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PROJETO FINAL JUDO

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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIBTA DIGITAL
NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
CURSO: BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA
DISCIPLINA: PROJETO MULTIDISCIPLINAR FINAL II
PROJETO FINAL II
CARLOS ALBERTO CARVALHO CASTELO BRANCO-RA 48819
BARRAS-PI
 2021
CARLOS ALBERTO CARVALHO CASTELO BRANCO
PROJETO FINAL II
CARLOS ALBERTO CARVALHO CASTELO BRANCO-RA 48819
Apresentação do projeto Judô Educativo baixo Parnaíba ao Centro universitário UNIBTA-DIGITAL como requisito parcial para aprovação na disciplina Projeto multidisciplinar final II.
Orientação: Flavio Denes Lopes Silva
BARRAS-PI 
2021
RESUMO
Diversos estudos apontam para a necessidade de maior inclusão das lutas no ambiente escolar, principalmente como conteúdo da Educação física. No Brasil, o Judô é hoje uma prática cultural e esportiva muito difundida e segundo Queiroz e Gomes (2008) pode e deve fazer parte do ensino-aprendizagem nas aulas de Educação Física devido às diversas possibilidades de aprendizagem que se estabelecem ao considerar as dimensões afetivas, cognitivas, motoras e socioculturais dos alunos. É importante a presença dos conteúdos de lutas/Judô nas aulas de educação física explorando as possibilidades de sua aplicabilidade pedagógica desde as séries iniciais do ensino infantil, sendo também fortemente apresentadas como conteúdo da EDF pelos PCNs. A presente pesquisa tem como principal objetivo geral apresentar a influência da prática do judô no rendimento e desempenho escolar de alunos do ensino fundamental, e como objetivos específicos identificar as possibilidades de atuação do profissional envolvido com Judô segundo a sua formação e apontar as relações existentes entre a Educação Física e o Judô. A partir de ampla pesquisa bibliográfica discorreu-se sobre aspectos históricos e filosóficos do judô, sua prática enquanto arte marcial, esporte e ferramenta educacional. O trabalho foi desenvolvido através de uma pesquisa sobre o judô, enfatizando o judô como pratica de atividade física. Realizou-se, ainda, revisão de literatura na qual se contrastou as respostas obtidas com o ideal proposto pela literatura com o estudo de Jigoro Kano, Lasserre, Watson dentre outros. É importante o conhecimento além da prática para os atletas-praticantes e uma formação mais específica, como a graduação de Bacharelado em Educação Física, para que ensinem o judô com maior riqueza de conhecimentos científicos e bases didático-pedagógicas, que serão vivenciadas durante sua vida acadêmica.
Palavras chave: Judô. Escola. Educação Física
SUMÁRIO
1- A ORIGEM DO JUDÔ	04
1.1- O Judô no Brasil	07
1.2- O Judô no Piauí	08
1.3- O Judô em Luzilândia – PI	09
2- A LDB EM RELAÇÃO AO JUDÔ	10
2.1- A implantação do Judô nas Escolas	11
3- PROJETO	13
4- CRONOGRAMA DO PROJETO	15
5- CRONOGRAMA DE ATIVIDADES (12 meses)	15
6- CRONOGRAMA FINANCEIRO (6 meses)	16
7- REFERÊNCIAS 	17
Apêndice 	18
1- A ORIGEM DO JUDÔ
  
O JUDÔ teve sua origem quando o Professor Jigoro Kano procurou sistematizar as técnicas de uma arte marcial japonesa, conhecida como "Jujitsu" e fundamentar sua prática em princípios filosóficos bem definidos, a fim de torná-la um meio eficaz para o aprimoramento do físico, do intelecto e do caráter, num processo de aperfeiçoamento do ser humano. 
Nesse contexto, invariavelmente surge a questão: Porque chamar de judô ao invés de Jujitsu como já era conhecida a arte marcial? 
Para poder entender a razão e a dimensão pretendida por essa mudança, deve-se buscar a interpretação no processo histórico que envolve o cultivo do "Budo" nas antigas formas de artes marciais do Japão. Segundo. T.Watariabe (1967, p.18):"Budô é uma palavra característica do povo japonês e sua origem se encontra nas formas de autoproteção que permitiram a sobrevivência dos indivíduos e a perpetuação da espécie humana através do tempo". 
Essas formas de autoproteção, que constituíram as artes marciais, nasceram da qualidade de vida que o povo japonês impôs a si próprio, diante da necessidade que tinham de se defender. Daí, então, surgiram os indivíduos com grande habilidade e treinamento nas artes marciais, formando uma casta de guerreiros conhecidos como "samurais", a serviço dos senhores feudais. 
Durante o período medieval japonês, do século XIV ao XVIII, aproximadamente, as artes marciais tiveram grande importância por seu uso militarista, apresentando evidente progresso técnico, destacando-se os grandes talentos em todas as formas de luta pela preservação da vida, utilizando-se de armas como sabres, lanças e outros instrumentos, bem com métodos de combates com as mãos nuas. Ao mesmo tempo em que aprimorava o físico para adquirir destreza na arte marcial, o "samurai" desenvolvia formas de dominar seus próprios impulsos e controlar sua vontade, em alto grau, para poder enfrentar as adversidades corajosamente "até a morte". Essa filosofia de vida era a alma das artes marciais e entendiam, os samurais, que ela só poderia ser atingida através de árduo treinamento para desenvolver o espírito de luta - "Budo" - através da busca da serenidade, da simplicidade e do fortalecimento do caráter, qualidades próprias da doutrina ZEN. Um código de honra, ética e moral, o "Bushido", conhecido como via do guerreiro, foi elaborado com forte influência do Budismo, alicerçando-se na preservação do caráter máximo, tal como honra, determinação, integridade, espírito de fé, imparcialidade, lealdade e obediência; preconizando uma forma de viver pela conduta de cavalheirismo, respeito, bondade, desprezo pela dor e sofrimento. 
Como uma das formas de arte marcial surgiu o Jujitsu, luta corporal sem uso de armas, não se tendo porém, registro preciso de sua origem. Algumas citações encontradas no "Nihon Shoki", que é uma crônica antiga do Japão, fazem referência ao início do Sumô que teria alguma relação com o Jujitsu naqueles tempos. Houve, então, evolução desses dois tipos de lutas corporais, em que o Sumô estabeleceu-se à base do uso da força e do peso, sendo orientado no sentido do espetáculo e o Jujitsu na base da habilidade, da astúcia e da ética, foi consagrado como combate real. 
A prática do Jujitsu levou à criação de inúmeras escolas, cujas características eram a especialização dos professores em determinadas técnicas, adotando estilos próprios e secretos, cujos princípios de ensinamento se apoiavam no conhecido axioma empregado pelos "samurais". "Na suavidade está a força"(Ju = suavidade; Jitsu = arte ou prática). Dentre essas escolas, duas delas foram especialmente estudadas pelo Professor Jigoro Kano, "Kito-Ruy"e "Tenshinshinyo-Ryu".O surgimento do jiu- jitsu originou-se de uma lenda segundo Lasserre.
Isto nos leva a entender o princípio fundamental do jiu-jitsu que acabava de nascer, foi através desta reflexão que contribuíram para a descoberta de muitas regras fundamentais para o Judô, organizando como princípio da arte flexível,“Caminho da suavidade”. 
A abertura dos portos japoneses em 1865, provocou intensas transformações do ponto de vista político-social, marcando a era "Meiji", quando foi abolido o sistema feudal, com rejeição da cultura e das instituições antiquadas, introduzindo-se os conhecimentos dos países ocidentais, ocorrendo acentuado declínio das artes marciais, em completo desuso no país. O Jujitsu não foi exceção, pois as escolas ficaram privadas das subvenções dos clãs e, ainda a modernização das forças armadas levou essa arte marcial a ser considerada parte do passado e em total decadência. 
Jigoro Kano, um jovem de físico franzino, graduado em filosofia pela Universidade Imperial de Tóquio, tendo conhecimento do Jujitsu, observou que suas técnicas poderiam ter valor educativo na preparação dos jovens, no sentido de oferecer ao indivíduo oportunidade de aprimoramento do seu autodomínio para superar a própria limitação. Assim, passou a ter como meta transformar aquela tradicional arte marcial num esporte que pudesse trazer benefícios para o homem, ao invés de utilizá-la como arma de defesa pessoal simplesmente. 
Aprofundou seusestudos, pesquisando e analisando as técnicas conhecidas; o Professor Kano organizou-as de forma a constituir um sistema adequado aos métodos educacionais, como uma disciplina de educação Física, evitando as ações que pudessem ser lesivas ou prejudiciais à sua prática por qualquer leigo. Com esse intuito, em 1882 fundou sua própria escola e, para distinguir, de maneira evidente, das formas que identificavam o antigo Jujitsu, denominou de JUDÔ KODOKAN, destinada à formação e preparação integral do homem através das atividades físicas de luta corporal e do aperfeiçoamento moral, sustentada pelos princípios filosóficos e exaltação do caráter, que era a essência do espírito marcial dos samurais, o "Budo". 
Jigoro kano transformou a arte marcial do antigo Jujitsu no "caminho da suavidade" em que através do treinamento dos métodos de ataque e defesa pode–se adquirir qualidades mais favoráveis à vida do homem, sob três aspectos: condicionamento físico, espírito de luta e atitude moral autêntica. 
Com o intuito de melhor diferenciar os sistemas, Kano escolheu o termo Judô, ao invés de simplesmente acrescentar um adjetivo, como moderno, por exemplo, no vocabulário Jujutisu, que pode ser traduzido por “técnica da suavidade”. Por sua vez, judô quer dizer “doutrina ou caminho da suavidade”. Segundo Watson(2011,p.16):
O professor Gigoro Kano afirma o seguinte: “Ainda que eu considere o Judô dualisticamente, a prosperidade e benefícios mútuos pode ser visto como sua finalidade última e a máxima eficiência como meio para atingir esse fim. Essas doutrinas são aplicáveis a todas as condutas do ser humano” (Judô: Ver, ler, aprender. Noções Básicas) 
A primeira qualidade, condições físicas, é obtida pela prática do esporte que exige esforço físico extenuante, de forma ordenada e metódica para proporcionar um corpo forte e saudável. Pois todas as funções corporais tornam-se melhor adaptadas pela atividade que promove aumento de força muscular geral, da resistência, da coordenação, da agilidade e do equilíbrio. Devido ao treinamento rigoroso, também, o indivíduo tende a tomar mais cuidado com a sua saúde, prevenindo doenças e condicionando a reagir reflexivamente para evitar acidentes. 
A segunda qualidade, espírito de luta, significa que pela prática das técnicas do Judô e pela incorporação dos princípios filosóficos durante os treinamentos, o indivíduo se torna mentalmente, condicionado a proteger seu próprio corpo em circunstâncias difíceis, defendendo-se quando ameaçado perigosamente. Com o treinamento, adquire autoconfiança e autocontrole, não para fugir do perigo, mas para adotar medidas e iniciativas em qualquer situação. Em outras palavras, o Judô é uma arte para a autoproteção total. 
Por último, a atitude moral autêntica é concebida através do rigor do treinamento, que induz a humildade social, a perseverança, a tolerância, a cooperação, a generosidade, o respeito, a coragem, a compostura e a cortesia. As experiências obtidas durante o treinamento, por tentativa e erro e pela aplicação das regras de luta, impõem mudanças de atitudes, elevando o poder mental da imaginação, redobrando a atenção e a observação e firmando a determinação. Quando falhas do conhecimento social e de moralidade constituem-se em problemas, um método de ensinar a cortesia entre as pessoas e melhorar a atitude social torna-se importante e, por isso, o Judô, desempenha papel relevante nesse contexto, como instrumento de formar e lapidar os verdadeiros caracteres morais do ser humano. 
O judô foi incluído pela primeira vez nos Jogos Olímpicos na edição de Tóquio 1964. Ausente na edição seguinte, Cidade do México 1968, a modalidade retornou quatro anos depois, sendo disputada até os dias atuais.
Disputada por categorias de acordo com o peso, a definição dos ganhadores das medalhas de ouro e prata são conhecidos após os combates em eliminação simples, seguindo o cruzamento. Duas medalhas de bronze são distribuídas no sistema de repescagem.
1.1- O Judô no Brasil
O judô chegou ao Brasil por meios do Conde Koma, cuja o nome seria Mitsuwo Maeda. Apesar ter aparecido anos após a entrada dos primeiros imigrantes Japoneses, Maeda vem como divulgador do Judô e Jiujitsi. Ele veio para divulgar a arte do KODOCAN por demonstração e também através de desafios por combate.
O judô teve sua primeira exibição no Brasil, em 1915, na cidade de Porto Alegre, local onde receberia o apelido de Conde Koma devida a sua elegância e semblante sempre triste.
Logo depois se apresentou em diversos municípios brasileiros até chegar em Manaus, a onde foi apresentado o primeiro grupo japonês, a partir daí vários brasileiros acabaram entrando no time oriental. Foi assim que o judô se transformou em um dos esportes mais praticados no Brasil dando até hoje mais de 10 medalhas olímpicas.
O sucesso do judô brasileiro nas olimpíadas tornou um esporte dos mais praticado no Brasil com isso, algumas conquistas e feitos por parte dos judocas brasileiros foram alcançados. Uns destes grandes feitos estão as 12 medalhas conquistadas em Olimpíadas, sendo duas delas de ouro. Aurélio Miguel, foi o responsável por conquistar uma delas, nos jogos olímpicos de Seul, na Coréia do Sul, em 1988. 
Em 1969 e criada a Confederação Brasileira de Judô, reconhecida por decreto federal três anos depois, em 1972. O país foi sede do campeonato de judô em duas ocasiões, sendo uma edição masculina em 1965 e a atual forma unificada em 2007, tendo sido eleito para sediar também uma terceira edição, em 2013, todas elas na cidade do Rio de Janeiro, competição essa que o país coleciona 25 pódios no total de sua participação até a edições de 2011, em Paris na França. 
Como bem expressa Stanlei (2002,p.11):
Augusto de Oliveira Cordeiro foi o primeiro presidente da Confederação Brasileira de Judô depois de oficializada, em 1972, permanecendo no cargo até o início de 1979. Contribuiu muito para o desenvolvimento do judô no Brasil, tanto como atleta, técnico, e inúmeras vezes, como chefe de delegações em competições internacionais.
1.2- O Judô no Piauí
O Judô verdadeiramente introduzido no Estado do Piauí no ano de 1972, com a chegada do professor Abdias Queiroz, na época, contratado pela Policia Militar do estado para ministrar aula de defesa pessoal. No ano seguinte, fundou sua primeira academia, primeiro com o nome de Clube de Lutas Fortaleza depois em 1975 mudo o nome para Judô Clube Piauiense, na rua David Caldas 771 bairro Aeroporto, onde permanece até hoje. Seus primeiros alunos foram seus dez filhos. Em 1981, após longa reunião com judocas e colaboradores, nasceu a Federação Piauiense de Judô, que já em 1983 era reconhecida e homologada pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC) e pela Confederação Brasileira de Judô (CBJ). E tendo como primeiro presidente da citada Federação de Judô (Paulo Roberto Camuri Nunes).
Segundo Abdias (QUEIROZ. 1999, p. 5):
Que sempre adotou uma filosofia de criar cidadãos, expressa na frase estampada em uma placa na frente do seu Dojo, ainda na década de 70: “Crie seu filho, antes que o traficante o adote”. As pessoas vinham até mim perguntando quanto era para ensinar o filho a brigar. Eu sempre deixei bem claro que não ensinava a brigar, mais sim a lutar, que é bem diferente.
No treinamento do Judô, a ter respeito com o adversário, iniciamos toda luta com uma saudação, inclinando a cabeça para baixo em sinal de respeito com o colega no início e no fim da luta ou de cada treino, não treinamos para lutar, lutamos para se aperfeiçoar.
Segundo Jornal Meio Norte na folha de Esporte Nacional (1999, 26 de abril):
O que empolga mesmo é ver as crianças levando a sério uma atividade que vai ajudar na formação de seu caráter. E como! Ao contrário que se possa imaginar, elas não ficam agressivas e sim disciplinadas, organizadas, e desenvolvem uma amizade e respeito mútuo imensos.
Isto leva a entender que através do judô a criança pode experimentar movimentos novos e diferentes, crianças com bom domínio corporal, boa imagem motora e que exploram suas habilidades corporais,melhoram a sua autoestima, sua autoconfiança e consequentemente isso reflete positivamente na formação e no caráter. 
O judô, nesse caso, deve ser usado como um meio para desenvolver a criança, tendo como objetivo final vencer a timidez e melhorar os relacionamentos.
1.3- O Judô em Luzilândia – PI
O judô em Luzilândia iniciou-se em março do ano de 1998, com a chegada do professor de judô, Carlos Alberto Castelo Branco, cujo nome da academia judô Castelo Branco. O professor desenvolveu um projeto no município de Luzilândia tendo parcerias com as secretarias municipal de educação e ação social, com objetivo principal incutir perante a sociedade a importância da pratica do judô na vida de todos os indivíduos, tendo em vista uma vivencia social plena e sadia.
Introduzir junto as escolas de nível fundamental a pratica do judô com o intuito de garantir aos alunos com faixas etárias iniciais e intermediarias o gosto e o afinco pelas práticas esportivas que envolve artes marciais de auto defesa;
Difundir a pratica do judô nas escolas tanto das zonas urbanas, quanto nas do meio rural, ante a necessidade natural destes em conviver dignamente no seio social;
Provocar o interesse maior do poder público em introduzir nas escolas, como um método inovador, a pratica do judô como atenuante dos problemas sociais que provocam a marginalização.
A Unidade Escolar “Sete de Setembro” foi a escola contemplada com o projeto. Foram dadas bolsas para os alunos que obtiveram melhores desempenho, tendo assim como objetivo de melhorar o rendimento escolar.
O Jornal Meio Norte Folha do Esporte Nacional (1999, 11 de julho):
O município de Luzilândia é destaque no Judô e na educação. O professor Carlos Alberto implantou a modalidade apenas um ano e seis meses e seus alunos já estão conseguindo um excelente resultado em competições. Na cidade existem cerca de 50 alunos particulares e mais 200 alunos resultantes de um convenio bem interessante da Prefeitura Municipal com professor.
Ainda de acordo com o Jornal Meio Norte Folha do Esporte Nacional (2000, 21 de outubro):
A maior surpresa foi a classificação de três atletas de Luzilândia, o que mostra que o judô Piauiense está cada vez mais expandindo para o interior. André, da categoria até 46kg, Bruno, até 50kg e Rafael, até 56kg, todos da Academia Castelo Branco, irão tentar, pela primeira vez, um resultado nacional para a sua cidade.
O Judô em Luzilândia não foi visto como uma luta e nem de formar campeões de Judô e sim pessoas aptas a melhorar cada vez mais no rendimento escolar, habilidade corporais, melhorar sua autoestima, sua confiança, vencer a timidez e melhorar as dificuldades de socialização e acima de tudo tornar cidadãos de bem.
2- A LDB EM RELAÇÃO AO JUDÔ
Após a sansão da Lei 9696/98, que regulamenta a profissão de Educação Física e determina a criação de seus respectivos conselhos, todos os profissionais que atuam com atividades físicas na forma de ensino, treinamento, pesquisa, reeducação motora, EF adaptada, administração, marketing, organização e promoção de eventos fora do âmbito escolar, por exemplo, têm que ser registrados e o conjunto de normas que regulamenta essa área de atuação profissional passaram a ser da competência dos respectivos conselhos de Educação Física. Por conseguinte, artes marciais e, especificamente, o Judô também fazem parte desta nova realidade. Com isso surge a pergunta: será legítimo que os profissionais que atuam com Judô também sejam incluídos?
A Lei 9394/96 LDB determina que ser da competência do profissional de Educação Física:
"[...] coordenar, planejar, programar, supervisionar, dinamizar, dirigir, organizar, avaliar e executar trabalhos, programas, planos e projetos, bem como prestar serviços de auditoria, consultoria e assessoria, realizar treinamentos especializados, participar de equipes multidisciplinares e interdisciplinares e elaborar informes técnicos, científicos e pedagógicos".
Ela obriga o profissional que trabalha com o Judô obter uma formação mais profunda para desenvolver um melhor trabalho. Acredita-se portanto, que a graduação acadêmica em Educação Física seja importante também para formação de Judocas competidores.
2.1- A implantação do Judô nas Escolas
Desde 2007 está sendo inserido em escolas e universidades de todo o País o Judô. A ideia é usar o esporte e tudo o que ele traz de bom para o aluno do ponto de vista do aprendizado, disciplina e concentração para melhorar as condições das escolas públicas e universidades (BRASIL 1998).
Nós devemos utilizar o judô como forma de auxiliar na formação da personalidade da criança, transmitindo seus ensinamentos com o principal motivo de educar.
Segundo Batista (2003), “o judô deve ser trabalhado através de atividades recreativas, com o objetivo de tornar as aulas mais atraentes, fazendo com que a crianças sinta prazer em participar”.
A pratica do judô infantil deve ser trabalhado de forma lúdica, não esquecendo a essência da técnica e sua filosofia da arte marcial (DARIDO 2005).
Segundo Virgílio (1986), “praticar judô é educar a mente com velocidade e exatidão, bem como o corpo a obedecer com justeza, o corpo eficiente depende da precisão com que se usa a inteligência.” Com esse pensamento de Virgílio podemos tornar cidadãos de bem, que melhor interagem com a sociedade, interagindo com todos os ensinamentos filosóficos e práticos, se ensinado desde crianças de uma forma que a crianças sinta prazer e reflita sobre suas atitudes, não usando apenas para benefícios próprios, mas sim mais os benéficos múltiplos de todos em que interagem em seu redor.
A dimensão atitudinal pode abranger instruções acerca da eliminação de estereótipos sociais, disposições favoráveis à autoestima e autovalorização conscientização do judô como uma prática desportiva com grandes vistos formadoras e a dimensão procedimental englobada a aprendizagem dos exercícios da luta em geral e execuções corretas dos mesmos. (PINA, 2005, p. 58).
A base filosófica em questão torna-se evidente no trato educacional da formação moral dos praticantes, deve ser estabelecido um paralelo sobre o que se ensina na prática e a vida cotidiana.
O professor Jigoro Kano, ao discorrer sobre o judô e seus princípios básicos, foi definindo a parte filosófica do judô: “judô é a máxima eficiência do uso da mente e do corpo para o benefício e o bem-estar mútuos”, ou seja, tudo é unidade. 
3- PROJETO
IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO: Judô Educativo Baixo Parnaíba.
OBJETIVOS
Geral:
- Proporcionar o acesso a modalidade judô a 100 beneficiados, além do incentivo ao lazer, cultura e a saúde, auxiliando no processo de suprimir a vulnerabilidade social e de libertação de crianças e jovens como cidadão crítico e atuante. 
Específicos:
· Oferecer a pratica esportiva educacional do judô impulsionando crianças e adolescentes a manter uma interação efetiva que contribua para o seu desenvolvimento integral;
· Democratizar o acesso a pratica e cultura do esporte, como instrumento educacional, contribuindo para o processo de inclusão social
· Estabelecer uma rotina de atividades físicas pautada em princípios sócio educativos como meio de formação de indivíduos.
JUSTIFICATIVA
Em 1882 Jigoro Kano criou o judô uma arte marcial que é definida como o “caminho da suavidade”, possui valores humanitários, morais, éticos e educacionais vindos das raízes culturais e filosóficas das tradições orientais. E proporciona a formação do caráter com valores de qualidade, respeito e preservação do oponente. Transformando a disciplina e o equilíbrio em formas de viver e encarar o semelhante, o Judô é uma prática pedagógica escolar. Ensinando o equilíbrio do corpo e da mente para respeitar às pessoas, saber perder e ganhar, conter a ansiedade, agilidade, reflexo, pensamento rápido, coordenação motora, espírito de coletividade, amizade e prosperidade mútuas, eficiência no uso da energia e outras características. Proporcionando assim o desenvolvimento e aprendizado humano conscientizando de forma a promover um bom desempenho na vida do ser humano.Por este motivo, o Projeto Judô Educativo Baixo Parnaíba visa através desta atividade esportiva-educacional promover atividades que auxiliem na formação de crianças e adolescente.
PÚBLICO ALVO: Alunos da rede pública municipal
PROFISSIONAIS ENVOLVIDOS: Professor de judô, monitores de judô e uma Assistente Social.
LOCAL: Sala de defesa pessoal da Guarda Civil de Luzilândia-PI, nos horários das 7:00 às 8:00 de 8:00 as 9:00 da manhã e das 17:00 às 18:00 e 18 as 19:00 da tarde.
ESTRATÉGIAS DE AÇÃO
 O projeto será desenvolvido para os alunos da rede pública da cidade de Luzilândia-PI, a realização das ações do projeto ocorrerá na sala de defesa pessoal da Guarda Civil Municipal.
 Serão atendidos aproximadamente, 50 (cinquenta) alunos no turno da manhã, e 50 (cinquenta) alunos no turno da tarde, necessitando de cerca um (01) professores de judô e dois (02) monitores, os encontros acontecem duas (02) vezes por semana.
 O projeto buscará parcerias com a Prefeitura Municipal de Luzilândia e Secretaria de Ação Social, Secretaria de Educação e Guarda Civil Municipal para o apoio e a realização do Projeto Judô Educativo Baixo Parnaíba.
Requisitos para ser beneficiado no projeto, ter de 06 a 16 anos ser matriculado na rede pública do município de Luzilândia, apresentar boletim escolar com notas satisfatórias. 
 
 METODOLOGIA
 Quanto às aulas de judô a serem ministrada, serão divididas em aulas práticas, teóricas, treino individual, treino coletivo, simulação de lutas (Randori), acontecerão 02 vezes por semana, 02 horários no período da manhã e 02 horários no período da tarde. 
4- CRONOGRAMA DO PROJETO
Quadro 1
	Datas
	Atividades
	Obs:
	14/07/2021
	Aula virtual com o orientador
	
	16/07/2021
	Escolha do tema (judô Educativo Baixo Parnaíba)
	
	24/07/2021
	Aula presencial com o orientador
	
	26/07/2021
	Pesquisas de valores de material do projeto
	
	02/08/2021
	Pesquisas bibliográficas 
	
	06/08/2021
	Digitação montagem do projeto
	
Fonte: Autoria própria 2021
5- CRONOGRAMA DE ATIVIDADES (12 meses)
Quadro 2
	Atividades
	1
	2
	3
	4
	5
	6
	7
	8
	9
	10
	11
	12
	Aquisição de placas de tatames
	X
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Contratação dos profissionais para a aula de judô
	X
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Aquisição de camisetas para os comtemplados
	X
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Aquisição de judogui
	X
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Apresentação do projeto nas escolas
	X
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Seleção dos alunos
	X
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Realização do curso
	
	X
	X
	X
	X
	X
	X
	X
	X
	X
	X
	X
	
FONTE: Autoria própria 2021
6- CRONOGRAMA FINANCEIRO (12 meses)
Quadro 3 Orçamento com valores do projeto
	1. pessoal
	Valor
	Professor Judô
	R$
24.000,00
	Monitores de judô
	R$
18.000,00
	Filiação dos 100 alunos junto a Federação Piauiense de Judô
	R$
1,500,00
	TOTAL
	R$ 43,500,00
Fonte: Autoria própria 2021
Equipamentos Solicitados junto ao projeto
Quadro 4
	Equipamentos
	Quantidade
	Valor
Unitário
	Valor Total
	Tatames em placas de (5 cm espessura)
	50
	R$ 120,00
	R$ 6.000,00
	Camisetas do projeto
	100
	R$ 25,00
	R$ 2.500,00
	Judogui (kimono)
	100
	R$ 148,00
	R$ 14,800,00
	TOTAL
	
	
	R$ 23.300,00
Fonte: Autoria própria 2021
Valor financeiro do Projeto
Quadro 5 Valor financeiro final
	Identificação
	Valor
	Quadro 3 (Cronograma de 12 meses)
	R$ 43.500,00
	Quadro 4 (Equipamento solicitado junto ao projeto)
	R$ 23.300,00
	Valor total do projeto
	R$ 66.800,00
Fonte: Autoria própria 2021	
7- REFERÊNCIAS 
A origem do Judô – www.judopiaui.com.br.
Batiste 2003 –WWW.efdeporte.com/efd164/.
Brian N. Watson, Memórias de Jigoro Kano – Editora Cultrix2011.
Darido 2005, WWW.efdeporte.com/efd/164/.
Federação do Estado do Rio de Janeiro – www.judorio.org.br
Federação Paulista de Judô – www.fpj.com.br/.
Gama 1986 – WWW.edof.com.br/arte 8.htm.
Judô Manual Prático – Editora Mestre Jou – São Paulo 1969. P.18.
Judô no Brasil – Livrotrês mestre do judô – John Stevens – Editora: Cultrix. site – Confederação Brasileira de judô – http://cbj.dominiotemporario.com/.
Judô no Piauí -m.globoesporte.globo.com/pi/abdiasAplicação da lei na LDB em relação ao Judô – potal.mec.gov.br.
LASSERRE, Robert. Judô – Manual Prático. São Paulo: Mestre Jou, 1951. 
MORANDINI NETO, Adolfo. Apostila de Graduação. São Paulo, 2003. Disponível em: < http://www.ligadejudo.com.br/graduacaoAPOSTILA.html >. Ac.
QUEIROZ, Hélio Maia. Judô. Federação Piauiense de Judô. 1999. 
StanleiVirgilio, Personagens e História do Judô Brasileiro – Editora Alínea e Átomo 2002.
SUGAI, Vera Lucia. O Caminho do Guerreiro: a contribuição das artes marciais para o equilíbrio físico e espiritual. São Paulo: Gente, 2000. Vol.1. 
SUGAI, Vera Lucia. O Caminho do Guerreiro: integrando educação, autoconhecimento e autodomínio pelas artes marciais. São Paulo: Gente, 2000. Vol.2. 
SUGAI, Vera Lucia.Qualidade de vida na Web-Veja Estelar. Disponível em: <http:// www.uol.com.br/vyaestelar./samurai.htm>. Acesso em: 19 jun. 2021. 
T. Waltariabe 1967 – WWW.fpj.com.br/nocoesdahistoria/.
VIRGILIO, Stanlei. A arte do judô. Campinas: Papirus,1986. 
2
APÊNDICE
JUDÔ – Esporte de combate “Caminho suave “
JIGORO KANO – Criador do Judô
JUJITSU – Método de luta desenvolvida no Japão
BUDO – Relativo a guerra ou artes marciais japonesa
ZEN – Meditação
BUSHIDO – Caminho do guerreiro
BUDISMO – Iluminado
NIHON SHOKI – Livro mais antigo sobre a história do Japão
SUMÔ – Luta tradicional Japonesa
SAMURAI – Aquele que serve 
MEIJI – Era ou período
KODOKAN – Primeira escola de judô
KOMA – Abreviatura de komaru “ estar em situação delicada”
MITSUWO MAEDA – Um dos maiores discípulo do Jigoro Kano
JUDOGI – Uniforme tradicional para a pratica de judô
TATAME – Superfície emborrachada para se patricar diversas artes marciais

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