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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE FACULDADE DE MEDICINA DEPARTAMENTO DE TERAPIA OCUPACIONAL CURSO DE GRADUAÇÃO EM TERAPIA OCUPACIONAL BIANCA SANTOS DA SILVA TERAPIA OCUPACIONAL NO CONTEXTO HOSPITALAR RIO DE JANEIRO 2021 RESUMO Este projeto de pesquisa do TCC em Terapia Ocupacional tem como tema Terapia Ocupacional no contexto hospitalar. O projeto em questão apresenta os seguintes objetivos: descrever a experiência de estágio em Terapia Ocupacional no (IPPMG) Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira, e para atingi-los pretende-se usar a metodologia uma pesquisa qualitativa, com relato de experiência em minhas vivências em estágio obrigatório em um serviço de Pediatria. Palavras chaves: Terapia Ocupacional, hospitalização infantil, contexto hospitalar, criança, revisão bibliográfica, estágio. Sumário 1. INTRODUÇÃO 4 2. JUSTIFICATIVA 5 3. OBJETIVOS 6 3.1 OBJETIVO GERAL 6 3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 6 4. QUADRO TEÓRICO 7 4.1 TERAPIA OCUPACIONAL NO CONTEXTO HOSPITALAR 7 4.2 HOSPITALIZAÇÃO INFANTIL NA TERAPIA OCUPACIONAL 7 4.2.1 RECURSOS TERAPÊUTICOS USADOS NO HOSPITAL 7 4.3 RELATO DE EXPERIÊNCIA 7 5. METODOLOGIA 8 6. CRONOGRAMA 9 REFERÊNCIAS 1 INTRODUÇÃO Trata-se de um Trabalho de Conclusão de Curso em Terapia Ocupacional que tem como tema a experiência de um estágio obrigatório em terapia ocupacional na atenção à saúde infantil. Sendo assim, esta pesquisa tem como finalidade minha trajetória acadêmica, que particularmente atravessa minha construção profissional e pessoal no estágio obrigatório do curso de graduação em Terapia Ocupacional. Segundo o regulamento de estágio da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) do Curso de Terapia Ocupacional de 2018 determinada no “Art. 2° o estágio obrigatório é um componente curricular que se configura a partir da inserção do discente nas unidades assistenciais da universidade e outras instituições de saúde, educação, cultura, social e meio ambiente do município e/ou estado conveniados a este curso, imprescindível para a conclusão do curso e obtenção de diploma, segundo consta no Projeto Político Pedagógico do curso.’’ Também determinam que o início das experiências de ensino em serviço seja a partir do 6° período, alguns campos exigem que o estudante tenha cursado discipecíficplinas esas, no Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira (IPPMG), por exemplo, é obrigatório ter feito a disciplina saúde da criança e a aprovação na mesma (UFRJ, 2018). A escolha deste tema partiu do meu primeiro estágio curricular obrigatório na graduação, onde despertou meu interesse pelo público infantil dentro de um contexto ambulatorial e espaço lúdico da brinquedoteca. Tendo em vista que o Terapeuta Ocupacional nos serviços ambulatorial e brinquedoteca estão vinculados a um contexto Hospitalar, o Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO), na Resolução nº 429 de julho de 2013 determina que a Terapia Ocupacional pode atuar em três áreas de atuação no contexto hospitalar, a saber: a intra-hospitalar, a atenção extra-hospitalar e atenção em Cuidados Paliativos. A atenção intra-hospitalar compreende a atuação no planejamento e execução da intervenção terapêutico-ocupacional junto aos pacientes, familiares e acompanhantes e/ou cuidadores, em regime de internação e ambulatorial, assim como aos trabalhadores e gestores, em diferentes contextos: unidades de internação; ambulatórios de unidades hospitalares ou similares; unidades de urgência; centro cirúrgico; centros e unidades de terapia intensiva; unidades semi-intensivas; hospital-dia; unidades especializadas; brinquedoteca; entre outros (COFFITO, 2013). A atenção extra-hospitalar engloba todo o cuidado realizado fora do ambiente hospitalar, envolvendo a visita, a assistência e a internação domiciliar. Já a área de atenção em Cuidados Paliativos marca a atuação em equipes multiprofissionais, junto a pacientes com condições crônicas degenerativas ou em tratamento, mas sem possibilidade de cura. Atuam com o paciente, assim como com familiares e pessoas que fazem parte do contexto do indivíduo no alívio da dor, nas perdas psicossociais e espirituais, além da busca pela qualidade de vida em meio ao processo de doença e terminalidade (COFFITO, 2013). Sendo assim, a pesquisa pretendeu responder à seguinte questão: O que a Terapia Ocupacional tem feito para minimizar as perdas de desempenho ocupacional em crianças nos setores da brinquedoteca e ambulatório? Para isso, o presente trabalho propõe descrever as experiências de estágio I nas disfunções sensório motoras durante a formação na graduação em Terapia Ocupacional e responder a seguinte hipótese. Tem-se como hipótese que a utilização de atividades lúdicas e os recursos terapêuticos como a tecnologias assistivas, tem sido um facilitador para o alcance dos objetivos ao longo do processo de estágio nesta instituição pediátrica. 2 JUSTIFICATIVA O meu interesse em trazer esse conteúdo surgiu ao decorrer da Graduação em Terapia Ocupacional na Universidade Federal do Rio de Janeiro, através da importância de se refletir nas práticas do estágio durante a formação em Terapia Ocupacional no contexto do ambulatório e brinquedoteca junto ao público infantil, observando as crianças que passam pelo processo de adoecimento junto de seus familiares que ficam vulneráveis, observando a importância que a Terapia Ocupacional tem no processo de adoecimento, busquei me aprofundar na prática e teorias relacionadas ao tema em questão. 3 OBJETIVOS 3.1 OBJETIVOS GERAIS Descrever a experiência de estágio em Terapia Ocupacional no IPPMG; 3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS -Levantar a prática de estágio no ambulatório de Terapia Ocupacional Materno-Infantil do IPPMG; - Especificar a prática de estágio na Brinquedoteca terapêutica do IPPMG; - Apresentar os recursos utilizados nos diferentes contextos. 4 QUADRO TEÓRICO Na atenção à criança o terapeuta ocupacional pode utilizar atividades lúdicas, expressivas e criativas como recursos terapêuticos e também a escolha de equipamentos assistivos, para descobrir novas habilidades (CARLO; BARTALOTTI, 2001). Por um lado, o processo de hospitalização rompe com as estruturas cotidianas da criança e de sua família e essa modificação brusca afeta seu desenvolvimento físico, mental e social (TAKATORI; OSHIRO; OTASHIMA, 2004). A criança ao adoecer passa a viver no espaço desconhecido (TAKATORI; OSHIRO; OTASHIMA, 2004 apud SILVEIRA; JOAQUIM; CRUZ; 2012), nesse sentido faz presente exigindo…. (aqui, Bianca, você explica como a TO pode contribuir na hospitalização infantil). Por outro lado, o cuidado da criança em nível ambulatorial …. (aqui você começa a falar do ambulatório para chegar na Brinquedoteca). A vida cotidiana da criança talvez seja investigada levando em consideração as atividades que a compõem, como exemplo, as Atividades da Vida Diária (AVD), que são banho, alimentação, vestuário, higiene pessoal e outros e também as Atividades Instrumentais de Vida Diárias que incluem lazer, brincar, descanso e sono, participação social e outros (AOTA 2015). A tecnologia tem ajudado no processo de reabilitação, cura e diagnóstico de doenças, utiliza-se a Tecnologia Assistiva (TA) para auxiliar indivíduos com perdas funcionais advindas de deficiência é um recurso terapêutico colaborativo ao profissional que trabalha com esse público, além do mais a TA abrange recursos e serviços (ALVES; EMMEL; MATSUKURA, 2012). Segundo Crefito 9 (1994) hoje existe uma gama dentre eles brinquedos e roupas adaptadas, computadores, softwares e hardwares especiais, que contemplam questões de acessibilidade, recursos para mobilidade manual e elétrica, equipamentos de comunicação alternativa, chaves e acionadores especiais, aparelhos de escuta assistida, auxílios visuais, materiais protéticos e milhares de outros itens confeccionados ou disponíveis comercialmente. O trabalho do Terapeuta Ocupacional na tecnologiaassistiva envolve a avaliação da necessidade dos usuários, suas habilidades físicas, cognitivas e sensoriais. Avalia a receptividade do indivíduo quanto à modificação ou o uso da adaptação (CREFITO 1994). Um segundo recurso que o Terapeuta Ocupacional também pode utilizar durante o atendimento à criança hospitalizada é o brincar. No ambiente hospitalar o brincar diminui traumas possivelmente que ocorrem no período de hospitalização, buscando construir o mesmo contexto da criança dentro do hospital, para estímulo de suas habilidades (GIARDINETTO et al., 2009). A utilização de recursos lúdicos no contexto hospitalar tem-se mostrado um catalisador no processo de recuperar a capacidade de adaptação da criança, diante de transformações que ocorrem a partir de sua admissão na instituição (CARVALHO; BEGNIS, 2006) . 5 METODOLOGIA Trata-se de uma pesquisa qualitativa, que realizará relato de experiência por meio do contato com a prática no campo de estágio realizado no período de agosto à dezembro no ano de 2018 durante a graduação em terapia ocupacional na UFRJ. As reflexões foram apoiadas por referências teóricas e legislações disponíveis sobre as temáticas. O estudo foi organizado em etapas. Na primeira, levantou-se a questão norteadora do estudo. Na segunda foram desenvolvidos os tópicos. Por fim, foi realizada a busca por referenciais teóricos sobre cada tópico relacionados com minha prática no estágio. Essa experiência de estágio ocorreu no hospital pediátrico do IPPMG, em uma instituição pública local onde são atendidos crianças e adolescentes com síndrome de Down, síndromes raras, transtorno do espectro do autismo (TEA), paralisia cerebral entre outros. No hospital pediátrico permeia três setores: enfermaria, brinquedoteca e ambulatório. No entanto, passei a atuar como estagiária somente no ambulatório e brinquedoteca, setores que abordarei no trabalho de conclusão do curso. Portanto, relacionei as experiências vividas com a literatura para ter reflexões sobre as práticas atuais. 6 CRONOGRAMA Considerando-se a proposta de trabalho e o prazo de 5 meses para o desenvolvimento da pesquisa, pretende-se dividir a realização das etapas do projeto de acordo com o seguinte cronograma: Etapas Fevereiro Março Abril Maio Junho Projeto 23/02 Ler os textos 15/03 Fundamentação teórica 15/03 à 30/03 15/04 Escrita do relato de experiência 15/04 15/05 Defesa do tcc 12/07 REFERÊNCIAS AMINI, D. A. et al. Associação Americana de Terapia Ocupacional. Rev Ter Ocup Univ, São Paulo, v. 3, n. 26, p. 1-49, fev./2021. ALVES, A. C. J. ; EMMEL, M. L. G. ; MATSUKURA, T. S. Formação e prática do terapeuta ocupacional que utiliza tecnologia assistiva como recurso terapêutico. Rev. Ter. Ocup. Univ. São Paulo, v. 23, n. 1, p. 24-33, jan./abr. 2012. GIARDINETTO, A. R. D. S. B. et al. A importância da atuação da Terapia Ocupacional com a população infantil hospitalizada: A visão de profissionais da área da saúde. Cadernos de Terapia Ocupacional da UFSCar, São Carlos, v. 17, n. 1, p. 63-69, fev./2021. NUNES, M. B. P. L. R. D. D. P. SILVEIRA, A. M. D; JOAQUIM, R. H. V. T; CRUZ, D. M. C. D. Tecnologia assistiva para a promoção de atividades da vida diária com crianças em contexto hospitalar. Cad. Ter. Ocup., São Carlos, v. 20, n. 2, p. 183-190, mar./2012. FOUCAULT, M. O Nascimento da Clínica. Rio de janeiro: Forense-Universitária, 1980. BORGES, F.; LEONI, T. F.; COUTINO, I. Terapia Ocupacional no contexto hospitalar: um delineamento da profissão em hospitais gerais e especializados na cidade de Salvador, BA. Cad. Ter. Ocup., São Carlos, v. 20, n. 3, p. 425-433, mai./2012. CARVALHO, A. M.; BEGNIS, J. G. Brincar em Unidades De Atendimento Pediátrico: Aplicações e Perspectivas: Aplicações e Perspectivas. Psicologia em Estudo, Maringá, v. 11, n. 1, p. 109-117, jan./2016. CONSELHO FEDERAL DE FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL –COFFITO. Resolução n° 429 de 08 de 2013. CONSELHO REGIONAL DE FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL DA 9ª REGIÃO (Mato Grosso). Crefito 9. Resolução nº 160, de 29 de novembro de 1994. BARTALOTTI, C. C.; CARLO, M. M. R.P. (Org.). Terapia ocupacional no Brasil: fundamentos e perspectivas. São Paulo, Plexus Editora. 2001. TAKATORI, M.; OSHIRO, M.; OTASHIMA, C. O Hospital e a Assistência em Terapia Ocupacional com a População Infantil. In: CARLO, M.M.R.do PRADO de; LUZO, M.C.de M. Terapia Ocupacional: Reabilitação Física e Contextos Hospitalares. 1ª Edição. São Paulo: Roca, 2004. Parte II, cap. 11, p. 256-275. Retirado do texto 4.1 TERAPIA OCUPACIONAL NO CONTEXTO HOSPITALAR “O surgimento da Terapia Ocupacional ocorreu no contexto hospitalar, a profissão tinha como meta a restauração da capacidade funcional por meio da técnica de treinamento de hábitos, como afirma’’ (BARTALOTTI; DE CARLO, 2001 apud BORGES; LEONI; COUTINO, 2012, p.426).O hospital passou por modificações devido apresentar caráter asilar de maus tratos, os pacientes eram doentes com enfermidades crônicas, que encontravam repouso na instituição.(MIRSHAWKA, 1994 apud BORGES; LEONI; COUTINO, 2012, p.426). Foucault (1980) afirma em sua obra que as modificações ideológicas da sociedade provocaram mudanças nos hospitais, depois disso a instituição tornou-se um lugar de cura e de pesquisa. 4.2 HOSPITALIZAÇÃO INFANTIL NA TERAPIA OCUPACIONAL Por mais que os benefícios da hospitalização cause melhoras no estado de saúde da criança, esse processo pode causar estresses e traumas, e levar até a sequelas comprometendo no desenvolvimento infantil (DOMINGUEZ; MARTINEZ, 2001 apud SILVEIRA; JOAQUIM; CRUZ; 2012).
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