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1 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ PÓS GRADUAÇÃO EM ENGENHERIA AMBIENTAL E SANEAMENTO BÁSICO Resenha Crítica de Caso Nome do aluno Marcus Vinicius Cardoso Baptista Trabalho da disciplina de Consultoria (NPG0152) Tutor: Prof. Claudia Marcia Pereira Loureiro Cacoal 2021 http://portal.estacio.br/ 2 RESENHA CASO HARVARD - AMAZON, APPLE, FACEBOOK E GOOGLE Referência: DEIGHTON, John; KORNFELD, Leora. Amazon, Apple, Facebook E Google. Harvard Business School, dezembro/2013. Caso Harvard Amazon, Apple, Facebook e Google Neste referido estudo, os autores apresentam como empresas do ramo de tecnologia estão utilizando a ferramentas que a internet possibilita na área do marketing. Começa-se com um apanhado geral da história da internet, como e porque ela surgiu, em seguida é apresentado os primeiros passos do marketing e propaganda na rede de computadores. Em seguida ocorre a apresentação das maiores empresas que estão atuando no ramo (Amazon, Apple, Facebook e Google). Sequenciando cada uma das empresas e mostrando suas particularidades, os autores mostram como cada empresa, a sua maneira, se viabiliza no mercado digital, utilizando as mais variadas estratégias. Começando pela gigante do varejo (que hoje também é uma grande empresa de entretenimento, vide Amazon Prime), Amazon. A história da Amazon começa em 1995, como uma livraria online, mas expandindo-se também como uma empresa de serviços de Data Center (servidores para outros sites e plataformas), e vendas no varejo de produtos das mais variadas fontes. Interessante observar o modo de operação via cookies da Amazon, direcionando produtos ao visitante navegando que mostrasse interesse por um produto em particular, mas não o comprasse teria seu navegador marcado com um cookie rastreador. Mais tarde, quando estivesse em outro lugar, numa rede de websites, poder-lhe-iam ser expostas a propaganda do produto preterido e a oportunidade de comprá-lo, fora os rumores de entrada da empresa na área de produção de smartphones, (o que não aconteceu, por hora), é importante ressaltar que este estudo de caso se refere até o ano de 2014, sendo importante fazer ressalvas sobre o que era a Amazon neste período e o que ela é hoje. 3 Em seguida as atenções são voltadas para o gigante buscador Google. Já em 1998, quando foi lançado a ferramenta de busca era considerada uma anomalia, pois era um buscador que não tinha receitas, diferentemente dos outros sites que eram acessados na época, os portais ganhavam receita ao expor anúncios ao tráfego e classificavam o conteúdo por sua capacidade de deter tráfico – a chamada stickiness (permanência no site). Na época, a pesquisa era apenas um dos serviços usados para atrair tráfego ao portal e, como não gerava permanência, não era considerada importante. Logrando êxito em junho de 2000, o buscador conseguiu as suas primeiras receitais com o licenciamento de seu algoritmo de busca para o Yahoo. Esta vitória impulsionou o fluxo de buscas do Google fornecendo novos dados para treinar o algoritmo de pesquisa. Isso também levou o Google a encontrar uma forma de lucrar diretamente com o aumento no tráfego de pesquisa, e não só indiretamente, por meio de taxas de licenciamento. Com tudo isso, passados alguns anos o Google se tornou um verdadeiro “monstro”, tendo no seu portfolio, o desenvolvimento de um e-mail (Gmail), um site exclusivo de vídeos (YouTube), tradutor, sistema operacional de Telefones moveis, serviços de mapas e localização, uma ferramenta especifica para Trabalhos Acadêmicos etc. A Apple Inc. foi fundada em 1976. Em 2004, sua capitalização de mercado era de US$ 8 bilhões, mas de janeiro de 2009 ao início de 2013 cresceu de US$ 75 bilhões para US$ 600 bilhões, tornando-se a empresa de capital aberto dos EUA mais valiosa de todos os tempos. Ela evoluíra de fabricante de hardware na era pré- internet a uma empresa que investidores avaliavam como líder na economia da internet. Não existe exatamente uma explicação para esse grande aumento de valor de mercado, aparentemente existe uma perspectiva com as prospecções da empresa na economia digital que parece se apoiar mais na elegância e na falta de emendas da integração dos aparelhos com a internet do que em seu sucesso como fabricante de dispositivos. Apesar da maior parte dos aparelhos usarem o sistema Android, a maioria das vendas feitas por celulares é feita pelo iOS, sistema de celulares da Apple. 4 O Facebook está disponível para o público em geral desde 2005, mas não começou a crescer até cerca de 2009. Em apenas dois anos, a parcela do tempo que norte-americanos gastavam online crescia com a intensidade de uma epidemia, de 2% a 20 %, aumentando tanto o número de usuários quanto as horas que despendiam na página. Com mais de 150 milhões de visitantes, e com um gasto de tempo por usuário de mais de 6 horas (5 horas a mais que o Google, em média), o Facebook era mais lento em relação a atrair anunciantes do que o Google. Em varejo local, o Facebook oferecia um serviço em seu aplicativo móvel que permitia que usuários descobrissem negócios off-line por meio da experiência de seus amigos. A maior parte da receita do Facebook, no entanto, vinha de propaganda. Seus usuários podem se declarar fãs de marcas e celebridades clicando o botão “curtir” na respectiva página do Facebook. Anunciantes podem comprar o direito de anunciar em páginas de amigos de um fã com uma marca mostrando o nome do fã. Analisando como essas empresas nasceram e cresceram, podemos concluir que o mercado digital é uma excelente ferramenta de negócios, com amplas possibilidades. Possibilidades estas que até extrapolam as simples e-commerce, a forma de fazer marketing mudou tornando estas empresas quase tão lucrativas quanto a publicidade feita na TV, direcionamento de propaganda baseada nos gostos pessoais do usuário, uma propaganda personalizada. Os números que são apresentados nunca param de crescer, tornando o marketing digital cada vez maior e com cifras mais altas, o que torna essas empresas em verdadeiros colossos, inalcançáveis, com tanto poder que apresentam faturamento superior a muitos PIB’s de vários países. Se por um lado existe essa revolução na publicidade, onde existe o direcionamento da propaganda para o perfil do usuário, por outro entramos numa área muito sensível, que se trata da privacidade do usuário, através do rastreamento e de cookies essas empresas mantém um verdadeiro banco de dados sobre o usuário, tornando estes conglomerados em verdadeiros “governos paralelos”, onde uma empresa dessas pode simplesmente fazer determinado usuário “desaparecer”. O que será do futuro? A comodidade trazida por essas empresas, a revolução feita no marketing digital e no e-commerce, são realmente uma ação extraordinária, 5 facilitando muito a vida dos usuários, barateando muitos produtos, possibilitando a ligação de pessoas muito distantes umas das outras etc., mas por outro lado a uma grande perda da privacidade, uma grande dependência das pessoas ao mundo digital (principalmente a estas quatro empresas), que tornam tudo isso muito assustador, uma vez que a humanidade jamais esteve nessa situação de ligação ao mundo digital. Como poderemos fazer um uso “saudável” disso tudo? Até onde as estas empresas e tantas outras irão para oferecer produtos e serviços ao usuário, de forma direcionada? Estás são perguntas que serão respondidas com o tempo, onde será possível estabelecer um parâmetro com as devidas respostas.
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