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Ativos antiestria e anticelulite

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Princípios ativos aplicados à estética
UNIDADE 4 –
Ativos antiestria e anticelulite 
Profª MSc. Carolyne Chagas
✓ Compreender o processo de formação e classificação
da celulite.
✓ Entender o mecanismo de ação dos ativos anticelulite.
✓ Compreender o processo de formação e classificação
da estria.
✓ Entender o mecanismo de ação dos ativos antiestrias.
Objetivos
Celulite: definição, etiologia e classificação
A celulite é uma disfunção estética que se caracteriza por alterações
no tecido subcutâneo relacionadas a um desequilíbrio entre o
metabolismo circulatório, fibras de sustentação, tecido intersticial,
vasos sanguíneos e linfáticos.
Fatores 
predisponentes
Fatores 
determinantes 
Fatores
condicionantes
✓ Idade
✓ Sexo
✓ Genética 
Alterações 
hormonais.
✓ Sedentarismo
✓ Estresse
✓ Tabagismo
✓ Alterações 
endócrinas
✓ Má alimentação 
✓ Alterações da 
pressão e 
redução da 
reabsorção de 
líquidos pelo 
sistema linfático.
Mecanismos de ação dos ativos anticelulite
✓ Diminuição da lipogênese
✓ Estimulação da lipólise
✓ Melhora da circulação sanguínea e linfática
✓ Redução do quadro de edema e efeito anti-inflamatório
Microcirculação
Lipogênese
Lipólise
-Ginkgo biloba,
-Pentoxifilina
-Centella asiática
-Cafeína
-Aminofilina
-Teofilina
Derme e 
subcutâneo
Antioxidantes
-Retinóides
-Ácido linoleico
-Vitamina C
-Chá verde
✓ Fácil aplicação
✓ Promotores de 
permeação
✓ Carreadores
✓ Concentrações 
eficazes
Ativos anticelulite
Ativo Ação
Ácido retinóico
Aumento da espessura do colágeno dérmico e melhora do
contorno das fibras.
Castanha da Índia Aumento da circulação, ativando a permeabilidade da pele.
Centella asiática Aumento da circulação e ativação da permeabilidade da pele.
Chá verde e cafeína
Possuem, em sua formulação, ativos xantínicos que
apresentam ação diurética e tônico-estimulante.
Coenzima A e L carnitina
Aumentam a oxidação dos ácidos graxos, reduzindo
o volume dos adipócitos do tecido subcutâneo.
Ativos anticelulite
Ativo Ação
Argisil C® Possui efeito lipolítico e antifibrose.
Extrato de hera O ativo atua na redução do edema local.
Fosfatidilcolina Ao penetrar no adipócito, a fosfatidilcolina induz a lipólise.
Ginkgo biloba
Melhoria significativa da circulação sanguínea. Também possui 
ação anti-inflamatória.
Guaraná Melhora da circulação e do metabolismo local.
Estria: definição, etiologia e classificação
F
a
se
 ro
s
a
d
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F
a
s
e
 n
a
c
a
ra
d
a
Definição
As estrias caracterizam-se por alterações na derme, com
ruptura das fibras elásticas e de colágeno que sustentam essa
camada.
Etiologia
✓ Predisposição genética
✓ Fatores hormonais
✓ Estiramento da pele pelo crescimento
✓ Gestação
✓ Obesidade
Tratamento
Agentes hidratantes: manteiga de cacau, óleo de amêndoas
doces, óleo de oliva, óleo de abacate, óleo de rícino, ureia,
ceramidas e ácidos graxos.
Agentes com capacidade de estimular a produção de 
colágeno: ácido hialurônico, centella asiática, ácido retinóico e 
alfa-hidroxiácidos.
F
a
se
 a
tró
fic
a
Ativos antiestrias
Ativo Ação
Ácido glicólico
Atua facilitando o desprendimento de células mortas, reduz a
espessura da camada córnea e atua na melhora da hidratação
cutânea.
Ácido hialurônico Estimula a produção de colágeno.
Aloe vera Ação anti-inflamatória, cicatrizante e hidratante.
D-pantenol
Atua na formação de células da epiderme, acelera a cicatrização
celular e age com mecanismos anti-inflamatórios, além de atuar
como hidratante.
Escina Atua como anti-inflamatório e acelera a circulação.
Ativos antiestrias
Ativo Ação
Ácido retinóico Regula a diferenciação, o crescimento e a renovação celular.
Hydroxyprolisilane
Aminoácido essencial na formação de colágeno na derme. Melhora a
cicatrização cutânea, além de auxiliar como regulador da
permeabilidade capilar.
Lactato de amônio Promove a umectação e a hidratação intensiva da pele.
Manteigas em geral
Atuam formando uma película lipofílica sobre a pele, aumentando a
hidratação.
Vitamina C Ação na estimulação da síntese de colágeno pela pele.
Princípios ativos aplicados à estética
UNIDADE 4 –
Produtos capilares primários
Profª MSc. Carolyne Chagas
✓ Compreender o mecanismo de ação e a composição
dos xampus.
✓ Entender o mecanismo de ação e a composição dos
condicionadores.
✓ Compreender o mecanismo de ação e a composição
das máscaras de tratamento.
✓ Diferenciar fixadores de finalizadores.
Objetivos
Xampus: definição
Agentes de limpeza destinados à remoção da:
✓ Oleosidade
✓ Suor
✓ Descamação de células epidérmicas
✓ Dos resíduos de poluição
✓ De outros produtos capilares que se acumulam diariamente nos
cabelos e no couro cabeludo.
Levemente ácidos, aproximam-se mais 
do pH natural dos fios
Mais fortes e agressivos aos fios 
(maior a chance de tornar o cabelo ressecado e poroso)
Xampus: Mecanismo de ação
Classificação dos surfactantes
Polaridade Vantagens Desvantagens Exemplos
Aniônicos
Baratos, efetivos e de uso 
simples.
Alguns são ásperos, agridem o 
couro cabeludo e deixam frizz.
Lauril sulfatos, lauril
éter sulfatos.
Catiônicos
Umectação, anti-frizz e 
atividade antimicrobiana.
Capacidade limitada de remoção 
da oleosidade e não produzem 
muita espuma.
Sais de amónio 
quaternário.
Anfotéricos
Versatilidade de uso e 
menos agressivos.
Mais caros.
derivados de betaína e 
do ác. 
Aminopropiônico.
Não iônicos Menos agressivos.
Capacidade de higienização 
mediana, pouco espumosos.
óxidos de amina e 
derivados etoxilados.
Demais ingredientes dos xampus
Adjuvante Função
Formadores de espuma Associado a capacidade de um xampu de formar espuma.
Agentes quelantes Limpam e previnem a formação de precipitação de metais.
Condicionadores Ativos cosméticos com finalidade de hidratação.
Agentes anti-frizz Reduzem o frizz por meio da redução das cargas negativas.
Conservantes
Evitam o crescimento de microrganismos, aumentando a vida útil do 
cosmético.
Fragrâncias Garantem um cheiro agradável ao produto.
Agentes espessantes Aumentam a viscosidade do xampu.
Perolizantes ou 
opacificadores
Alteram as propriedades óticas do xampu, de modo a aumentar
(perolizantes) ou reduzir o brilho dos cabelos (opacificadores).
Xampus e tipos de cabelos
Xampu Característica
Cabelos secos
Não devem ser agressivos e não devem retirar tanta oleosidade dos fios, uma
vez que esse fator já se encontra reduzido nesse tipo de cabelo. Indica-se, nesse
caso, surfactantes não iônicos, porque conferem suavidade às formulações.
Cabelos oleosos
Devem apresentar maior concentração de surfactantes, além de possuírem
surfactantes mais potentes, como os surfactantes aniônicos, uma vez que
devem remover uma quantidade maior de óleo dos fios.
Cabelos ressecados e 
danificados
Retêm a umidade, aumentando o teor de água dos fios, e podem ser chamados
de xampus hidratantes ou condicionadores.
Anticaspa
As fórmulas são, normalmente, mais suaves, uma vez que é necessário o uso
diário e contêm em sua formulação, ativos antifúngicos, como cetoconazol,
piritionato de zinco ou sulfeto de selênio.
Xampus e tipos de cabelos
Xampu Característica
Cabelos tingidos
São mais suaves e, em geral, livres de sulfato. Além disso, fazem uso de um pH
mais próximo do natural dos fios de cabelo, o que facilita o fechamento das
cutículas e a manutenção da química.
Infantis
Possuem surfactantes aniônicos extremamente suaves, associados a
surfactantes anfóteros.
Antiqueda
Possuem ativos de estimulação e restauração capilar, como o d-pantenol, e
possuem surfactantes mais suaves.
Purificantes
Indicados para pré-tratamentos de químicas e para quando há acúmulo de
produtos nos fios de cabelo.
A seco O pó aplicado recolhe a sujeira e o óleo sem o uso de água e sabão.
Condicionadores: definição, mecanismo de ação e 
classificação
Os compostos dos condicionadores objetivam os efeitos de proteção da fibra capilar,
aumentam o brilho pelo fechamentos das cutículas capilares e devolvendo a
hidratação retirada pelo xampu.
✓ Condicionador com enxágue:após sua aplicação, o cabelo
deve ser enxaguado.
✓ Condicionador de tratamento ou reparação: aplicado para
repor nutrientes dos fios e, normalmente, é aplicado por
mais tempo que o primeiro.
✓ Condicionador sem enxágue: permanecem nos fios até a
próxima lavagem.
O mecanismo de ação ocorre a partir do conceito de substantividade, ou seja, ocorre 
aderência dos materiais graxos à haste capilar, modificando as propriedades 
superficiais do cabelo.
Materiais graxos dos condicionadores
Composto Características Exemplos
Álcoois graxos
gorduras, óleos ou ceras que podem ser empregados
como condicionadores.
Cetilico e estearilico.
Silicones
Formam uma película sobre a haste capilar, impedindo
a perda de água e protegendo o fio de danos.
Dimeticona e
ciclometicona.
Umectantes Retêm a umidade dos fios. Glicerina.
Hidratantes
Previnem a perda de água pelo cabelo através do
revestimento dos fios.
Lanolina e óleo mineral.
Proteínas e 
derivados
Funcionam para selar as pontas duplas, aumentando a
resistência dos cabelos.
Colágeno e seda.
Surfactantes 
catiônicos
Diminuem o embaraçamento dos fios.
Compostos de amônio
quaternário.
Máscaras capilares
Destinam-se ao tratamento de hidratação dos fios, apresentando uma ação condicionante
mais potente quando comparadas aos condicionadores, permitindo a hidratação e a
redução da perda de água e protegendo os fios de danos externos por meio de
mecanismos mais intensivos.
Tipo Característica
Hidratantes
Atuam nas camadas mais externas do cabelo,
proporcionando a selagem da cutícula capilar e
reestruturando o córtex.
Reconstrutoras
Repõe os nutrientes no córtex capilar e devolvendo as
características naturais e estéticas dos fios.
Nutritivas
Indicadas para cabelos nos quais se objetivo de aumentar
a concentração de elementos como lipídeos e nutrientes.
✓ Concentrada
✓ Viscosa 
✓ Tempo de contato
Fixadores e finalizadores
Fixadores Finalizadores
Fixar o penteado por mais tempo. Reduzir o frizz, facilitar o penteado, alterar o 
volume.
Exemplos: Gel, sprays de fixação e loções. Exemplos: mousses, loções, leave-in e spray de 
brilho.
Produtos capilares por tipo de cabelo
Princípios ativos aplicados à estética
UNIDADE 4 –
Produtos capilares modificadores
Profª MSc. Carolyne Chagas
✓ Compreender o mecanismo de ação dos alizantes e
das tintutas.
✓ Entender os riscos associados aos alizantes e tinturas.
Objetivos
Alisantes: Mecanismo de ação
Os ativos alisantes atuam causando reações químicas
que alteram o formato natural dos fios por meio da
quebra das ligações de dissulfeto e da criação de novas
ligações, agora dispostas em
linha reta, o que garante como resultado final o cabelo
liso.
Tioglicolato de amônio (ATG): Mecanismo de 
ação
Hidróxidos: Mecanismo de ação
Exemplos:
✓ Hidróxido de sódio
✓ Hidróxido de lítio e 
potássio
✓ Hidróxido de 
guanidina
Tinturas: Mecanismo de ação
Tintura Mecanismo
Permanentes 
oxidativas
Moléculas de corantes que ao atingirem o córtex, sofrem um processo químico,
chamado de oxidação, e o resultado desse processo é a formação de moléculas
grandes e coloridas, que permanecem no córtex dando cor ao cabelo.
Temporárias
Moléculas grandes de modo que ficam depositadas apenas na camada externa
dos fios sobre as células da camada cuticular.
Semipermanentes
Associação de ativos corantes de deposição associados a ativos corantes de
oxidação com duração intermediária da coloração.
Danos causados pelos alisantes e tinturas
✓ Enfraquecimento da 
haste capilar
✓ Redução do brilho
✓ Redução da maciez
✓ Alterações na textura
_________________
✓ Reações alérgicas
✓ ou sensibilizantes
✓ Dermatites
✓ Reações sistêmicas por 
inalação ou absorção 
percutânea Ação 
carcinogênica.
✓ Manusear os produtos 
com cautela
✓ Seguir as orientações do 
fabricante
✓ Usar mascaras, óculos e 
luvas
✓ Lavar as mãos
✓ Frequentemente
✓ Utilizar produtos 
regulamentados com 
registro na Anvisa
✓ Reduzir a exposição a 
agentes químicos para 
níveis seguros

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