Buscar

Histologia e Embriologia Oral - Dentinogênese

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Histologia e Embriologia Oral 
Dentinogênese 
 
Na odontogênese, durante a ​fase de           
coroa a papila dentária e os odontoblastos             
secretam ​dentina​. Esse processo, que         
ocorre de maneira centrípeta (de fora para             
dentro), é chamado de Dentinogênese. 
Embora a dentina e a polpa sejam             
tecidos histologicamente distintos,     
normalmente são consideradas uma única         
entidade. Isto ocorre porque estes tecidos           
estão intimamente relacionados, devido à         
estrutura tubular da dentina. 
A dentina e a polpa se originam da               
papila dentária​. As células da periferia da             
papila dentária (polpa primitiva)       
diferenciam-se em ​odontoblastos​, que são         
as células responsáveis pela formação da           
dentina. 
 
Mas o que é dentina? 
“​A dentina é um tecido mineralizado de             
natureza conjuntiva que constitui a maior           
parte da estrutura do dente, sendo recoberta             
pelo esmalte, na porção coronária, e pelo             
cemento, na porção radicular​”. Ela é           
produzida lentamente durante toda a vida           
vida do dente (aposição centrípeta), ao           
contrário do esmalte (aposição centrífuga),         
que é formado durante a ​amelogênese​.  
 
Características gerais da dentina 
- Avascular; acelular; 
- 70% minerais (hidroxiapatita); 12% água; ​18%           
matriz orgânica (90% componentes       
colágenos, sendo: 85% colágeno tipo I; 5%             
colágeno tipo III e V; 10% componentes não               
colágenos): 
- Cor amarelada; 
- Apresenta os prolongamentos dos       
odontoblastos que estão dentro dos túbulos           
que a percorrem desde a polpa até a junção                 
amelodentinária; 
- Dureza maior que a do osso, entretanto,             
menor que a do esmalte. 
 
Mas o que é polpa? 
“​é um tecido conjuntivo não mineralizado           
rodeado inteiramente pela dentina. A polpa           
se comunica com o ligamento periodontal,           
outro tecido conjuntivo, pelo forame apical e             
pelas foraminas acessórias.​” 
 
As células responsáveis pela produção         
da dentina, como dito anteriormente, são os             
Odontoblastos​, que se originam a partir das             
células da periferia da papila e que estão               
próximas ao epitélio interno do órgão do             
esmalte. Eles têm como características         
gerais: 
● Morfologia variada: colunares altas na coroa,           
colunares baixas na região mediana e cubóides             
na raiz (são também mais numerosos na raiz); 
● Ricos em organelas secretoras; 
● Apresentam prolongamentos com poucas       
organelas, porém, ricos em microtúbulos que           
atuam no transporte de vesículas e presença de               
lisossomos que sugere a atividade enzimática           
por metaloproteinases (degradação de       
elementos da pré-dentina durante a         
dentinogênese) 
● Muito polarizados (núcleos basais); 
● Unidos lateralmente por zônulas de adesão e             
mais lateral-cranial por junções comunicantes e           
oclusivas. 
 
Classificação da dentina ​(tipos de         
dentina) 
Leva em consideração três aspectos: 
● Localização​: 
 
Vinícius Bandeira | @viniciusbdentista 
Histologia e Embriologia Oral 
 
- Dentina do manto​: é a primeira a ser               
formada pelos odontoblastos (que       
ainda estão em diferenciação) e         
localiza-se próxima à Junção       
Amelodentinária, junto ao esmalte (na         
coroa). É secretada por odontoblastos         
imaturos (pré-odontoblastos) e possui       
uma matriz menos mineralizada (4%),         
pois a mineralização inicia-se nas         
vesículas da matriz (deposição de         
cristais de hidroxiapatita) quando uma         
fina camada de pré-dentina já é           
depositada. 
 
- Dentina circumpulpar​: formada quando       
termina a dentinogênese do manto (por           
isso fica subjacente ao manto), é           
secretada ao redor da polpa e por             
odontoblastos diferenciados (maturos),     
tanto na coroa como na raiz. Quanto à               
produção, é feita por APOSIÇÃO,         
enquanto os odontoblastos recuam em         
direção à papila dentária; representa a           
maior parte da dentina e delineia a             
câmara pulpar. Por ser muito         
mineralizada, apresenta poucas fibras       
colágenas, o que dá uma organização           
mais aleatória. 
 
● Padrão de mineralização 
- Dentina Interglobular; 
- Dentina Granulosa de Tomes; 
- Dentina Esclerótica 
● Padrão de desenvolvimento 
 
onde, 2 - Primária, 1 - Secundária 
 
- Dentina primária​: se forma até         
completar o ápice radicular, a que é             
depositada após essa primeira etapa é           
secundária. 
- Dentina secundária​: é produzida mais         
lentamente e para o resto da vida; difere               
morfologicamente da primária apenas       
na direção dos trajetos nos túbulos           
dentinários. 
- Dentina terciária​: pode ser de dois tipos:             
reacional e reparativa. Os fatores de           
agressão estimulam a produção da         
dentina do tipo REACIONAL, nesse caso,           
os odontoblastos produzem uma       
dentina irregular (sem estrutura tubular         
ordenada) para reagir rápido e se           
afastar do estímulo. Já a dentina           
reparativa é produzida por células         
indiferenciadas da polpa quando os         
odontoblastos “primários” são     
destruídos. Ela apresenta composição       
semelhante ao tecido ósseo primário         
(tubular), por isso, é chamada de           
DENTINA OSTEÓIDE. 
 
Etapas de formação da dentina: 
A dentinogênese pode ser separada em           
diferentes etapas: 
● Diferenciação dos odontoblastos​: nessa       
fase, as células do epitélio interno do             
órgão do esmalte passam por um           
processo de diferenciação, tornando-se       
cilíndricas e passando a chamar-se         
pré-ameloblastos​. Além disso, outras   
mudanças ocorrem na papila dentária         
subjacente, as células     
ectomesenquimais da periferia da       
papila passam a ser chamadas de           
pré-odontoblastos​. Elas aumentam de       
tamanho graças ao desenvolvimento de         
organelas de síntese de secreção de           
proteínas e diferenciam-se nas células         
Vinícius Bandeira | @viniciusbdentista 
Histologia e Embriologia Oral 
que formarão a dentina (amelogênese),         
os ​odontoblastos​. 
Essa diferenciação é influenciada pelos         
pré-ameloblastos, já ação do epitélio interno           
do órgão do esmalte sobre as células da               
papila dentária é mediada pela lâmina           
basal. Ademais, é controlada pela interação           
entre as células epiteliais e         
ectomesenquimais através da secreção de         
mensageiros químicos provenientes do dos         
pré-ameloblastos, que secretam     
mensageiros diretos que se ligam aos           
receptores específicos presentes nas       
membranas das células mesenquimais       
(indiferenciadas). 
Durante a diferenciação dos       
odontoblastos, tanto o colágeno da lâmina           
basal quanto a matriz orgânica da papila             
dentária se deslocam para a periferia,           
fazendo com que o caminho fique livre para               
que a interação celular ocorra. 
● Formação da dentina coronária​: (Matriz         
orgânica; Dentina do manto; Dentina         
circumpulpar); 
- Matriz orgânica​: “​a matriz é composta           
por dois tipos de componentes: fibrilar           
(fibras colágenas) e substância fundamental         
interfibrilar (entre as fibras colágenas). O           
principal componente orgânico é o colágeno           
do tipo 1 (85% da matriz) com pequena               
porção de colágeno do tipo 5 e outras               
proteínas não-colágenas. Todas essas       
proteínas são sintetizadase secretadas         
pelos odontoblastos. A atividade secretora         
desta célula se manifesta até o pólo             
proximal, por onde a célula secreta           
pré-dentina a qual passa a ocupar o espaço               
entre o órgão do esmalte e os             
odontoblastos.​” 
- Dentina do manto​: começa com a           
secreção dos principais componentes da         
matriz orgânica, sendo as fibrilas colágenas           
os elementos mais numerosos. Além dela,           
tem-se também as vesículas da matriz, que             
são compartimentos formados nos       
odontoblastos, que contém cristais de         
mineral e são revestidos por uma           
membrana muito semelhante à membrana         
celular. 
Os pré-ameloblastos se diferenciam em         
ameloblastos após a deposição dos         
primeiros componentes da matriz orgânica         
da dentina. Estes, por sua vez, emitem             
processos curtos, que fazem contato com           
os processos curtos dos odontoblastos e           
vesículas da matriz. Desse modo, os           
processos curtos se juntarão formando um           
prolongamento, que vai ocupando espaço         
um espaço na dentina à medida que o               
odontoblasto se movimenta em direção à           
papila dentária. E esse prolongamento         
ocupará um espaço da dentina em           
formação, chamado de ​túbulo dentinário​. 
Já a mineralização da dentina do manto             
começa com a deposição de cristais de             
hidroxiapatita nas vesículas da matriz, logo           
após a formação de uma fina camada de               
matriz orgânica. Essa camada inicial de           
dentina recebe o nome de dentina do             
manto, pois os odontoblastos ainda estão           
em diferenciação e ainda estão imaturos. 
- Dentina circumpulpar​: “​após estarem       
completamente diferenciados, os     
odontoblastos começam a produzir a         
dentina circumpulpar. Eles se deslocam em           
direção ao centro e continuam depositando           
moléculas de matriz orgânica, as fibrilas           
continuam em maior quantidade, só que           
mais finas e posicionadas ao longo-eixo do             
túbulo dentinário. Além do colágeno, o           
restante dos componentes da matriz         
extracelular é secretado quase       
exclusivamente pelos odontoblastos, por       
causa dos complexos juncionais entre suas           
membranas plasmáticas distais. Essas       
junções oclusivas restringem parcialmente a         
passagem de substâncias por via         
intercelular. Assim, moléculas promotoras da         
mineralização, permanecem no interior da         
matriz e associam-se com as fibrilas           
colágenas, possibilitando sua calcificação na         
ausência de vesículas. A dentina do manto             
Vinícius Bandeira | @viniciusbdentista 
Histologia e Embriologia Oral 
está adjacente à pré-dentina, camada que,           
quando mineralizada, constitui a primeira         
camada da dentina circumpulpar.” 
A mineralização da dentina ocorre pela           
formação de glóbulos de calcificação que           
crescem e coalescem para que ocorra a             
deposição de mineral. Esses glóbulos de           
calcificação fornecem um material de         
nucleação para a deposição de minerais,           
contudo, a mineralização nem sempre         
apresenta um padrão regular, porque a           
aposição dos cristais de apatita ocorre em             
vários pontos de uma vez, deixando um             
espaço entre elas, formando a dentina           
interglobular (pouco mineralizada). 
 
● Formação da dentina radicular​: 
Na fase de raiz, são as células da               
bainha de Hertwig que induzem os           
odontoblastos a se diferenciarem para         
iniciar a dentinogênese radicular. Ela se           
inicia após a amelogênese ter sido           
completada e após a deposição da dentina             
coronária. Todavia, é válido salientar que           
não se forma esmalte sobre a dentina             
radicular, então as células epiteliais não se             
diferenciam em ameloblastos,     
diferentemente da coroa. Posteriormente a         
bainha de Hertwig se fragmenta, formando           
os restos epiteliais de Malassez. 
As principais diferenças entre a         
dentinogênese radicular da coronária são os           
odontoblastos, que apresentam seus       
prolongamentos mais ramificados na sua         
extremidade distal, possuindo corpos       
menos alongados e que, radicular as fibras             
colágenas são mais espessas, a disposição           
é paralela e os prolongamentos dos           
odontoblastos são mais ramificados,       
formando a ​camada granulosa de tomes​. 
 
 
 
 
● Formação da polpa​: durante a fase de             
campânula, na odontogênese, as células         
ectomesenquimais sob influência dos       
pré-ameloblastos, param de se dividir,         
aumentam de tamanho e começam sua           
diferenciação em odontoblastos. Ou       
seja, a pola deriva das células           
ectomesenquimais, mais   
especificamente das células da papila         
dentária. Quanto a vascularização, se dá           
por ramos da artéria alveolar, e a             
inervação ocorre quando a fase de           
coroa, já está estabelecida. 
Vinícius Bandeira | @viniciusbdentista

Continue navegando