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KAREN ADRIELE BARBOSA DA SILVA PESQUISA DE STAPHYLOCOCCUS AUREUS E ESCHERICHIA COLI EM APARELHOS CELULARES UTILIZADOS EM LABORATÓRIO PORTO VELHO 2018 KAREN ADRIELE BARBOSA DA SILVA PESQUISA DE STAPHYLOCOCCUS AUREUS E ESCHERICHIA COLI EM APARELHOS CELULARES UTILIZADOS EM LABORATÓRIO Artigo apresentado à Banca Examinadora do Centro Universitário São Lucas, como requisito de aprovação para obtenção do Título de Bacharel em Biomedicina Orientador: Prof. Me. Lorena Brandhuber PORTO VELHO 2018 PESQUISA DE STAPHYLOCOCCUS AUREUS E ESCHERICHIA COLI EM APARELHOS CELULARES UTILIZADOS EM LABORATÓRIO Karen Adriele Barbosa da SILVA 1* ; Lorena Brandhuber de MOURA 1 . 1. Centro Universitário São Lucas, Porto Velho, Brasil. *Autor correspondente: karenadrielebs@gmail.com RESUMO: A biossegurança dentro dos laboratórios tem uma grande importância a fim de evitar riscos para o indivíduo e o meio ambiente. Essas normas são necessárias para minimizar os riscos para profissionais e inclusive estudantes de graduação, onde pesquisas já realizadas afirmam que estes não dão total atenção para essas medidas de segurança, o que reforça a ideia de que as universidades tem que informar e cobrar seus acadêmicos o respeito e comprometimento em seguir as regras impostas pela biossegurança. Atualmente, muitos se dedicaram a pesquisas sobre os aparelhos celulares dentro de um laboratório, e é comprovado que seu risco de contamianção é possível. Esta pesquisa tem como objetivo verificar contaminação pelas bactérias Staphylococcus aureus e Escherichia coli em aparelhos celulares utilizados em laboratórios, seja por estudantes ou profissionais da saúde. Foi realizada uma pesquisa de caráter exploratório e experimental em 15 aparelhos celulares de estudantes e profissionais que trabalham em laboratório, com as devidas assinaturas recolhidas pelo Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Positivaram no geral 19 amostras, no qual 18 ocorreram no manitol e 1 ocorreu no McConkey. Baseado nessa pesquisa, é possível afirmar a importância de uma correta higienização dos aparelhos celulares e das mãos ao manuseá-los. PALAVRAS-CHAVE: Staphylococcus aureus. Escherichia coli. Contaminação bacteriana. Aparelho celular. INTRODUÇÃO O termo biossegurança é designado pela soma das ações voltadas para promover a segurança dentro de um laboratório, seja por meio dos profissionais de saúde e também para o meio ambiente. Essas boas práticas devem ser supervisionadas por um responsável designado excepcionalmente para esse cargo ou por uma comissão de biossegurança (ANVISA, 2013). Todas as normas são importantes, porém, algumas merecem destaque, como: uso de EPIs (Equipamento de Proteção Individual) que são as luvas, jaleco, máscaras, óculos e sapato fechado. Sempre higienizar as mãos, não comer e beber dentro dos laboratórios, não pipetar com a boca, manter os cabelos presos, evitar pegar em maçanetas e em aparelho celulares utilizando as luvas (ANVISA, 2013). A biossegurança dentro dos laboratórios tem uma grande importância a fim de evitar riscos para o indivíduo e o meio ambiente (SILVA; MASTROENI, 2009). Essas normas são necessárias para minimizar os riscos para os profissionais e inclusive estudantes de graduação. As pesquisas já realizadas afirmam que estes não dão total atenção para essas medidas de segurança, o que reforça a ideia de que as Universidades tem que informar e cobrar de seus acadêmicos o respeito e comprometimento em seguir as regras impostas pela biossegurança (SILVA; MASTROENI, 2009; SANGIONI et al., 2013). Os laboratórios clínicos também necessitam dessas ações de segurança, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) disponibiliza atualmente nas redes móveis todas as informações acerca desse tema. Inclusive é alertado sobre a designação de um responsável por implementar as normas de segurança (ANVISA, 2013). O uso da tecnologia atualmente é muito útil se diz respeito a saúde, e apesar dos riscos de contaminação proporcionados ao celular, suas vantagens também devem ser estudadas. A tecnologia aliada a saúde pode auxiliar na educação de profissionais desse ramo, e também apoiar pacientes que necessitam de incentivo moral (LOPES; HEIMANN, 2016). Em contramão a essas vantagens da tecnologia temos os potenciais riscos do uso dos aparelhos celulares dentro do ambiente laboratorial, como a disseminação de bactérias multirresistentes, que podem contaminar o indivíduo, pessoas de seu convívio e até pacientes no caso de um agente da saúde trabalhando dentro de uma UTI (REIS et al., 2017). Em consideração a isso, é de extrema importância uma correta higienização durante a semana desses aparelhos, utilizando álcool 70% com algodão ou gaze, e também a limpeza adequada das mãos durante o manuseio do celular (BALDO et al., 2016; SOUZA et al., 2018). Além da higienização do celular, ter disciplina em relação a biossegurança laboratorial é essencial para evitar possíveis transtornos, por isso, diversos trabalhos disponíveis online são dedicados a esse tema tão simples e importante. Um desses é um artigo original no qual se foi pesquisado o grau de importância da biossegurança na visão dos alunos dentro de uma universidade. Nessa pesquisa foi possível observar a carência de informações sobre a biossegurança por parte desses alunos, visto que 98% afirmaram não ter participado de palestras e nem de cursos sobre o assunto (FERREIRA et al., 2018). Atualmente, muitos se dedicaram a pesquisas sobre os aparelhos celulares dentro de um laboratório, e é comprovado que seu risco de contaminação é possível. Dentre muitas dessas pesquisas se comprova a prevalência de Staphylococcus spp e Escherichia coli entre os contaminantes desses telefones celulares (BALDO et al., 2016; PIRES, 2016; REIS et al., 2017; SHAHABY et al., 2012; SOUZA et al., 2018). O Staphylococcus aureus é um dos principais microorganismos que infectam indivíduos, e apesar de pertencer à microbiota, essa bactéria tem um grau de patogenicidade alta pois se dissemina fácil em ambiente hospitalar e possui uma associação a resistência a antibióticos. As patologias causadas por essa bactéria são diversas podendo citar infeccções que envolvam feridas, furúnculos, septicemia, pneumonia e intoxicação alimentar (ENGELKIRK; DUBEN-ENGELKIRK, 2012). O gênero Staphylococcus também abrange os que possuem a característica de se mostrarem coagulase negativa. Estes são exemplos de bactérias presentes na microbiota natural da pele, mas que também são possíveis patogênicos, se levado em consideração o quadro clínico do indivíduo. (MONTEIRO et al., 2016). Já a Escherichia coli tem uma grande facilidade no que diz respeito a formas de transmissão, podendo ser disseminada por meio das mãos, da água, alimentos, inclusive por animais de estimação. É um habitante do trato gastrointestinal, que pode causar patogenias intratestinais e fora dessa região também, como infecções do trato urinário, e septicemia. Por pertencer á microbiota gastrointestinal, sua presença indica contaminação por coliformes fecais (CROXEN et al., 2013; ENGELKIRK; DUBEN-ENGELKIRK, 2012). Diante o contexto, esse trabalhotem uma importância dentro da conscientização dos indivíduos diante a importância das normas de Biossegurança dentro dos laboratórios, principalmente no que diz respeito ao uso de aparelhos celulares com as luvas em mãos. Esta pesquisa tem como objetivo verificar contaminação pelas bactérias Staphylococcus aureus e Escherichia coli em aparelhos celulares utilizados em laboratórios, seja por estudantes ou profissionais da saúde. MATERIAL E MÉTODO Foi realizada uma pesquisa de caráter exploratório e experimental em 15 aparelhos celulares de estudantes e profissionais que trabalham em laboratório, com as devidas assinaturas recolhidas pelo Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Foram utilizados 30 swabs em meio de transporte Stuart. Para cada telefone realizou-se a coleta de duas amostras de swab, sendo uma no local de saída de som e a outra no botão de início. Após a coleta, os swabs foram introduzidos em caldo BHI (Kasvi), e encubados a 37°C por 24 horas. Posteriormente foram semeados em meios de cultura específicos, como o ágar sal manitol (Kasvi), para a procura de Staphylococcus aureus e ágar MacConkey (Kasvi), para a procura de Escherichia coli, e encubados por 24 horas a 37°C. Após a encubação, foi analisado o crescimento no ágar sal manitol, seguindo o protocolo estabelecido para a pesquisa de Staphylococcus aureus através da coloração de gram no qual são visualizados Cocos Gram-Positivos, e prova da catalase que positivada define o gênero Staphylococcus. Já as catalase negativas, foram descartadas por serem padronizadas para outro gênero. Nas amostras catalase positivas, continuou-se o protocolo com os testes de Dna’se (Kasvi), encubadas em câmara fria a 37°C por 24 horas, e coagulase, com plasma de coelho, encubados a 37°C por 24 horas. Resultados positivos nesses dois testes confirma a presença de Staphylococcus aureus. O meio de cultura MacConkey (Kasvi), foi escolhido pelo fato de ser seletivo para os Bacilos Gram-negativos. A análise do crescimento foi baseada na fermentação do meio, que occorre através da lactose, sendo possível identificar as bactérias lactose positivas pela coloração de colônias rosas, e lactose negativas, pelas colônias incolores. Após o crescimento, as colônias foram selecionadas parra inoculação nos meios de cultura TSI, Rugai e Citrato, para o fechamento do gênero e espécie bacteriana Escherichia Coli. RESULTADOS Os resultados obtidos foram que das 30 amostras coletadas, positivaram no geral 19 amostras, no qual 18 ocorreram no manitol e 1 ocorreu no McConkey. Dessas 19 amostras positivadas, 10 são provenientes dos swabs coletados do botão de início e 9 foram coletados da saída de som. Em 11 amostras coletadas não houve nenhum tipo de crescimento, conforme apresentado na figura 1. Figura 1 – Gráfico de crescimento. *Legenda: Das amostras coletadas 37% negativaram, 33% ocorreram no botão de início e 30% ocorreram no local da saída de som. **Fonte: Próprio autor. Das amostras coletadas no botão de início, 10 amostras obtiveram crescimento, todos ocorridos no sal manitol. No 37% 33% 30% GRÁFICO DE CRESCIMENTO NEGATIVOS BOTÃO SAÍDA DE SOM MacConkey não houve nenhum crescimento, conforme apresentado na figura 2. E nas amostras coletadas na saída de som, ocorrram 9 crescimentos, sendo apenas 1 no MacConkey e 8 no sal manitol, conforme apresentado na figura 3. Figura 2 – Gráfico dos crescimentos ocorridos no botão de início. *Legenda: 100% ocorreram no ágar sal manitol. **Fonte: Próprio autor. Figura 3 – Gráfico dos crescimentos ocorridos no local de saída de som. *Legenda: 89% ocorreram no ágar sal manitol e 11% no ágar MacConkey. **Fonte: Próprio autor. 0% 100% BOTÃO MACCONKEY SAL MANITOL 11% 89% SAÍDA DE SOM MACCONKEY SAL MANITOL No ágar sal manitol das 30 amostras coletadas, ocorreram 18 crescimentos, conforme apresentado na figura 4. E dentro dessas 18 amostras que obtiveram crescimento, todas se apresentaram como cocos gram-positivos na coloração de gram, e 4 negativaram na prova da catalase, por isso foi necessária a continuação com os testes de Dna’se e coagulase em apenas 14 amostras, e nessas 14 ambos testes negativaram, conforme apresentado na tabela 1. Figura 4 – Gráfico dos resultados obtidos no ágar sal manitol. *Legenda: Em 60% dos meios houve crescimento e em 40% não ocorreu nenhum crescimento. **Fonte: Próprio autor Tabela 1 - Resultados obtidos na procura de Staphylococcus aureus. AMOSTRAS COLORAÇÃO DE GRAM CATALASE DNA’SE COAGULASE AMOSTRA 1 CGP + - - AMOSTRA 2 CGP + - - AMOSTRA 3 CGP + - - AMOSTRA 4 CGP + - - AMOSTRA 5 CGP + - - AMOSTRA 6 CGP + - - AMOSTRA 7 CGP + - - AMOSTRA 8 CGP + - - AMOSTRA 9 CGP + - - AMOSTRA 10 CGP + - - AMOSTRA 11 CGP + - - AMOSTRA 12 CGP + - - 60% 40% SAL MANITOL POSITIVOS NEGATIVOS AMOSTRA 13 CGP + - - AMOSTRA 14 CGP + - - AMOSTRA 15 CGP - - - AMOSTRA 16 CGP - - - AMOSTRA 17 CGP - - - AMOSTRA 18 CGP - - - TOTAL 18 14 0 0 *Legenda: CGP = Cocos Gram Positivos **Fonte: Próprio autor Já na pesquisa de Escherichia coli das 30 amostras semeadas, somente em 1 houve crescimento. A colônia apresentou coloração rosa, o que indica que o meio fermentou a lactose, o que é uma característica dessa bactéria. Essa colônia foi identificada pelos bioquímicos TSI, Rugai e Citrato, e conforme abaixo na tabela 2, a bactéria encontrada foi de fato a Escherichia coli. Tabela 2 - Resultados obtidos da amostra 1. TESTE BIOQUÍMICO RESULTADO LACTOSE + SACAROSE + GLICOSE + CITRATO - INDOL + LISINA + MOTILIDADE + GÁS + URÉIA - H2S - RESULTADO ESCHERICHIA COLI **Fonte: Próprio autor. DISCUSSÃO Os resultados obtidos se comparados, foram semelhantes aos de outros trabalhos já publicados. Por se tratar de um gênero bacteriano presente em nossa própria microbiota (GRICE; SEGRE, 2011) o Staphylococcus coagulase negativa foi o mais encontrado nos aparelhos celulares, o que comprova que provavelmente ocorreu contaminação causada pelas mãos de seus usuários. Uma pesquisa já realizada no qual também foram utilizados telefones móveis (NUNES; SILIANO, 2016) comprova a alta incidência de Staphylococcus sp. que estavam presentes em 91% das amostras coletadas, e a baixa contaminação pela Escherichia coli que apareceu apenas em 3% da porcentagem. Nesse mesmo trabalho também relataram aparelhos celulares livres de contaminação. Outro trabalho que corrobora com esses resultados, é o da (SILVA et al., 2015) onde foram identificados microorganismos presentes em celulares de funcionários e alunos da Universidade Cidade de São Paulo. Novamente é notada a prevalência de colonização das bactérias do gênero Staphylococcus sp. no qual sua frequência foi de 39% e a baixa contaminação por Escherichia coli com 3%. O gênero Streptococcus sp. também aparece com o dado de 14%. Estudantes do curso debiomedicina realizaram pesquisas onde seus resultados corroboram com os desse artigo. A ocorrência das bactérias gram-positivas, representadas pelos Staphylococcus sp. foram predominates se comparadas a outros gêneros bacterianos como por exemplo o das Enterobactérias (ARAÚJO et al., 2017). No Egito também foi realizado um trabalho com o tema semelhante a este. Foram pesquisados microorganismos presentes em 40 aparelhos celulares dentro de um ambiente hospitalar, igualmente a esse eles também encontraram uma maior porcentagem de Staphylococcus coagulase negativa com 50%, e em menor quantidade a Escherichia coli com apenas 12,5% (SELIM; ABAZA, 2015). Estudantes de enfermagem em Valença realizaram uma pesquisa de contaminação de celulares utilizados em UTI, e seus resultados comprovaram que a maior parte desses aparelhos (76%), estavam colonizados por Staphylococcus coagulase negativa, ainda nessa pesquisa demostram a importância da limpeza desses telefones, principalmente se utilizados em ambiente hospitalar (REIS et al., 2017). Em Cairo, no Egito, pesquisadores investigaram patógenos presentes em celulares. Manipularam 101 telefones, e a maior contaminação encontrada foram de Staphylococcus coagulase negativa, com um total de 60 aparelhos. A Escherichia coli aparece nessa mesma lista com apenas 22 telefones móveis infectados (SHAHABY et al., 2012). Segundo (CUNHA et al., 2016) foi sucedido uma avaliação microbiológica de telefones de profissionais em um bloco cirúrgico dentro de um hospital. Semearam duas vezes utilizando 50 celulares desses profissionais, e verificou-se Staphylococcus coagulase negativa, que se sobressaiu no primeiro semeio realizado com 75% e no segundo com 70,5%, colocando-os assim como o maior índice de contaminação. Todos esses dados reforçam sobre a importância das regras de biossegurança aplicadas dentro dos laboratórios. Pesquisas recentes abordaram sobre esse tema e obtiveram resultados interessantes. No Rio Grande do Sul foi realizada uma análise desse conhecimento sobre biossegurança por parte de estudantes em formação, e na frente sob o conhecimento dessas regras, os estudantes de biomedicina são os mais conscientes com 82,27% de desempenho (DOS SANTOS et al., 2018). Pesquisadoras realizaram uma coleta de dados por meio de questionários para avaliar o nível de educação da biossegurança em profissionais de laboratórios de análises clínicas (RIGO; FONTANA, 2018) e com a descoberta da falta de conhecimento acerca desse assunto, elas tiveram a ideia de usar a internet que é uma ferramenta de fácil acesso, para auxiliar na facilidade de entendimento, e criaram um website contendo informações significativas. Novamente é notado o uso do celular como fonte importante de informações e facilidades no ramo da saúde. Uma revisão da literatura realizada por (SILVA et al., 2015) teve como proposta a contribuição de conhecimento acerca da biossegurança, e como os autores citados acima, também foi possível observar a preocupação em utilizar a internet para a propagação de informações úteis sobre boas práticas laboratoriais, visando diminuir os riscos existentes em laboratórios, inclusive o de uso de aparelhos celulares durante sua a permanência no local. CONCLUSÃO Baseado nessa pesquisa, é possível afirmar a importância de uma correta higienização dos aparelhos celulares e das mãos ao manuseá-los. Foram encontradas a presença de microorganismos em mais da metade das amostras coletadas, e ao contrário do que se era esperado, a bactéria Staphyloccocus aureus estava ausente em 100% dos celulares analisados. Esse resultado da ausência do Staphyloccocus aureus levanta a hipótese de que os voluntários dessa pesquisa tem a consciência de uma limpeza adequada de seus aparelhos celulares, por estarem sempre em âmbito laboratorial, estes provavelmente conhecem e tem noção da importância da biossegurança. Uma grande parcela desses telefones estavam contaminados com bactérias do gênero Staphylococcus sp. estes que negativaram no teste de coagulase e como já citado anteriormente, estão presentes na microbiota natural da pele o que sugere uma contaminação pelas próprias mãos dos voluntários. Mas apesar de fazer parte da microbiota, nem sempre o Staphylococcus coagulase negativa se comporta de forma amigável, na literatura é possível encontrar vários relatos da patogenicidade desse gênero bacteriano. Uma pesquisa realizada em uma UTI neonatal buscou a incidência de infecções primárias ocorridas no sangue, e o Staphylococcus coagulase negativa foi encontrado em 37,5% dos pacientes (MACHADO; ANTUNES; SOUZA, 2017). Apenas um aparelho apresentou contaminação pela bactéria Escherichia coli, e isso demonstra uma possível transmissão por outras vias, podendo ter ocorrido principalmente na via oral-fecal, como já dito na introdução, esse microorganismo está presente em nosso sistema gastrointestinal e esse resultado positivo é preocupante, especialmente se o indivíduo não realiza a higienização das mãos corretamente, o que pode ocasionar uma propagação ao se alimentar. AGRADECIMENTOS Um agradecimento especial aos meus pais que sempre me apoiaram nos meus estudos e que não mediram esforços para tornar meu sonho de ter um ensino superior possível. Também gostaria de agradecer todo o cuidado e dicas valiosas da minha orientadora Lorena Brandhuber, que foi a peça chave para a conclusão dessa pesquisa. E com toda a certeza não pode ficar de fora os agradecimentos para o Centro Universitário São Lucas, que seleciona a dedo seus técnicos de laboratório, estes que me ajudaram muito em todas as dúvidas e problemas que foram ocorrendo no decorrer dessa pesquisa, deixo aqui meu carinho especial pela técnica Olívia Bezerra, sem ela essa pesquisa não seria possível. ___________________________________________________________________________ SEARCH FOR STAPHYLOCOCCUS SP AND ESCHERICHIA COLI IN CELL PHONES USED IN LABORATORIES ABSTRACT: Biosafety within laboratories is of great importance in order to avoid risks to the individual and the environment. These norms are necessary to minimize the risks for professionals and even undergraduates, where research already carried out states that they do not give full attention to these security measures, which reinforces the idea that universities have to inform and charge their academics. Respect and commitment to follow the rules imposed by biosafety. Nowadays, many have been researching cell phones in a laboratory, and it is proven that their risk of contamination is possible. This research aims to verify contamination by bacteria Staphylococcus aureus and Escherichia coli in cellular devices used in laboratories, either by students or health professionals. An exploratory and experimental research was carried out on 15 cellular devices of professionals working in the laboratory, with the proper signatures collected by the Free and Informed Consent Term (TCLE). Overall, 19 samples were obtained, in which 18 occurred in mannitol and 1 occurred in McConkey. Based on this research, it is possible to affirm the importance of a correct hygiene of the cellular devices and the hands when handling them. KEYWORDS: Staphylococcus aureus. Escherichia coli. Bacterial contamination. Mobile phone. ___________________________________________________________________________ REFERÊNCIAS ARAÚJO, A. M. et al. OCORRÊNCIA DE MICRORGANISMOS EM APARELHOSCELULARES NO MUNICÍPIO DE JI-PARANÁ – RONDÔNIA, BRASIL. Brazilian Journal of Surgery and Clinical Research – BJSCR. Vol.19,n.1,pp.10-15, 2017. BALDO, A. et al. Contaminação microbiana de telefones celulares da comunidade acadêmica de instituição de ensino superior de Araguari (MG). Revista Master, v.1. n. 1. Jan. /Jun. 2016. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Microbiologia clínica para o controle de infecção relacionada à assistência à saúde. Módulo: Biossegurança e Manutenção de Equipamentos em Laboratório de Microbiologia Clínica. Brasília: Anvisa, 2013. V 9. BRASIL. 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