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DIREITO EMPRESARIAL APLICADO II - CCJ0134 Título Caso Concreto 4 Descrição CASO CONCRETO: (OAB – XIV Exame – Prático-Profissional – 2ª Fase – 2014) Uma letra de câmbio foi sacada por Celso Ramos com cláusula “sem despesas” e vencimento no dia 11.09.2013. O tomador, Antônio Olinto, transferiu a cambial por endosso para Pedro Afonso no dia 03.09.2013. O título recebeu três avais, todos antes do vencimento, sendo dois em branco e superpostos, e um aval em preto em favor de Antônio Olinto. A letra de câmbio foi aceita e o endossatário apresentou o título para pagamento ao aceitante no dia 12.09.2013. Diante da recusa, o portador, no mesmo dia, apresentou o título a protesto por falta de pagamento, que foi lavrado no dia 18.09.2013. Com base nas informações contidas no texto e na legislação cambial, responda aos seguintes itens. A) Quem é o avalizado nos avais em branco prestados na letra de câmbio? São avais simultâneos ou sucessivos? Justifique. ¹É o Celso Ramos, o sacador, pois quando há ausência de indicação do avalizado na letra de câmbio concedida, entende-se que seja o sacador o avalizado nos avais em branco, como dispõe o art. 31 do Decreto 57.663/66. Além disso, ²os avais em branco consideram-se simultâneos, ou seja, todos os avalistas têm sua cota-parte e respondem solidariamente na íntegra diante o portador da letra conforme a súmula 189 do STF. ¹ “Art. 31 - O aval é escrito na própria letra ou numa folha anexa. Exprime-se pelas palavras "bom para aval" ou por qualquer fórmula equivalente; e assinado pelo dador do aval. O aval considera-se como resultante da simples assinatura do dador aposta na face anterior da letra, salvo se se trata das assinaturas do sacado ou do sacador. O aval deve indicar a pessoa por quem se dá. Na falta de indicação entender-se-á ser pelo sacador.” Decreto 57.663/66 ² “Avais em branco e superpostos consideram-se simultâneos e não sucessivos.” Súmula 189 do STF B) Nas condições descritas no enunciado, indique e justifique quem poderá ser demandado em eventual ação cambial proposta pelo endossatário? Pedro Afonso, somente poderá apresentar demanda contra o aceitante, que é o devedor principal, não podendo, porém, apresentar contra Celso Ramos, Antônio Olinto e os avalistas por perda da pretensão. Como o endossatário, Pedro Afonso, apresentou o título para o pagamento após o vencimento, perdeu o direito de regresso contra o sacador, os endossadores e avalistas conforme ¹art. 20 do Decreto 2044/1908. Regulamentação essa amparada pelo ²art. 5 do anexo II do Decreto 57.663/66 e o ³art. 53, do mesmo diploma legal, que trata das hipóteses de prazo expirados. Importa ressaltar que o fato não se amolda ao referido no art. 38 da LUG, visto que o vencimento datava, uma quarta-feira, dia útil, impossibilitando o pagamento nos dois dias úteis seguintes. ¹“Art. 20. A letra deve ser apresentada ao sacado ou ao aceitante para o pagamento, no lugar designado e no dia do vencimento ou, sendo este dia feriado por lei, no primeiro dia útil imediato, sob pena de perder o portador o direito de regresso contra o sacador, endossadores e avalistas.” Dec. 2.044/1908 ²”Art. 5º. Qualquer das Altas Partes Contratantes pode completar o artigo 38 da Lei Uniforme dispondo que, em relação às letras pagáveis no seu território, o portador deverá fazer a apresentação no próprio dia do vencimento; a inobservância desta obrigação só acarreta responsabilidade por perdas e danos.” Anexo II, da Lug ³“Art. 53 - Depois de expirados os prazos fixados: - para a apresentação de uma letra à vista ou a certo termo de vista; - para se fazer o protesto por falta de aceite ou por falta de pagamento; - para a apresentação a pagamento no caso da cláusula "sem despesas"; O portador perdeu os seus direitos de ação contra os endossantes contra o sacador e contra os outros co-obrigados, a exceção do aceitante.” Dec. 57.663/66 QUESTÃO OBJETIVA: (TJMG – Juiz – 2014) Com relação à nota promissória, analise as afirmativas, assinalando com V as verdadeiras e com F as falsas. ( ) O prazo para ajuizamento de ação monitória em face do emitente de nota promissória sem força executiva é quinquenal, a contar do dia seguinte ao vencimento do título. ( ) A ação cambial contra o endossador e o avalista da nota promissória prescreve em trinta e seis meses contados do dia em que ação pode ser proposta. ( ) O devedor somente poderá opor ao portador da nota promissória exceção fundada em direito pessoal, na nulidade de sua obrigação e na falta de requisito necessário ao exercício da ação cambial. ( ) Sendo a nota promissória rural, emitida por uma cooperativa em favor de seus cooperados, um título de crédito de natureza causal, a respectiva execução se encontra vinculada à eficácia do negócio jurídico subjacente. Assinale a alternativa que apresenta sequência CORRETA. b) VFVV
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