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04/12/2020 História da Antiguidade Clássica: Grécia e Roma
https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 1/31
HISTÓRIA DA ANTIGUIDADE
CLÁSSICA: GRÉCIA E ROMA
CAPÍTULO 2 - COMO OS GREGOS VIAM A
HISTÓRIA, A POLÍTICA E O TEATRO?
Bruna Campos Gonçalves
INICIAR
04/12/2020 História da Antiguidade Clássica: Grécia e Roma
https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 2/31
Introdução
O legado que a cultura grega deixou para a humanidade é muito vasto. Além de ser
considerada uma base da cultura ocidental que conhecemos, também foi uma das
primeiras a formar textos históricos e pensar uma nova maneira de fazer política. Ela
também nos apresentou o teatro e passou a estudar o Homem na filosofia. Entretanto,
você deve estar se perguntando: “ainda vivemos como os antigos? Será que não
mudamos nada?”. Pode-se dizer que muitas mudanças ocorreram ao longo desses anos.
Não somos os mesmos e, definitivamente, os conceitos evoluíram com o tempo. Os
gregos, à sua própria maneira, pensaram ou simplesmente vivenciaram a História, a
política, o teatro, a filosofia, as relações interpessoais, bem como a forma com que
foram legadas as gerações procedentes. Nós, por outro lado, fomos incorporando novos
significados, valores e parâmetros, até chegarmos ao que conhecemos hoje, mas que
passará por um processo similar de renovação para as futuras gerações. Contudo, se
esses conceitos são diferentes atualmente, como os gregos viam a História, a política e o
teatro? E as mulheres, como eram tratas naquele período? Havia homossexualidade
entre os gregos? É justamente sobre tais questionamentos que trataremos nesta
disciplina, em específico neste primeiro capítulo. Assim, veremos a história de Heródoto
e de Tucídides, dois grandes nomes da Grécia Antiga; a política na relação da
democracia com a filosofia, em que nomes como Sócrates, Platão e Aristóteles
desenvolveram seu trabalho; a representação da tragédia e da comédia no teatro grego,
bem como o que ele significava para os antigos; e os tipos de relações existentes
daquela época. Vamos começar nossos estudos?
04/12/2020 História da Antiguidade Clássica: Grécia e Roma
https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 3/31
2.1 História, historiadores e a
historiografia grega: Heródoto e
Tucídides
A História não era vista com o rigor técnico que temos hoje, de sabermos a procedência
da fonte. No entanto, ela tinha seu valor, principalmente para perpetuar o
conhecimento de épocas passadas. Nesse caso, veremos dois expoentes da Grécia
Antiga: Heródoto e Tucídides, ambos rompendo com a cronologia mítica e, mesmo
assim, cada um deles com suas próprias teorias, retratando o mundo em que estavam
inseridos.
Mas se não foram os primeiros, por que destacar Heródoto e Tucídides?
Embora a reflexão histórica e a sua escrita já fossem uma prática corrente no oriente, é
na Grécia que ela surge como gênero literário. Logo, os gregos foram os primeiros a
trazerem a discussão do papel do historiador. Aliás, como bem sublinhou Hartog (2001),
é dos gregos que parte a noção do historiador como figura subjetiva, com um
posicionamento crítico em relação aos registros do passado como objeto de estudo. 
2.1.1 A História como conhecemos e na antiguidade 
Você já parou para pensar qual é a história da História? Isso mesmo! A História também
possui sua própria trajetória ao longo do tempo. Ela vai nascer como um gênero
literário, consciente, com os gregos antigos. Ao longo dos tempos, vai adquirir novos
formatos, parâmetros e significados, uma vez que é um conceito mutável, o qual
agregou os valores de muitos povos ao longo do seu percurso, até chegar à História que
conhecemos do século XXI. 
Os gregos foram os primeiros a delinearem um gênero e acrescentarem uma
metodologia ao estudo dos acontecimentos antepassados. Com isso, eles buscaram dar
maior veracidade aos seus relatos históricos, passando a se importar com a fonte,
distanciando-se, dessa forma, da cronologia mitológica.
Os primeiros a trazerem para suas obras uma discussão a respeito da forma de construir
uma narrativa histórica e do papel do historiador são Heródoto — conhecido como o pai
da História — e Tucídides — narrador da guerra do Peloponeso (FUNARI, 2011). Dessa
forma, a veracidade das informações passa a ter um alto valor. Contudo, para tais
personagens, bastavam informar que a narrativa condizia com o que havia ocorrido de
fato, a fim de convencer o leitor quanto a sua credibilidade.
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https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 4/31
Na época clássica, a História possuía uma significação mais ampla, da raiz histor, ou
seja, aquele que viu e testemunhou, relacionado ao ver e ao saber, uma vez que a visão
acarreta o saber (GAGNEBIN, 1997; HARTOG, 2001). Heródoto, por exemplo, em
“Histórias”, mostra os aspectos da realidade que vivenciou em forma de um relato de
viagem ou um relatório de pesquisa em forma de narrativa, sendo considerado digno de
menção e memória. 
Os nove livros de Heródoto já foram traduzidos para o português, assim, é possível conhecer as histórias que o
historiador escreveu. Nas obras, ele narra contos de diferentes locais da antiguidade, e, a partir da descrição
de testemunhos, é possível entender como ele enxergava a sociedade. Você pode ler a obra no link:
<http://www.ebooksbrasil.org/eLibris/historiaherodoto.html
(http://www.ebooksbrasil.org/eLibris/historiaherodoto.html)>.
Heródoto privilegia a palavra da testemunha, podendo ser a sua própria ou de outrem,
sem deixar de mencionar suas fontes:
Tudo que eu disse até agora é o resultado de minhas próprias observações de meu
julgamento e de minhas investigações (historie); daqui em diante me reportarei às crônicas
egípcias, de acordo com o que ouvi, acrescentando a isso algumas observações feitas por
mim mesmo. (HERÓDOTO, 2015, II, p. 99).
De acordo com Gagnebin (1997), a prática de se reportar a testemunhas está ligada à
crescente importância judiciária na Grécia do século V a.C., onde há a audição de
testemunhas. A partir disso, a autora vê nascer o discurso racional que seria elaborado
em anos, décadas e séculos seguintes. Aliás, nem precisamos ir tão longe, já que
Tucídides rejeita a importância da memória e ressalta sua fragilidade, exigindo uma
reconstituição crítica dos acontecimentos.
Para entendermos melhor sobre esses dois personagens, acompanhe o item a seguir.
2.1.2 Historiadores da antiguidade: Heródoto e Tucídides
VOCÊ QUER LER?
http://www.ebooksbrasil.org/eLibris/historiaherodoto.html
04/12/2020 História da Antiguidade Clássica: Grécia e Roma
https://uniritter.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 5/31
De acordo com Funari (2011), Heródoto nasceu em Halicarnasso, na Turquia; enquanto
que Tucídides nasceu em Atenas, na Grécia. No entanto, ambos viveram no século V
a.C., cada qual com sua respectiva perspectiva de como uma história deveria ser escrita.
Heródoto, em seu prefácio, mostra-se interessado em preservar a memória das ações
humanas, tanto dos gregos quanto dos bárbaros, para que não fossem esquecidas.
Assim, ele busca as causas e a veracidade dos atos:
Os resultados das investigações de Herôdotos de Halicarnassos são apresentados aqui,
para que a memória dos acontecimentos não se apague entre os homens com o passar do
tempo, e para que os feitos e maravilhosos e admiráveis dos helenos e bárbaros não
deixem de ser lembrado, inclusive as razões pelas quais eles se guerrearam. (HERÓDOTO,
2015, I, p. 1).
Com essas palavras, Heródoto diferencia seu trabalho dos antigos poetas, que
clamavam em suas obras a influência das musas para comporem seus versos. O
historiador grego não nega o tempo mítico/sagrado, mas recusa os procedimentos
narrativos do mito para descrever o nosso tempo humano. Em busca das verdadeiras
razõesdos acontecimentos por meio de testemunhos, ele se baseia em um esforço
racional de escrita da nossa história bem como ela é.
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A obra de Heródoto, “Histórias”, contém nove livros, nomeados de acordo com as nove
musas gregas: Clio, Euterpe, Tália, Melpômene, Terspsícore, Érato, Polímnia, Urânia e
Calíope. Isso indica que ele não teria se afastando completamente dos mitos presentes
em sua sociedade.
Além disso, nessa coleção, o historiador relata o que viu em suas viagens pela costa do
Mar Negro, como em Cítia (sul da Rússia), Lídia (na Turquia), Egito, Líbia, boa parte da
própria Grécia e, complementando, a Pérsia e a Mesopotâmia. 
 Figura 1 - Desde a antiguidade,
Heródoto foi reverenciado por suas histórias, as quais marcaram diversos estudos. Fonte: markara,
Shutterstock, 2018.
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Enquanto Heródoto escrevia para resgatar um passado ilustre, Tucídides escreveu no
presente para instruir o futuro. A obra de Tucídides mais conhecida é “História da
Guerra do Peloponeso”, e, ao a observarmos, podemos perceber o corte radical em
relação à narrativa das histórias relatadas por Heródoto. Por se tratar de duas obras
bem distintas, tanto em seus objetivos quanto em seus propósitos, a historiografia as
enxerga como opostas, e, consequentemente, seus escritores também.
O historiador ateniense não confia na memória — nem na sua nem na dos outros —,
pois elas estariam condenadas à subjetividade das preferências pessoais e à
relatividade. Dessa forma, não seria possível garantir a fidelidade do relato à realidade. 
Figura 2 - O mundo que Heródoto descreveu em suas histórias foi desenhado por pesquisadores tempos
depois. Fonte: Paul Cowan, Shutterstock, 2018.
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Tucídides também busca uma reconstituição crítica dos acontecimentos, e seus
critérios deveriam ser a verossimilhança da situação e a pertinência das palavras ditas,
as quais estariam amparadas por uma análise do contexto político e do orador. Assim,
ele faz uma narrativa coerente e lógica, que busca convencer o leitor das suas hipóteses
e interpretações.
A busca da veracidade das fontes de Tucídides é aclamada até hoje como os princípios
da metodologia histórica:
 Figura 3 - Com o estudo das
retratações de Tucídides em esculturas, podemos perceber como o historiador ateniense era visto pelos
gregos. Fonte: ppl, Shutterstock, 2018.
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De fato, os acontecimentos anteriores e os mais antigos ainda, dado o recuo do tempo,
era-me impossível estabelecê-los com clareza, mas pelos indícios, a partir dos quais, num
exame de longo alcance, cheguei a uma convicção, julgo que não foram importantes, nem
quanto à guerra, nem quanto ao mais. (TUCÍDIDES, 2013, I. p. 1-3).
O historiador ateniense narrou em oito volumes a “História da Guerra do Peloponeso”,
luta entre espartanos e atenienses que durou de 431 a.C. a 404 a.C. Na obra, Tucídides
buscou diminuir a influência dos deuses, relatando os fatos com concisão.
Para ele, a guerra do Peloponeso foi um dos grandes acontecimentos da história da
Grécia, mais do que qualquer outra. Mossé (2004), inclusive, concorda com o historiador
antigo ao afirmar que a guerra do Peloponeso mudou o mundo das polis conhecido até
então, ampliando as diferenças sociais e a disputa entre a oligarquia e a democracia.
Com Heródoto e Tucídides, temos, de um lado, uma narrativa que busca diferentes
testemunhos; do outro, uma análise política dos acontecimentos. Essas duas visões da
História foram debatidas e apreciadas em momentos distintos ao longo do tempo,
permeando o que compreendemos hoje. Todo o estudo feito sobre os historiadores e
suas obras também nos traz uma grande fonte sobre o período que escreveram.
A seguir, vamos entender como a História pode servir de documentação para a
pesquisa.  
2.1.3 A História como documentação
As obras históricas da antiguidade são ótimas documentações para o estudo dos
períodos retratados por elas. Desde a maneira como foram escritas até as escolhas dos
recortes para comporem a obra são pontos fundamentais. Afinal, assim como toda
documentação histórica, a História em si também deve passar por um tratamento
documental específico ao seu gênero literário.
Para iniciarmos nossos estudos com uma fonte histórica, devemos começar com o autor
que a escreveu e o porquê de ter escolhido esse tipo de narrativa, especificando os
objetivos que queria alcançar. Feito isso, passamos para a análise do conteúdo, tanto o
que está escrito diretamente quanto o que está nas entrelinhas, que podem nos trazer
informações sobre o período em que foi narrado, mas, principalmente, quanto ao
momento em que foi escrito (FUNARI, 1995).
Afinal, por mais que os autores aleguem imparcialidade com os fatos, não é possível
dissociar a pessoa de sua obra, já que os escritos carregam a subjetividade de quem os
escreve (JENKINS, 2004).
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Podemos analisar as obras de Heródoto e Tucídides, por exemplo, não só como marcos
para a História, mas também como documentação para compreendermos o século V
a.C. Das viagens e relatos de Heródoto à Guerra do Peloponeso de Tucídides,
conseguimos descobrir um mundo político, econômico, social e cultural que existiam na
Grécia Antiga. 
2.2 História e gênero: a questão da
mulher e da homossexualidade
Algo importante quanto a História é a mudança quanto a determinados assuntos com o
passar dos anos. Algumas questões sociais bastante pertinentes nos dias atuais, por
exemplo, é o papel da mulher na sociedade e a homossexualidade. Temos uma ideia do
que acontece hoje em dia, mas, afinal, o que podemos dizer sobre a mulher no período
da Grécia Clássica? Será que elas eram consideradas cidadãs ou podiam discutir sobre
política? Na antiguidade existia homossexualidade? Como era vista a relação entre dois
homens?
Essas são preocupações da nossa atualidade, só que os antigos não usavam a mesma
nomenclatura e não viam essas relações de gênero como podemos enxergar hoje. No
entanto, considerando os possíveis anacronismos, é possível identificar como esses
elementos estavam presentes na sociedade da Grécia Antiga. 
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Tanto a mulher quanto o homem possuíam seus papéis na sociedade antiga, contudo,
vale destacar que eram papéis bem distintos. Hoje, buscamos uma igualdade entre os
pares, o que não acontecia naquele tempo. A própria relação homoerótica que existia
naquele período se distingue das discussões atuais, uma vez que o laço entre dois pares
iguais não era consumado como o casamento. 
2.2.1 O estudo do gênero na História da Grécia
 Figura 4 - Nas figuras Cariátides, é
possível perceber as características de uma mulher da Grécia Clássica. Fonte: markara, Shutterstock, 2018.
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A mulher e as relações entre as pessoas do mesmo sexo eram temas vistos de forma
diferente na sociedade antiga. A discussão sobre gênero é recente, de forma que nãopodemos afirmar que é algo sobre o qual os antigos pensassem a respeito, ou, pelo
menos, não como fazemos atualmente. Dessa forma, devemos tomar o cuidado para
não incorremos em nenhum anacronismo.
Dito isso, podemos, no entanto, buscar entender qual era o papel da mulher e do
homem no meio em que viviam, assim como a relação que tinham na sociedade da
Grécia Antiga. Dessa forma, ao analisarmos as documentações da Grécia Antiga,
podemos compreender o olhar de quem já escreveu sobre o assunto.
Com uma lista extensa de títulos, é possível verificar que a questão da mulher e da
sexualidade foram tratadas por muitos autores, sem contar na quantidade de
representações imagéticas encontradas em ânforas e outros objetos pelos arqueólogos,
as quais também servem de base para tal estudo. 
2.2.2 A mulher na Grécia Antiga
Cada pessoa na Grécia antiga tinha uma função a desempenhar. A mobilidade social era
difícil naquele período, logo, a mulher tinha um papel determinado que poderia diferir
dependendo do ciclo social que se encontrava. A historiografia aponta que a mulher
com menores condições financeiras poderia usufruir de maior mobilidade na cidade, o
que não acontecia com as mulheres mais abastadas, as quais tinham um lugar próprio
na casa, onde deveriam exercer suas funções (FUNARI, 2011).
Demóstenes, em sua obra “Contra Neera”, difere claramente os papéis que a mulher
representava na sociedade antiga ao citar que “As hetairas, nós as temos para o prazer;
as concubinas, para os cuidados de todo o dia; as esposas, para ter uma descendência
legitima e uma fiel guardiã do lar”. Vemos, assim, a hetairas como a cortesã à qual o
homem solicita prazeres sensuais; a concubina, que se dedicava aos cuidados diários
que a vida física exigia; e, por último, a esposa e a mãe dos filhos legítimos, também
guardiã do lar.
Não só o que Demóstenes escreveu nos diz sobre o pensamento da época. O que ele
não escreveu também é muito importante. Não vemos, por exemplo, a menção da
mulher no espaço público ou nas discussões políticas, já que, possivelmente, esses não
eram locais para serem frequentados abertamente pelo gênero. 
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O conhecimento que temos da mulher antiga perpassa a visão masculina, muito
embora sejam os homens que tenham escrito quase tudo sobre o período, tirando raras
exceções, como é o caso da poetisa Safo, representante feminina da lírica grega. O
exemplo da poetisa mostra que as meninas, principalmente da elite, podiam aprender a
ler e a escrever, sendo admiradas por seu talento (FUNARI, 2011).
Dessa forma, podemos imaginar que a Grécia era uma sociedade regida pelos homens,
tanto na política quanto no que diz respeito ao provento da família e dos descendentes.
Aristóteles, inclusive, em sua obra “Política”, retrata que quem regia a casa era o poder
 Figura 5 - A mulher grega tinha seu
papel na sociedade, mas isso não significa que ela não tinha importância. Fonte: IMG Stock Studio,
Shutterstock, 2018.
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pater, que vinha do pai ou do marido, de forma que a mulher passava da casa do pai
para a casa do marido, sem ter um meio termo.
O espaço da mulher era limitado, uma vez que ela não tinha o status oficial de cidadã,
pois não podia participar da política de sua cidade. Contudo, era ela, por meio do
legítimo casamento com um grego, que gerava os futuros cidadãos e, portanto, deveria
ser respeitada. 
VOCÊ SABIA?
Chico Buarque de Holanda, na música “Mulheres de Atenas”, retrata a mulher do período
da Grécia Antiga, mais especificamente de Atenas. Essas damas cuidavam de seus lares e
geravam os futuros cidadãos de Atenas sem qualquer imposição. Na música, Chico faz
uma crítica quanto ao papel da mulher na sociedade.
De acordo com Funari (2011), o casamento entre os mais abastados acontecia,
principalmente, por questões de interesses, em que não havia escolhas por parte da
mulher, que, muitas vezes, vivia em uma ala separada da casa (gineceu), sem contato
com o mundo exterior. Entretanto, isso não se verifica entre os menos afortunados
financeiramente, em que a mulher não era confinada e, provavelmente, não era o pai a
decidir sobre a união.
Ainda conforme o autor, antigamente também haviam diferentes níveis sociais, e em
cada um deles a mulher estava ligada exclusivamente ao lar e à reprodução; enquanto
que o homem era sinônimo de vida em sociedade. Essas mulheres só podiam sair em
público na companhia do homem da casa, sendo ele o pai ou o marido.
Também vale destacar que, naquele período, o matrimonio não garantia exclusividade
sexual. Assim, aos homens — e somente a eles — era permitido e aceito a relação fora
do casamento, seja com mulheres ou com outros homens.
Mas como será que era a relação entre duas pessoas do mesmo gênero na antiguidade
grega? Para descobrir sobre o assunto, vamos seguir nossos estudos!
2.2.3 A homossexualidade na Grécia Antiga
Temos notícias de que, na Grécia Antiga, existiam relações homoeróticas, seja entre dois
homens ou duas mulheres, sendo esta última mais incomum.
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A relação com outros rapazes era culturalmente aceita, ainda que não houvesse união
entre duas pessoas do mesmo sexo como família. Funari (2011, p. 55, grifos do autor)
nos explica que havia, sim, “[...] relações sexuais e amorosas entre adultos e meninos
imberbes sem que, no entanto, houvesse culpa, ou a homossexualidade, no sentido de
relação exclusiva entre homens”. O autor ainda destaca três aspectos importantes a
serem considerados: os gregos não recebiam uma nomenclatura para essa prática —
como hoje seriam os gays —, eles simplesmente eram homens; esse era um
comportamento generalizado entre a elite grega, e não uma exceção; eles não deixavam
de se relacionar com mulheres também.
Funari (2011) também menciona que, embora nem todos se comportassem
sexualmente do mesmo modo, os camponeses não partilhavam da cultura sexual da
elite, mas não reprovavam as relações sexuais entre o mesmo sexo, já que era tido como
divino. No entanto, a sociedade grega reprovava os exageros, logo, aquele que
demonstrasse uma paixão exacerbada ou traços efeminados eram condenados
moralmente por falta de moderação.
Naquela época, nem tudo estava ligado ao sexo: dois homens poderiam se relacionar
amorosamente sem que houvesse contado físico sexual. Assim, um erastes (cidadão
adulto e com recursos financeiros) poderia escolher um eromenos (menino entre seus 12
e 18 anos e filho de um cidadão) para mostrar sua afeição por atos de generosidade e
simpatia. Dessa forma, os limites do autocontrole permitido nesse tipo de relação, que
deveria ser consensual, não eram excedidos (SOUZA, 2009).
O filme “Alexandre, o Grande”, retrata com exagero a relação homoerótica na antiguidade. Fazendo uma
crítica histórica, é possível perceber os elementos da cultura grega em meio à cultura macedônica e às
características do helenismo propagado por Alexandre. Vale a pena assistir e analisar os aspectos da época! 
Para além das relações entre dois homens, haviam, também, as relações entre duas
mulheres. Contudo, elas não são retratadas com tanta evidência, o que nos leva a
considerar que não eram muito comuns.
VOCÊ QUER VER?
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Somente as poesias de Safo nos indicam que existiram relações homoeróticas entre
mulheres. A poetisa se estabeleceu em Lesbos, de onde teria se correspondido com
outras damas e escrito seus versos. Aliás, seus escritos são uns dos primeirosque
contam sobre essa relação da forma que conhecemos hoje, chamada de Lesbianismo.
Essa conduta ficou marcada justamente por conta de Safo em Lebos (LEITE, 2006).
Assim, podemos entender que a relação na antiguidade entre duas pessoas do mesmo
sexo poderia ser comum, no entanto, está longe do que acreditamos ou vivemos
atualmente.
Vejamos, agora, um pouco mais de dois elementos que compunham a sociedade
gregas: a democracia e a filosofia. 
2.3 A democracia e a filosofia em Atenas
sob o olhar da História: Sócrates, Platão e
Aristóteles
Os gregos foram os primeiros a pensarem em um sistema político com mais
participação dos cidadãos, iniciando o que conhecemos como democracia, a qual foi
bastante debatida pelos filósofos grego, principalmente Sócrates, Platão e Aristóteles.
Devemos aos gregos o seu início, e aos filósofos a sua discussão.
Assim como devemos ter cuidado ao estudar o gênero na antiguidade, também
precisamos estar atentos ao estudar a democracia da Grécia, que, embora seja a base
da nossa, difere do que vivemos hoje. A começar pela cidadania, que era vista com
outros olhos. Não bastava viver ou ter nascido na cidade grega, era preciso preencher
uma série de requisitos, como ser do sexo masculino e ter nascido de um cidadão grego
casado legitimamente com uma mulher grega.   Além disso, escravos, mulheres e
estrangeiros não eram considerados cidadãos, ou seja, não participavam da vida
política da cidade.
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Foram os filósofos que difundiram esse sistema político e que buscaram discutir e
apontar os melhores caminhos que deveriam ser seguidos pelos governantes do
mundo. Portanto, a partir de agora, estudaremos as características da democracia
ateniense e como a filosofia se desenvolveu na Grécia Antiga.  
2.3.1 A democracia na antiguidade grega
Atenas é considerado o modelo grego da democracia, que nem sempre esteve em vigor,
mas que retornava com o apoio dos cidadãos. Diferentemente de todos os outros
governos — como a monarquia, a qual o poder estava na mão de uma só pessoa; ou a
oligarquia/aristocracia, que estava nas mãos de poucos —, a democracia era o governo
do povo, conquistada após a pressão popular, principalmente dos comerciantes.
Lessa (2008, p. 62) faz alguns apontamentos sobre a democracia ateniense, destacando
que a “[...] dinâmica da democracia implicava em debate, em circulação de
informações, em exposição pública, em colocar o poder no centro, na elegibilidade, na
rotatividade, na anuidade e na coesão social”. Ainda de acordo com o historiador, o
exercício pleno da democracia culminava na Assembleia (Ekklésia), onde a participação
massiva era o fundamento da polis democrática.
Somente os cidadãos com 18 anos ou mais poderiam intervir nas assembleias, o que
não necessariamente condizia com a totalidade da população. De acordo com Funari
(2011), em 431 a.C., haviam 310 mil habitantes na Ática (região que compreendia tanto a
parte urbana quanto a rural da cidade de Atenas), dos quais somente 70 mil poderiam
participar da vida política, já que estrangeiros, escravos e mulheres não tinham
qualquer direito político.
De acordo com Lessa (2008, p. 61, grifos do autor), Heródoto concretiza o “[...] ideal de
liberdade em um dos princípios fundamentais da democracia ateniense, a saber: a
isegoría.”, que, em linhas gerais, significa ter direito igual à palavra, ou seja, expressar
uma opinião.
Outros dois elementos que caracterizam a democracia ateniense é a igualdade com
relação aos outros cidadãos perante a lei (isonomia) e a liberdade individual.  
Segundo Funari (2011, p. 36), a Assembleia se reunia pelo menos 10 vezes no ano, com
três encontros extraordinários para cada uma das reuniões. As proposições discutidas
eram enviadas para um conselho (Bulé), formados por 500 homens sorteados, “[...] onde
eram comentadas e emendadas, e retornado então para serem aprovadas na
assembleia”.
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Dessa forma, cabia a Assembleia e a Bulé a escolha dos magistrados que iriam executar
suas decisões, com poderes para manter a ordem e o respeito às leis e aos decretos.
Esses magistrados poderiam ser eleitos, caso fosse um cargo que requeria uma
habilidade especial, como estratégia militar ou de arquitetura, ou sorteados entre os
candidatos. Funari (2011, p. 38, grifos nossos) aponta que, assim, os gregos “[...]
punham nas mãos dos próprios deuses a escolha, já que a sorte era uma deusa – Tykhê”.
A democracia ateniense contava, também, com um tribunal popular (Heleia), composto
por juízes escolhidos por sorteio, podendo chegar a 600 cadeiras. De acordo com Mossé
(2004), ao tribunal cabia julgar as causas privadas e públicas, que eram direcionadas
pelos cidadãos da polis. Além disso, havia um segundo tribunal (Areópago), formado
pelos antigos, que julgava as mortes da cidade ateniense.
Conforme Funari (2011, p. 39), “A democracia de Atenas era um regime em que os
relativamente pobres tinham um poder considerável, algo inédito e, até hoje, muito raro
em toda a História da humanidade”. Sendo assim, na democracia ateniense, todos os
cidadãos podiam participar da vida política, e todo homem nascido de um ateniense e
uma ateniense poderia usufruir dos direitos da polis, independentemente de sua
condição financeira.
Entretanto, outra herança que temos do mundo grego é a filosofia, que teve grandes
nomes vindos da Grécia, os quais, inclusive, discutiram os assuntos políticos de suas
polis. Vejamos agora um pouco mais sobre o início da filosofia ocidental. 
2.3.2 A Grécia: berço da �loso�a ocidental
A Grécia Antiga nos legou muito em diversas áreas do conhecimento e da cultura, como
nas artes, na literatura, na música e na filosofia. Esta última, no entanto, só começou a
ficar conhecida a partir do século V a.C. De forma literal, o termo significa “amigo da
sabedoria” (MOSSÉ, 2004).
Inicialmente, a filosofia se preocupava em buscar a origem do mundo, os aspectos da
natureza e o estudo dos astros celestes, a fim de compreender o mundo que estava a
seu redor. Esse período, que contou com Xenófanes, Parmênides, Tales de Mileto e
Heráclito, anos mais tarde foi reconhecido como pré-socrático, o que nos mostra a
importância dos questionamentos de Sócrates. Sócrates, Platão e Aristóteles, por sua
vez, foram figuras muito representativas da filosofia grega, tanto que você já deve ter
esbarrado com o nome deles em algum momento de seus estudos.
Sócrates deu uma nova proposta para a filosofia, centrando-a no homem. Ou seja, ele
deixou de buscar as origens do universo, e começou a pensar nos elementos da vida
humana, como o conhecimento, os valores morais e estéticos, entre outros aspectos.  
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Ainda que só conheçamos seu trabalho por escritos de outros filósofos, uma vez que
não deixou seus estudos em escrito, a filosofia de Sócrates foi tão importante e
marcante que o período antecedente a ele ficou conhecido como pré-socrático. Já o
período em que o filósofo viveu e influenciou diretamente com sua forma de enxergar o
mundo, ficou conhecido como socrático, sendo posterior de helênica.  
Xenofonte foi um soldado e discípulo de Sócrates, autor de inúmeros tratados práticos. Suas obras também
guardam os pensamentos do filósofo, sendo de grande importância para o estudo sobre Sócrates também.
Podemos conhecer mais sobre os dois personagens na obra “Apologia de Sócrates”, escrita por Xenofonte.
Figura 6 - Embora não tenhamos escritos de Sócrates, ele foi representado em diversas esculturas. Fonte:
vangelis aragiannis, Shutterstock, 2018.
VOCÊ O CONHECE?
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Um dos principais discípulos de Sócrates foi Platão, o qual nos brindou com as ideias de
Sócrates e as suas próprias, legando, ainda, obras sobre os programas de cidades
ideais, marcando sua importância como pensador político, principalmente com as
obras “República” e “Leis” (MOSSÉ, 2004). Nas duas obras de Platão, é notória a crítica
feita ao sistema democrático, sendo que ele foi o primeiro a elaborar uma reflexão
sistemática sobre a democracia. Para o filósofo, o governo deveria ser exercido por
aquele que tem conhecimento e que o busque, constantemente, como prever as leis.
Aristóteles, assim como seu mestre, Platão, também elaborou teorias sobre política.
Aliás, muito do que conhecemos do sistema democrático ateniense se deve a esses dois
filósofos. Em sua obra “Politéia”, Aristóteles descreveu os sistemas políticos que eram
encontrados no seu período, incluindo a democracia. É dele a frase “a democracia é o
governo dos homens livres”, no entanto, o filósofo não vê esse tipo de governo como o
melhor em todas as situações. Para ele, cada povo se adapta a um regime de governo.
Na sequência, veremos com mais detalhes sobre cada um desses filósofos e de seus
pensamentos que influenciaram o mundo ocidental.  
2.3.3 Sócrates, Platão e Aristóteles 
A filosofia traz uma atitude crítica frente as questões que nos cercam, não estabelece
limites nem cerce o conhecimento que pode ser alcançado. Para ela, o importante é o
questionamento, que nos leva a sustentar os nossos valores de forma crítica e refletida.
Platão e Aristóteles colocam a admiração como o ponto inicial para o pensamento
filosófico. Nas palavras de Aristóteles (2012, p. 2), “Os homens começam e sempre
começaram a filosofar movidos pela admiração”.
Sócrates, por sua vez, nasceu e viveu na Atenas do século V a.C. Considerado um dos
fundadores da filosofia ocidental, ele não deixou nenhum escrito para posteridade, mas
o que sabemos sobre suas reflexões está nos textos militares de Xenofonte, nas
comédias de Aristófanes e, principalmente, nos textos filosóficos de Platão.
Mossé (2004) destaca que o filósofo ateniense gostava de caminhar por Atenas,
questionando todos aqueles a quem encontrava sobre os mais variados assuntos, com
a intenção de fazê-los medir a extensão da ignorância. Pela prática da maiêutica
(método de dialógico que Sócrates usava para buscar a verdade), convencia essas
pessoas de que era melhor sofrer injustiça do que cometê-la.
Platão foi o principal discípulo de Sócrates. Com seus diálogos, podemos identificar o
pensamento de seu mestre, que foi condenado à morte por cicuta, sobre a acusação de
abandonar os deuses reconhecidos pelo Estado e introduzir novos, além de ter
corrompido com a juventude. Assim, entre ficar sem passar seus conhecimentos e a
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morte, Sócrates ficou com o desconhecido, e, antes de partir, proferiu a seguinte frase:
“Mas eis a hora de partir: eu para a morte, vós para a vida. Quem de nós segue o melhor
rumo, ninguém o sabe, exceto os deuses.” (PLATÃO, Apologia, 42a).
Após a condenação e a morte de seu mestre, Platão se afastou da atividade política e
fundou a Academia, onde podia lecionar em Atenas. Lá, fez inúmeros discípulos, entre
eles, Aristóteles. Platão adotou a forma de diálogo do seu mestre, e, partindo dessa
técnica, retomou os problemas colocados por Sócrates sobre o Direito e o Bem, mas
para fazer de sua busca um ascetismo do qual apenas o homem filosófico era capaz,
sabendo que o mundo sensível era apenas o reflexo do mundo superior das ideias
(MOSSÉ, 2004). 
VOCÊ SABIA?
Que o termo “paixão platônica” — que se refere ao amor idealizado —, como conhecemos
atualmente, embora exista em referência a Platão, não expressa o que o filósofo pensava
sobre o amor? José Cavalcante de Souza, em sua tradução da obra “Banquete”, de Platão,
destaca que o amor, para o filósofo, seria só intelectual, sem aspectos físicos (SOUZA,
1972).
Aristóteles seguiu seu próprio caminho, levando consigo os ensinamentos de Platão, o
qual discordava em muitas coisas. Assim como seu mestre, o filósofo acreditava que,
para além do mundo sensível, existiam verdades abstratas e universais, mas,
diferentemente de Platão, achava que a melhor maneira de conhecer essas verdades
era a partir da observação do mundo sensível (MOSSÉ, 2004).
O filósofo tinha interesse por muitos assuntos, como biologia, botânica, fisiologia, física,
metafísica, lógica, música, ética, governo, entre outras áreas. Ele foi o primeiro a
sistematizar a ciências, chegando a cunhar terminologias (substância, categoria,
energia, princípio e forma) até hoje presentes no vocabulário científico e filosófico.
Aristóteles também criou sua própria escola, o Liceu, onde podia ensinar à sua maneira.
Eyler (2014, p. 187) resume a experiência dos dois últimos filósofos apontando que “[...]
tanto Platão quanto Aristóteles estavam preocupados com o desenrolar do mundo dos
homens e tentaram, cada qual à sua maneira, projetar modelos de cidade e leis que
reduzissem aquilo que eles identificavam como particularidade e imprevisibilidade
humanas”. Dessa forma, ao criticar a democracia, Platão também estava contribuindo
para que conhecêssemos um pouco mais sobre o sistema que vigorava em sua época.
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Da mesma forma, Aristóteles, ao fazer um balanço das diferentes formas de governo,
também nos dá um panorama do que podia ser encontrado no tempo da Grécia
Clássica.
Estudemos, agora, outra herança grega: o teatro, com suas particularidades e
características do mundo grego.
2.4 O teatro grego: a tragédia e a comédia
Você já foi a um teatro? Aliás, você sabia que os gregos já encenavam? O teatro foi um
dos legados culturais deixado pelo povo grego da antiguidade. Não com tantos
elementos como conhecemos hoje, nem com todas as variações presentes nas peças
atualmente, pois existiam apenas dois gêneros: a tragédia e a comédia, sendo o
primeiro o mais antigo.
O teatro no período da Grécia Clássica estava além de uma simples diversão ou
distração. Sua intenção também incluía quesitos religiosos e políticos. Na antiguidade,
era difícil dissociarmos a vida religiosa da política, a econômica da social, e vice e versa.
Afinal, todas as esferas estavam interligadas de uma forma ou de outra, e o teatro não
foi uma exceção.
Hoje em dia, temos acesso não só às peças escritas naquele período, mas também às
construções dos teatros. No entanto, das centenas de peças, poucas chegaram na
íntegra para nós, e todas de atenienses, como Ésquilo, Sófacles, Eurípedes e Aristófanes.
Suas obras nos permitem analisar as características da sociedade em que viviam, além
de darem margem para compreendermos o teatro grego da antiguidade. 
2.4.1 As características do teatro grego
Mossé (2004) acredita que o teatro é uma das manifestações mais esplêndidas da
civilização grega. Ela teria nascido no fim do século VI a.C. e no início do século V a.C.,
em Atenas, durante as festas com canções e danças em honra ao Deus Dioniso.
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Duas grandes festas aconteciam em homenagem ao Deus do vinho, as Leneias — que
ocorriam no fim do mês de janeiro — e as Grandes Dionísias — no final de março. Em
ambas, sob a presidência do arconte (magistrado), aconteciam os concursos dramáticos
onde eram representadas a tragédia e a comédia. Era uma grande cerimônia religiosa e
cívica que encerrava as festividades de homenagem ao deus Dioniso (MOSSÉ, 2004).  
De início, provavelmente, um coro cantava e dançavadiante de um altar e os espectadores
faziam um círculo ao redor. Conforme as apresentações foram se tornando mais
dramáticas, a estrutura manteve-se a mesma: um lugar circular diante de um altar,
circundado pela plateia circular em ascendente, em geral aproveitando a inclinação do
terreno. O caráter religioso só teatro nunca se perdeu, ainda que tragédias e comédias
tenham, gradativamente, se distanciado dos temas sagrados. (FUNARI, 2011, p. 72-73).
A estrutura do teatro grego se perpetuou por todo o Mediterrâneo, influenciando o
Império Romano e o mundo ocidental, principalmente depois do Renascimento
Cultural. Mossé (2004) chama a atenção para o fato de não só os cidadãos serem
convidados para prestar o tributo ao deus, os metecos (estrangeiros que viviam na polis
grega) e os estrangeiros, assim como os representantes das cidades aliadas, também
estavam presentes no tributo. 
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Segundo Vernant e Vidal-Naquet (2002), o teatro grego era composto pelo coro,
anônimo e coletivo cujo papel era expressar, através do medo, da esperança e do
julgamento, os sentimentos dos expectadores que compunham a comunidade cívica; e
pelo ator, figura individualizada da qual suas ações formam o centro do drama, sendo
visto como um herói de outra época, sempre mais ou menos estranho à condição
comum de cidadão. Dessa forma, o coro exercia um papel intermediário entre o ator e a
plateia, sendo ele, também, o responsável por narrar a história e conclui-la.
Em geral, a estrutura dos teatros era sempre a mesma, de formato circular e em
ascendente, conforme destaca Funari (2011). Além disso, os teatros contavam com a
orquestra, uma área circular de terra batida ou de pedra, situada no centro das
bancadas, local onde o coro atuava. No centro da orquestra, ficava um altar em honra a
Dioniso, o thymele.
O teatro também era composto pela skenê, ou seja, o cenário, que era o local para trocar
o figurino; e o proscenium onde atuava os atores, embora tinham a liberdade de ir até a
orquestra.
Figura 7 - Provavelmente, as máscaras do teatro grego não tenham sobrevivido ao tempo, mas suas
representações em esculturas ainda são evidentes. Fonte: dominique landau, Shutterstock, 2018.
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Os atores profissionais, diferentemente do coro, usavam máscaras, consideradas
símbolos do teatro, inclusive nos dias de hoje. Esses itens, de acordo com Vernant e
Vidal-Naquet (2002), distinguiam o ator da coletividade do coro e os integravam a uma
categoria social e religiosa estritamente definida: a dos heróis. Assim, eles se tornavam
a encarnação de um dos excepcionais seres pertencentes as lendas contadas.
Até hoje, são encenadas peças como “A Medeia”, de Eurípedes; “Prometeu acorrentado”,
de Ésquilo; e “Édipo”, de Sófocles. Os três autores trágicos mais conhecidos (FUNARI,
2011).
2.4.2 A tragédia 
A tragédia é o gênero mais antigo conhecido. De acordo com a tradição, foi Téspis quem
criou a tragédia ao introduzir um ator que falou com ele ao coro. Depois, Ésquilo teria
acrescentado um segundo ator, e, mais tarde, passando de três para quatro atores, o
que permitia o encontro em cena de vários personagens (MOSSÉ, 2004). Todos eram
homens, atores e cantores que usavam máscaras. 
Segundo Mossé (2004), as tragédias eram construídas, singularmente, de acordo com
um padrão idêntico. Tudo começa com um prólogo antes da entrada do coro, que, por
sua vez, expunha a situação. Depois, os párodos, a primeira intervenção do coro, e, em
seguida, a alternância de cenas e músicas faladas, até chegar a cena final ou ao êxodo.
Os temas das peças geralmente consistiam em um episódio particularmente
significativo do mito.         
Vernant e Vidal-Naquet (2002) apontam que, como gênero literário, a tragédia parece
dar expressão a uma particular experiência humana, que é ligada a especificas
condições sociais e psicológicas.
Para Aristóteles, a tragédia devia suscitar algumas emoções, como o terror e a piedade,
fazendo com que o espectador fosse levado a catarse, espécie de purificação da alma,
fonte do prazer estético. O filósofo grego não teria sido o primeiro a escrever sobre a
tragédia grega, no entanto, é ele que influencia o teatro e nos traz informações sobre
essa arte em sua obra “Poética”.
Ainda de acordo com o filósofo, a tragédia devia preencher três requisitos: personagens
de grande destaque, como heróis, reis e deuses; uma linguagem própria; e um final
triste, que, em linhas gerais, deveria mostrar o desastre que acontecia com os
personagens orgulhosos que não aceitavam seu destino. 
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O portal Domínio Público possui disponível várias obras abertas ao público, entre elas, a obra de Sófacles:
“Édipo Rei”. Nela, temos a história do um menino adotado que, conforme mostra seu destino, tentará matar o
pai e desposar a mãe, mas foge para que a cena não aconteça de fato. Você pode acessar a obra completa no
link: <http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=2255
(http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=2255)>.
A história de “Édipo” foi levada para a psicologia por Sigmund Freud, para descrever o
complexo em que o homem busca em sua companheira características da mãe,
sentimento conhecido como “complexo de Édipo”. Com personagens intensos, histórias
de passados heroicos remotos e com grande significado para a cidade, Eyler (2014)
ressalta que, no teatro, os heróis, como personagens, podem falar por seu próprio
nome, diferentemente do que ocorria com os poetas. De acordo com a autora, a “[...]
encenação permitia aos espectadores o reconhecimento da força da tradição e conferia
um mínimo de garantia aos cidadãos.” (EYLER, 2014, p. 107).
A tragédia tinha sua importância para a democracia, principalmente na manutenção de
sua mentalidade e história, pois, além dos mitos, tinha a política como temática.
Entretanto, outro gênero também ficou marcado nessa época: a comédia.
2.4.3 A comédia
Muitas obscuridades permanecem quanto ao nascimento da comédia. Sabe-se que ela
só ficou conhecida 50 anos após a tragédia, mas onde teria iniciado é um mistério para
os pesquisadores. De acordo com Mossé (2004), seu surgimento se deu com o cômos,
coro falado e cantado que acompanhava as cerimônias do culto de Dionísio.
Com uma temática mais livre, a comédia pode falar de situações imaginárias em um
contexto político real, por meio de circunstâncias extravagantes, em que os políticos
não satirizados e a guerra é questionada (MOSSÉ, 2004). Em determinados momentos,
ela também passa a falar de assuntos mais privados, intrigas apaixonantes, sentimentos
com tipos sociais típicos, como o cozinheiro, o soldado, a cortesã e o parasita, além das
ironias políticas e críticas às instituições e filósofos.
VOCÊ QUER LER?
http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=2255
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Mossé (2014) ainda aponta que as alusões à política já não estão mais presentes na
comédia, por outro lado, as intrigas apaixonadas, o reconhecimento das crianças
perdidas e as cortesãs tomam o primeiro lugar. Nesse momento, o coro desaparece e a
peça passa a se articular em cinco atos. Esse tipo de comédia influenciou todo o mundo
helenístico e inspirou a comédia latina.  
Aristófanes é considerado o maior representante da comédia grega clássica. Um grande
exemplo é a peça “Lisístrata: a Greve do Sexo”.
CASO
Aspeças gregas são uma documentação riquíssima para se entender a cultura
grega. Imagine que, em uma escola, a professora de História, sabendo disso,
resolveu levar uma peça para dentro da sala de aula. Sua escolha foi “Lisístrata: a
Greve do Sexo”, de Aristófanes, que narra a história de uma mulher ateniense em
busca de uma luz para encerrar o conflito entre as cidades-estados gregas,
trazendo a paz e seus maridos de volta para casa.
Ao trabalhar com ela em sala, muitas discussões foram geradas, como o papel da
mulher e a sexualidade na Grécia Antiga. Os alunos, curiosos, queriam saber mais
sobre o assunto e fizeram muitos questionamentos.
A professora, então, utilizou a própria história da peça e o que havia explicado
durante as aulas para esclarecer alguns pontos. Com isso, ela instigou a
discussão, ampliando as possibilidades de entendimento da cultura grega, além
de ter incentivado os alunos a fazerem novas leituras. 
Na história, Lisístrata propõem as mulheres de todas as cidades gregas uma greve de
sexo, para que seus maridos parem de guerrear. Ao final da peça, ela consegue seu
intento ao discursar para os embaixadores de Atenas e de Esparta sobre os impactos da
guerra. Essa peça, inclusive, pode ser trabalhada de diferentes formas, com a intenção,
por exemplo, de representar o papel da mulher na sociedade grega daquele período.
Temos acesso a muitas peças gregas que retratam a sociedade grega de seu período,
seja em uma tragédia, seja em uma comédia. Essas peças que podem ser lidas para
proveito, para estudo e para trabalhar em sala de aula. 
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Síntese
Chegamos ao final do primeiro capítulo! Você concluiu seus estudos sobre a sociedade
grega do período clássico, analisando as características sociais, culturais e políticas da
época. Com essa discussão, esperamos que você se sinta competente para refletir e
discutir em sala de aula as características da Grécia Clássica, bem como para buscar
novas bibliografias e enriquecer seus estudos.
Neste capítulo, você teve a oportunidade de:
analisar a história da História e como os gregos viam as narrativas do passado;
compreender como a mulher e a homossexualidade eram vistas na Grécia
Clássica;
entender a democracia ateniense e a sua relação com Sócrates, Platão e
Aristóteles;
conhecer as principais características do teatro grego, tanto na tragédia quanto na
comédia.
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