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A FILOFOFIA DO JUDÔ

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INTRODUÇÃO 
Nos primórdios dos tempos, a luta maior do homem era pela 
sobrevivência. Assim ele se empenhava em lutas contra animais, contra tribos 
inimigas, contra o tempo. Enfim, a opção era lutar – ou não viver. E como a luta 
foi praticada por tanto tempo e por povos e épocas diferentes em diferentes 
regiões, não há como saber com certeza sua origem. E, claro, são muitos os 
tipos de luta. Mas os grandes responsáveis pela introdução da modalidade no 
mundo esportivo foram os gregos. A luta começou a ser disputada nos Jogos da 
Grécia Antiga no século 7 a.C. Ao longo dos anos e das edições das Olimpíadas, 
a modalidade foi evoluindo e ganhando particularidades. 
O modelo de luta dos gregos inspirou os franceses a criar, no início do 
século 19, o estilo hoje conhecido como luta greco-romana. Foi o primeiro passo 
para a profissionalização. Nos Jogos de Atenas-1896, a luta greco-romana já 
apareceu no programa olímpico, na categoria superpesado. O primeiro 
medalhista de ouro foi o alemão Carl Schuhmann. A partir de St. Louis-1904, os 
Jogos passaram a contar também com a luta livre, a única disputada naquele 
ano. Essa versão da modalidade já chegou dividida em várias categorias de peso 
— galo, pena, leve e superpesado. A luta greco-romana voltou a fazer parte do 
programa em Atenas-1906, quando o estilo livre ficou de fora. Em Londres-2012, 
a luta olímpica distribuiu 18 medalhas de ouro no total. Os maiores vencedores 
foram a Rússia, o Irã e o Japão. Os russos conquistaram quatro ouros: três no 
masculino e um no feminino. As disputas entre as mulheres foram dominadas 
pelas japonesas, que ficaram com três ouros. Já os iranianos subiram ao lugar 
mais alto do pódio três vezes entre os homens. 
LUTAS NA ESCOLA 
Atuar com lutas e artes marciais dentro da escola como parte do currículo 
em um primeiro momento pode assustar, visto que é um tema pouco abordado 
e confundido muitas vezes com violência. No entanto, apesar de ser um assunto 
muito instigante, é pouco desenvolvido nas aulas de Educação Física escolar, 
muito porque os professores não têm conhecimento sobre como trabalhar este 
conteúdo nas aulas ou ainda se sentem inseguros por nunca tiveram a 
oportunidade de praticar ou mesmo conhecer uma arte marcial. O trabalho com 
as lutas e as artes marciais vêm se justificando dentro do ambiente escolar de 
diversas maneiras. Temos como exemplo os PCNs (Parâmetros Curriculares 
Nacionais) de Educação Física que dentro dos blocos de conteúdo indicados 
para o trabalho na área, o termo “Lutas” é evidenciado como possibilidade de 
desenvolvimento. 
Um dos pontos mais importantes na jornada de quem inicia o assunto 
luta/artes marciais é quebrar o rótulo de “Briga”. Portanto diferenciar “Briga” de 
“Luta” é extremamente importante. Precisamos também entender e saber 
distinguir o termo Lutas e Artes Marciais, visto que muitas vezes são 
compreendidos como sinônimos. O termo “Luta” pode ser identificado de 
diferentes maneiras como lutas dos sem-terra, luta de classes, luta dos 
trabalhadores, luta pelo direito das crianças, entre outros. Já as artes marciais 
podem ser entendidas como um conjunto de técnicas corporais que visam à 
utilização especifica em situações de ataque e defesa, tendo muitas vezes 
aspectos filosóficos e religiosos no cerne de sua criação 
Alguns trabalhos sobre lutas e artes marciais nas aulas de educação física 
foram publicados nos últimos anos, o que nos permite inferir que esta 
manifestação corporal vem sendo aos poucos reconhecida pelos professores e 
muitos destes, vem se “arriscando” neste campo de trabalho com os alunos. 
JUDÔ 
Judô é uma arte marcial praticada como esporte. Criada por Jigoro Kano 
em 1882, o judô é uma adaptação do jiu-jitsu, que tem por objetivo desenvolver 
técnicas de defesa pessoal, fortalecer o corpo, o físico e a mente de forma 
integrada. Foi considerado esporte oficial no Japão no final do século XIX. O judô 
tem grande aceitação em todo o mundo, um dos esportes mais praticados, e 
uma das únicas artes marciais disputadas nas Olimpíadas. Sua prática não é 
restrita somente a homens com vigor físico, estendendo-se também a mulheres, 
crianças e idosos. 
Os judocas são divididos em duas categorias: principiantes (kiu) e mestres 
(dan). A cor da faixa utilizada na vestimenta indica o grau de aprendizado. Os 
principiantes usam, nesta ordem, faixa branca, azul, amarela, laranja, verde, 
roxa e marrom. Os mestres utilizam a faixa preta, a listrada de vermelho e branco 
e a vermelha. O judô é controlado pela Federação Internacional de Judô (IJF), 
instituída em 1952, e pela Confederação Brasileira de Judô (CBJ). 
A luta acontece em uma plataforma, o tatame, com o objetivo de alcançar 
um ponto através de um dos seguintes golpes: derrubar o adversário, obrigando-
o a colocar os ombros no chão; imobilizá-lo por trinta segundos; e chave-de-
braço. 
A FILOSOFIA DO JUDÔ 
A filosofia do Judô é baseada pelos princípios do condicionamento físico, 
espiritual e moral, onde os judocas não são formados apenas como lutadores, 
mas também como cidadãos corretos na sociedade. Essa filosofia também pode 
ser aplicada em qualquer área da vida. 
Seiryoku Zen’Yo (máxima eficiência do corpo humano) é o aprimoramento 
físico e dedicação ao treinamento das técnicas do judô. Ela também depende de 
uma boa alimentação, repouso, saúde estabilizada, desenvolvimento intelectual 
e filosófico baseados no espiritual. 
Os treinos buscam aprimorar a resistência para dar firmeza, elasticidade 
e poder dos músculos, flexibilidade para dar mobilidade às articulações em 
conjunto com os músculos e habilidade para acelerar as funções dos nervos 
motores, fazendo movimentos ágeis e estáveis. 
Jita Kyoei (bem-estar e benefícios mútuos) são os ensinamentos do judô 
que devem ser usados para o bem-estar de todos a sua volta, buscando o 
progresso pessoal que só é atingido com ajuda e solidariedade ao próximo. 
Durante as lutas, os judocas pregam o espírito de respeito ao oponente, 
reconhecendo a dignidade de cada pessoa. 
http://www.ciaathletica.com.br/blog/infantil/como-desenvolvemos-a-consciencia-sobre-o-nosso-corpo/
http://www.ciaathletica.com.br/blog/infantil/como-desenvolvemos-a-consciencia-sobre-o-nosso-corpo/
Ju (suavidade) é a razão. Através do bom preparo e melhor uso da lógica 
que o atleta vencerá a luta, por esse motivo a violência é desnecessária para os 
judocas, tendo sempre como prioridade os princípios do judô. 
HISTÓRIA DO JUDO 
O estilo Takenouchi-ryu fundado em 1532 é considerado a origem do 
estilo Ju-Jutsu japonês. O judô é derivado do Ju-Jutsu, uma arte que serve tanto 
para atacar quanto para defender usando nada mais que o seu próprio corpo. 
Durante anos, o jovem Jigoro Kano se dedicou a fazer um estudo 
completo sobre as antigas formas de autodefesa e, procurando encontrar 
explicações científicas aos golpes, baseadas em leis de dinâmica, ação e 
reação, selecionou e classificou as melhores técnicas dos vários sistemas de Ju-
jutsu em um novo estilo chamado de Judô, ou "caminho suave" - Ju (suave) e 
Do (caminho ou via). 
Em 1882, o mestre Kano fundou o Instituto Kodokan. O termo Kodokan 
se decompõe em ko (palestra, estudo, método), do (caminho ou via) e kan 
(Instituto). Assim, significa "um lugar para estudar o caminho", o que explica 
muito bem a intenção do fundador da arte. Além de tornar o ensino da arte 
marcial como um esporte, Jigoro Kano desenvolveu uma linha filosófica baseada 
no conceito ippon-shobu (luta pelo ponto perfeito) e um código moral. Assim, ele 
pretendeu que a prática do Judô fortalecesse o físico, a mente e o espírito de 
forma integrada. 
Com seu trabalho, Jigoro Kano conseguiu criar uma modalidade que não 
se restringe a homens com vigor físico, se estendendo a mulheres, crianças e 
idosos, de qualquer altura e peso. 
Em 1932, o Mestre Jigoro Kano levou 200 alunos aos Jogos Olímpicos de 
Los Angeles ondefizeram uma demonstração que aguçou a curiosidade de 
todos os presentes. Em 1964, o judô integrou os Jogos Olímpicos de Tóquio 
como desporto masculino e, graças à persistência da americana Rusty Kanokogi 
e de outras mulheres judocas, o judô feminino tornou-se numa modalidade 
olímpica em 1988. Hoje, a modalidade também integra os Jogos Paralímpicos e 
os Jogos Olímpicos Especiais 
O primeiro clube judoca europeu – “Budokway” – abriu em Londres, no 
ano 1918. O judô chega a Portugal por volta da mesma altura e, em 1936, a PSP 
integra algumas das técnicas japonesas nos seus programas de treinos. Em 
1946 é fundada a primeira escola de Lisboa – a Academia de Budo, seguindo-
se a Academia de Judô no ano seguinte. 
Em 1955, o judô começa a ser ensinado no Lisboa Ginásio Clube e, em 
1957, é fundado o Judô Clube de Portugal. Segue-se a abertura de vários outros 
clubes do género um pouco por todo o país, o que culminou com a fundação da 
Federação Portuguesa de Judô em 1959. 
O Mestre Jigoro Kano doutorou-se em judô, o equivalente a ter sido 
agraciado com o escalão “12º dan”, o único atribuído até hoje e muito justamente, 
não fosse ele o pai da modalidade. Em 1935 foi condecorado com o prémio 
“Asahi” pela sua contribuição fantástica para o desporto japonês ao longo de 
uma vida. O Mestre Jigoro Kano faleceu em 1938, com 78 anos de idade. 
Visando fortalecer o caráter filosófico da prática do judô e fazer com que 
os praticantes do judô crescessem como pessoas, o mestre Jigoro Kano 
idealizou um código moral baseado em oito princípios básicos: 
- Cortesia, para ser educado no trato com os outros; 
- Coragem, para enfrentar as dificuldades com bravura; 
- Honestidade, para ser verdadeiro em seus pensamentos e ações; 
- Honra, para fazer o que é certo e se manter de acordo com seus princípios; 
- Modéstia, para não agir e pensar de maneira egoísta; 
- Respeito, para conviver harmoniosamente com os outros; 
- Autocontrole, para estar no comando das suas emoções; 
- Amizade, para ser um bom companheiro e amigo. 
JUDÔ NO BRASIL 
A imigração japonesa foi o fator mais importante para o surgimento do 
judô no Brasil. A influência exercida por lutadores profissionais representantes 
de diversas escolas de ju-jutsu japonês também contribuiu para o 
desenvolvimento do judô. O início do judô no Brasil ocorreu sem instituições 
organizadoras. Apenas na década de 1920 e início dos anos 1930 chegaram ao 
Brasil os imigrantes que conseguiram organizar as práticas do judô e kendô no 
país. Em São Paulo, destaque para Tatsuo Okoshi (1924), Katsutoshi Naito 
(1929), Tokuzo Terazaki (1929 em Belém e 1933 em São Paulo), Yassuishi Ono 
(1928), Sobei Tani (1931) e Ryuzo Ogawa (1934). Takaji Saigo e Geo Omori, 
ambos com vínculo na Kodokan, chegaram a abrir academias em São Paulo na 
década de 1920, porém, essa atividade não teve continuidade. Na década de 
1930 Omori foi instrutor na Associação Cristã de Moços no Rio de Janeiro e, 
posteriormente, se radicou em Minas Gerais. No norte do Paraná, nas cidades 
de Assaí, Uraí e Londrina, o judô deu seus primeiros passos com Sadai Ishihara 
(1932) e Shunzo Shimada (1935). Os primeiros professores a chegarem ao Rio 
de Janeiro, foram Masami Ogino (1934), Takeo Yano (1931), Yoshimasa 
Nagashima (1935-6 em São Paulo e 1950 no Rio de Janeiro) e Geo Omori, vindo 
de São Paulo (1930 aproximadamente). 
A chegada dos primeiros professores-lutadores também deixou o seu 
legado. Dentre os pioneiros se destacaram, Mitsuyo Maeda e Soishiro (Shinjiro) 
Satake, alunos de Jigoro Kano. Eisei Mitsuyo Maeda, também chamado Conde 
Koma, chegou ao Brasil em 14 de novembro de 1914, entrando no país por Porto 
Alegre. Junto com ele chegaram Satake, Laku, Okura e Shimisu. Em 18 de 
dezembro de 1915 a trupe de lutadores chegou a Manaus, mas antes disso 
rodou o Brasil em demonstrações e desafios. Conde Koma se radicou em Belém 
do Pará, em 1921, enquanto Satake ficou em Manaus, onde ministrava aulas no 
Bairro da Cachoeirinha ainda na década de 20. Maeda fundou sua primeira 
academia de judô no Brasil no Clube do Remo, bairro da cidade velha. A 
contribuição dos imigrantes japoneses que divulgaram o judô parece ter sido 
mais importante do que a contribuição de Conde Koma, e seus companheiros 
lutadores. Da chegada do Kasato Maru ao Brasil (1908) até a Segunda Guerra 
Mundial, os nomes e as práticas se confundiam. Encontra-se na literatura judô, 
jiu-do, jujutsu, jiu-jitsu e ainda jiu-jitsu Kano, muitas vezes para designar a 
mesma prática. A institucionalização do esporte, inicialmente organizada pela 
colônia japonesa, depois sob o controle da Confederação Brasileira de Pugilismo 
e finalmente a criação da Confederação Brasileira de Judô foram os passos para 
a diferenciação das práticas de luta e a organização do judô no país. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERENCIAS 
VELLY NUNES, Alexandre. História do Judô. Disponível em: 
<http://www.cbj.com.br/historia_do_judo/>. Acesso em: 04 nov. 2018. 
JUDÔ: CONHEÇA A FILOSOFIA DA MODALIDADE! Disponível em: 
<http://www.ciaathletica.com.br/blog/infantil/conheca-a-filosofia-do-judo/>. 
Acesso em: 03 nov. 2018. 
RIBEIRO, Thiago. Judô. Disponível em: 
<https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/educacao-fisica/judo.htm>. Acesso em: 
03 nov. 2018. 
SILVA, Pollyanna. Lutas e Artes Marciais na Escola: O Ensino e as 
Possibilidades Pedagógicas. Disponível em: 
<http://blogeducacaofisica.com.br/lutas-e-artes-marciais-na-escola/>. Acesso 
em: 03 nov. 2018.

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