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Sistema Respiratório e Fármacos

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Farmacologia Aplicada – Professora Viviane Horta
FÁRMACOS UTILIZADOS NO TRATAMENTO DE DOENÇAS RESPIRATÓRIAS
· Doença respiratória abrange qualquer transtorno na árvore pulmonar, incluindo doença(s) infecciosa(s) e não infecciosa(s) da:
· Cavidade oral e seios da face
· Orofaringe posterior
· Laringe 
· Traqueia
· Brônquios
· Parênquima pulmonar
· Cavidade pleural
Fisiopatologia da manutenção das vias aéreas
O diâmetro de uma via aérea tem profundo efeito sobre a quantidade de ar que pode atravessá-la, bem como sobre a velocidade com que o ar atravessa
 ↓
Muitas doenças respiratórias causam estreitamento das vias aéreas por edema, formação de muco ou por infiltrados celulares
 ↓
Aparecimentos dos sinais clínicos
 ↓
O tratamento que resulta em aumento do diâmetro das vias aéreas pode minimizar/abolir estes sinais clínicos
· O diâmetro das vias aéreas também é determinado pelo tônus brônquico fisiológico, mediado por inervação nervosa da musculatura lisa das vias aéreas (parassimpático - Ach) 
· O sistema simpático também medeia o calibre e o tônus das vias aéreas
· Broncodilatação β1 e β2
· Constrição brônquica α1 adrenérgica
· Redução da constrição brônquica parassimpática α2 adrenérgica
· Os efeitos intracelulares da constrição brônquica dependem de modificações intracelulares de adenosina monofosfato cíclico (AMPc) e de guanosina monofosfato cíclico (GMPc); havendo a estimulação dos receptores adrenérgicos e muscarínicos
Sinais clínicos das doenças respiratórias
· Espirros
· Tosse
· Engasgos
· Corrimento nasal
· Respiração ruidosa
· ↑fR; ↑ou ↓da profundidade respiratória
· Letargia, intolerância ao exercício
Origem das afecções do sistema respiratório: infecciosa, parasitária, alérgica ou multifatorial
Medicamentos
· Expectorantes
· Antitussígenos (ou béquicos)
· Broncodilatadores
· Descongestionantes (anti-histamínicos e agonistas β1-adrenérgicos)
· Anti-inflamatórios
· Analépticos (ou estimulantes respiratórios)
Expectorantes
· Sistema mucociliar – fundamental no processo de defesa dos pulmões
· Responsável pela movimentação de fluidos (muco) produzidos pelas células caliciformes e pelas glândulas brônquicas 
· Composição do muco: 
· água (95%)
· carboidratos, lipídios, material inorgânico					 	
· imunoglobulinas, enzimas (5%)
· Grande parte do muco é absorvido, apenas 10% é deglutido
· Condições patológicas – secreção excessiva da muco + maior viscosidade (muco espesso = catarro)
· Indicação dos expectorantes – reduzir a viscosidade das secreções, facilitando a eliminação
· Ou seja, aumentar a quantidade de catarro e diminuir a viscosidade das secreções, removendo da árvore brônquica
Categorias de expectorantes
· Expectorantes Reflexos 
· Iodeto de potássio (Iodepol®)
· Produz irritação gástrica (náuseas e vômito); Disfunção da tireoide fetal
· Guaifenesina (Xarope Vick®, Xarope Vick Mel®)
· Ação irritante do TGI; promove diminuição da adesividade plaquetária; não e indicado em gatos!!
· Ipeca
· Potente atividade emética; diarreia 
· Expectorantes Mucolíticos 
· Mucolíticos” – produzem diminuição da viscosidade das secreções pulmonares, facilitando sua eliminação
· N-acetilcisteína (Fluimucil®)
· VO, inalação
· Por inalação geralmente é associado a um agonista β-adrenérgico (isoprenalina), evitando o broncoespasmo que normalmente é produzido pela N-acetilcisteína
· Utilizar com precaução em animais hepatopatas – biotransformada em compostos que contém enxofre
· Expectorantes Inalantes
· Uso de aparelhagem específica - nebulizadores e máscaras
· Solução fisiológica (NaCl 0,9%) 
· Fluidifica o catarro, promovendo, consequentemente a diminuição da viscosidade
· Dióxido de carbono 5%
· Benzocaína 
Antitussígenos
Tosse – Reflexo da Tosse
· Reflexo da tosse – reflexo fisiológico que protege a árvore respiratória, eliminando secreções exageradas ou substâncias irritantes 
		... ou seja, desempenha função de defesa e limpeza
· Envolve os sistemas nervosos central e periférico, bem como o músculo liso da árvore brônquica 
· Tosse produtiva – favorece a eliminação de secreções
· Tosse improdutiva – aparecimento de alterações crônicas no parênquima respiratório (enfisema e fibrose), e até alterações no sistema circulatório
· Irritação química ou mecânica do epitélio da mucosa brônquica causa broncoespasmo -> Estimula os receptores da tosse (receptores irritantes) localizados na árvore traqueobrônquica (traqueia e brônquios)
· Substâncias broncoconstritoras – acetilcolina, histamina, serotonina, leucotrienos, prostaglandinas ...
· Sistema nervoso autônomo
· Parassimpático (Acetilcolina) – broncoconstrição 
· Simpático (Norepinefrina) – broncodilatação
· Objetivo – diminuir gravidade e frequência da tosse, mas sem comprometer a defesa promovida pelo sistema mucociliar 
· Os antitussígenos SEMPRE deverão ser medicamentos COADJUVANTES no tratamento de afecções do trato respiratórios
· MDA – agem no SNC inibindo as respostas do centro da tosse aos estímulos que lá chegam 
· Os antitussígenos de ação central não devem ser associados aos expectorantes nem ser utilizados em pacientes com secreção abundante!
· Classificação: narcóticos (opioides) e não narcóticos (não opioides) 
Antitussígenos Narcóticos
· Codeína (Tylex®)
· VO 
· Duração: 3 a 4 horas
· Efeitos colaterais: vômito, constipação intestinal, sonolência ou excitação (sp dependente)
· Hidrocodona (Hydrocodan®)
· Mais potente e duradouro que a codeína
· Efeitos colaterais similares aos da codeína
· VO
· Butorfanol
· Potência antitussígena 20x maior do que a codeína
· Duração de efeito 2x maior que a codeína
· Antitussígeno administrado por via parenteral no tratamento de tosse intratável aguda 
· SC, IM, IV (VO) 
Broncodilatadores
· Amplamente indicados na medicina veterinária – fase inicial da asma brônquica, e para evitar o aparecimento da broncoconstrição
· Agonistas β–adrenérgicos
· Metilxantinas (teofilina)
· Anticolinérgicos (atropina, glicopirrolato)
Agonistas β–adrenérgicos
· Mecanismo de ação
· Ação direta sobre os receptores β–adrenérgicos do musculo liso do brônquio
· Inibição da liberação de serotonina, histamina e TNF-α 
· Estimulam os cílios e reduzem a viscosidade do muco
· Dar preferência aos agonistas dos receptores β2 - causam broncodilatação mais efetiva com menos efeitos colaterais (livres de efeitos estimulantes cardíacos!)
Salbutamol (Aerolin®)
· VO, inalação
Terbutalina (Bricanyl®)
· SC, VO, IV
· Ambos são agonista seletivo β2 (relaxamento da musculatura lisa principalmente nos tecidos brônquicos, uterinos e vasculares)
· São improváveis os efeitos cardioativos diretos. No entanto, deve-se ter cuidado em pacientes que possam ter aumento da sensibilidade a agentes adrenérgicos (doença cardíaca preexistentes, diabetes melito, hipertireoidismo, hipertensão e transtornos convulsivos)
· O uso com anestésicos inalatórios pode predispor o paciente a arritmias cardíacas
· Efeitos adversos: tremores, alterações de pressão arterial
· Contra-indicados: fêmeas em fase de parição 
Metilxantinas 
· Metilxantinas de ocorrência natural, farmacologicamente ativas: teofilina, teobromina e cafeína (relativamente insolúveis)
· Aminofilina (Aminofilina®): complexo etilenodiamina da teofilina
· Vantagem da teofilina sobre os outros broncodilatadores – aumento na força dos músculos respiratórios (decréscimo do trabalho associado à respiração)
· VO, IV (emergência, sempre diluído e em infusão lenta)
· Teofilina – baixo índice terapêutico! Atenção ao aparecimento dos efeitos tóxicos!!!
· Efeitos adversos: excitação do SNC, alterações no TGI, estimulação cardíaca e aumento da diurese
· Equinos
· Estreito índice terapêutico
· Menos eficiente que os medicamentos β-agonistas
· Bovinos
· Pequeno efeito broncodilatador 
Anticolinérgicos· A principal inervação do músculo liso brônquico se faz através do SNA parassimpático, produzindo broncoconstrição (broncoespasmo) 
· Anticolinérgicos – antagonistas competitivos dos receptores colinérgicos muscarínicos = broncodilatação 
· Atropina, glicopirrolato 
· Diversos efeitos indesejáveis: taquicardia, midríase e depressão do SNC
· Uso por via sistêmica limitado; aerossol
Descongestionantes
· Indicados para o tratamento sintomático de rinites ou sinusites alérgicas e virais
· Anti-histamínicos (Hidroxizina, Loratadina, Difenidramina)
· Histamina – broncoconstrição – tosse
· Mecanismos de ação
· Antagonistas de receptores H1
· Além de possuírem efeitos parassimpatolíticos e de anestésico local 
· Agonistas α1-adrenérgicos (Efedrina)
· Agonistas α1-adrenérgicos causam vasoconstrição, promovendo redução do fluido exsudato
· Administração sistêmica – estimulação do SNC, hipertensão, alterações cardíacas, alteração na drenagem do humor aquoso e retenção urinária
· SEMPRE QUE POSSÍVEL administrar por via tópica!!! 
· Como opção pode-se utilizar lavagem com solução fisiológica (associada ou não a N-acetilcisteína)!
Anti-inflamatórios
· Esteroidais e Não Esteroidais 
· Objetivos
· Reduzir o edema de mucosas nos brônquios e bronquíolos
· Alívio da tosse – por inibição de alguns efeitos dos mediadores da inflamação (prostaglandinas)
· Os esteroides inalatórios tem a vantagem da eficácia clínica significativa sem os efeitos colaterais sistêmicos dos medicamentos administrados via parenteral ou VO 
Analépticos
· São estimulantes do SNC, classificados como estimulantes bulbares
· Agem no centro respiratório aumentando a ventilação pulmonar, efeito mais potente quando ocorre depressão deste centro pelo uso de barbitúricos, hidrato de cloral, etc 
· Doxapram 
· Neonatos – SC, sublingual; intervalos 15 a 20 minutos
· Efeitos colaterais: náuseas, tosse, agitação
Farmacologia Aplicada 
–
 
Professora Viviane Horta
 
FÁRMACOS 
UTILIZADOS NO TRATAMENTO DE DOENÇAS RESPIRATÓRIAS
 
·
 
Doença respira
tória abrange qualquer transtorno na árvore pulmonar, incluind
o doença(s) infecciosa(s) e não 
i
nfecciosa(s) da:
 
Ø
 
Cavidade oral e seios da face
 
Ø
 
Orofaringe posterior
 
Ø
 
Laringe 
 
Ø
 
Traqueia
 
Ø
 
Brônquios
 
Ø
 
Parênquima pulmonar
 
Ø
 
Cavidade pleural
 
 
Fisiopatologia da man
utenção das vias aéreas
 
O 
diâmetro
 
de uma via aérea tem profundo efeito sobre a 
quantidade 
de ar que pode atravessá
-
la, bem como 
sobre 
a velocidade com que o ar atravessa
 
 
?
 
Muitas doenças respiratórias causam estreitamento das vias aéreas por 
edema
, 
formação de muco 
ou por 
infiltrados celulares
 
 
?
 
Aparecimentos dos 
sinais clínicos
 
 
?
 
O tratamento que resulta 
em 
aumento do diâmetro
 
das vias aéreas pode minimizar/abolir estes sinais clínicos
 
·
 
O diâmetro das vias aéreas também é determinado pelo tônus brônquico fisiológico, mediado por inervação 
nervosa da musculatura lisa das
 
vias aéreas (parassimpático 
-
 
Ach) 
 
·
 
O sistema simpático também medeia o calibre e o tônus das vias aéreas
 
Ø
 
Broncodilatação 
β
1
 
e 
β
2
 
Ψ
 
Constriηγo brτnquica 
α
1
 
adrenιrgica
 
Ψ
 
Reduηγo da constriηγo brτnquica parassimpαtica 
α
2
 
adrenιrgica
 
·
 
Os efeitos 
intracelulares da constriηγo brτnquica dependem de modificaηυes intracelulares de 
adenosina 
monofosfato cνclico (AMPc) 
e de 
guanosina monofosfato cνclico (GMPc)
; havendo a estimulaηγo dos receptores 
adrenιrgicos e muscarνnicos
 
 
Sinais clνnicos das doenηas respiratσrias
 
·
 
Espirros
 
·
 
Tosse
 
·
 
Engasgos
 
·
 
Corrimento nasal
 
·
 
Respiração ruidosa
 
·
 
?
f
R
; 
?
ou 
?
da profundidade respiratória
 
·
 
Letargia, intolerância ao 
exercício
 
Origem das afecções do sist
ema respiratório: infecciosa, parasitária, alérgica ou multifatorial

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