanência ininterrupta de vigilante durante o 
expediente para o público e enquanto houver movimentação de numerário 
no interior do estabelecimento.
23
SEGURANÇA EMPRESARIAL
Os artigos seguintes estabelecem como devem ser realizados a segurança bancária e o 
transporte de valores.
A partir do art. 10, a lei passa a tratar sobre segurança privada, conforme mostrado a seguir 
(BRASIL, 1983).
 
Art. 10. São considerados como segurança privada as atividades 
desenvolvidas em prestação de serviços com a finalidade de: (redação dada 
pela Lei n. 8.863, de 1994)
I - proceder à vigilância patrimonial das instituições financeiras e de outros 
estabelecimentos, públicos ou privados, bem como a segurança de pessoas 
físicas; (incluído pela Lei n. 8.863, de 1994)
II - realizar o transporte de valores ou garantir o transporte de qualquer 
outro tipo de carga.
O § 2º desse mesmo artigo lista os serviços que podem ser prestados pelas empresas de segurança, 
conforme segue (BRASIL, 1983).
 
§ 2º As empresas especializadas em prestação de serviços de segurança, 
vigilância e transporte de valores, constituídas sob a forma de empresas 
privadas, além das hipóteses previstas nos incisos do caput deste artigo, 
poderão se prestar ao exercício das atividades de segurança privada a 
pessoas; a estabelecimentos comerciais, industriais, de prestação de serviços 
e residências; a entidades sem fins lucrativos; e órgãos e empresas públicas. 
(incluído pela Lei n. 8.863, de 1994).
Sobre os requisitos para o exercício da profissão de vigilante, a Lei n. 7.102 aponta os critérios 
mostrados a seguir (BRASIL, 1983).
 
Art. 16. Para o exercício da profissão, o vigilante preencherá os seguintes 
requisitos:
I - ser brasileiro;
II - ter idade mínima de 21 (vinte e um) anos;
III - ter instrução correspondente à quarta série do primeiro grau;
IV - ter sido aprovado em curso de formação de vigilante; (revogado)
IV - ter sido aprovado, em curso de formação de vigilante, realizado em 
estabelecimento com funcionamento autorizado nos termos desta lei; 
(redação dada pela Lei n. 8.863, de 1994)
24
Unidade I
V - ter sido aprovado em exame de saúde física, mental e psicotécnico;
VI - não ter antecedentes criminais registrados; e
VII - estar quite com as obrigações eleitorais e militares.
Quanto aos direitos que a Lei n. 7.102 assegura aos vigilantes, temos o que segue (BRASIL, 1983).
 
Art. 19. É assegurado ao vigilante:
I - uniforme especial às expensas da empresa a que se vincular;
II - porte de arma, quando em serviço;
III - prisão especialpor ato decorrente do serviço;
IV - seguro de vida em grupo, feito pela empresa empregadora.
Quanto às armas necessárias para a atividade de vigilância, a Lei n. 7.102 diz o que segue (BRASIL, 1983).
Art. 21. As armas destinadas ao uso dos vigilantes serão de propriedade e 
responsabilidade:
I - das empresas especializadas;
II - dos estabelecimentos financeiros quando dispuserem de serviço organizado 
de vigilância, ou mesmo quando contratarem empresas especializadas.
Art. 22. Será permitido ao vigilante, quando em serviço, portar revólver 
calibre 32 ou 38 e utilizar cassetete de madeira ou de borracha.
Parágrafo único. Os vigilantes, quando empenhados em transporte de 
valores, poderão também utilizar espingarda de uso permitido, de calibre 12, 
16 ou 20, de fabricação nacional.
A atividade das empresas de segurança privada passou a ser normatizada pela PF, com as 
Portarias n. 992/92, n. 387/06 e n. 3.233/12. A Portaria n. 3.233/12 estabelece o que segue (BRASIL, 2012b).
Art. 1o A presente portaria disciplina as atividades de segurança privada, 
armada ou desarmada, desenvolvidas pelas empresas especializadas, pelas 
empresas que possuem serviço orgânico de segurança e pelos profissionais 
que nelas atuam, bem como regula a fiscalização dos planos de segurança 
dos estabelecimentos financeiros.
25
SEGURANÇA EMPRESARIAL
O artigo 1o dessa portaria estabelece os objetivos e as atividades que envolvem segurança privada, 
conforme reproduzido a seguir (BRASIL, 2012b).
§ 2o A política de segurança privada envolve a Administração Pública e as 
classes patronal e laboral, observando os seguintes objetivos:
I - dignidade da pessoa humana;
II - segurança dos cidadãos;
III- prevenção de eventos danosos e diminuição de seus efeitos;
IV - aprimoramento técnico dos profissionais de segurança privada; e
V - estímulo ao crescimento das empresas que atuam no setor.
§ 3o São consideradas atividades de segurança privada:
I - vigilância patrimonial: atividade exercida em eventos sociais e dentro de 
estabelecimentos, urbanos ou rurais, públicos ou privados, com a finalidade 
de garantir a incolumidade física das pessoas e a integridade do patrimônio;
II - transporte de valores: atividade de transporte de numerário, bens ou 
valores, mediante a utilização de veículos, comuns ou especiais;
III - escolta armada: atividade que visa garantir o transporte de 
qualquer tipo de carga ou de valor, incluindo o retorno da equipe com 
o respectivo armamento e demais equipamentos, com os pernoites 
estritamente necessários;
IV - segurança pessoal: atividade de vigilância exercida com a finalidade de 
garantir a incolumidade física de pessoas, incluindo o retorno do vigilante 
com o respectivo armamento e demais equipamentos, com os pernoites 
estritamente necessários; e
V - curso de formação: atividade de formação, extensão e reciclagem 
de vigilantes.
Os requisitos necessários para uma empresa de vigilância privada são listados no artigo 4o dessa 
mesma portaria (BRASIL, 2012b).
Art. 4o O exercício da atividade de vigilância patrimonial, cuja propriedade 
e administração são vedadas a estrangeiros, dependerá de autorização 
prévia do DPF, por meio de ato do Coordenador-Geral de Controle de 
Segurança Privada, publicado no Diário Oficial da União – DOU, mediante o 
preenchimento dos seguintes requisitos:
26
Unidade I
I - possuir capital social integralizado mínimo de 100.000 (cem mil) UFIR;
II - provar que os sócios, administradores, diretores e gerentes da empresa de 
segurança privada não tenham condenação criminal registrada;
III - contratar, e manter sob contrato, o mínimo de quinze vigilantes, 
devidamente habilitados;
IV - comprovar a posse ou a propriedade de, no mínimo, um veículo comum, 
com sistema de comunicação ininterrupta com a sede da empresa em cada 
unidade da federação em que estiver autorizada;
V - possuir instalações físicas adequadas, comprovadas mediante certificado 
de segurança, observando-se:
a) uso e acesso exclusivos ao estabelecimento, separado das instalações físicas 
de outros estabelecimentos e atividades estranhas às atividades autorizadas;
b) dependências destinadas ao setor administrativo;
c) dependências destinadas ao setor operacional, dotado de sistema 
de comunicação;
d) local seguro e adequado para a guarda de armas e munições, construído 
em alvenaria, sob laje, com um único acesso, com porta de ferro ou de 
madeira reforçada com grade de ferro, dotada de fechadura especial, além 
de sistema de combate a incêndio nas proximidades da porta de acesso;
e) vigilância patrimonial ou equipamentos elétricos, eletrônicos ou de 
filmagem, funcionando ininterruptamente; e
f) garagem ou estacionamento para os veículos usados na atividade armada.
VI - contratar seguro de vida coletivo.
Sobre o limite físico para a atividade de segurança privada e sobre a segurança privada em ambientes 
abertos, a portaria estabelece (BRASIL, 2012b).
Art. 18. A atividade de vigilância patrimonial somente poderá ser exercida 
dentro dos limites dos imóveis vigiados e, nos casos de atuação em eventos 
sociais, como show, carnaval, futebol, deve se ater ao espaço privado 
objeto do contrato.
Art. 19. A atividade de vigilância patrimonial em grandes eventos, assim 
considerados aqueles realizados em estádios, ginásios ou outros eventos 
com público superior a três mil pessoas deverão ser prestadas por vigilantes 
especialmente habilitados.
27
SEGURANÇA EMPRESARIAL
Parágrafo único. A habilitação especial referida no caput corresponderá 
ao curso de extensão em segurança para grandes eventos, ministrado 
por empresas de cursos de formação de vigilantes, em conformidade ao 
disposto nesta portaria.
Sobre o plano de segurança em instituições financeiras, que deve ser sigiloso e elaborado pela própria 
instituição financeira ou pela empresa de segurança contratada por ela, a portaria diz o que segue.
 
Art. 99. O plano de segurança deverá descrever todos os elementos do sistema 
de segurança, que abrangerá toda a área do estabelecimento, constando
I - a quantidade e a disposição dos vigilantes, adequadas às peculiaridades 
do estabelecimento, sua localização, área, instalações e encaixe;
II - alarme capaz de permitir, com rapidez e segurança, comunicação com 
outro estabelecimento, bancário ou não, da mesma instituição financeira, 
empresa de segurança ou órgão policial;
III - equipamentos hábeis a captar e gravar, de forma imperceptível, as 
imagens de toda movimentação de público no interior do estabelecimento, 
as quais deverão permanecer armazenadas em meio eletrônico por um 
período mínimo de trinta dias;
IV - artefatos que retardem a ação dos criminosos, permitindo sua 
perseguição, identificação ou captura; e
V - anteparo blindado com permanência ininterrupta de vigilante durante o 
expediente para o público e enquanto houver movimentação de numerário 
no interior do estabelecimento.
A Portaria n. 3.233 lista também os requisitos para o profissional de vigilância (BRASIL, 2012b).
 
Art. 155. Para o exercício da profissão, o vigilante deverá preencher os 
seguintes requisitos, comprovados documentalmente:
I - ser brasileiro, nato ou naturalizado;
II - ter idade mínima de vinte e um anos;
III - ter instrução correspondente à quarta série do ensino fundamental;
IV - ter sido aprovado em curso de formação de vigilante, realizado por 
empresa de curso de formação devidamente autorizada;
V - ter sido aprovado em exames de saúde e de aptidão psicológica;
28
Unidade I
VI - ter idoneidade comprovada mediante a apresentação de certidões 
negativas de antecedentes criminais, sem registros de indiciamento em 
inquérito policial, de estar sendo processado criminalmente ou ter sido 
condenado em processo criminal de onde reside, bem como do local em que 
realizado o curso de formação, reciclagem ou extensão: da Justiça Federal; 
da Justiça Estadual ou do Distrito Federal; da Justiça Militar Federal; da 
Justiça Militar Estadual ou do Distrito Federal e da JustiçaEleitoral;
VII - estar quite com as obrigações eleitorais e militares; e
VIII - possuir registro no Cadastro de Pessoas Físicas.
A Portaria n. 3.233 também lista os cursos de formação, de extensão e de reciclagem no âmbito da 
segurança privada.
 
Art. 156. São cursos de formação, extensão e reciclagem:
I - curso de formação de vigilante;
II - curso de reciclagem da formação de vigilante;
III - curso de extensão em transporte de valores;
IV - curso de reciclagem em transporte de valores;
V - curso de extensão em escolta armada;
VI - curso de reciclagem em escolta armada;
VII - curso de extensão em segurança pessoal;
VIII - curso de reciclagem em segurança pessoal;
IX - curso de extensão em equipamentos não letais I;
X - curso de extensão em equipamentos não letais II (BRASIL, 2012b).
Alguns cursos são pré-requisitos para a realização dos demais. O curso de formação de 
vigilante é pré-requisito para os cursos de extensão, e cada curso é pré-requisito para a reciclagem 
correspondente. Por exemplo, para fazer o curso de reciclagem em segurança pessoal, o vigilante 
precisa fazer previamente o curso de extensão em segurança pessoal e ter feito antes desse o curso 
de formação de vigilante.
29
SEGURANÇA EMPRESARIAL
A Portaria n. 3.233 também apresenta os direitos e os deveres do vigilante.
 
Art. 163. Assegura-se ao vigilante:
I - o recebimento de uniforme, devidamente autorizado, às expensas 
do empregador;
II - porte de arma, quando em efetivo exercício;
III - a utilização de materiais e equipamentos em perfeito funcionamento e 
estado de conservação, inclusive armas e munições;
IV - a utilização de sistema de comunicação em perfeito estado de 
funcionamento;
V - treinamento regular nos termos previstos nesta portaria;
VI - seguro de vida em grupo, feito pelo empregador;
VII - prisão especial por ato decorrente do serviço.
Art. 164. São deveres dos vigilantes:
I - exercer suas atividades com urbanidade, probidade e denodo, observando 
os direitos e garantias fundamentais, individuais e coletivos, no exercício 
de suas funções;
II - utilizar, adequadamente, o uniforme autorizado, apenas em serviço;
III - portar a CNV (carteira nacional do vigilante);
IV - manter-se adstrito ao local sob vigilância, observando-se as peculiaridades 
das atividades de transporte de valores, escolta armada e segurança pessoal;
V - comunicar, ao seu superior hierárquico, quaisquer incidentes ocorridos 
no serviço, assim como quaisquer irregularidades relativas ao equipamento 
que utiliza, em especial quanto ao armamento, munições e colete à prova de 
balas, não se eximindo o empregador do dever de fiscalização (BRASIL, 2012b).
Outra lei pertinente para o trabalho em gestão de segurança é a Lei Geral para Proteção de Dados 
Pessoais (LGPD), ou Lei n. 13.709/18, que
 
dispõe sobre o tratamento de dados pessoais, inclusive nos meios digitais, 
por pessoa natural ou por pessoa jurídica de direito público ou privado, com 
o objetivo de proteger os direitos fundamentais de liberdade e de privacidade 
e o livre desenvolvimento da personalidade da pessoa natural (BRASIL, 2018).
30
Unidade I
A LGPD, esquematizada na figura 6, é de especial interesse para os profissionais da área de segurança, 
pois ela dispõe sobre a utilização de dados pessoais, seja em cadastros utilizados para acesso, seja em 
imagens de câmeras utilizadas em monitoramento em segurança.
Figura 6 – Um resumo da LGPD (Serpro)
São termos definidos na LGPD os mostrados a seguir.
 
Art. 5º Para os fins desta Lei, considera-se:
I - dado pessoal: informação relacionada a pessoa natural identificada 
ou identificável;
31
SEGURANÇA EMPRESARIAL
II - dado pessoal sensível: dado pessoal sobre origem racial ou étnica, 
convicção religiosa, opinião política, filiação a sindicato ou a organização 
de caráter religioso, filosófico ou político, dado referente à saúde ou à vida 
sexual, dado genético ou biométrico, quando vinculado a uma pessoa natural;
III - dado anonimizado: dado relativo a titular que não possa ser identificado, 
considerando a utilização de meios técnicos razoáveis e disponíveis na 
ocasião de seu tratamento;
IV - banco de dados: conjunto estruturado de dados pessoais, estabelecido 
em um ou em vários locais, em suporte eletrônico ou físico;
V - titular: pessoa natural a quem se referem os dados pessoais que são 
objeto de tratamento;
VI - controlador: pessoa natural ou jurídica, de direito público ou privado, 
a quem competem as decisões referentes ao tratamento de dados pessoais;
VII - operador: pessoa natural ou jurídica, de direito público ou privado, que 
realiza o tratamento de dados pessoais em nome do controlador;
VIII - encarregado: pessoa indicada pelo controlador e operador para atuar 
como canal de comunicação entre o controlador, os titulares dos dados e 
a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD); (redação dada pela 
Lei n. 13.853, de 2019) (vigência)
IX - agentes de tratamento: o controlador e o operador;
X - tratamento: toda operação realizada com dados pessoais, como as que 
se referem a coleta, produção, recepção, classificação, utilização, acesso, 
reprodução, transmissão, distribuição, processamento, arquivamento, 
armazenamento, eliminação, avaliação ou controle da informação, 
modificação, comunicação, transferência, difusão ou extração;
XI - anonimização: utilização de meios técnicos razoáveis e disponíveis no 
momento do tratamento, por meio dos quais um dado perde a possibilidade 
de associação, direta ou indireta, a um indivíduo;
XII - consentimento: manifestação livre, informada e inequívoca pela qual 
o titular concorda com o tratamento de seus dados pessoais para uma 
finalidade determinada;
XIII - bloqueio: suspensão temporária de qualquer operação de tratamento, 
mediante guarda do dado pessoal ou do banco de dados;
32
Unidade I
XIV - eliminação: exclusão de dado ou de conjunto de dados armazenados 
em banco de dados, independentemente do procedimento empregado;
XV - transferência internacional de dados: transferência de dados pessoais 
para país estrangeiro ou organismo internacional do qual o país seja membro;
XVI - uso compartilhado de dados: comunicação, difusão, transferência 
internacional, interconexão de dados pessoais ou tratamento compartilhado 
de bancos de dados pessoais por órgãos e entidades públicos no cumprimento de 
suas competências legais, ou entre esses e entes privados, reciprocamente, 
com autorização específica, para uma ou mais modalidades de tratamento 
permitidas por esses entes públicos, ou entre entes privados;
XVII - relatório de impacto à proteção de dados pessoais: documentação do 
controlador que contém a descrição dos processos de tratamento de dados 
pessoais que podem gerar riscos às liberdades civis e aos direitos fundamentais, 
bem como medidas, salvaguardas e mecanismos de mitigação de risco;
XVIII - órgão de pesquisa: órgão ou entidade da administração pública 
direta ou indireta ou pessoa jurídica de direito privado sem fins lucrativos 
legalmente constituída sob as leis brasileiras, com sede e foro no País, que 
inclua em sua missão institucional ou em seu objetivo social ou estatutário 
a pesquisa básica ou aplicada de caráter histórico, científico, tecnológico ou 
estatístico; e (redação dada pela Lei n. 13.853, de 2019) (vigência)
XIX - autoridade nacional: órgão da administração pública responsável por 
zelar, implementar e fiscalizar o cumprimento desta Lei em todo o território 
nacional. (redação dada pela Lei n. 13.853, de 2019) (vigência) (BRASIL, 2018).
No artigo 6º da LGPD, são listados os princípios que devem ser utilizados no tratamento 
de dados pessoais.
 
Art. 6º As atividades de tratamento de dados pessoais deverão observar a 
boa-fé e os seguintes princípios:
I - finalidade: realização do tratamento para propósitos legítimos, específicos, 
explícitos e informados ao titular, sem possibilidade de tratamento posterior 
de forma incompatível com essas finalidades;
II - adequação: compatibilidadedo tratamento com as finalidades informadas 
ao titular, de acordo com o contexto do tratamento;
33
SEGURANÇA EMPRESARIAL
III - necessidade: limitação do tratamento ao mínimo necessário 
para a realização de suas finalidades, com abrangência dos dados 
pertinentes, proporcionais e não excessivos em relação às finalidades do 
tratamento de dados;
IV - livre acesso: garantia, aos titulares, de consulta facilitada e gratuita 
sobre a forma e a duração do tratamento, bem como sobre a integralidade 
de seus dados pessoais;
V - qualidade dos dados: garantia, aos titulares, de exatidão, clareza, 
relevância e atualização dos dados, de acordo com a necessidade e para o 
cumprimento da finalidade de seu tratamento;
VI - transparência: garantia, aos titulares, de informações claras, precisas 
e facilmente acessíveis sobre a realização do tratamento e os respectivos 
agentes de tratamento, observados os segredos comercial e industrial;
VII - segurança: utilização de medidas técnicas e administrativas aptas a 
proteger os dados pessoais de acessos não autorizados e de situações 
acidentais ou ilícitas de destruição, perda, alteração, comunicação ou difusão;
VIII - prevenção: adoção de medidas para prevenir a ocorrência de danos em 
virtude do tratamento de dados pessoais;
IX - não discriminação: impossibilidade de realização do tratamento para 
fins discriminatórios ilícitos ou abusivos;
X - responsabilização e prestação de contas: demonstração, pelo agente, 
da adoção de medidas eficazes e capazes de comprovar a observância e o 
cumprimento das normas de proteção de dados pessoais e, inclusive, da 
eficácia dessas medidas (BRASIL, 2018).
Sobre o tratamento de dados pessoais, a LGPD diz o que segue (BRASIL, 2018).
 
Art. 7º O tratamento de dados pessoais somente poderá ser realizado nas 
seguintes hipóteses:
I - mediante o fornecimento de consentimento pelo titular;
II - para o cumprimento de obrigação legal ou regulatória pelo controlador;
III - pela administração pública, para o tratamento e uso compartilhado 
de dados necessários à execução de políticas públicas previstas em leis e 
34
Unidade I
regulamentos ou respaldadas em contratos, convênios ou instrumentos 
congêneres, observadas as disposições do Capítulo IV desta Lei;
IV - para a realização de estudos por órgão de pesquisa, garantida, sempre 
que possível, a anonimização dos dados pessoais;
V - quando necessário para a execução de contrato ou de procedimentos 
preliminares relacionados a contrato do qual seja parte o titular, a pedido 
do titular dos dados;
VI - para o exercício regular de direitos em processo judicial, administrativo 
ou arbitral, esse último nos termos da Lei n. 9.307, de 23 de setembro de 1996 
(Lei de Arbitragem);
VII - para a proteção da vida ou da incolumidade física do titular ou de terceiro;
VIII - para a tutela da saúde, exclusivamente, em procedimento realizado por 
profissionais de saúde, serviços de saúde ou autoridade sanitária; (redação 
dada pela Lei n. 13.853, de 2019) (vigência)
IX - quando necessário para atender aos interesses legítimos do controlador 
ou de terceiro, exceto no caso de prevalecerem direitos e liberdades 
fundamentais do titular que exijam a proteção dos dados pessoais; ou
X - para a proteção do crédito, inclusive quanto ao disposto na 
legislação pertinente.
Sobre o titular dos dados, a LGPD diz o que segue.
 
Art. 9º O titular tem direito ao acesso facilitado às informações sobre o 
tratamento de seus dados, que deverão ser disponibilizadas de forma clara, 
adequada e ostensiva acerca de, entre outras características previstas em 
regulamentação para o atendimento do princípio do livre acesso:
I - finalidade específica do tratamento;
II - forma e duração do tratamento, observados os segredos comercial 
e industrial;
III - identificação do controlador;
IV - informações de contato do controlador;
35
SEGURANÇA EMPRESARIAL
V - informações acerca do uso compartilhado de dados pelo controlador 
e a finalidade;
VI - responsabilidades dos agentes que realizarão o tratamento; e
VII - direitos do titular, com menção explícita aos direitos contidos no art. 18 
desta Lei (BRASIL, 2018).
Sobre tratamento de dados sensíveis, a LGPD dispõe o que segue.
 
Art. 11. O tratamento de dados pessoais sensíveis somente poderá ocorrer 
nas seguintes hipóteses:
I - quando o titular ou seu responsável legal consentir, de forma específica 
e destacada, para finalidades específicas;
II - sem fornecimento de consentimento do titular, nas hipóteses em que for 
indispensável para:
a) cumprimento de obrigação legal ou regulatória pelo controlador;
b) tratamento compartilhado de dados necessários à execução, pela 
administração pública, de políticas públicas previstas em leis ou regulamentos;
c) realização de estudos por órgão de pesquisa, garantida, sempre que 
possível, a anonimização dos dados pessoais sensíveis;
d) exercício regular de direitos, inclusive em contrato e em processo judicial, 
administrativo e arbitral, este último nos termos da Lei n. 9.307, de 23 de 
setembro de 1996 (Lei de Arbitragem);
e) proteção da vida ou da incolumidade física do titular ou de terceiro;
f) tutela da saúde, em procedimento realizado por profissionais da área da 
saúde ou por entidades sanitárias; ou
f) tutela da saúde, exclusivamente, em procedimento realizado por 
profissionais de saúde, serviços de saúde ou autoridade sanitária; ou 
(redação dada pela Lei n. 13.853, de 2019) (vigência)
g) garantia da prevenção à fraude e à segurança do titular, nos processos 
de identificação e autenticação de cadastro em sistemas eletrônicos, 
resguardados os direitos mencionados no art. 9º desta Lei e exceto no caso 
de prevalecerem direitos e liberdades fundamentais do titular que exijam a 
proteção dos dados pessoais (BRASIL, 2018).
36
Unidade I
 Observação
Note que os itens e) e g) da lei destacada anteriormente asseguram o 
tratamento de dados pessoais sensíveis por parte de serviços de segurança, 
já que esses serviços têm como objetivo garantir a segurança do titular dos 
dados e de terceiros. O art. 5o, item II, conforme acentuado, inclui entre 
os dados sensíveis os dados de natureza biométrica.
Sobre os direitos do titular dos dados, a LGPD diz o que segue.
 
Art. 17. Toda pessoa natural tem assegurada a titularidade de seus dados 
pessoais e garantidos os direitos fundamentais de liberdade, de intimidade e 
de privacidade, nos termos desta Lei.
Art. 18. O titular dos dados pessoais tem direito a obter do controlador, 
em relação aos dados do titular por ele tratados, a qualquer momento e 
mediante requisição:
I - confirmação da existência de tratamento;
II - acesso aos dados;
III - correção de dados incompletos, inexatos ou desatualizados;
IV - anonimização, bloqueio ou eliminação de dados desnecessários, 
excessivos ou tratados em desconformidade com o disposto nesta Lei;
V - portabilidade dos dados a outro fornecedor de serviço ou produto, 
mediante requisição expressa, de acordo com a regulamentação da 
autoridade nacional, observados os segredos comercial e industrial; (redação 
dada pela Lei n. 13.853, de 2019) (vigência)
VI - eliminação dos dados pessoais tratados com o consentimento do titular, 
exceto nas hipóteses previstas no art. 16 desta Lei;
VII - informação das entidades públicas e privadas com as quais o controlador 
realizou uso compartilhado de dados;
VIII - informação sobre a possibilidade de não fornecer consentimento e 
sobre as consequências da negativa;
IX - revogação do consentimento, nos termos do § 5º do art. 8º desta 
Lei (BRASIL, 2018).
37
SEGURANÇA EMPRESARIAL
Sobre a segurança e o sigilo dos dados, a LGPD dispõe o que segue.
 
Art. 46. Os agentes de tratamento devem adotar medidas de segurança, 
técnicas e administrativas aptas a proteger os dados pessoais de acessos não 
autorizados e de situações acidentais ou ilícitas de destruição, perda, alteração, 
comunicação ou qualquer forma de tratamento inadequado ou ilícito.
§ 1º A autoridadenacional poderá dispor sobre padrões técnicos mínimos para 
tornar aplicável o disposto no caput deste artigo, considerados a natureza 
das informações tratadas, as características específicas do tratamento 
e o estado atual da tecnologia, especialmente no caso de dados pessoais 
sensíveis, assim como os princípios previstos no caput do art. 6º desta Lei.
§ 2º As medidas de que trata o caput deste artigo deverão ser observadas 
desde a fase de concepção do produto ou do serviço até a sua execução.
Art. 47. Os agentes de tratamento ou qualquer outra pessoa que intervenha 
em uma das fases do tratamento obriga-se a garantir a segurança da 
informação prevista nesta Lei em relação aos dados pessoais, mesmo 
após o seu término.
Art. 48. O controlador deverá comunicar à autoridade nacional e ao titular 
a ocorrência de incidente de segurança que possa acarretar risco ou dano 
relevante aos titulares.
§ 1º A comunicação será feita em prazo razoável, conforme definido pela 
autoridade nacional, e deverá mencionar, no mínimo:
I - a descrição da natureza dos dados pessoais afetados;
II - as informações sobre os titulares envolvidos;
III - a indicação das medidas técnicas e de segurança utilizadas para a 
proteção dos dados, observados os segredos comercial e industrial;
IV - os riscos relacionados ao incidente;
V - os motivos da demora, no caso de a comunicação não ter sido imediata; e
VI - as medidas que foram ou que serão adotadas para reverter ou mitigar 
os efeitos do prejuízo.
§ 2º A autoridade nacional verificará a gravidade do incidente e poderá, 
caso necessário para a salvaguarda dos direitos dos titulares, determinar ao 
controlador a adoção de providências, tais como:
38
Unidade I
I - ampla divulgação do fato em meios de comunicação; e
II - medidas para reverter ou mitigar os efeitos do incidente.
§ 3º No juízo de gravidade do incidente, será avaliada eventual comprovação 
de que foram adotadas medidas técnicas adequadas que tornem os dados 
pessoais afetados ininteligíveis, no âmbito e nos limites técnicos de seus 
serviços, para terceiros não autorizados a acessá-los (BRASIL, 2018).
O conhecimento da legislação pertinente ao desempenho das funções do gestor de segurança e de 
seus subordinados é fundamental para que o gestor saiba a respeito:
• dos seus direitos e deveres;
• dos direitos e deveres das pessoas com quem ele interage no ambiente de trabalho;
• dos limites existentes no exercício de sua função.
Exemplo de aplicação
Vimos, em detalhes, a legislação pertinente ao profissional da área de segurança no Brasil. Faça uma 
pesquisa e compare o enfoque dado na legislação brasileira e o enfoque dado nas legislações de outros 
países no que se refere à segurança empresarial.
39
SEGURANÇA EMPRESARIAL
 Resumo
Nesta unidade, vimos que o início da demanda por segurança privada se 
deu no período da ditadura militar, quando a segurança pública deixou de 
prestar suporte de segurança em instituições particulares, principalmente 
as bancárias. Com isso, surgiram empresas destinadas a prestar esse serviço. 
Sua atuação foi expandida e destacada com a escalada de violência que 
vivemos nas últimas décadas.
Verificamos também que a segurança empresarial tem como objetivos 
combater ou diminuir o impacto de ameaças no ambiente empresarial, 
direcionadas às instalações, às pessoas, aos equipamentos, às informações, 
aos suprimentos e aos dispositivos utilizados. O gestor de segurança deve 
se antecipar aos riscos e atuar sempre de forma preventiva.
Observamos que o nível de segurança adotado para atingirmos esse 
objetivo pode ir desde segurança excepcional até segurança periférica, 
conforme a necessidade do projeto de segurança.
Listamos e detalhamos os diversos enfoques de um programa de 
segurança, como a análise de riscos e a segurança do patrimônio, das 
informações e do trabalho.
Sobre o gestor de segurança, vimos que ele pode atuar em diversas 
atividades, como no gerenciamento de atividades de segurança, no 
desenvolvimento de planos e políticas de segurança, na realização de 
análises de riscos, na tomada de medidas para proteger o patrimônio 
humano e físico de uma empresa, na administração da equipe de segurança, 
na coordenação de serviços de inteligência empresarial e na prestação de 
consultoria e assessoria.
Expusemos que a atuação pode ocorrer em empresas dos mais diversos 
setores e que o gestor pode fazer parte do quadro de funcionários da 
empresa ou pode prestar serviço como autônomo. Apontamos que o gestor 
de segurança deve ter conhecimentos nas mais diversas áreas, já que sua 
atuação é de natureza multidisciplinar.
Vimos que a atividade de segurança privada pode ocorrer nas áreas 
de vigilância patrimonial, transporte de valores, segurança em logística, 
escolta armada, segurança pessoal, segurança eletrônica, sindicância 
interna, segurança da informação, segurança contra incêndio, segurança 
em eventos e em cursos de formação.
40
Unidade I
Detalhamos itens sobre as ferramentas que o gestor tem à sua disposição, 
tais como o gerenciamento e a prevenção de riscos, o planejamento 
estratégico, a elaboração de plano de segurança, a organização do 
departamento de segurança e o gerenciamento de equipes.
Para estar ciente dos seus direitos e deveres, além dos direitos e deveres 
dos membros de sua equipe e de terceiros, e manter a sua atuação e de seus 
prepostos, o gestor precisa ter conhecimentos de legislação.
A peça primordial de legislação para o gestor é a Constituição Federal, 
que dá os direitos e deveres individuais e coletivos. Detalhamos também 
alguns pontos importantes da Lei n. 7.102 (BRASIL, 1983), que regulamenta 
a segurança em estabelecimentos financeiros, apresenta as normas de 
constituição e de funcionamento da segurança privada e fornece os 
requisitos para o exercício da profissão de vigilante e os seus direitos.
Explicamos pontos importantes da Portaria n. 3.233 (BRASIL, 2012b), que 
normatiza a atuação de empresas de segurança privada no Brasil e cita os 
requisitos para o profissional de vigilância e os direitos e deveres do vigilante.
Outra lei que deve ser do conhecimento do profissional de gestão da 
segurança é a LGPD, Lei n. 13.709 (BRASIL, 2018), que trata da coleta, 
do acesso e da proteção dos dados pessoais. Os pontos relevantes a esse 
profissional foram detalhados nesta unidade.
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SEGURANÇA EMPRESARIAL
 Exercícios
Questão 1. Observe, na figura a seguir, definições do vocábulo segurança.
Figura 7 
Disponível em: https://michaelis.uol.com.br/moderno-portugues/busca/portugues-brasileiro/SEGURAN%C3%87A/. 
Acesso em: 10 dez. 2020.
Das definições apresentadas a seguir, extraídas de forma total ou parcial da figura, assinale a que 
mais bem se relaciona ao conceito de segurança empresarial.
A) “Confiança em si mesmo”.
B) “Condição marcada por uma sensação de paz e tranquilidade”.
C) “Crença ou opinião firme”.
D) “Condição ou estado do que está livre de danos ou riscos”.
E) “Ato ou efeito de segurar”.
Resposta correta: alternativa D.
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Unidade I
Análise da questão
A segurança empresarial visa eliminar ou minimizar os efeitos de ameaças no ambiente empresarial, 
com a finalidade de proteger os valores de uma organização. Logo, das definições expostas nas 
alternativas, “condição ou estado do que está livre de danos ou riscos” é a que mais se alinha ao conceito 
de segurança empresarial.
Questão 2. Leia o texto a seguir.
A evolução da segurança privada: o mercado e a realidade do setor
Por Alexandre Martins, 3 de julho de 2019
Figura 8 
Muito tenho escrito sobre a valorização e o aprimoramento dos profissionais da segurança privada 
no Brasil, incentivando e demonstrando que a evolução constante e periódica do profissional não é só 
um benefício ao indivíduo no que se refere à carreira, mas também uma necessidade para a empresa.
Do ponto de vista do profissional, a evolução da carreira pode propiciar melhorias reais no tocante 
a cargos e salários, levando o profissional a uma melhorianão só na área, mas também na vida 
pessoal. Do ponto de vista das empresas, a mão de obra em constante evolução propicia ganhos reais 
na qualidade, na técnica e na desenvoltura ética e interpessoal do profissional e, consequentemente, na 
própria empresa.
Sabendo que a evolução deve ser uma constante, fica a pergunta: como aprimorar em tempos de 
corte de custos, diminuição de pessoal, perda de contratos e diante de uma cultura em que aprimorar 
gera custos, e não benefícios?
[...]
A evolução custa caro, mas não deve ser vista como um custo a mais, e, sim, como uma ferramenta 
de evolução. O mercado deve olhar para segurança privada não como um custo, mas como uma forma de 
evitar custos.
43
SEGURANÇA EMPRESARIAL
O que isso tem a ver com segurança e evolução? Tudo. Como obrigar o mercado a ser mais correto e 
se adequar à legalidade? Fiscalizando e, com isso, obrigando as empresas a enxergar que segurança não 
é custo, e, sim, investimento.
Disponível em: https://www.defesa.tv.br/a-evolucao-da-seguranca-privada-parte-1/. 
Acesso em: 10 dez. 2020. Adaptado.
Com base na leitura, avalie as afirmativas.
I – As capacitações e os incentivos dados pelas empresas no que se refere ao aperfeiçoamento 
dos profissionais da segurança privada têm impacto positivo na carreira do indivíduo e configuram-se 
demandas imperativas para as organizações.
II – Em tempos de crise, a empresa deve minimizar todos os seus custos, inclusive os relativos à 
segurança, pois os gastos não acarretam benefícios significativos para as organizações.
III – Uma maneira de fazer com que as empresas percebam que segurança não é custo, mas 
investimento, é realizar a fiscalização quanto ao cumprimento da legislação.
É correto o que se afirma em:
A) I, apenas.
B) II, apenas.
C) III, apenas.
D) I, II e III.
E) I e III, apenas.
Resposta correta: alternativa E.
Análise das afirmativas
I – Afirmativa correta.
Justificativa: segundo o autor do texto, muito se tem escrito “sobre a valorização e o aprimoramento 
dos profissionais da segurança privada no Brasil, incentivando e demonstrando que a evolução 
constante e periódica do profissional não é só um benefício ao indivíduo no que se refere à carreira, 
mas também uma necessidade para a empresa”.
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Unidade I
II – Afirmativa incorreta.
Justificativa: segundo o autor do texto, “a evolução custa caro, mas não deve ser vista como um 
custo a mais, e, sim, como uma ferramenta de evolução”. Ele prossegue dizendo que “o mercado deve 
olhar para segurança privada não como um custo, mas como uma forma de evitar custos”.
III – Afirmativa correta.
Justificativa: segundo o autor do texto, a fiscalização das empresas no que se refere à sua 
adequação e à legalidade faz com que elas sejam obrigadas a enxergar que segurança não é custo, 
mas investimento.

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