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Disciplina: Nutrição de Plantas Docente: Prof. Dra. Debora Curado Jardini Conceito: São elementos minerais que sem serem essenciais estimulam o crescimento de plantas, ou que são essenciais somente para certas espécies, ou ainda que são essenciais somente em condições específicas. SILÍCIO (Si) • Termofosfatos magnesianos (Yoorin) - 23% SiO2 • Wollastonita (CaSiO3) - 52% SiO2 • Sílica - 97% SiO2 • Silicatos de cálcio e magnésio - 14% SiO2 • Escórias de siderurgia - 20% SiO2 • Bagaço de cana - 78% SiO2 • Casca de arroz - 14,5% SiO2 SILÍCIO (Si) FONTES Si NA PLANTA ❖ Absorvido como ácido monossilícico (H4SiO4) – ativo ❖ Contato íon-raiz: fluxo de massa ❖ Transporte - via xilema na forma de H4SiO4 ❖ Deposita-se principalmente na parede das células epidérmicas – sílica amorfa hidratada (SiO2.H2O). SILÍCIO (Si) SILÍCIO (Si) Deposição de ácido monosilícico abaixo da cutícula, formando uma dupla camada cutícula- sílica. • Acumuladoras: absorção de água = Si – gramíneas de solos inundados, Si de 100 a 120 g kg-1 na parte aérea; • Intermediárias: gramíneas de sequeiro - cana de açúcar, trigo, arroz e algumas leguminosas, Si de 10 a 30 g kg-1; • Não acumuladoras: maioria das dicotiledôneas, leguminosas, com Si de menos de 5 g kg-1. SILÍCIO (Si) PLANTAS CLASSIFICADAS EM TRÊS GRUPOS: • Silicatos – aumentam o pH do solo – reduz atividade de elementos tóxicos . • Solos ácidos – Al+3 – o silício minimiza a toxicidade. -Complexação do íon (ácidos orgânicos) -Formação de hidroxialuminossilicatos (HAS) - Enzimas antioxidantes (catalase, ascorbato) • Resistência às plantas ao estressa salino – garante a integridade da parede celular. SILÍCIO (Si) Silício e o Estresse Abiótico SILÍCIO (Si) SILÍCIO (Si) Efeito do silício e do alumínio no comprimento das raízes de trigo em variedade resistente ao alumínio (Jubilejnaja 50) e em variedade susceptível (GK Betadur). Fonte: Zsoldos et al., 2003. SILÍCIO (Si) Efeitos de doses de silicato cálcio sobre a produção de grãos de arroz sob diferentes tensões de água no solo (CC). Fonte: Faria, 2000. SILÍCIO (Si) Produção de cana-de-açúcar em função da aplicação de silicato de cálcio e calcário (Silveira Jr. et al. 2003). SILÍCIO (Si) Sintomas de antracnose em folhas de plantas de sorgo resistentes BR 005 (A) e susceptível BR 009 (B) em diferentes doses de silício (Resende et al. 2009). Silício e o Controle de Pragas e Doenças SILÍCIO (Si) • Fitoalexinas – atividade inibidora (Rodrigues et al. 2004) SILÍCIO (Si) Apenas Si Apenas fungicida Si+fungicida controle Apenas Si Fonte: Dantnoff et al., 1991. Ação direta – desgaste da mandíbula de insetos mastigadores; redução do crescimento e na reprodução do inseto. Ação indireta – atraso na penetração do inseto na planta. SILÍCIO (Si) SILÍCIO (Si) Efeito do silício, aplicado via solo, no teor foliar de diferentes variedades de cana e na longevidade e oviposição da cigarrinha-das-raízes. SILÍCIO (Si) Incremento de MS com doses de Si Plantas mais eretas ❖confere resistência à parede celular (plantas mais eretas) ❖ aumenta a resistência às pragas e doenças ❖reduz a taxa de senescência foliar ❖maior capacidade fotossintética ❖regula a evapotranspiração (economia de água) ❖reduz o efeito tóxico de metais pesados SILÍCIO (Si) • Cátion monovalente (Na+) • Natureza: sal marinho, cloreto de sódio (NaCl), mineral halita. • Adsorvido aos coloides - deslocando Ca+2 e K+ afetando a estrutura do solo. dispersão da argila SÓDIO (Na) NO SOLO • Removido do solo por lixiviação • Regiões semi-áridas podem acumular Na no solo na forma de sais: cloreto, sulfato e carbonato baixa precipitação pluvial + alta evaporação • Solos alcalinos (pH > 8,5) – elevada concentração de Na na CTC. SÓDIO (Na) NO SOLO • Salitre do Chile (25% Na) • Salitre potássico (NaNO3) - 12% de Na • Cloreto de sódio (NaCl) - 39% de Na SÓDIO (Na) FONTES NO SOLO • Absorvido como Na+ • Contato íon-raiz: fluxo de massa • No xilema e no floema desloca-se na forma de Na+ (relativamente móvel) • Concentração na planta – 0,013 a 35,1 g kg-1. SÓDIO (Na) NA PLANTA ❖ Ativador de enzimas. ❖ Osmose da membrana. ❖ Facilita a absorção de N,P,K em algumas plantas (beterraba e cenoura). ❖ Regula a abertura dos estômatos. ❖ Em baixas concentrações favorece a absorção de K+. ❖ Favorece a acumulação de frutose, sacarose e glicose. ❖Em plantas C4 é necessário para o transporte de CO2. ❖Substituir o K+. SÓDIO (Na) FUNÇÕES NA PLANTA SÓDIO (Na) Respostas no crescimento de plantas C4 e C3 à adição de Na+ e aumento na concentração de CO2 no ambiente • Plantas halófitas – ricas em Na • Essencial – Atriplex versicaria • Deficiência- clorose e necrose foliar, redução do crescimento. • Adaptações – como suculência, equilíbrio osmótico, glândulas de sal para diminuir os efeitos da salinidade. SÓDIO (Na) SUBSTITUIÇÃO DO POTÁSSIO • a proporção em que o Na pode substituir o K varia entre espécies, variedades e órgãos da planta: - nos caules essa substituição é limitada - nas folhas velhas pode ocorrer quase totalmente - folhas mais novas isso não ocorre Plantas natrofílicas: acumulam Na e o utilizam para seu crescimento Plantas natrofóbicas: não acumulam Na e não o utilizam para seu crescimento SÓDIO (Na) natrofílicas natrofóbicas EXCESSO DE SÓDIO • nos solos proporciona dispersão de argila menor porosidade e permeabilidade do solo • solos salinos/sódicos a atividade agrícola é prejudicada • nas plantas com excesso de Na aparecem áreas necróticas nas pontas, margens e regiões internervais das folhas SÓDIO (Na) • Cátion divalente (Co2+). • Retido por adsorção ou em complexos na matéria orgânica. • Rochas ricas em minerais ferromagnesianos. • Teor no solo varia de 1 - 40 mg dm-3 COBALTO (Co) NO SOLO COBALTO (Co) FONTES Comofix (líquido – via semente) Nitrato e sulfato de Co ❖cloreto de Co (CoCl2) - 45,7% de Co ❖sulfato de Co (CoSO4) - 21% de Co ❖nitrato de Co (Co(NO3)2) - 17% de Co • Absorvido como Co2+ translocação após a formação de quelatos com ác. Orgânicos. • Contato íon-raiz: fluxo de massa • Teor nas plantas – 0,05 a 0,3 mg kg-1 MS • Acúmulo - raízes > nódulos > parte aérea COBALTO (Co) NA PLANTA • Leguminosas – essencial para a FBN Componente vitamina B12 –formação coenzima cobalamina – precursora da leghemoglobina. Reduz o nº de nódulos; reduz divisão celular (multiplicação das bactérias); reduz síntese da leghemoglobina. COBALTO (Co) NA PLANTA Deficiência de Co - afeta a função ou atividade dos nódulos, reflete na atividade da enzima nitrogenase e no acúmulo de N nas plantas. COBALTO (Co) COBAMIDA • Melhoria no valor nutritivo das pastagens. • Essencial para os ruminantes – microflora é capaz de sintetizar a vitamina B12. COBALTO (Co) NA PLANTA COBALTO (Co) DEFICIÊNCIA NA PLANTA Sua deficiência causa clorose total, seguida de necrose nas folhas mais velhas, devido à deficiência de nitrogênio. O excesso de Co diminui a absorção de ferro (Fe), motivo pelo qual os sintomas de toxicidade de Co são semelhantes aos de deficiência de ferro, com folhas cloróticas na parte superior das plantas e atrofiamento das plantas ELEMENTOS TÓXICOS ELEMENTOS TÓXICOS • Essencial ou não quando o elemento é absorvido em excesso por plantas/animais/pessoas. • Origem: - Natural (material de origem) - Antropogênica (resíduos urbanos, poluição ambiental, adubos orgânicos e químicos) ELEMENTOS TÓXICOS • Teores totais de metais pesados em algumas rochas fosfatadas ELEMENTOS TÓXICOS Um dos elementos mais abundantes na matriz mineral do solo faz parte do processo de formação e intemperismo dos solos tropicais óxidos de alumínio (Al2O3) e de ferro (Fe2O3) predominantes na fração argila ALUMÍNIO ALUMÍNIO ALUMÍNIO Precipitados de Fósforo Calagem e Gessagem Níveis críticos de percentagem de saturação de alumínio no solopara algumas espécies vegetais. ALUMÍNIO Poder Fitotóxico - Depende da Espécie Vegetal – maior ou menor grau de fitotoxicidade Ex: trigo – Al+3 alface, nabo e leguminosas – Al(OH)+2 Predominantemente – forma trivalente (Al+3) – pH CaCl2< 5,5 ALUMÍNIO ALUMÍNIO Parede celular e membrana plasmática Deslocamento do Ca Produção de calose Inibição da mitose ALUMÍNIO Crescimento Radicular • Redução da taxa de crescimento radicular • Severa – levar a morte das células corticais • Intermediário – áreas manchadas de cor marrom-castanho • Parte aérea - < biossíntese de clorofila; deficiência de cátions. • Alterações morfológicas: - Raízes engrossam e tronam-se curtas e quebradiças. - Reprime o crescimento das raízes laterais. - Menor área e volume radicular. ALUMÍNIO Sintomatologia y MECANISMOS DE TOLERÂNCIA AO ALUMÍNIO Mecanismo Internos: Exclusão: o alumínio é impedido de chegar até o sítio de toxicidade. Ex: Produção de ácidos orgânicos - complexação do Al; Reparo: entra na célula porém tem sua ação neutralizada. Ex: Neutralização por enzimas; Isolamento no vacúolo (complexação cátions); ALUMÍNIO MECANISMOS DE TOLERÂNCIA AO ALUMÍNIO Mecanismos Externos: - aumento do pH na rizosfera; - produção de mucilagem (aumento pH – aumenta capacidade de ligação com o ác. poligalacturônico); ALUMÍNIO OBRIGADA!
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