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AULA 09: FARMACOLOGIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO Profa. Thiara Manuele SISTEMA RESPIRATÓRIO • O sistema respiratório é o conjunto dos órgãos responsáveis pela absorção do oxigênio do ar pelo organismo e da eliminação do gás carbônico retirado das células. • Ele é formado pelas vias respiratórias e pelos pulmões. • Os órgãos que compõem as vias respiratórias são: cavidades nasais, faringe, laringe, traqueia e brônquios. https://www.todamateria.com.br/sistema-respiratorio/ https://www.todamateria.com.br/sistema-respiratorio/ https://www.todamateria.com.br/sistema-respiratorio/ SISTEMA RESPIRATÓRIO ORGÃOS CAVIDADES NASAIS: • São dois condutos paralelos revestidos de mucosa, separados por um septo cartilaginoso, que começam nas narinas e terminam na faringe. No interior das cavidades nasais, existem pelos que atuam como filtro de ar, retendo impurezas e germes, garantindo que o ar chegue limpo aos pulmões. • A membrana que reveste as cavidades nasais contém células produtoras de muco que umidificam o ar. Ela é rica em vasos sanguíneos que aquecem o ar que entra no nariz. https://www.todamateria.com.br/sistema-respiratorio/ https://www.todamateria.com.br/sistema-respiratorio/ SISTEMA RESPIRATÓRIO ORGÃOS FARINGE • A faringe é um tubo que serve de passagem tanto para os alimentos quanto para o ar, portanto, faz parte do sistema respiratório e do sistema digestório. • Sua extremidade superior se comunica com as cavidades nasais e com a boca, na extremidade inferior se comunica com a laringe e o esôfago. Suas paredes são musculosas e revestidas de mucosa. https://www.todamateria.com.br/sistema-respiratorio/ https://www.todamateria.com.br/sistema-respiratorio/ SISTEMA RESPIRATÓRIO ORGÃOS LARINGE • É o órgão que liga a faringe à traqueia. • Na parte superior da laringe está a epiglote, a válvula que se fecha durante a deglutição. • Este é também o principal órgão da fala. Nela estão localizadas as cordas vocais. https://www.todamateria.com.br/sistema-respiratorio/ SISTEMA RESPIRATÓRIO ORGÃOS • BRÔNQUIOS: são duas ramificações da traqueia formadas também por anéis cartilaginosos. • BRONQUÍOLOS: ramos menores distribuídos por todo o pulmão formados a partir da ramificação dos brônquios. • Os brônquios se ramificam e subdividem-se várias vezes, formando a árvore brônquica. https://www.todamateria.com.br/sistema-respiratorio/ https://www.todamateria.com.br/sistema-respiratorio/ SISTEMA RESPIRATÓRIO ORGÃOS PULMÕES: • O sistema respiratório é composto por dois pulmões, que são órgãos esponjosos, situados na caixa torácica. • Eles são responsáveis pela troca do oxigênio em gás carbônico, através da respiração. • Cada pulmão é envolvido por uma membrana dupla, chamada pleura. • ALVÉOLOS PULMONARES: cerca de 200 milhões de estruturas muito pequenas, em forma de cacho de uva e que se enche de ar. Cada alvéolo recebe ramificações de um bronquíolo. • Nos alvéolos realizam-se as trocas gasosas entre o ambiente, denominada hematose. Tudo isso acontece graças às membranas muito finas que os revestem e abrigam inúmeros vasos sanguíneos bem finos, os capilares. https://www.todamateria.com.br/sistema-respiratorio/ https://www.todamateria.com.br/sistema-respiratorio/ SISTEMA RESPIRATÓRIO FUNÇÕES • Troca gasosa: Quando inspiramos o ar atmosférico, que contém oxigênio e outros elementos químicos, ele passa pelas vias respiratórias e chega aos pulmões. É nos pulmões que acontece a troca do dióxido de carbono pelo oxigênio. • Equilíbrio ácido-base: corresponde à remoção do excesso de CO2 do organismo. • Produção de sons: é realizada pela ação conjunta do Sistema Nervoso e dos músculos que trabalham na respiração. São eles que permitem o fluxo do ar das cordas vocais e da boca. • Defesa pulmonar: A inspiração de microrganismos se torna inevitável. O Sistema Respiratório apresenta mecanismos de defesa, que por sua vez são realizados a partir da atuação dos diferentes órgãos. SISTEMA RESPIRATÓRIO https://www.todamateria.com.br/sistema-respiratorio/ https://www.todamateria.com.br/sistema-respiratorio/ SISTEMA RESPIRATÓRIO PATOLOGIAS ASMA DEFINIÇÃO: • É uma doença inflamatória crônica de vias aéreas que envolve a participação de diversas células e componentes celulares; • Está associada a hiper-reatividade de vias aéreas que determinam episódios recorrentes de sibilância (assobio agudo durante a respiração), dispneia, opressão torácica e tosse, particularmente a noite ou ao despertar. • Tais episódios estão associados a obstrução variável de vias aéreas reversível espontaneamente ou com tratamento. https://www.opas.org.br/asma-causas-prevencao-sintomas-tratamentos-e-mais/ https://www.opas.org.br/asma-causas-prevencao-sintomas-tratamentos-e-mais/ SISTEMA RESPIRATÓRIO PATOLOGIAS DPOC DEFINIÇÃO: • DPOC: Doença pulmonar obstrutiva crônica é uma doença tratável e prevenível com alguns significantes efeitos extra pulmonares que pode contribuir para a gravidade em diferentes pacientes. O componente pulmonar se caracteriza por limitação do fluxo aéreo que não é totalmente reversível. A limitação do fluxo aéreo é usualmente progressiva e associada a uma resposta inflamatória anormal do pulmão a partículas ou gases tóxicos. Fonte: Google imagens SISTEMA RESPIRATÓRIO DIFERENÇAS ENTRE A ASMA e DPOC 1. Causas distintas • Asma: Componente inflamatório • DPOC: Componente agressor causador de lesão 2. Células inflamatórias diferentes 3. Mediadores diferentes 4. Consequências inflamatórias diferentes • Asma: secreção mais intensa • DPOC: broncoconstrição mais intensa 5. Resposta terapêutica diferente • Asma: corticoide • DPOC: broncodilatador SISTEMA RESPIRATÓRIO DIFERENÇAS ENTRE A ASMA e DPOC Fonte: Google imagens SISTEMA RESPIRATÓRIO FISIOPATOLOGIA DA ASMA SISTEMA RESPIRATÓRIO PATOLOGIAS ASMA Fonte: Google imagens SISTEMA RESPIRATÓRIO FISIOPATOLOGIA DA ASMA Fonte: Google imagens SISTEMA RESPIRATÓRIO FISIOPATOLOGIA DA ASMA Fonte: Google imagens SISTEMA RESPIRATÓRIO FISIOPATOLOGIA DA ASMA Fonte: Google imagens SISTEMA RESPIRATÓRIO FISIOPATOLOGIA DO DPOC Fonte: Google imagens SISTEMA RESPIRATÓRIO ESTADIAMENTO DA ASMA ESTADIAMENTO DO DPOC • Volume expiratório forçado • Pressão de CO2 Fonte: Google imagens SISTEMA RESPIRATÓRIO TRATAMENTO DA ASMA CONTROLADORES DA DOENÇA ALIVIADORES DE SINTOMAS OU CRISES • Corticóides inalados • Antileucotrienos • Beta-2 agonistas de ação prolongada • Xantinas • Cromonas • Corticóides sistêmicos • Anti-IgE • Outros • Ciclosporina • Sais de ouro • Macrolídeos • Imunoterapia • Beta-2 agonistas com rápido início de ação • Ação curta: salbutamol, fenoterol, terbutalina • Anticolinérgicos • Xantinas • Corticóides sistêmicos • Outros • Sulfato de magnésio • Corticóides inalados SISTEMA RESPIRATÓRIO AGONISTAS B2 ADRENÉRGICOS RECEPTORED * BRONCODILATAÇÃO Fonte: Google imagens SISTEMA RESPIRATÓRIO AGONISTAS B2 ADRENÉRGICOS REPRESENTANTES • Conservam grupo catecol • São catecolaminas Fonte: Google imagens SISTEMA RESPIRATÓRIO TRATAMENTO AGONISTAS B2 ADRENÉRGICOS CURTA AÇÃO: se ligam no receptor por pouco tempo, funcionam para aliviar os sintomas. • Salbutamol • Fenoterol • Terbutalina LONGA AÇÃO: se ligam no receptor por tempo prolongado e são utilizados para o controle da doença. • Salmeterol • Formoterol SISTEMA RESPIRATÓRIO TRATAMENTO MECANISMO DE AÇÃO DO AGONISTA B2 Músculo Brônquico Fonte: Google imagens • Os B2 agonistas irão se ligar em receptores B2 encontrados no músculo brônquico. Os receptores B2 sempre estão acoplados a uma proteína G, associada a adenilato ciclase. Ao se ligar, ocorre uma alteração conformacional que faz a proteína G ativar a adenilato ciclase. Essa enzima é capaz de transformar ATP em AMP cíclico, responsável por reconhecer sítios de ação da Proteína quinase A (PKA). Esta proteína irá promover a entrada de potássio e saída de cálcio, hiperpolarizando a célula (DIMINUIÇÃO DA CONTRAÇÃO). Outros: diminuir a atividadeda via fosfolipase C que é responsável pelo escoamento do cálcio do retículo sarcoplasmático para dentro do citoplasma, entrada de sódio e saída de cálcio, diminuição de MLCK, relacionada com a fosforilação de miosina. SISTEMA RESPIRATÓRIO TRATAMENTO AGONISTAS β2 ADRENÉRGICOS – EFEITOS ADVERSOS Efeitos colaterais • Tremor muscular (efeito direto sobre os receptores β2 do músculo esquelético); • Taquicardia (efeito sobre β2 receptores atriais, efeito reflexo do aumento da vasodilatação periférica via β2 periférica); • Hipopotassemia (efeito β2 direto sobre a captação de K+ do músculo esquelético); • Inquietação; • Hipoxemia (aumento do desequilibro V/Q causado por reversão da vasoconstrição pulmonar hipóxica). • Broncodilatadores de potencia leve • Mecanismos: • Inibição da fosfodiesterase • Antagonismo do receptor da adenosina • Liberação de IL-10 • Impede a translocação de NF-kb • Inibição da recaptação intracelular de Ca+2 • Monitorização de níveis sanguíneos é essencial SISTEMA RESPIRATÓRIO TRATAMENTO METILXANTINAS Fonte: Google imagens SISTEMA RESPIRATÓRIO TRATAMENTO MECANISMO DE AÇÃO DAS METILXANTINAS • Inibem a fosfodiesterase, que é responsável pela degradação do AMP cíclico. O AMP cíclico permanecerá em concentrações elevadas. Fonte: Google imagens SISTEMA RESPIRATÓRIO TRATAMENTO MECANISMO DE AÇÃO DAS METILXANTINAS • Impede a translocação de NF-kb. Fonte: Google imagens SISTEMA RESPIRATÓRIO TRATAMENTO METILXANTINAS Fonte: Google imagens SISTEMA RESPIRATÓRIO TRATAMENTO ANTICOLINÉRGICOS • Brometo de Ipratrópio inalado; • Irão inibir a divisão parassimpática do SNA. • Podem ser algum efeito aditivo aos B2 na crise asmática grave; • Sua eficácia no tratamento a longo prazo não está demonstrada. SISTEMA RESPIRATÓRIO TRATAMENTO ANTICOLINÉRGICOS SISTEMA RESPIRATÓRIO TRATAMENTO ANTICOLINÉRGICOS Fonte: Google imagens SISTEMA RESPIRATÓRIO TRATAMENTO ANTICOLINÉRGICOS EFEITOS ADVERSOS • Pequena frequência (baixa absorção sistêmica) • Pode precipitar glaucoma (importante atuação da divisão parassimpática) • Boca seca (tiotrópio) • Retenção urinária (pacientes idosos) SISTEMA RESPIRATÓRIO TRATAMENTO CORTICÓIDES • CORTICÓIDES INALATÓRIOS NA ASMA • Diminuição da inflamação das vias aéreas; • Diminuição da hiperresponsividade das vias aéreas; • Diminuição dos sintomas e exacerbações; • Aumento da função pulmonar; • Diminuição da mortalidade e hospitalizações; • Aumento da qualidade de vida. Fonte: Google imagens SISTEMA RESPIRATÓRIO TRATAMENTO CORTICÓIDES – DIFERENÇAS DE POTÊNCIA DROGA POTÊNCIA TÓPICA • Beclometasona • Budesonida • Flunisolida • Fluticasona • Triamcinolona • 600 • 980 • 330 • 1200 • 330 SISTEMA RESPIRATÓRIO TRATAMENTO REPRESENTANDES DOS CORTICÓIDES Apresentam núcleo comum corticosteroide Fonte: Google imagens TRATAMENTO MECANISMOS DE AÇÃO DOS CORTICÓIDES • Irão se ligar a receptores citoplasmáticos e irão agir a nível nuclear. Promovendo inibição da acetilação e estímulo da desacetilação de histonas, reprimindo genes específicos para a redução da inflamação. Fonte: Google imagens TRATAMENTO EFEITOS DOS CORTICÓIDES Fonte: Google imagens SISTEMA RESPIRATÓRIO TRATAMENTO CORTICÓIDES Necessária a lavagem da boca após inalação. Fonte: Google imagens SISTEMA RESPIRATÓRIO TRATAMENTO ANTILEUCOTRIENOS • Melhoram a função pulmonar • Diminuem os sintomas e as necessidades de B2 • Seu papel no tratamento da asma não está bem estabelecido: • Primeira linha em asma leve-moderado em vez de corticoides inalados a baixas doses; • Diminui as doses de corticoides inalados; • Pacientes com falha no cumprimento de medicação inalada • Pacientes com asma e rinite alérgica. TRATAMENTO ANTILEUCOTRIENOS Fonte: Google imagens SISTEMA RESPIRATÓRIO SISTEMA RESPIRATÓRIO Fonte: Google imagens SISTEMA RESPIRATÓRIO TRATAMENTO DA DPOC Fonte: Google imagens SISTEMA RESPIRATÓRIO OBJETIVOS DO TRATAMENTO DA DPOC E ASMA ASMA • Reduzir os sintomas crônicos (tosse ou dispneia – dificuldade para respirar durante o dia, a noite ou após exercício físico); • Reduzir o uso de beta2 agonista inalado de ação curta (<dois dias/semana) • Manter a função pulmonar normal • Manter as atividades do dia a dia (trabalho e exercício) • Prevenir as exarcebações • Efeitos adversos mínimos ou ausentes DPOC • Evitar ou minimizar a evolução da doença • Aliviar os sintomas • Melhorar a tolerância ao exercício • Prevenir e tratar as exarcebações • Evitar e tratar as complicações Fonte: Google imagens ANTITUSSÍGENOS, EXPECTORANTES E MUCOLÍTICOS MECANISMOS QUE IMPEDEM A ENTRADA DE PARTÍCULAS NOS ALVÉOLOS • Barradas pela densa camada de muco • Macrófagos presentes nos alvéolos pulmonares SECREÇÃO RESPIRATÓRIA • Aquecer e umidificar o ar inspirado • Capturar e remover partículas inaladas • Produção da secreção brônquica: Até 100ml em 24 horas • Composição: 2% - Mucoproteínas 1% - Proteínas 1% - Gorduras 95% - Água 1% - Eletrólitos Fonte: Google imagens MECANISMO DA TOSSE *Nervo vago é colinérgico CAUSAS DA TOSSE TOSSE AGUDA • Bronquites • Processos alérgicos • Infecções respiratórias TOSSE CRÔNICA • Asma • Refluxo gastroesofágico • Gotejamento retronasal (quando muco excessivo se acumula nos fundos da garganta e cria a sensação de gotejamento) • Uso de IECA (Inibidores da Enzima Conversora da Angiotensina - antihipertensivo) MUCOLÍTICOS *Indutores tosse EXPECTORANTES • Agentes que reduzem a viscosidade das secreções, contribuindo para a sua remoção; • Os mais usados são: acetilcisteína, ambroxol, bromexina • Agentes que estimulam os mecanismos de expulsão das secreções; • Não devem ser utilizados em conjunto com antitussígenos; • Apesar da sua ampla aceitação pela população leiga, seu benefício clínico não está claramente estabelecido e sua utilizada é questionada. • Principais: iodeto de potássio, guaifenesina. • Aumento das secreções através do estímulo vagal, parassimpático. • Ipecacuanha: desuso • Grupos sulfidrilas que interagem com pontes dissulfetos das mucoproteínas rompendo a estrutura em cadeias menores e menos viscosas • Promovem a liberação de enzimas lisossômicas que degradam os mucopolissacarídeos. Fonte: Google imagens CODEÍNA: ação nas conexões nervosas do tronco cerebral produzindo supressão da tosse, fraca analgesia e sedação. Reações adversas: sedação/sonolência; constipação; náuseas e vômitos; xerostomia (baixa produção de saliva); pode causar depressão respiratória e não é indicada para asmáticos. DEXTROMETAFANO: elevar o limiar central para o reflexo da tosse. Não interfere nas secreções respiratórias. Não apresenta ação analgésica e sedativa. Reações adversas: diarreia; náuseas e vômitos. LEVODROPROPIZINA: atua modulando a atividade das fibras nervosas dos brônquios. Reações adversas: diarreia; náuseas e vômitos; pirose (azia); cefaleia e palpitação. Fonte: Google imagens OUTROS FÁRMACOS ANTITUSSÍGENOS DÚVIDAS???
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