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Terapia Ocupacional em Contextos Hospitalares e Cuidados Paliativos

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Os hospitais gerais e psiquiátricos foram os
primeiros locais de prática do Terapeuta
Ocupacional no Brasil.
promoção à saúde;
prevenção de agravos;
diagnóstico;
tratamento;
cuidados paliativos.
No SUS, as ações promovidas nos hospitais são:
1.
2.
3.
4.
5.
A atuação do terapeuta ocupacional no contexto
hospitalar visa: proteção, promoção, prevenção,
recuperação, reabilitação e cuidados paliativos, do
indivíduo e da coletividade.
Ao ser hospitalizado, acontecem mudanças nos
papeis ocupacionais devido ao adoecimento e à
internação. O paciente espera e recebe cuidados
e vivencia situações estressantes da rotina
hospitalar, gerando sofrimento.
Nesse novo contexto, a Terapia Ocupacional deve
promover qualidade de vida a favorecer a
construção de possibilidades, baseada em histórias,
desejos e necessidades das pessoas atendidas.
A Política Nacional de Humanização (PNH) é
fundamental para a prática em serviços de saúde.
Entre os princípios da PNH há a transversalidade,
indissociabilidade entre atenção e gestão, o
protagonismo, a corresponsabilidade e a autonomia
dos sujeitos e dos coletivos.
O ambiente hospitalar humanizado pode aumentar o
bem-estar geral dos pacientes e funcionários,
contribuir com a redução do tempo de internação e
do absenteísmo, além de favorecer a eficácia dos
procedimentos terapêuticos.
Assim, o terapeuta ocupacional pode oferecer
acolhimento, suporte e orientação, e realizar a
preparação para a alta hospitalar.
Os profissionais de saúde, em geral, devem
considerar a multidimensionalidade das necessidades
e demandas dos usuários:
Contextualização
Hospitalização
Humanização
Multidimensionalidade
Processo terapêutico ocupacional
Com o adoecimento, a interrupção das
atividades produtivas e de trabalho costuma
levar a dificuldades financeiras, de
automanutenção e preocupações com a
continuidade dos cuidados ao grupo
familiar.
A valorização do trabalho decorre de ideologias
advindas da Revolução Industrial e dos modos
capitalistas de produção.
1.
2.
consulta;
avaliação;
atendimento individual ou grupal com o
paciente, familiares e cuidadores;
prescrição de dispositivos e adaptações;
orientações na programação de alta
hospitalar;
O processo terapêutico ocupacional em contextos
hospitalares comtempla:
1.
2.
3.
4.
5.
Referência: DE CARLO, Marysia Mara Rodrigues do Prado; KEBBE, Leonardo Martins; PALM, Rosibeth del Carmen Muñoz. Fundamentação e processos da terapia ocupacional em
contextos hospitalares e cuidados paliativos. In: Terapia ocupacional em contextos hospitalares e cuidados paliativos[S.l: s.n.], 2018.
Terapia Ocupacional em Contextos
Hospitalares e Cuidados Paliativos
Dimensões psicossocial e funcional.
Dimensão espiritual.
1.
2.
6. ações de humanização e ambientação;
7. entre outros projetos de natureza
multiprofissional e interdisciplinar. 
Áreas de atuação
Resolução COFFITO nº 429 de 08 de julho de
2013: reconhece a especialidade de Terapia
Ocupacional em contextos hospitalares.
Essa resolução define 3 áreas de atuação e
competências:
Atenção intra-hospitalar: atuação junto aos
pacientes, familiares, acompanhantes e/ou
cuidadores em regime de internação e
ambulatorial.
Atenção extra-hospitalar: atuação em
visitas domiciliares, assistência domiciliar,
internação domiciliar e na rede assistencial
de suporte em saúde.
Atenção em cuidados paliativos:
atendimento, junto à equipe, a pacientes
com condições crônicas-degenerativas
potencialmente fatais e que estão em
tratamento sem condições de modificação
da doença.
1.
2.
3.
Nessas áreas de atuação, o terapeuta ocupacional
deve ser capaz de realizar a avaliação dos
usuários, a intervenção e orientação o mais
precocemente possível, a fim de prevenir
deformidades, disfunções, agravos físicos e/ou
psicoafetivossociais.
Dessa forma, a Terapia Ocupacional promove o
desempenho ocupacional e a qualidade de vida à
todos, incluindo aqueles que estão em cuidados
paliativos.
A Resolução nº 429 de 2013 do COFFITO também
prevê que o terapeuta ocupacional possa trabalhar
em instituições de saúde de pequeno, médio ou
grande porte no nível secundário e terciário de
atenção à saúde.
Tipos de atendimento
Atendimento ao usuário, família, acompanhante,
cuidador, doador: individualmente ou grupal, como
grupo de atividades, orientações ou de humanização
hospitalar.
Podem ser realizadas oficinas de projetos
terapêuticos individuais ou coletivos, visita ou
assistência domiciliar ou durante a internação
domiciliar, orientações de manejo nos diferentes
contextos do cliente.
Consultoria à equipe, apoio matricial às equipes
dos serviços hospitalares, visando à atenção
integral dos usuários.
Modalidades assistenciais
A inserção do terapeuta ocupacional nos diferentes
serviços e equipes hospitalares se dá por meio da:
Referência: DE CARLO, Marysia Mara Rodrigues do Prado; KEBBE, Leonardo Martins; PALM, Rosibeth del Carmen Muñoz. Fundamentação e processos da terapia ocupacional em
contextos hospitalares e cuidados paliativos. In: Terapia ocupacional em contextos hospitalares e cuidados paliativos[S.l: s.n.], 2018.
Ligação: presença e vinculação do
profissional com uma equipe específica
junto à qual ele atua.
Assessoria e consultoria ou interconsulta:
presença episódica do profissional quando
solicitado junto à um serviço, unidade ou
clínica do hospital para avaliar e orientar o
manejo da equipe com o usuário.
1.
2.
Processo de Avaliação:
A avaliação é um procedimento que identifica as
habilidades e limitações dos usuários para a
realização de AVDs, AIVDs, atividades
educacionais, de trabalho, lúdicas, de lazer,
descanso, sono e participação social.
Inclui os fatores do cliente, como as estruturas e
funções do corpo; padrões de desempenho;
contextos e ambientes e as demandas das
atividades que afetam o desempenho ocupacional e
favorece o diagnóstico e a elaboração do plano
terapêutico ocupacional.
O processo avaliativo é fundamental para o
estabelecimento do diagnóstico ocupacional e
elaboração do plano terapêutico ocupacional, pois
permitem conhecer a biografia, a história de vida
pessoal e social, os problemas resultantes do
processo de adoecimento, as perdas ocorridas e
todas suas implicações biopsicossociais presentes no
contexto.
Medida de independência funcional (MIF);
Questionário de avaliação da saúde;
Inventário de avaliação pediátrica de
incapacidade;
Avaliação da função escolar;
Alguns instrumentos passíveis para avaliação de
AVDs e AIVDs:
1.
2.
3.
4.
O terapeuta ocupacional é responsável pela
prescrição, confecção e adaptação de dispositivos
tecnológicos.
Referência: DE CARLO, Marysia Mara Rodrigues do Prado; KEBBE, Leonardo Martins; PALM, Rosibeth del Carmen Muñoz. Fundamentação e processos da terapia ocupacional em
contextos hospitalares e cuidados paliativos. In: Terapia ocupacional em contextos hospitalares e cuidados paliativos[S.l: s.n.], 2018.
O terapeuta ocupacional deve se familiarizar com
os instrumentos utilizados nos processos avaliativos,
mediante estudos contínuos e treinamento.
Outros instrumentos podem ser utilizados para a
avaliação de outras áreas, componentes e contextos 
de desempenho ocupacional, assim como de
atividades de atividades e participação social.
Processo de Intervenção
Os processos de intervenção em Terapia
Ocupacional se centram na vida ocupacional e nas
disfunções ocupacionais, caracterizadas pela
somatória das dificuldades e alterações físicas,
mentais, cognitivas, sociais, cognitivas e espirituais
que um indivíduo apresenta durante a realização
de suas ocupações.
É importante ter como princípio do processo de
intervenção a compreensão empática da pessoa sob
cuidados de acordo com as suas próprias
perspectivas, avaliando os impactos e os sentidos
atribuídos à doença e à hospitalização.
Também, o "não fazer" concreto de um paciente
não reduz o campo de ação e a competência do
profissional.
Assim como também por orientação, treinamento e
desenvolvimento de produtos, recursos, metodologias
no âmbito do treino das AVDs e AIVDs, visando
melhorar o desempenho ocupacionaldos indivíduos,
das atividades lúdicas, laborais e escolares. 
Revisão da intervenção e
preparação de alta 
O Projeto Terapêutico Singular (PTS) deve ser
elaborado pela equipe em conjunto com o usuário e
família/cuidador buscando integralidade e
continuidade do cuidado em domicílio e na rede de
apoio.
O monitoramento dos resultados e a revisão do
plano de intervenção são fundamentais para avaliar
o progresso do usuário e para a redefinição de
metas, reavaliação e preparação de alta.
Na programação de alta são dadas orientações
como: cuidados com o paciente no lar e cuidados
básicos, com alimentação, medicação, curativos,
sondas, AVDs, AIVDs, mobilização e
movimentação, uso de adaptação e/ou dispositivos
técnicos.
A alta hospitalar responsável será realizada por
meio de:
- Orientação dos pacientes e familiares quanto à
continuidade do tratamento, reforçando a
autonomia do sujeito e proporcionando o
autocuidado.
- Articulação da continuidade do cuidado com os
demais pontos de atenção da RAS, em particular
a atenção básica.
- Implantação de mecanismos de
desospitalização, visando alternativas às práticas
hospitalares, como as de cuidado domiciliares
pactuados na RAS. 
Os cuidados paliativos têm como objetivos
primordiais:
- O controle dos sintomas;
- A obtenção de conforto;
- O alívio do sofrimento para o usuário e seus
cuidadores.
Se houver possibilidade de continuidade da vida,,
deve ser feito o investimento no tratamento
modificador da doença e reabilitador, de acordo
com as demandas individuais.
Referência: DE CARLO, Marysia Mara Rodrigues do Prado; KEBBE, Leonardo Martins; PALM, Rosibeth del Carmen Muñoz. Fundamentação e processos da terapia ocupacional em
contextos hospitalares e cuidados paliativos. In: Terapia ocupacional em contextos hospitalares e cuidados paliativos[S.l: s.n.], 2018.
Filosofia de cuidado que se constitui em uma
resposta organizada às necessidades de tratar,
cuidar e apoiar ativamente os doentes com
enfermidades crônico-degenerativas potencialmente
fatais.
O usuário que está fora de possibilidade curativa
apresentará perda funcional devido à progressão
da doença e não será possível sua recuperação à 
 condição pré-mórbida, nem deverá ser considerada
como objetivo prioritário a ser alcançado no
planejamento do cuidado.
Atividades de apoio e
complementares à intervenção
A biossegurança é o conjunto de ações voltadas
para a prevenção, minimização ou eliminação de
riscos inerentes ao ambiente de trabalho.
Cuidados Paliativos
O enfermo e sua família devem ser entendidos como
uma unidade de cuidado e o centro gerador das
decisões.
O enfermo e sua família devem ser entendidos como
uma unidade de cuidado e o centro gerador das
decisões.
Isso acontece por meio de uma abordagem integral
e integrada que compreende a dimensão física,
psicossocial e espiritual em uma abordagem
multiprofissional e interdisciplinar.
A abordagem multiprofissional e interdisciplinar
possibilita a elaboração de um plano de cuidados
resultante da combinação de diferentes
conhecimentos, habilidades e técnicas específicas a
cada área profissional.
Os Cuidados Continuados (CC) abrangem as
diversas formas de tratamento: preventivo,
curativo, reabilitador e paliativo. Os usuários
assistidos por esses serviços apresentam diversos
tipos e graus de dependência, mas não condições
necessariamente fatais.
Até quando investir no tratamento modificador da
doença e reabilitador?
Há necessidade de promover ações de cuidados
paliativos como uma linha de cuidados, dentro do
SUS, como uma política pública de saúde de
cuidados paliativos.
Biossegurança
Riscos ocupacionais: riscos químicos, biológicos,
físicos, ergonômicos e psicossociais.
A infecção hospitalar pode ser transmitida por
falta de assepsia no ambiente, dos equipamentos,
do paciente e da equipe.
A transmissão pode ocorrer por contato direto ou
indireto. Vias de transmissão: gotículas, aerossóis,
veículos comuns, vetores mecânicos ou biológicos.
Alguns procedimentos básicos em terapia ocupacional: - Utilizar luvas para atender usuários em isolamento;
- Utilizar álcool 70 para a higienização de materiais e 
equipamentos com papel toalha ou compressas.
- Papéis devem ser colocado em plástico selado e
higienizar o plástico sempre que o usuário tocar.
- Nunca trazer material contaminado para o serviço.
- Tecidos também devem ser colocados em sacos plásticos
e higienizados da mesma forma.
- Livros/revistas devem ser colocados em pastas ou sacos
plásticos;
- Os brinquedos utilizados devem ser de plástico para a
melhor higienização.

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