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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ – UNESPAR 
CAMPUS DE UNIÃO DA VITÓRIA 
COLEGIADO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS 
 
 
 
 
JESSICA MARIA MOURA 
STEPHANY PAULA GRYCZAK 
 
 
 
 
RELATÓRIO: INSETOS 
 
 
 
 
 
 
 
UNIÃO DA VITÓRIA 
2017 
ORDEM DIPTERA: Linnaeus, 1758 (di = dois; ptera= asas) 
Apenas as asas anteriores são funcionais; as posteriores são modificadas 
(balancins ou halteres). Este grupo é formado pelas moscas, mosquitos, 
pernilongos, borrachudos, mutucas, varejeira, moscas-da-fruta etc. (GALLO et al, 
2002) 
Cabeça móvel, com olhos compostos grandes, laterais, ocupando grande 
parte da cabeça. Ocelos ausentes ou em número de três, ocupam o vértice numa 
disposição denominada triângulo ocelar; antenas filiformes, plumosas, aristadas, 
estiliformes etc. Aparelho bucal sugador labial, com o lábio alongado e sulcado 
formando a probóscida ou tromba. Nos Cyelorrhapha, o adulto rompe o pupário por 
meio da pressão exercida pelo ptilino, que é uma estrutura saculiforme que se 
everte da parte frontal da cabeça, acima das antenas. Após a emergência, o ptilino é 
recolhido e permanece um suco em forma de U invertido denominado fissura ptilinal. 
Entre a base das antenas e a fissura ptilinal há um pequeno esclerito chamado 
lúnula. (GALLO et al, 2002) 
Mesotórax, em geral, desenvolvido, com um par de asas membranosas com 
nervuras mais ou menos ramificadas. Na base das asas de alguns dípteros há uma 
expansão membranosa em forma de concha chamada caliptra. O par posterior de 
asas é atrofiado, sendo chamados de alteres ou balancins, composto de uma parte 
afilada, o pedicelo, e uma dilatação na extremidade, o capítulo. Tem função de 
equilíbrio durante o vôo. Pernas ambulatórias. Abdome com o 1° segmento bastante 
reduzido, fundido ao 2°. Os últimos são transformados em genitália, que nas fêmeas 
de certos grupos são em forma de tubo, que encerra o acúleo através do qual o ovo 
é colocado endofiticamente como nas moscas-das-frutas. (GALLO et al, 2002) 
Pode-se apresentar dimorfismo sexual, por exemplo, pernilongos: fêmeas 
com antenas filiformes e aparato bucal desenvolvido, machos com antenas 
plumosas e aparato bucal atrofiado; mosca-do-mediterrâneo: macho com cerdas 
cefálicas em forma de espátula, fêmeas sem esse tipo de cerdas e últimos 
segmentos abdominais tubulares; de modo geral, os machos são holópticos (olhos 
compostos quase se tocam) e as fêmeas dicópticas (olhos compostos separados). A 
reprodução em geral é sexuada; a maioria é ovípara, existindo, porém espécies 
vivíparas. A forma dos ovos é bastante variada. Quando a postura se efetua em 
meio líquido, os ovos têm estrutura especial para a flutuação. Desenvolvimento por 
holometabolia. Larvas geralmente do tipo vermiforme. Pupas móveis ou imóveis, 
envolvidas pelo pupário (exúvia do último instar larval), ocorrem no solo, na água, 
nas plantas etc. (GALLO et al, 2002) 
As larvas e os adultos têm hábitos bastante variados. As larvas podem se 
desenvolver tanto em meio aquático como terrestre. Assim, são encontradas larvas 
de dípteros desenvolvendo-se em água doce e até em líquidos como petróleo 
(Psilopa pretolei) e licores fermentados (Drosophila melanogaster). As larvas que se 
desenvolvem em meio terrestre vivem à custa de matéria orgânica em 
decomposição, carcaças de animais mortos, excrementos; outras são pragas na 
agricultura ou inimigos naturais de insetos ou parasitas, tanto do homem como de 
animais. Os adultos, em geral, são terrestres e polígafos, alimentando-se de 
inúmeras substâncias. Podem ser hematófagos ou alimentar-se de substâncias 
açucaradas, néctar, suor etc., além dos regimes alimentares mencionados para as 
larvas. A maioria dos dípteros é de vida livre, mas existem espécies parasitas, na 
forma adulta. Muitas espécies apresentam importância agrícola, médica e 
veterinária. (GALLO et al, 2002) 
ORDEM LEPIDÓPTERA: Linnaeus, 1758 (lepidon= escama; ptera= asas) 
Reúne as borboletas e mariposas. Asas membranosas cobertas por escamas 
que se destacam facilmente; aparelho bucal sugador maxilar, que fica enrolado em 
repouso (espirotromba). Com esses caracteres, separam-se facilmente dos demais 
insetos, com exceção dos tricópteros e alguns neurópteros, que apresentam 
algumas semelhanças externas com os lepidópteros. As formas jovens (larvas) são 
denominadas lagartas. É justamente nessa fase que são prejudiciais à agricultura, 
pois as lagartas são fitófagas. (GALLO et al, 2002) 
A cabeça dos adultos é geralmente arredondada e mais estreita que o tórax, 
densamente recoberta de pêlos e escamas como o restante do corpo. Olhos 
compostos com muitos omatídeos. Ocelos geralmente escondidos pelas escamas e 
situados entre os olhos. Antenas inseridas próximo ao bordo interno dos olhos, são 
mais ou menos alongadas, de vários tipos, mas principalmente clavadas, filiformes, 
fusiformes, pectinadas; muitas vezes possibilita a separação dos sexos e espécies. 
Aparelho bucal sugador maxilar, formando típica espirotromba ou probóscida (gáleas 
das maxilas alongadas e adaptadas umas à outra); palpos labiais normais; 
mandíbulas geralmente atrofiadas. (GALLO et al, 2002) 
Tórax constítuido por três segmentos reunidos num só bloco, recoberto por 
escamas; mesotórax mais desenvolvido que os outros dois. Pernas de tamanho 
variável e delicadas, com as tíbias providas de esporões; tarsos pentâmeros. Alguns 
lepidópteros apresentam o primeiro par de pernas atrofiado. Dois pares de asas 
membranosas, cobertas de escamas, sendo o primeiro par geralmente mais 
desenvolvido. Podem ocorrer casos de dimorfismo sexual em que o macho é alado e 
a fêmea áptera. As escamas que recobrem as asas e o corpo têm origem nas 
cerdas, isto é, são células epidérmicas evaginadas e achatadas, de tamanho e 
formas variáveis, que se dispõem em forma imbricada, resultando de várias estrias, 
que de tão próximas e perfeitas causam uma difração da luz que incide sobre as 
asas, dando as colorações metálicas. Além dessas colorações estruturais, existem 
as cores resultantes das escamas pigmentadas de branco (uratos), amarelo e 
vermelho (carotenóides) e escuras (melanina) etc. Os desenhos e coloração 
formados pelas escamas são ultilizados na separação das espécies.Existem ainda 
várias escamas especializadas chamadas plúmulas, ligadas a glândulas secretoras, 
de fluido odorante e que influem na aproximação dos sexos, e escamas sensoriais 
distribuidas pelas asas. As escamas desprendem-se das asas quando tocadas, e se 
atingirem os olhos podem causar conjuntivite, mas não causam cegueira. (GALLO et 
al, 2002) 
O acoplamento das asas anteriores com as posteriores faz-se de vários 
modos: na subordem Monotrysia é por meio de uma subprojeção, chamada jugo,da 
asa anterior que se prende a uma dilatação da asa posterior. Na subordem Ditrysia 
(mariposas), o acoplamento é por meio de uma cerda (ou várias) chamada frênulo 
situada na asa posterior e que se prende a um tufo de cerdas ou em uma dobra da 
asa anterior, o retináculo. Em outras espécies de Ditrysia (borboletas), o 
acoplamento é do tipo amplexiforme, isto é, a área anal da asa anterior fica sobre a 
área costal expandida da asa posterior. O sistema de nervação dos lepidópteros é 
característico, sendo usado na classificação. (GALLO et al, 2002) 
Em geral, as nervuras formam uma célula basal ou discal na base da asa e 
dela parte, em forma radiada, várias nervuras simples. Na maioria dos lepidópteros, 
as asas posteriores têm menos nervuras do que as anteriores. O abdome é 
geralmente cilíndrico, alongado, formado por 10 urômeros; recoberto por escamas e 
sem cercos. A genitália, juntamente com as nervuras das asas, permite a 
identificação das espécies de lepidópteros. Na maioria das espécies, a genitália do 
macho abre-se no urômero IX- X e da fêmea no VIII. Os lepidópteros apresentam, 
no metatórax ou no 1° urômero, fendas no interior das quais existe o tímpano, ao 
qualse prendem os orgãos cordotonais, sensíveis ao som. (GALLO et al, 2002) 
Apresentam, geralmente, caracteres sexuais secundários que diferenciam os 
sexos. Os principais são: tamanho – a fêmea é, em geral, maior que o macho; 
coloração – as fêmeas têm, em geral, cores menos vistosas que os machos; 
antenas – nos machos, em geral, são mais ornamentadas. São frequentes as 
variações de coloração (policromismo) entre representantes da mesma espécie e 
mesmo sexo. A cópula processa-se em geral apenas uma vez nos lepidópteros que 
não se alimentam na fase adulta e, por isso, vivem pouco. (GALLO et al, 2002) 
Em geral os lepidópteros têm reprodução sexuada, mas existem alguns casos 
de pertenogênese. Desenvolvimento por holometabolia. Postura no solo 
(lepidópteros primitivos) ou nos locais onde as lagartas se alimentam-se 
(lepidópteros mais evoluídos). Ovos geralmente agrupados, em número variável. O 
desenvolvimento embrionário é mais rápido ou mais demorado em razão da 
temperatura. Assim pode desenvolver-se em poucos dias, como também pode ser 
prolongado em alguns meses quando a temperatura é desfavorável. Em geral, os 
lepidópteros não se afastam muito do local onde se criam. Alimentam-se, 
normalmente, de néctar e outros sucos vegetais. Algumas espécies apresentam 
comportamento migratório. (GALLO et al, 2002) 
As lagartas são do tipo eruciforme. Cabeça distinta do resto do corpo, 
hipognata; aparelho bucal mastigador. Tórax com três segmentos igualmente 
desenvolvidos e cada um com um par de pernas. Abdome com 10 segmentos. Na 
maioria das lagartas, existem cinco pares de pernas abdominais ou falsas pernas 
(não permanecem no adulto), com colchetes (ganchos) na extremidade apical. A 
presença de colchetes é a principal característica para reconhecer as lagartas de 
lepidópteros, pois só ocorrem nelas. O s colchetes facilitam a locomoção nos ramos 
e galhos, mas estão presentes também nas lagartas que broqueiam as plantas. O 
número de falsas pernas é variável. (GALLO et al, 2002) 
As lagartas apresentam, geralmente, o corpo recoberto por cerdas ou pêlos, 
muitos dos quais são urticantes. Esses pêlos são ligados às glândulas secretoras e 
quebram-se com facilidade, liberando então a substância urticante que causa desde 
queimaduras ligeiras até, lesões mais intensas, formação de vesículas, reações 
ganglionares e febre. As lagartas desse tipo são conhecidas como taturanas. A 
distribuição e arranjo dessas cerdas são denominados quetotaxia e são de grande 
importância na identificação dos lepidópteros na forma larval. A coloração das 
lagartas é extremamente variável, mas geralmente apresentam coloração 
semelhante ao meio em que vivem, para evitar ataque de predadores. Assim, as 
lagartas que atacam folhas são geralmente verdes e as que vivem no solo, pardo – 
acinzentadas. (GALLO et al, 2002) 
As glândulas labiais,situadas entre o trato digestivo e a parte lateral do corpo, 
secretam o fio de seda. Na realidade são produzidos dois fios, formados pelas 
glândulas labiais, que, ao passar pelo canal excretor único (espinarete ou fiandeira), 
são unidos. O fio de seda se solidifica rapidamente ao atingir o exterior. Existem 
ainda glândulas que funcionam como meio de defesa,como é o caso das lagartas de 
Papilionidae que, ao serem tocadas, extrovertem um processo bífido, em forma de Y 
(osmetério), exalando odor desagradável e repelente. Após a eclosão, as lagartas 
procuram alimentar-se rapidamente e logo depois ocorre a primeira ecdise, 
crescendo e sofrendo outras mais, em geral de 5 a 8. (GALLO et al, 2002) 
 De modo geral, as lagartas são essencialmente fitófagas, atacando flores, 
folhas, frutos, sementes, troncos, haste e mesmo cogumelos. Existem algumas 
canibais e raramente predadoras. Ao completar o total desenvolvimento, deixam de 
alimentar-se e procuram um local adequado onde passam para a fase de pupa ou 
crisálida(quando ornadas com manchas prateadas ou douradas), do tipo obtecta. As 
pupas podem ser de vários tipos: Fixas: São aquelas que se prendem pela 
extremidade inferior e ficam de cabeça para baixo, ou presas horizontalmente por 
uma cinta de fio de seda; Nuas: É o caso das mariposas de Noctuidae e Sphingidae 
que se transformam em crisálidas geralmente no chão: em casulos, como o bicho-
da-seda ou em estojo, como o bicho-cesto (Psychidae). A emergência do adulto 
processa-se com a ruptura do tegumento da pupa. É a ordem com o maior número 
de insetos pragas agrícolas. Apesar de os adultos não causarem nenhum dano, as 
lagartas são muito prejudiciais, atacando todas as partes das plantas, causando 
enorme prejuízos. (GALLO et al, 2002) 
ORDEM HEMIPTERA: Linnaeus, 1758 (hemi = metade; ptera = asas) 
Os hemípteros apresentam aparelho bucal do tipo sugador labial tetraqueta; 
canal de sucção e de saliva formado pela justaposição dos estiletes maxilares 
envolvidos pelos estiletes mandibulares; normalmente dois pares de asas, o anterior, 
em geral, total ou parcialmente mais duro que o par posterior; cercos ausentes. 
(GALLO et al, 2002) 
A classificação de Hemiptera em subordens ainda é motivo de discussão 
entre os hemipteristas. Anteriormente, Sterrrhyncha e Auchenorrhyncha eram 
considerados na ordem Homoptera. Entretanto, com base em estudos filogenéticos, 
foram transferidas para a ordem Hemiptera e o nome Homoptera não tem sido mais 
adotado. (GALLO et al, 2002) 
ORDEM HYMENOPTERA: Linnaeus, 1758 (hymen = membrana; ptera= asas) 
Reúne as abelhas, vespas, formigas etc., ocupa o terceiro lugar em número 
de espécies, situando-se logo após os coleópteros e lepidópteros. Tamanho muito 
variável, desde frações de milímetros até aproximadamente 70 mm (vespas do 
gênero Pepsis). No geral, os himenópteros são pouco daninhos aà agricultura, 
exceto as saúvas, que são uma das principais pragas no Brasil. Todavia, há muitas 
espécies úteis como as abelhas, importantes na produção do mel, cera, geléia real e 
na polinização das plantas, além dos parasitóides e predadores. Os himenópteros 
são considerados os insetos mais evoluidos (GALLO et al, 2002) 
A cabeça é bem desenvolvida, destacada do corpo, unida ao tórax por 
“pescoço” móvel e mais ou menos alongado. Olhos compostos bem desenvolvidos 
(1.000 a 1.500 omatídeos); atofiados ou rudimentares em certas espécies. Ocelos, 
em número de três, dispostos em triângulo no vértice da cabeça. Nas espécies 
ápteras (operárias de formigas e fêmeas de Multilidae) não há ocelos. Antenas bem 
desenvolvidas (importante na sistemática e na separação dos sexos), com número 
variável de segmentos, desde seis (microimenópteros) até 40 (por exemplo 
Ichneumonidae). Apresentam vários tipos de antenas, sendo os mais comuns: 
geniculado, genículo-clavado e filiforme. Aparelho bucal de dois tipos: mastigador 
(vespas, formigas) ou lambedor (abelhas e mamangavas). (GALLO et al, 2002) 
O tórax é normal e o mesotórax é mais desenvolvido. O tegumento é liso ou 
esculturado, podendo apresentar ou não pêlos; coloração variável (brilhantes, 
coloridos ou escuros). Em algumas espécies, o trocanter é dividido em dois 
(trocanter duplo ou ditroca); na maioria das espécies é simples. Pernas posteriores 
coletoras nas abelhas, que se caracterizam por apresentar o primeiro tarsômero 
mais desenvolvido (basitarso) e a tíbia com concavidade externa (corbícula). Nos 
demais himenópteros, as pernas são principalmente do tipo ambulatórias. Tarsos 
pentâmeros. (GALLO et al, 2002) 
As asas geralmente são membranosas, transparentes ou coloridas; as 
anteriores são maiores que as posteriores. Os dois pares são acoplados 
perfeitamente, por uma série de ganchinhosda asa posterior chamados hâmulos. 
Sistema de nervação basatante variado, sendo simples em certas espécies e 
complexo em outras. Em muitos himenópteros, encontra-se, no bordo costal da asa 
anterior, uma área mais ou menos pigmentada que recebe o nome de pterostígma. 
Embora a maioria das espécies saja tetráptera,existem espécies ápteras, 
principalmente as fêmeas. Nas formigas, as operárias são sempre ápteras. Também 
são ápteras as fêmeas da formiga-feiticeira ou oncinha (família Mutillidae). (GALLO 
et al, 2002) 
Abdome com número variado de urômeros visíveis; em geral, há de seis a 
nove segmentos; tipo séssil (subordem Symphyta) e pedunculado ou livre 
(subordem Apocrita). No abdome pedunculado, o primeiro urômero, chamado de 
propódeo ou epinoto, está fundido ao metatórax. Os segmentos torácicos mais o 
primeiro urômero formam o mesossoma. Os demais urômeros formam duas partes 
distintas: pecíolo (constrição formada pelo 2° ou pelo 2° e 3° urômeros) e gáster 
(parte voumosa do abdome). O pecíolo e gáster formam o metassoma. A parte 
apical do abdome é em geral acuminada e chamada de pigídio. Normalmente os 
apêndices abdominais são ausentes. Nas fêmeas encontra-se o ovipositor, que pode 
ser de dois tipos principais: em forma de térebra ou em forma de ferrão. Em repouso, 
o ferrão fica oculto e pode ser usado como meio de defesa ou de ataque para 
paralisar a vítima. (GALLO et al, 2002) 
Além das glândulas anexas ao aparelho reprodutor e digestivo, há as 
glândulas veneníferas associadas ao ferrão, que secretam um líquido venenoso ou 
entorpecente. Além dessas, existem as glândulas ceríparas, responsáveis pela 
produção da cera das abelhas. A reprodução em geral, é assexuada, com a cópula 
efetuando-se durante o vôo.A separação dos sexos é mais ou menos violenta nas 
espécies sociais e, em geral, há arrancamento da genitália do macho, que morre 
após o ato. Durante a cópula, os espermatozóide são acumulados na espermateca 
da fêmea, para fertilização posterior dos óvulos. Dependendo da disposição da 
rainha, como ocorre nas abelhas, o óvulo fecundado dará uma fêmea e o ovo não-
fertilizado dará origem á um macho, por partenogênese arrenótoca. Algumas 
espécies reproduzem-se por partenogênese telítoca (fêmeas originando fêmeas). 
(GALLO et al, 2002) 
Entre os himenópteros, é frequente o polimorfismo, isto é, há várias formas 
para uma mesma espécie; os casos típicos são encontrados nas abelhas e formigas, 
que apresentam diferentes castas. O tipo depostura varia entre as espécies. Nas 
fitófagas, é endofítica e nas espécies sociais é efetuada nos alvéolos dos ninhos. As 
espécies predadoras colocam o ovo sobre o corpo do hospedeiro (outros insetos e 
aranhas), paralisado pelo ferrão da fêmea do predador antes da postura. Alguns 
microimenópteros (parasitóides) fazem a postura no ovo ou na larva do hospedeiro. 
(GALLO et al, 2002) 
Os ovos são geralmente são arredondados ou fusiformes, colocados em 
número variável. Nas espécies sociais, seu número é extremamente alto,como nas 
abelhas, que podem põr mais de 100.000 por ano e, em períodos de plena atividade, 
até 1 por minuto. Nas saúvas, encontram-se, no início da formação do sauveiro, dois 
tipos de ovos: os maiores são chamados de ovos de alimentação e os menores, que 
são ovos de criação. Entre os himenópteros, podem ser encontrados ovos 
poliembriônicos, resultando muitos indivíduos de um único ovo. O desenvolvimento é 
por holometabolia, com larvas de dois tipos principais: eruciforme (subordem 
Symphyta), semelhantes ás lagartas dos lepidópteros, diferem por apresentar oito 
pares de pernas abdominais, sem colchetes e vermiformes (subordem Apocrita). 
Antes de puparem, as larvas de quase todos os himenópteros tecem um casulo de 
seda. Pupas exaradas (livres). (GALLO et al, 2002) 
Muitos himenópteros controem ninhos para a criação de sua prole, para onde 
levam os alimentos necessários. Esses hábitos são comuns em espécies solitárias 
mais desenvolvidas e até em espécies sociais como abelhas e formigas. O material 
usado na construção dos ninhos pode ser terra, cera, seda, celulose, etc., que 
mastigadas com a saliva se transformam em uma espécie de papel. Nas vespas 
sociais, os ninhos são característicos da espécie. Os vespeiros podem ser formados 
por um ou mais favos protegidos por uma capa comum. Alguns podem atingir o 
tamanho descomunal, como os da caçununga, que chegam até dois metros de 
comprimento. Muitos himenópteros formam galhas em folhas e caules de plantas. 
(GALLO et al, 2002) 
Os adultos alimentam-se, em geral, de substâncias líquidas de natureza 
vegetal, principalmente néctar e pólen, ou eventualmente, de naturaza animal, como 
é o caso dos parasitóides, que podem se alimentar do fluido que extravasa do corpo 
do hospedeiro em que colocam seus ovos. (GALLO et al, 2002) 
Com relação à importância econômica, os himenópteros podem ser divididos 
em dois grupos. O primeiro compreende as espécies nocivas, representadas 
principalmente pelas saúvas, de enorme importânci agrícola; pelas formigas-
quenquéns; pelas espécies cicedógenas (causadora de galhas); pelas vespas 
fitófagas (Symphyta); pela abelha-irapuá (pragas das flores de citros) e pelos 
hiperparasitóides (atacam os parasitóides). Ao segundo e maior grupo pertencem 
as espécies úteis, como as abelhas (mel, cera, geléia real, polinização); as espécies 
responsáveis pela polinização das plantas; as vespas predadoras e os 
microimenópteros parasitóides, que mantêm o equilíbrio da natureza, pois são 
poucas as espécies que não têm pelo menos um microimenóptero como inimigo 
natural. (GALLO et al, 2002) 
ORDEM COLEOPTERA: Linnaeus, 1758 (coleus= caixinha, estojo; ptera= asas) 
Ordem dos besouros, que se distinguem facilmente pela presença dos élitros. 
Tamanho muito variado, desde minúsculos (menos de 1 mm) até grande (200 mm 
de comprimento). Regime alimentar variado, tanto na forma larval quanto nos 
adultos; apenas a hematofagia não foi registrada. Muitas espécies são fitófagas. 
(GALLO et al, 2002) 
A cabeça, na maioria das espécies, é normal, arredondada, mas podem ser 
alongada, formando um rostro, em cujo ápice está o aparelho bucal. Pode ser do 
tipo prognata ou hipognata. A articulação da cabeça com o tórax faz-se por meio de 
um “pescoço” flexível, que se prende ao protórax. Ocelos geralmente presentes nas 
larvas, mas raramente nos adultos. Olhos compostos laterais, elípticos ou circulares. 
Antenas na fronte, com 2 a 60 artículos (normalmente 11). O tipo de antena é muito 
variado nas famílias. O aparelho bucal mastigador, com todas as peças bem 
desenvolvidas. (GALLO et al, 2002) 
 Protórax geralmente mais desenvolvido e um pouco destacado; mesotórax e 
metatórax fundidos e geralmente recobertos pelos élitros. Protórax, em certas 
famílias, com expansões ou processos córneos. Pernas ambulatórias (em geral), 
fossoriais e natatórias. A maioria dos coleópteros é pentâmera, mas podem ser 
também tetrâmeros, criptotetrâmeros ou criptopentâmeros. Nesses casos, os tarsos 
são homômeros (todas as pernas têm o mesmo número de tarsomêros), mas pode 
ser: heterômeros (pelo menos em um par de pernas, o tarso tem número de 
tarsômeros diferentes das demais). Primeiro par de asas modificado em élitro 
(poucas espécies são ápteras) de consistência coriácea ou córnea, protegendo o 
segundo par de asas membranosas, dobradas, quando em repouso, longitudinal e 
transversalmente. Os élitros apresentam muita variação. (GALLO et al, 2002) 
Abdome séssil, em geral, com 10 urômeros nos machos e 9 nas fêmeas, 
modificado formando o segmento genital e o 10° (machos) frequentemente é muito 
reduzido ou fundido ao 9°. O abdome em geral é totalmente recoberto pelos élitros, 
mas em algumas espécies fica exposto, pois os élitros são curtos (braquiélitros) e 
em outras apenas o ápice é exposto (pigídio). Em geral, há oito pares de espiráculos 
abdominais mas esse número varia entre o grupo dos besouros. O urosternito basal 
(primeiro urômero ventral visível) pode ser dividido pelas coxas posteriores 
(subordem Adephaga) ou não (subordem Poliphaga). (GALLO et al, 2002) 
O aparelho digestivo sofre algumas modificações conforme o regime 
alimentar das espécies. Aparelho respiratórioholopnêustico; os coleópteros 
aquáticos respiram o ar livre, que guardam sob as asas. (GALLO et al, 2002) 
A luminescência é encontrada nos vaga – lumes e pirilampos. É comum aos 
dois sexos, mas as fêmeas emitem luz mais brilhante. A luminescência é obtida por 
uma reação química de oxidação da lucífera com água sob a ação da enzima 
luciferase, resultando oxiluciferina e raios luminosos, com aproveitamento de 92% 
de energia radiante. É freqüente o dimorfismo sexual por meio dos caracteres 
secundários; assim, é comum a diferença no tamanho das antenas, corpo e peças 
bucais, além da presença apenas nos machos de cornos na cabeça e pronoto. 
(GALLO et al, 2002) 
A reprodução em geral é sexuada; nos crísomelídeos, no entanto, pode 
ocorrer partenogênese telítoca. A maioria é ovípara, existindo, no entanto, espécies 
ovivíparas e vivíparas. A postura de ovos geralmente ocorre no substrato que elas 
se alimentam ou vivem, sendo os ovos alongados e lisos, colocados isoladamente 
ou em grupos. Desenvolvimento holometabólico. De ovo eclodem as larvas que, em 
algumas espécies, sofrem até 15 ecdises, transformando-se em pupas, e finalmente, 
em adultos. Larvas ápodas do tipo curculioniforme e buprestiforme ou hexápodas 
como as dos tipos escarabeiforme, campodeiforme, elateriforme etc. Pupas 
exaradas (livres). (GALLO et al, 2002) 
A importância econômica é enorme devido, principalmente, ao grande número 
de espécies consideradas pragas agrícolas. Pode causar danos diretamente ao 
homem provocando dermatoses como o potó. Deve-se considerar, ainda, a 
importância benéfica dos predadores que auxiliam no controle de muitas pragas e 
dos besouros coprófagos que atuam na decomposição de matéria orgânica, 
especialmente fezes bovinas. (GALLO et al, 2002) 
ORDEM ORTHOPTERA: Olivier, 1811 (orthos = reto; ptera = asas) 
São agrupados nesta ordem os gafanhotos, as esperanças, as paquinhas e as 
taquarinhas. Esses insetos possuem o terceiro par de pernas do tipo saltatório, 
sendo esse o caráter que os separa dos demais ortopteróides (baratas, louva-a-deus 
e bichos-paus). (GALLO et al, 2002) 
Cabeça muito variável quanto á forma. Muitas espécies apresentam a cabeça 
consideravelmente prolongada entre os olhos. A porção apical do vértice, assim 
prolongada, dá-se o nome de fastígio, enquanto suas margens denominadas 
carenas laterais. Na cabeça podem ocorrer, ainda, pequenas áreas ou depressões 
chamadas favéolas. Antenas filiformes ou setáceas. Olhos compostos bem 
desenvolvidos e ocelos presentes (em número de 3), vestigiais ou ausentes. 
Aparelho bucal mastigador. (GALLO et al, 2002) 
 O protórax é o segmento torácico mais desenvolvido. Pernas anteriores e 
posteriores ambulatórias; nas paquinhas o par anterior é fossorial. Na maioria das 
espécies há dois pares de asas, sendo o anterior do tipo tégmita e o posterior 
membranoso. Abdome séssil com 11 urômeros. As fêmeas podem apresentar 
ovipositor longo com aspecto de lâminas (Tettigonioidea) ou cilíndrico (Grylloidea), 
havendo porém espécies com ovipositor curto, praticamente invisível. Algumas 
espécies possuem cercos longos. A maioria dos ortópteros apresenta tímpanos 
(órgãos auditivos) localizados de cada lado do primeiro urômero (subordem 
Caelifera) ou na base das tíbias anteriores (subordem Ensifera). (GALLO et al, 2002) 
Existem ortópteros que produzem sons, sendo os mais conhecidos aqueles 
produzidos pelos gafanhotos, grilos e esperanças. O canto desses insetos é possível 
por estridulação, ou seja, atritando uma parte do corpo a outra. As esperanças e os 
grilos produzem sons atritando as tégminas. Nas esperanças, o aparelho 
estridulatório, localiza-se na parte basal das tégminas, é formado por uma nervura 
transversal na face interna da tégmina esquerda fortemente esclerosada e 
transversalmente sulcada, com aspecto de uma lima, e pelas nervuras salientes na 
face externa da tégmina direita, que possui uma área membranosa (espelho) maior 
do que a tégmina esquerda. Para estridular, a esperança afasta um pouco as 
tégminas e move-as rapidamente, a esquerda sobre a direita, a fim de atritar a “lima” 
sobre as nervuras salientes, fazendo o espelho vibrar. (GALLO et al, 2002) 
Nos grilos, o aparelho estridulatório também está localizado na base das 
tégminas e, em geral, a tégmina direita cobre a esquerda. Assim na face interna da 
tégmina direita há uma crista (denteada) que é raspada contra uma área resistente 
situada sobre a tégmina esquerda. Os gafanhotos que apresentam aparelho 
estridulatório possuem uma série de 80 a 90 dentículos localizados na face interna 
do fêmur posterior, que são raspadas contra as nervuras das tégminas. Além dessa 
estridulação, produzida quando o inseto está pousando, há espécies que produzem 
sons durante o vôo, os quais são resultantes do atrito da face superior da margem 
costal das asas contra a face inferior das tégminas. Em geral, somente os machos 
possuem órgãos estridulatórios. (GALLO et al, 2002) 
A reprodução geralmente é sexuada e a maior parte das espécies é ovípara, 
embora existam espécies partenogenéticas. O desenvolvimento é por 
hemimetabolia. Os ortópteros, em geral, são de hábitos terrestres e fitofágos, sendo 
algumas espécies pragas de gramíneas, hortaliças, mudas de cafeeiro, de eucalipto 
etc. (GALLO et al, 2002) 
ORDEM SIPHONAPTERA: Latreille, 1825 (siphon = tubo; ptera = asas) 
Insetos conhecidos por pulga e bicho-de-pé. São insetos pequenos, de 1 a 3 
mm de comprimento, de corpo comprimido (achatado lateralmente), que facilita sua 
locomoção entre os pêlos do hospedeiro. Fora do hospedeiro, movimentam-se aos 
saltos, às vezes muito longos, de 30 a 40 cm de distância. São ectoparasitas de 
mamíferos e tanto os machos como as fêmeas sugam sangue. (GALLO et al, 2002) 
 Cabeça curta, não destacada do corpo, separada apenas por uma sutura. 
Olhos , quando presentes, laterais e reduzidos a um omatídeo. Ocelos ausentes. 
Antenas curtas com 10 segmentos. Aparelho bucal sugador labial. Tórax com os três 
segmentos distintos. Asas ausentes (ápteros). Pernas saltatórias. Abdome com 10 
segmentos. As pulgas apresentam ainda, na cabeça e tórax, fileiras de cerdas 
chamadas pecten, importantes para a separação das espécies. (GALLO et al, 2002) 
A reprodução é sexuada. Fêmeas fecundadas só colocam ovos (300 a 400) 
após a sucção de sangue e, depois de 2 a 16 dias, eclodem as larvas brancas, 
vermiformes (ápodas e com aparelho bucal mastigador). O período larval dura de 12 
a 30 dias; formam um casulo pegajoso, onde se transformam em pupa do tipo livre. 
Decorridos de 7 a 10 dias, emerge o adulto. Uma pulga alimentada vive até 500 dias 
e sem alimento, até 125 dias. O desenvolvimento é por holometabolia. (GALLO et al, 
2002) 
As pulgas vivem geralmente em locais onde habitam os hospedeiros (animais 
e o homem). Procuram o hospedeiro apenas para sugar o sangue (até três vezes 
por dia). Em geral, atacam apenas um hospedeiro, vivendo melhor em ambiente 
úmido e não muito quente. As pulgas podem, por meio da picada, transmitir a peste 
bubônica. (GALLO et al, 2002) 
SUBORDEM HETEROPTERA 
Nessa subordem estão os insetos vulgarmente conhecidos por percevejos, 
que se caracterizam por apresentar um rostro articulado. São insetos de tamanho 
variável (de 1 a 100 mm). Podem ser fitófagos ou predadores. A maioria das 
espécies terrestre é fitófaga. Os percevejos aquáticos, em geral são predadores. 
(GALLO et al, 2002) 
Cabeça, em geral, pequena, livre, opistognata, porém pouco móvel e de 
aspecto variável. Apresenta-se, geralmente, dividida em regiões bem distintas, que 
recebem denominações especiais: tilo é a porção sistal do clípeo, limitada por dois 
sulcos, que o separa dos jugos (lobos laterais); gula, a área ventral onde o lábio se 
aloja e búculas, carenas laterais á gula. Olhos compostos, em geral bem 
desenvolvidos e sésseis; em algumas espécies, porém, são pedunculados e estão 
ausentesem duas famílias. Dois ocelos presentes entre os olhos compostos, mas 
ausentes em algumas espécies. Antenas em geral setáceas, com 3 a 5 segmentos, 
bem visíveis na maioria das espécies terrestres. Em muitas espécies aquáticas, as 
antenas ficam escondidas em uma fosseta. (GALLO et al, 2002) 
Aparelho bucal sugador labial, representado por um rostro. Este é bastante 
alongado nas espécies fitófagas e curto nas espécies predadoras e nas 
hematófagas, atingindo apenas as coxas anteriores. Aparelho bucal sugador labial 
tetraqueta, com a hipofaringe, epifaringe e palpos atrofiados. O estojo formado pelo 
lábio inferior ou rostro é um pouco mais curto que os estiletes; apenas as duas 
maxilas e as duas mandíbulas fazem a penetração no tecido do hospedeiro. (GALLO 
et al, 2002) 
O tórax visto de cima, com as asas em repouso, é representado quase 
exclusivamente pelo pronoto trapezoidal ou hexagonal, bem desenvolvido em certas 
famílias. O meso e o metatórax são menores e protegidos pelas asas. Pernas 
ambulatórias; natatórias e preensoras nos percevejos aquáticos; fossoriais nos 
percevejos de hábitos subterrâneos. Em algumas espécies, na tíbias posteriores, há 
expansões foliáceas. Tarsos trímeros, em geral. Asas anteriores do tipo hemiélitro e 
posteriores membranosas. O hemiélitro é formado por uma parte dura (cório) e outra 
flexível (membrana) com ou sem nervuras. O cório pode apresentar as áreas: 
embólio (na margem anterior); cúneo (área em forma de cunha entre o embólio e a 
membrana, presente em poucas famílias); clavo (na margem interna) e o cório 
propriamente dito (área central). Nem sempre todas essas áreas estão no cório, ás 
vezes só uma ou outra está presente. (GALLO et al, 2002) 
 Abdome, em geral, com nove urômeros nos machos e 10 nas fêmeas, 
desprovido de cercos. As fêmeas de algumas espécies possuem ovipositor bem 
desenvolvido. Algumas espécies apresentam as margens laterais do abdome 
achatada e visíveis dorsalmente (conexivo), como nos barbeiros. (GALLO et al, 
2002) 
A maioria dos heterópteros possui glândulas que secretam um fluido de cheiro 
repugnante (cheiro de percevejo). Nas ninfas, essas glândulas odoríferas abrem-se 
no dorso de alguns segmentos abdominais, e nos adultos há apenas um par de 
glândulas metatorácicas, com dois canais excretores, cada um dos quais se abre no 
tegumento num orifício denominado ostíolo. A secreção eliminada escorre para uma 
porção diferenciada do tegumento chamada área evaporatória. (GALLO et al, 2002) 
Os heterópteros produzem-se sexualmente e a maioria das espécies é 
ovípara. Existem, no entanto, espécies vivíparas. Os ovos variam no aspecto e 
estrutura do cório. São colocados isoladamente ou agrupados. As espécies fitófagas 
realizam postura sobre as folhas e as providas de ovipositor colocam 
endofiticamente. O desenvolvimento é hemimetabólico e, em geral, sofrem cinco 
ecdises até atingir o estado adulto. As ninfas do 3° instar já apresentam teças alares. 
Após a 5ª ecdise passam de dímeros a trímeros e, nos adultos, as glândulas 
odoríferas abdominais são substituídas pelas glândulas metatorácicas. (GALLO et 
al, 2002) 
A importância econômica dos heterópteros é grande, pois muitas espécies 
atacam plantas cultivadas, causando enormes prejuízos. Além da importância 
agrícola, possuem importância médica, pois os barbeiros são transmissores do 
protozoário Trypanossoma cruzi, causador da doença de Chagas. (GALLO et al, 
2002) 
ORDEM BLATTARIA OU BLATTODEA: Brunner, 1882 (blatta = achatado) 
 Quem representa essa ordem são os insetos popularmente conhecidos como 
baratas que vivem em locais escuros como nas frestas, bueiros ou onde há restos 
de alimentos. Eles possuem um corpo ovalado e o seu tamanho pode variar, 
chegando a até 100 mm. Em sua maioria as baratas vão apresentar cores negras, 
pardas ou marrons, mas há também algumas espécies que são coloridas. Estes 
insetos apresentam uma cabeça curta cujo formato é subtriangular, seus olhos são 
grandes e compostos, apresentando geralmente dois ocelos. As antenas podem ser 
facilmente localizadas entre os olhos compostos e podem medir até o dobro do 
comprimento do corpo do inseto, elas são setáceas ou filiformes. As antenas 
setáceas são caracterizadas por seus antenômeros diminuírem de diâmetro da base 
para a extremidade da antena, já as filiformes possuem todos os seus artículos 
semelhantes em tamanho, são alongadas e formam uma sequência que se 
assemelha a um fio. (GALLO et al., 2002) 
 O aparelho bucal é do tipo mastigador, ou seja, apresenta as oito peças 
bucais, são elas: labro, duas mandíbulas, duas maxilas, lábio, epifaringe e 
hipofaringe. A função desse aparelho bucal é a mastigação e/ou trituração. Os 
insetos dessa ordem apresentam pronoto largo que recobre a cabeça e o meso e 
matatórax são semelhantes. As pernas são ambulatórias, isso quer dizer que elas 
não sofreram nenhuma modificação especial e são adaptadas para andar e correr, 
esse tipo de perna é presente em grande parte dos insetos. Apresentam ainda coxas 
grandes e os fêmures e tíbias contém espinhos. O abdome é séssil, largo e 
deprimido, geralmente apresentando 10 segmentos. (GALLO et al., 2002) 
 As asas anteriores das baratas são do tipo tégmina (possuem aspecto 
pergaminhoso ou de couro, geralmente são estreitas e alongadas) e as posteriores 
são membranosas (finas e flexíveis com nervuras bem distintas). O desenvolvimento 
desses insetos acontece por hemimetabolia e a postura de ovos acontece dentro de 
uma cripta genital em um local chamado de ooteca, que é uma espécie de uma 
cápsula e pode conter formas variáveis de acordo com a espécie. Há uma 
membrana que separa os compartimentos onde ficam os ovos. A quantidade de 
ovos varia entre 16 a 26 em cada uma das ootecas, por um curto tempo a ooteca 
permanece presa ao corpo da fêmea, até que a mesma encontre um local 
apropriado para deixá-la e então, geralmente as ninfas deixam a ooteca sem o 
cuidado das fêmeas. O ciclo evolutivo pode variar, em Periplaneta americana, por 
exemplo, dura de 9 a 19 meses e sofre 6 ou 7 ecdises. (GALLO et al., 2002) 
ODEM ISOPTERA: Brullé, 1832 (isos = igual; ptera = asas) 
 Essa ordem reúne os insetos conhecidos como cupins, térmitas, siriris ou 
aleluias, são espécies que formam castas e seus indivíduos podem ser ápteros (sem 
asas) ou alados. Essa ordem conta com mais de 2.000 espécies que estão 
agrupadas em três famílias, são elas: Família Kalotermitidae; Família 
Rhinotermitidae e; Família Termitidae. (GALLO et al., 2002) 
 Os insetos dessa ordem possuem cabeça livre, podendo ter tamanho e forma 
variáveis. Olhos compostos geralmente presentes nos indivíduos alados e olhos 
atrofiados nos indivíduos ápteros, possuem dois ocelos que em sua maioria são 
presentes, porém, os cupins superiores ao invés do ocelo, apresentam uma 
estrutura denominada fontanela ou fenestra, nessa estrutura existe uma cavidade 
chamada de poro frontal que secreta um líquido que possui função de defesa. 
(GALLO et al., 2002) 
 As antenas são do tipo moniliforme, ou seja, os seus segmentos são 
arredondados, constituídas de 9 a 32 artículos. Apresentam aparelho bucal do tipo 
mastigador, sendo que os soldados apresentam essa estrutura bem desenvolvida. O 
tórax tem aspecto achatado e o protórax se destaca aos demais segmentos, as 
pernas são ambulatórias e o órgão auditivo está localizado na tíbia anterior. Os 
cupins da casta reprodutores apresentam dois pares de asas membranosas, 
somente presente neles, quando pousam a asa recobre o abdome. O abdome é 
volumoso e séssil, apresentando 10 segmentos e um par de cercos. (GALLO et al., 
2002) 
 Na casta reprodutora o aparelho reprodutor é desenvolvido, em contrapartida, 
nas operárias e soldados ele é atrofiado. O desenvolvimento desses insetos 
acontece por hemimetabolia e eles habitam em termiteiros ou cupinzeiros. Nas 
colônias há uma divisão em duas categorias dos indivíduosadultos, umas delas 
reúne os ápteros sexuados (rei e rainha, responsáveis pela reprodução) e os 
reprodutores com as castas dos sexuados alados (responsáveis pela formação de 
novos cupinzeiros) e a outra categoria é formada pelos indivíduos estéreis que 
incluem as castas de soldados e operários. Os indivíduos sexuados alados possuem 
quatro asas membranosas e eles as perdem quando formam um novo cupinzeiro. 
(GALLO et al., 2002) 
ORDEM ODONATA: Fabricius, 1792 (odous = dente; gnatha = maxilas) 
 A ordem dos odonatas abriga os insetos conhecidos como libélulas, são 
conhecidas aproximadamente 5.000 espécies que são agrupadas em duas 
subordens principais: subordem Zygoptera e; subordem Anisoptera. O hábito 
alimentar das libélulas consiste em se alimentarem de outros insetos, então realizam 
a caça de suas presas enquanto estão voando, algumas espécies chegam a 80 
km/h em seus vôos. Odonatas possuem um corpo alongado e medem de 20 a 160 
mm de comprimento, apresentam uma cabeça bem grande, bastante móvel e livre, 
possuem olhos compostos que tomam quase toda a região da cabeça, com três 
ocelos. (GALLO et al., 2002) 
 As antenas são curtas, apresentando apenas 6 ou 7 artículos. O aparelho 
bucal é do tipo mastigador, com mandíbulas bem fortes. As libélulas possuem 
protórax pequeno e livre, enquanto o meso e o metatórax são soldados. As pernas 
também são ambulatórias, as asas apresentam-se longas e estreitas e são 
membranosas, possuindo coloração ou sendo hialinas, as asas têm muitas nervuras. 
(GALLO et al., 2002) 
 Apresentam um abdome fino e alongado, com 10 urômeros e ainda um par de 
cercos no último de seus segmentos. Em determinadas espécies a fêmea pode 
apresentar um ovopositor que perfura ramos de plantas para a postura de ovos. O 
macho apresenta um aparelho genital diferenciado, com um canal ejaculador 
localizado no 9º urômero, enquanto que o aparelho reprodutor está inserido nos 2º e 
3º segmentos. A postura de ovos geralmente é na água, mas também pode ser 
realizada no interior de plantas, conhecida como postura endofítica e sobre as 
plantas, postura exofítica. As formas jovens desses insetos são conhecidas como 
odonáiades ou náiades (GALLO et al., 2002) 
 
 
ORDEM NEUROPTERA: Linnaeus, 1758 (neuros = nervura; ptera = asas) 
 Quem representa a ordem neuroptera são os indivíduos conhecidos como 
sialídeos, crisopídeos, ascalafídeos e formigas-leão. Os neuropteras apresentam 
corpo mole com quatro asas membranosas, as asas possuem uma grande 
quantidade de veias transversais e ramos de veias longitudinais, por esse motivo a 
ordem recebeu o nome Neuroptera, neuro: nervo; ptera: asas. Em algumas 
espécies, quando estas se encontram em repouso a asa forma um telhado sobre o 
corpo dos indivíduos. (TRIPLEHORN; JOHNSON, 2013) 
 O aparelho bucal em neuroptera é do tipo mastigador. A cabeça desses 
insetos possui formas variáveis, os olhos são compostos e protuberantes, situam-se 
lateralmente, podem apresentar ou não ocelos. As antenas são medianas, podendo 
ser do tipo moniliformes, filiformes, setáceas ou clavadas (nesta última o flagelo 
termina com um aspecto de clava). Apresentam tórax primitivo, com duas regiões 
bem desenvolvidas, abdome com 10 segmentos. (GALLO et al., 2002) 
 As fêmeas geralmente apresentam um par de gonopófises, que quando bem 
desenvolvidas formam um ovopositor (GALLO et al., 2002). Os neuropteros sofrem 
metamorfose completa e têm larvas campodeiformes, as larvas são em sua maioria 
predadores, mas há espécies que se alimentam de esponjas de água-doce e outras 
parasitam ovos de aranhas. Os adultos podem ser localizados em vários lugares, 
porém alguns possuem preferência por locais perto da água porque suas larvas são 
depositadas na água, então vivem perto dela. Os adultos também são predadores, 
alimentam-se de presas fáceis. (TRIPLEHORN; JOHNSON, 2013) 
ORDEM DERMAPTERA: De Geer, 1773 (derma = pele; ptera = asas) 
 Os dermapteras são divididos em três subordens, são elas: Arixenina, 
Diploglossata e Forficulina, alguns consideram Arixenina como uma família de 
Forficulina. Quem representa essa ordem são os insetos popularmente conhecidos 
como tesourinhas, são achatados e alongados (TRIPLEHORN; JOHNSON, 2013). 
Porém, eles não crescem mais que 50 mm e geralmente possuem coloração parda. 
(GALLO et al., 2002) 
 Grande parte das espécies desses insetos possui hábitos noturnos e passam 
o dia escondidos em lugares mais escuros, como por exemplo, em fendas, 
rachaduras, entre cascas de árvores ou até mesmo em algum tipo de resíduo. O 
principal alimento de suas dietas é matéria vegetal morta e em estágio de 
decomposição, porém, algumas espécies alimentam-se de determinadas plantas 
vivas e outras espécies possuem hábito predador. (TRIPLEHORN; JOHNSON, 
2013) 
 A cabeça desses insetos geralmente é livre e prognata, apresentam olhos 
desenvolvidos e ocelos ausentes. O aparelho bucal é do tipo mastigador e as 
antenas são filiformes, o protórax é desenvolvido e livre (GALLO et al., 2002). 
Quando adultos, podem se apresentar na forma áptera e alada, quando alados 
possuem um ou dois pares de asas, as anteriores são curtas, com aspecto de couro 
e sem veias, denominadas de tégminas ou élitros, já as asas posteriores quando 
presentes possuem veias irradiadas, são do tipo membranosas e arredondadas. 
(TRIPLEHORN; JOHNSON, 2013) 
 As pernas são ambulatórias, apresentam abdome com 11 segmentos, sendo 
que destes, somente oito são visíveis e possuem dois cercos que são parecidos com 
pinças, daí surgiu o nome tesourinha. Nos machos os cercos são recurvados e 
podem apresentar dentes, já nas fêmeas são retos, pequenos e não denteados, 
essa estrutura tem como principal função a defesa desses insetos, porém também é 
utilizada para auxiliar na cópula e para que ajeitem as asas posteriores sob as 
anteriores. (GALLO et al., 2002) 
 Após a cópula esses insetos depositam seus ovos no solo ou em local úmido, 
geralmente procuram buracos nos solos feitos por outros animais, quando os ovos 
eclodem nascem as ninfas, que para se tornarem indivíduos adultos passam por 
hemimetabolia (GALLO et al., 2002). Quando imaturas, as tesourinhas apresentam 
menos artículos antenais se comparadas aos adultos, esses artículos vão sendo 
acrescentados em cada muda que passam. Essas formas imaturas também podem 
ser diferenciadas dos adultos por possuírem 10 segmentos mais parecidos com os 
dos machos, porém com as pinças semelhantes às das fêmeas. (TRIPLEHORN; 
JOHNSON, 2013) 
 Esses insetos liberam um líquido (uma espécie de repelente) com odor 
desagradável que também possui função de defesa. Algumas espécies conseguem 
lançar esse líquido á uma distância de 75 mm a 100 mm. A abertura da glândula 
responsável por esse fluído está localizada no terceiro e quarto segmentos do 
abdome. (TRIPLEHORN; JOHNSON, 2013) 
ORDEM MANTODEA: Burmeister, 1838 (mantis = profeta) 
 Nesta ordem encontramos como representante o inseto que é popularmente 
conhecido como Louva-a-Deus, ele recebeu este nome pela posição em que para 
quando está se preparando para atacar uma presa. Esses insetos possuem um 
corpo longo e achatado, geralmente seu tamanho varia entre 10 a 100 mm. (GALLO 
et al., 2002). Existem aproximadamente 1.500 espécies de Louva-a-Deus e estão 
distribuídos em 08 famílias. (TRIPLEHORN; JOHNSON, 2013) 
 Esses insetos possuem hábito predador, alimentam-se principalmente de 
outros insetos e também podem incluir em sua dieta outros Louva-a-Deus. Para que 
suas presas sejam capturadas com sucesso, eles deitam e ficam aguardando a 
presa se aproximar, as pernas anteriores permanecem em uma posição elevada 
(como se estivessem louvando). (TRIPLEHORN; JOHNSON, 2013) 
Os mantódeos apresentam protórax bem longo, ele é fixado ao pterotórax, a 
cabeça é triangular e possui grande mobilidade, sendo assim, conseguem “olhar 
sobre seus ombros” (TRIPLEHORN; JOHNSON, 2013). Os olhossão compostos e 
apresentam três ocelos, as antenas são do tipo setáceas ou filiformes e possuem 
muitos segmentos, uma característica das antenas é que nas fêmeas são curtas, 
geralmente não ultrapassando o comprimento do corpo, enquanto que nos machos 
são longas. (GALLO et al., 2002) 
O aparelho bucal é do tipo mastigador, as pernas anteriores são raptarias 
(possuem adaptação para apreensão das presas) e as outras são do tipo 
ambulatórias. Apresentam asas anteriores do tipo tégmina e as posteriores são 
membranosas. O abdome é ovalado, sendo ele maior na fêmea do que no macho, 
possui um par de cercos e nos machos há também um par de estilos. (GALLO et al., 
2002) 
Para se protegerem, muitos Louva-a-Deus apresentam o mimetismo, dessa 
forma podem ficar escondidos no ambiente com folhas onde vivem. Depois de 
acasalarem, a fêmea deposita seus ovos em uma ooteca produzida por uma 
substância viscosa que é secretada por uma glândula coletérica que possuem, o 
desenvolvimento se dá por hemimetabolia. A ooteca fica fixada em plantas e a forma 
dela varia de acordo com a espécie. (GALLO et al., 2002) 
 Durante o inverno os mantídeos permanecem em estágio de ovo, a eclosão 
ocorre no final do inverno ou no início da primavera, caso não recebam alimento, as 
ninfas começam a alimentarem-se umas das outras, até que reste somente uma 
grande ninfa (TRIPLEHORN; JOHNSON, 2013). As ninfas passam por 07 ecdises, 
esse processo demora aproximadamente de três a quatro meses e então, atingem a 
fase adulta. (GALLO et al., 2002) 
 ORDEM THYSANOPTERA: Haliday, 1836 (thysanos = franja; ptera = asas) 
 Essa ordem é dividida em duas subordens, a Terebrantia e Tubulifera. Quem 
representa esta ordem são os Trips, indivíduos minúsculos (possuem de 0,5 mm a 
5,0 mm de comprimento), apresentam corpo delgado (TRIPLEHORN; JOHNSON, 
2013). Quando estão na fase adulta geralmente possuem coloração escura, a 
cabeça desses indivíduos quando observadas de cima apresenta um contorno 
quadrangular, os olhos são compostos e possuem de 2 a 3 ocelos. (GALLO et al., 
2002). 
 As antenas são do tipo filiforme ou moniliforme, apresentando de 6 a 10 
segmentos, as antenas possuem sensilos que são estruturas com função sensorial, 
essa estrutura possui muita importância na classificação sistemática desses insetos. 
O aparelho bucal é do tipo sugador, ou seja, as peças bucais apresentam 
modificações em estiletes ou são atrofiadas (GALLO et al., 2002). A probóscide dos 
trips é robusta, cônica e assimétrica, situa-se na parte posterior na superfície ventral 
da cabeça. (TRIPLEHORN; JOHNSON, 2013) 
 Apresentam protórax livre e essa estrutura é maior que o meso e o metatórax 
que são soldados. As pernas são do tipo ambulatórias, sendo a tíbia nos machos 
mais dilatada se comparada com a das fêmeas. As quatro asas (quando presentes, 
pois existem espécies ápteras) são semelhantes e possuem franjas. O abdome 
apresenta 11 segmentos, os dois últimos bastante reduzidos. (GALLO et al., 2002) 
 Os trips apresentam reprodução sexuada, mas também há ocorrência de 
espécies partenogenéticas (GALLO et al., 2002). A postura dos ovos é feita em 
tecidos vegetais quando os trips apresentam um ovipositor, quando essa estrutura é 
ausente, depositam os ovos em cascas de árvores ou em rachaduras 
(TRIPLEHORN; JOHNSON, 2013). O desenvolvimento se dá por hemimetabolia, 
porém, há o aparecimento de fases denominadas como pré-pupas e pupas. (GALLO 
et al., 2002) 
 Ambos os sexos de trips são semelhantes, porém os machos são menores do 
que as fêmeas, a maioria dos trips é fitófaga e alimenta-se de flores, folhas, ramos, 
brotos ou frutas, alguns podem se alimentar de esporos de fungos e outros ainda 
são predadores de pequenos artrópodes. Os trips se apresentam em abundância 
nas corolas de margaridas e nos dentes de leão. (TRIPLEHORN; JOHNSON, 2013) 
ORDEM PHASMATODEA: Jacobson & Bianchi, 1902 (phasma = espectro) 
 O representante desta ordem é conhecido como bicho-pau, esse inseto 
apresenta como proteção o mimetismo, ele pode confundir-se com galhos secos e 
verdes, folhas e liquens. Algumas espécies chegam até 300 mm, enquanto outras 
não ultrapassam os 10 mm. No Brasil esse inseto ocorre com mais freqüência nas 
matas, em árvores ou arbustos, raramente se encontra um bicho-pau em áreas 
cultivadas. (GALLO et al., 2002) 
 Esses insetos apresentam cabeça livre, pequena e opistognata, os olhos são 
compostos e desenvolvidos, os ocelos se apresentam em números 0, 2 ou 3. As 
antenas são setáceas, possuindo até 100 artículos. Possuem aparelho bucal do tipo 
mastigador. O protórax é curto, enquanto que o mesotórax é bem desenvolvido, 
podendo atingir pelo menos até três vezes o tamanho do protórax. Metatórax e 
mesotórax semelhantes. (GALLO et al., 2002) 
 Algumas espécies possuem asas e essas, são bem desenvolvidas, em 
contrapartida há espécies com asas reduzidas ou ainda espécies que são ápteras. 
Na maioria a asa anterior é atrofiada. Existem espécies onde o macho apresenta 
asas e as fêmeas não. Quando apresentam asas geralmente ela é hialina, e apesar 
de possuírem essa estrutura, voam mal. (GALLO et al., 2002) 
 As pernas são do tipo ambulatórias, andam lentamente, não possuem 
fêmures posteriores alargados e não tem a capacidade de saltar (TRIPLEHORN; 
JOHNSON, 2013). As pernas podem apresentar ou não espinhos e também 
algumas saliências com aspecto foliáceo. As pernas anteriores no geral são mais 
longas que as posteriores. O abdome possui formato cilíndrico e o primeiro tergito é 
fundido ao metatórax. Os machos apresentam cercos longos, enquanto nas fêmeas, 
são curtos. (GALLO et al., 2002) 
 A reprodução é sexuada, porém existem espécies partenogênicas porque os 
machos são desconhecidos ou muito raros. Os ovos desses insetos são depositados 
no solo aleatoriamente e permanecem nesse estágio por todo o inverno, há apenas 
uma geração por ano. Os ovos não eclodem já na primavera seguinte e sim, apenas 
no segundo ano após terem sido depositados, é por isso que em determinadas 
épocas encontramos esses insetos com mais abundância. As formas imaturas são 
esverdeadas, já os adultos possuem coloração castanha (TRIPLEHORN; 
JOHNSON, 2013). O macho geralmente é menor se comparado a fêmea. (GALLO et 
al., 2002) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS: 
GALLO, Domingos et al. Entomologia Agrícola. v. 10. São Paulo: Fealq, 2002. 
TRIPLEHORN, Charles A.; JOHNSON, Norman F.. Estudo dos insetos. São Paulo: 
Cengage Learning, 2013. Tradução da 7ª edição de: Borror and Delong's introduction to the 
study of insects.