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UNIFEI - UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ GUSTAVO TAYT SON ROLAS DOS SANTOS NÚMERO: 2019000395 JÉSSICA RIBEIRO JOAQUIM NÚMERO: 2018016040 RAFAEL MARTINS FURTADO 2016017700 LABORATÓRIO 4 DE HIDRÁULICA - ANÁLISE DO PERFIL DE VELOCIDADES E CÁLCULO DO REGIME DE ESCOAMENTO EM UM CANAL ARTIFICIAL Data da realização do ensaio: 04/11/2020 Data de entrega do relatório: 18/11/2020 Itajubá, novembro de 2020 1. Objetivo Determinação do perfil de velocidades em um canal artificial, cálculo de parâmetros hidráulicos e do regime de escoamento. Podendo assim, comparar a vazão obtida a partir do perfil com a calculada por Venturi. 2. DESCRIÇÃO E FOTOS DA BANCADA Em hidráulica, canais podem ser definidos como valas naturais ou artificiais destinados a passagem de água. Estes quando artificiais podem ainda ser revestidos ou não de um material que lhe dê sustentação, fator que altera suas características físicas, tais como velocidade, raios hidráulico, vazão e perda de carga linear. A medição de vazão em cursos d’água é realizada, normalmente, de forma indireta, a partir da medição de velocidade ou de nível. Os instrumentos mais comuns para medição de velocidade de água em rios são os molinetes, que são pequenos hélices que giram impulsionados pela passagem da água. Em situações de medições expeditas, ou de grande carência de recursos, as medições de velocidade podem ser feitas utilizando flutuadores, com resultados muito menos precisos. Os molinetes são instrumentos projetados para girar em velocidades diferentes de acordo com a velocidade da água. A relação entre velocidade da água e velocidade de rotação do molinete é a equação do molinete. Esta equação é fornecida pelo fabricante do molinete, porém deve ser verificada periodicamente, porque pode ser alterada pelo desgaste das peças. A velocidade da água é, normalmente, maior no centro de um rio do que junto às margens. Da mesma forma, a velocidade é mais baixa junto ao fundo do rio do que junto à superfície. Em função desta variação da velocidade nos diferentes pontos da seção transversal, utilizar apenas uma medição de velocidade pode resultar em uma estimativa errada da velocidade média. Por exemplo, a velocidade medida junto à margem é inferior à velocidade média e a velocidade medida junto à superfície, no centro da seção, é superior à velocidade média. Para obter uma boa estimativa da velocidade média é necessário medir em várias verticais, e em vários pontos ao longo das verticais. Primeiramente o ensaio foi realizado em um canal artificial, conforme a figura 1 abaixo. Foram utilizados alguns materiais para fazer a análise do perfil de velocidade, o molinete e os manômetros do tubo de venturi. 1 De acordo com as figuras 1, 2 e 3 a seguir , a descrição do experimento consiste na análise do perfil de velocidade através do canal artificial, e do uso do micromolinete e tubo de Venturi um dos instrumentos utilizados. Figura 1 : Canal artificial Figura 2 : Micromolinete Figura 3: Tubo de Venturi 2 3. MATERIAIS E MÉTODOS 3.1. Materiais Os materiais utilizados na prática foram: ● Molinete; ● Cronômetro; ● Venturi; ● Trena; 3.2. Metodologia Para a realização do experimento, foi necessário, que se conhecesse as dimensões geométricas do canal. Portanto, o molinete foi montado e em seguida ligou-se a bomba no qual esta foi ajustada para a rotação necessária por meio da abertura de uma válvula e assim verificou-se o nível de água no canal sendo este de 674 cm acima do fundo. As medições foram feitas a fim de que se conhecesse as dimensões geométricas do canal, a largura do canal encontrada foi de 50 cm e a largura do vertedouro foi de 52 cm. Posteriormente, o molinete foi submergido na água a fim de que se realizasse a primeira medida. As medidas dentro do canal foram realizadas em 3 horizontais e 6 verticais. O tempo de medição foi ajustado no contador para retornar a cada 30 segundos com os dados de rotação, sendo que para cada ponto medido durante o procedimento experimental realizou-se outras três medições. Os dados utilizados durante o procedimento experimental consistem na média das medidas. É importante destacar ainda que a vazão foi controlada para que fosse constante durante todo o experimento. O Δh do Venturi se manteve, portanto, constante durante toda realização do experimento. A vazão pode ser medida de duas formas, pelo perfil de velocidade através da integração do perfil de velocidade e através da equação do Venturi. 3 4. equações Para a referida prática, fez-se uso das seguintes equações: Velocidade média do escoamento: Foi baseada na equação do molinete. Número de Froude: Fr = (Fórmula 1) Vg · Hm√ Onde : V : velocidade; g: aceleração da gravidade e corresponde à 9,8 m/s2 ; H: altura vertical (0,72 m) Equação do molinete : V = 0,02681652 + 0,2643411 N (Fórmula 2)· Tempo de aquisição : 30 segundos Distâncias entre as verticais : x1 = 12,5cm x2 = 25 cm x3 = 37,5 cm 5. Valores lidos e calculados A partir do ensaio realizado, foram coletados os dados expressos nas tabelas a seguir: 4 Para a determinação da velocidade, inicialmente é necessário realizar algumas transformações nos dados. A primeira delas é passar o número de voltas para RPS (rotações por segundo), como realizado nas tabelas representadas abaixo para cada seção: Para a seção 1 (A1): Tabela 1: Seção 1 A partir do cálculo da velocidade representados na tabela 1, extrapolamos o seguinte gráfico do perfil de velocidade: 5 Gráfico 1: Altura vertical 1 (m) x Velocidade (m/s) Para a seção (A2): Tabela 2: Seção 2. A partir do cálculo da velocidade representados na tabela 2, extrapolamos o seguinte gráfico do perfil de velocidade: 6 Gráfico 2: Altura vertical 1 (m) x Velocidade (m/s) Para a seção (A3): Tabela 3: Seção 3. A partir do cálculo da velocidade representados na tabela 3, extrapolamos o seguinte gráfico do perfil de velocidade: 7 Gráfico 3: Altura vertical 1 (m) x Velocidade (m/s) A partir dos cálculos realizados nas tabelas foi possível fazer um esquema de grade de velocidades como mostra a figura 1, abaixo. Figura 1 : Esquema da grade de velocidades 8 Com a construção dos gráficos de perfil de velocidade, conseguimos calcular a velocidade média de escoamento do fluido a partir do cálculo da área representada por cada gráfico por meio da integração. Sabemos que a integração é a soma dos n-ésimos retângulos abaixo da curva. Assim, estimando o valor dessa área (tabela 4), conseguimos efetuar o cálculo da vazão: Tabela 4: Área de cada seção Através do cálculo das áreas das verticais, conseguimos estimar o gráfico (4) abaixo que mostra a relação entre a Área de cada vertical e a sua distância xi: Gráfico 4: Curva área x distância xi. Por meio da integração da curva sobre o gráfico 4 foi possível encontrarmosa vazão total em . Dessa forma o valor da vazão encontrada foi de 0,072 Após a obtenção da vazão,/sm3 /s.m3 pode-se calcular a velocidade média do escoamento segundo a fórmula abaixo. 9 Vertical Área 1 0,138 m² 2 0,1675 m² 3 0,233 m² (Fórmula 2)médiaV = A Q Onde A, é área da seção do canal e é dada pela multiplicação da profundidade vezes a largura do canal. Sendo assim a área do canal é dada por : , 2 , , 6 m A = 0 7 · 0 5 = 0 3 2 Assim, tendo o valor da vazão e o valor da área da seção do canal obtém-se a velocidade média. Dessa forma, a velocidade média do escoamento foi de 0,2 m/s. Para calcularmos o número de Froude, utilizamos os seguintes dados: Tabela 5: Dados para calcular o número de froude E aplicamos na fórmula 1: Fr = (Fórmula 1) V√g·Hm Obtendo o resultado igual a: Apenas para fins comparativos e sabendo que a diferença de pressão do venturi ( dehΔ venturi) é 0,99 m, pode-se calcular a vazão de venturi, segundo a fórmula abaixo. (Fórmula 3), 83257Q = 0 0 · √Δhventuri Assim, encontra-se o valor do Qventuri (vazão do venturi) de 0,082 /s.m3 10 V média = 0,2 m/s g = 9,8 m/s² H = 0,72 m Fr = 0,075292 6. Análise e conclusões Analisando o valor do número de Froude obtido Fr = 0,075292 < 1, podemos concluir que o escoamento é subcrítico. Além disso, foi possível observar que o cálculo da vazão por meio do molinete é confiável, visto que o resultado da vazão de venturi (0,082 ) se apresentou muito próximo ao calculado /sm3 pelo molinete (0,072 ). Sendo assim, o correto uso do molinete associado à medição de três /sm3 valores de rotação para cada ponto definido foram, então, capazes de gerar um valor confiável e muito próximo do que era esperado. Referências Bibliográficas PORTO R. M.; HIDRÁULICA BÁSICA; 4°ed. São Carlos : EESC-USP, 2006. 11
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