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0- morte e seus preceitos éticos[240]

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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
CÂMPUS ARARAQUARA
Atividade Prática Supervisionada (APS)
Esdras Esteves Damacena
Ivan Gomes da Silva Júnior
Jozieli Aparecida da Cruz Soares
Kellen Cristiane Leite de Oliveira
2º Semestre de 2020
Araraquara – SP
UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
Esdras
Ivan Gomes da Silva Júnior
Jozieli Aparecida da Cruz Soares
Kellen Cristiane Leite de Oliveira
A MORTE E SEUS PRECEITOS ÉTICOS
O presente trabalho servirá como atribuição de nota referente à disciplina de Atividades Práticas Supervisionadas e tem como tema “A Morte e seus Preceitos Éticos”.
Profª. Drª. Inaiara Scalçone Almeida Corbi
ARARAQUARA
2020
INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem como objetivo discutir a questão da morte e os seus preceitos éticos e sua relação com o exercício da enfermagem.
A morte é o evento no qual se encerra a vida e essa situação acarreta todo tipo de reação e comportamento, tanto do paciente que recebe a notícia de uma doença em estágio terminal como da família do mesmo.
Por esse motivo, é impossível entendermos esse fato apenas como algo biológico, visto que é um processo social e, também, cultural, já que cada paciente e cada família terá a sua forma de lidar com esse processo de luto.
Atualmente, muito se discute sobre o prolongamento ou não da vida de um paciente, pois isso pode lhe dar tempo de vida, mas não qualidade de vida. Por isso, é comum ouvirmos falar sobre eutanásia, distanásia e ortotanásia.
Essas são discussões que permeiam a saúde em sua totalidade e a bioética estuda, justamente, os reflexos desse tipo de assunto que, para muitos, ainda é um tabu.
Os médicos são respaldados por lei para tomarem o tipo de conduta necessária em casos de pacientes terminais e a interrupção de ação medicamentosa, mas os mesmos não são preparados de forma ideal para lidar com esse tipo de assunto e, por isso, acabam, por vezes, tendo medo de tomar uma conduta definitiva, mesmo sabendo que estão certos, pois ainda que a morte seja parte integrante do cotidiano do médico, enfermeiros e etc., existe um grande temor em lidar com a finitude do próximo.
Desse modo, objetivou-se, nesse trabalho acadêmico, traçar um panorama sobre a morte, a morte digna e a conduta dos profissionais de saúde mediante essa situação.
ANÁLISE E DESENVOLVIMENTO
A ética, de modo geral, tem como base dois pilares: os valores e os princípios. Quando se trata da morte, há muitas discussões a respeito, pois no âmbito médico, em seu mais amplo sentido, a mesma é vista como um fracasso, uma derrota.
Antes de iniciarmos a discussão, é necessário que saibamos e entendamos o que é e como funciona a bioética na prática de enfermagem, uma vez que ela vai ser a principal direcionadora de assuntos como o abordado neste trabalho.
Conforme Boemer e Sampaio (1997), a bioética tem sido descrita
enquanto “o estudo sistemático da conduta humana na área das ciências da vida e dos cuidados da saúde, na medida em que essa conduta é examinada à luz dos valores e princípios morais.” (...) Assim, ela tem sido alvo de inesgotáveis discussões e reflexões dado o teor das questões que tem abarcado. A bioética nasce em um contexto de intensas inovações técnico-científicas e em uma sociedade pluralista da qual emergem distintas concepções de vida e diferentes valores éticos.
Entende-se, portanto, que a Bioética vem, justamente, para confrontar padrões retrógados e não mais aplicáveis na prática de enfermagem, conforme elencam Pessini e Barchifontaine (apud BOEMER; SAMPAIO, 1997):
a Bioética atua em uma área comum a diversas disciplinas tratando de problemas que são únicos. Engloba questões que se referem ao início e fim da vida humana e outras intermediárias, tais como contracepção, esterilização, aborto, concepção assistida, doação de sêmen ou de óvulo, morte e o morrer, paciente terminal, eutanásia, suicídio, transplantes, códigos de ética das diversas profissões, experimentação em seres humanos, pena de morte.
O foco desse trabalho, conforme mencionado brevemente acima, é na morte e o seus princípios éticos e a bioética será, enfim, a principal norteadora argumentativa deste.
Durante toda a formação de médicos, enfermeiros e demais profissionais da saúde como um todo, fala-se muito sobre cuidar, tratar e curar e pouco se discute a respeito do processo e das formas de se morrer.
No início do século XX, as pessoas vinham a óbito por causas como epidemias, acidentes naturais e problemas de coração e hoje essa realidade mudou de forma abrupta, pois há uma infinidade de causas para a morte. Além disso, prolongou-se o tempo de morte, uma vez que, antigamente, o período de adoecimento era de um a cinco dias e hoje, esse espaço de tempo aumentou de cinco dias para cinco anos e fala-se mais sobre a morte do que do processo de morrer (PESSINI, 2007).
Segundo Silva (2006), a morte deixou de ser um processo natural e passou a ser um tabu e um inimigo a ser vencido principalmente pelos cientistas de vários campos de pesquisa, incluso os médicos e enfermeiros pesquisadores que contribuem para o avanço científico e tecnológico do nosso planeta.
Atualmente, coexistem duas correntes ideológicas, sendo que uma a) defende que a morte está instalada quando cessam os sinais cerebrais e outra b) argumentando que só ocorre quando cessam as funções encefálicas. 
Para entendimento:
A morte encefálica é a abolição da vida de relação e da coordenação da vida vegetativa por lesão irreversível dos hemisférios cerebrais e do tronco cerebral. É diferente da morte cortical ou morte cerebral que apenas compromete a vida de relação, mas o tronco cerebral continua a regular os processos vitais pela integridade dos centros vasomotor, respiratório e termorregulador, sem a ajuda de meios artificiais. (BATISTA; SEIDL, 2011).
Deste modo, é claro que fica a dever do médico a conduta que será tomada e qual o proceder a partir de um determinado diagnóstico como o supracitado.
Para além disso, discute-se bastante sobre a “morte digna” que nada mais é que o direito de qualquer pessoa, especialmente de um paciente em estágio terminal, de morrer de forma pacífica, sem sofrimento e, principalmente, sem ser submetido a práticas e tratamentos que invadam o seu corpo a fim de prolongar seu tempo de vida.
Hoje, juridicamente concedida ao paciente em fase terminal, discute-se sobre a “autonomia da vontade” e até que ponto esse paciente é capaz de tomar uma decisão desse tipo ainda que não lhe confira nenhum problema mental e/ou psicológico.
Para conferir ao paciente o processo de uma morte digna, o mesmo deve estar em pleno funcionamento de suas faculdades mentais e essa manifestação pode ser feita de forma verbal e/ou escrita em um primeiro momento e, posteriormente, levado às vias legais de fato.
A necessidade dessa legislação não diz respeito apenas a morte digna do paciente em questão, mas também para garantir o amparo legal ao médico que autorizá-la sem ferir o seu código profissional ao suspender o tratamento e/ou uso de medicamentos em pacientes que se encontram em fase terminal.
O reconhecimento legal ao Direito à Autodeterminação começou nos Estados Unidos, com a aprovação da Lei de Autodeterminação do Paciente, cujo objetivo é permitir ao paciente decidir sobre o próprio tratamento e, também, antecipar o exercício da sua autonomia, tendo em vista a possibilidade de deixar de ter condições de declarar a sua vontade e a mesma ficar a cargo de seus prováveis responsáveis. Esse trajeto está em trâmite no Brasil, através da Lei Mario Covas que, ao fim de sua vida, optou por recolher-se em sua casa sem continuidade dos tratamentos já que a doença estava em estágio terminal e, em sequência, foi instituída a Resolução nº.: 1931/2009, do Conselho Federal de Medicina, que autoriza os médicos a seguirem a vontade do paciente.
O capítulo IV dessa Resolução postula que “é vedado ao médico o direito de garantir ao paciente o exercício do direito de decidir livremente sobre a sua pessoa ou seu bem estar, bem como exercer sua autoridade para limitá-lo.”Dentro da legalidade e dos aspectos éticos a respeito do morrer, podemos citar: a eutanásia, a ortotanásia, a distanásia e a mistanásia.
A eutanásia e a distanásia, embora opostas, tem em comum a preocupação com a morte e a maneira mais adequada de lidar com essa situação. Enquanto a eutanásia se preocupa prioritariamente com a qualidade de vida humana na sua fase final – eliminando o sofrimento -, a distanásia se preocupa em prolongar ao máximo a quantidade da vida humana, combatendo a morte como o grande e último inimigo. (MARTIN, 1998 apud ALVES; CASAGRANDE, 2016, p. 3).
A ortotanásia, enquanto isso, é o não prolongamento artificial do processo de morto, prezando pela qualidade de vida, já a mistanásia é a “eutanásia social” que é uma omissão de socorro estrutural influenciados por fatores sociais, geográficos, políticos etc.
No que concerne à enfermagem, os profissionais criam formas e maneiras de enfrentar esse processo de morte, da “perda” de um paciente e é comum notarmos que, ao longo do tempo, muitos dizerem que já não se impactam mais com esse tipo de situação, pois se torna um mecanismo de defesa que vai tornar seu trabalho menos desgastante e tortuoso, por assim dizer.
Em detrimento dessa dificuldade em lidar com a morte e o processo de morrer, a maioria dos profissionais preferem lidar de maneira mais fria e meticulosa com os pacientes em estágio terminal a fim de não criar laços nem com este e nem com a família e, para quando o óbito ocorra, ser um processo menos doloroso para ambas partes.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALVES, N.L.; CASAGRANDE, M.L. Aspectos Éticos, legais e suas interfaces sobre o morrer. In: _. Revista Científica do ITPAC. Araguaína, 2016.
BATISTA, K.T.; SEIDL, E.M.F. Estudo acerca de decisões éticas na terminalidade da vida em unidade de terapia intensiva. Brasília: Outubro, 2011.
BOEMER, M.R.; SAMPAIO, M.A. O exercício da enfermagem em sua dimensão bioética. In: _. Rev.latino-am.enfermagem, Ribeirão Preto: Abril, 1997.
CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA. Código de Ética Médica: confiança para o médico, segurança para o paciente. Resolução CFM Nº 1931/2009: Conselho Federal de Medicina. Disponível em: https://www.portalmedico.org.br/novocodigo/integra.asp 
PESSINI, Leo. Eutanásia. Por que abreviar a vida? In: _. Problemas atuais de bioética. 8ª ed. São Paulo: Edições Loyola, 2007. 
SILVA, José Vitor da. A morte e o morrer: Algumas reflexões. In: _. Bioética: meio ambiente, saúde e pesquisa. São Paulo: Iátria, 2006.

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