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Matriciamento no SUS

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Prévia do material em texto

1 
 
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
 
 
 
 
 
PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE MENTAL E ATENÇÃO PSICOSSOCIAL 
 
 
 
 
 
 
NÍCIA MARA ECKER 
 
 
 
 
A IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO EM MATRICIAMENTO NAS UNIDADES 
DE SAÚDE 
 
 
 
 
 
SÃO PAULO 
2021 
 
 
2 
 
NÍCIA MARA ECKER 
 
 
 
 
 
 
 
 
A IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO EM MATRICIAMENTO NAS UNIDADES 
DE SAÚDE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO PAULO 
2021 
Trabalho acadêmico apresentado como 
exigência para a conclusão do curso de Pós-
graduação em saúde mental e atenção 
psicossocial da Universidade Estácio de Sá, 
para obtenção do título de especialista. 
 
Orientador(a): Profª Ms. Dalta Barreto Motta. 
 
 
 
 
3 
 
SUMÁRIO 
 
 
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 5 
2. DESENVOLVIMENTO ............................................................................................ 7 
2.1. A gênese da luta pela saúde mental ................................................................. 7 
2.2. Representações da luta antimanicomial no Brasil ............................................. 8 
2.3 Preconceito e estigma: como identificar e lidar com eles ................................. 10 
2.4. Implantação do matriciamento ........................................................................ 13 
3. ANÁLISE DOS RESULTADOS ............................................................................. 17 
3.2. Rede de Atenção à Saúde Mental .................................................................. 17 
3.2 Acompanhamentos .......................................................................................... 18 
4. CONCLUSÃO ........................................................................................................ 19 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
RESUMO: Este estudo teve como finalidade, destacar os campos epistemológicos voltados ao apoio 
matricial visando inferir à responsabilidade clínica e o cuidado aos usuários. Matriciamento é o encontro 
entre equipes de saúde que buscam melhor eficiência e aproveitamento dos conhecimentos em saúde 
mental como uma importante estratégia para a efetivação da integralidade do cuidado em saúde. O 
matriciamento consiste em um arranjo organizacional que visa conceder suporte técnico-pedagógico 
em áreas específicas às equipes responsáveis pelo desenvolvimento de ações básicas de saúde para 
a população. Assim, o matriciamento se determina como recurso de construção de novas práticas em 
saúde mental, também junto às comunidades no território onde as pessoas vivem e circulam, pela sua 
proposta de encontros produtivos, sistemáticos e interativos entre equipes da Atenção Básica e equipes 
de saúde mental. Isto significa que a concretização do matriciamento em saúde mental em toda sua 
potencialidade depende do empenho, disponibilidade e mudanças por parte de todos os envolvidos. 
 
Palavras-chave: Saúde Mental; Psiquiatria; Equipe Interdisciplinar; Matriciamento. 
 
 
 
 
5 
 
1. INTRODUÇÃO 
De acordo com o Ministério de Saúde (2011, p. 13) “matriciamento ou apoio 
matricial é um novo modo de produzir saúde em que duas ou mais equipes, num 
processo de construção compartilhada, criam uma proposta de intervenção 
pedagógico-terapêutica”. 
Com o objetivo de estruturar o cuidado colaborativo entre saúde mental e 
atenção primária, tendo o foco no encaminhamento para atenção especializada, e 
juntamente com o apoio matricial com equipe de estratégia de saúde da família, para 
juntos encontrar o melhor terapeuta exercendo esta troca de informações, para fazer 
uma melhor terapêutica deste paciente. 
Nesta pesquisa abordarei sobre o percurso histórico do matriciamento nas 
vertentes do Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil na perspectiva do tempo, 
mostrando que o entendimento de sua realidade, implica na compreensão do 
passado, que estrutura o presente e se projeta para o futuro. A compreensão histórica 
da psiquiatria e saúde mental no Brasil como construção social tem como foco a 
análise das contradições que estiveram presentes nos diversos períodos, como 
condição para a compreensão das possibilidades de superação que permitiram saltos 
de qualidade no desenvolvimento deste campo de atuação, quer como conhecimento, 
quer como prática. Será apresentada, para cada período da história, uma breve 
descrição de suas características e a análise de algumas produções, sejam elas 
teóricas ou práticas, que revelam suas contradições. 
A criação das equipes de saúde voltadas à saúde mental ocorreu através 
da educação como parte integrante de disciplinas voltadas ao curso de Medicina num 
processo lento e gradual conforme as exigências sociais e as confluências de novos 
e velhos saberes, descobertas, oportunidades. Objetivando desenvolver 
conhecimentos que o possibilitasse estudar os indivíduos e os processos mentais. 
Constitui-se numa ciência que, reconhecidamente, tem exercido uma função social de 
grande relevância, quer como área de conhecimento que tem contribuído para ampliar 
a compreensão dos problemas humanos, quer como campo de atuação cada vez 
maior e efetivo na intervenção sobre estes. 
6 
 
Buscou-se compreender como a junção de diversas áreas no âmbito da 
psiquiatria e saúde mental conquistou seu próprio espaço como área de conhecimento 
e campo de práticas no Brasil, atingindo sua autossuficiência e reconhecimento como 
ciência específica, em consequência da produção de ideias e práticas no interior de 
outras áreas do saber. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
2. DESENVOLVIMENTO 
 
2.1. A gênese da luta pela saúde mental 
Nos dias atuais faz parte das Políticas Públicas ao que compete à saúde 
mental, compreender os princípios da retaguarda assistencial e a necessidade de 
implantação de suporte técnico junto às equipes de referência. 
Serapioni (2019, p. 1174) discorre que tudo começou quando Franco 
Basaglia, nascido no ano de 1924 em Veneza na Itália, proveniente de família rica 
iniciou seus estudos em 1943 na Faculdade de Medicina da Universidade de Pádua, 
tendo participado do grupo de militantes antifascistas denominado “Resistência” e 
mais tarde, tendo sido preso por seis meses após a delação de um de seus 
companheiros. Devido à hostilidade com que foi tratado, passou a unificar o 
pensamento de que as prisões e aos manicômios eram depósitos de vidas excluídas, 
pois ambas as instituições são trancadas e destinadas a controlar as pessoas nelas 
reprimidas. Durante anos, criminosos e doentes mentais permaneceram juntos no 
mesmo espaço. 
Conforme Goffman (2008) é comum que os indivíduos cheguem às 
instituições “aculturados”, vindos de seu ambiente familiar. Entretanto essa cultura 
sofre modificações à partir do momento em que são inseridos na instituição. Ainda 
conforme Goffman (2008), o novo membro da instituição chega desprovido no que se 
refere à interação social. Este obstáculo geria nos internos a perca de sua identidade 
gradualmente. 
Apesar da prisão, Basaglia formou-se em medicina no ano de 1949 focando 
sua trajetória ao estudo da psiquiatria e filosofia estudando a fenomenologia e o 
existencialismo e especializando-se em doenças mentais e a partir dos anos 1960, 
passou a dirigir o hospital psiquiátrico de Gorizia, onde iniciou um processo de 
desativação e a implantação de centros de atendimento comunitários. 
O papel da instituição não é fazer do local, um depósito humano. Como 
define Goffman (2008, p. 69) “usualmente se apresentam ao público como 
8 
 
organizações racionais, conscientemente planejadas como máquinas eficientes para 
atingir determinadas finalidades oficialmente confessadas e aprovadas”. 
Ao longo dos anos, Basaglia dedicou-se a "denúncia do tratamento dos 
doentes mentais, que os privavade todo direito humano e os fechava em lugares de 
exclusão social. Tal tratamento não só não curava, mas reforçava o estado de 
marginalização dos internados" (Vigano, 2006 apud Junqueira e Carniel, 2012). 
Serapioni (2019, p. 1174) comenta que a direção de Basaglia no Serviço 
Hospitalar de Triaste, foi reconhecida em 1973 pela Organização Mundial de Saúde 
(OMS), como referência mundial da assistência em saúde mental no mundo. 
Ainda segundo o autor (2019, p. 1174) acrescenta que em 1978 foi 
implantada na Itália a lei nº 180 (Lei Basaglia), com o propósito de extinguir os 
hospitais psiquiátricos e no ano de 1979, Basaglia visitou o Hospital Colônia de 
Barbacena – MG se deparando com a desumanização de internos que em sua 
maioria, não apresentava qualquer tipo de transtorno mental. 
Franco Basaglia faleceu em 1980, deixando grande legado à luta pela 
saúde mental por todo mundo. 
 
2.2. Representações da luta antimanicomial no Brasil 
A desativação do Hospital Colônia de Barbacena (1903, Barbacena - MG) 
ocorrido na década de 1980, representa hoje uma grande vitória à causa, motivada 
pela vinda do psiquiatra italiano Franco Basaglia, líder mundial da Luta Antimanicomial 
há 40 anos, em 1979. Basaglia rotulou a Colônia de “campo de concentração”, o fez 
em nome de um projeto de transformação, o qual denunciava a forma de tratamento 
desumano realizada na tal instituição hospitalar, que contava com procedimentos 
semelhantes aos ocorridos com as vítimas da Grande Guerra. 
 
“Eles dormiam juntos em salas grandes sem cama. Todos 
tinham que se deitar sobre o chão do cômodo, que era coberto 
apenas por capim. Acordavam por volta das 5h da manhã e eram 
enviados para os pátios, onde ficavam até 19h, todos os dias. 
9 
 
[…] Barbacena é uma cidade muita fria. Até hoje tem 
temperatura muito baixa para os padrões brasileiros. Pessoas 
eram mantidas nuas nos pátios em total ociosidade. ” — Daniela 
Arbex, em seu livro “Holocausto Brasileiro”. 
 
Assim, estabeleceu-se uma reestruturação da Reforma Psiquiátrica 
brasileira, que definiu novas diretrizes para a saúde mental, superando o modelo 
manicomial que perdurava desde a era Vargas, pelo decreto 24.559 de 1934. O 
Projeto de Lei 3657 em 1989, proposto pelo Deputado Federal de Minas Gerais, Paulo 
Delgado (PT), inspirou as diretrizes fortemente libertárias e igualitárias do SUS; e é 
componente importante do esforço para a redemocratização no país. 
Luchmann e Rodrigues (2007, p. 402) comentam que o Movimento da Luta 
Antimanicomial no Brasil teve início em dezembro de 1987, durante o II Congresso 
Nacional dos Trabalhadores em Saúde Mental, realizado na cidade de Bauru - SP, 
com o lema “por uma sociedade sem manicômios”. Denunciavam-se abusos e 
violação de direitos humanos sofridos pelos usuários da saúde mental dentro dos 
manicômios. Lutava-se pelo fim desse tipo de tratamento e pela instalação de serviços 
alternativos. 
Os mesmos autores (2007, p.401) ainda discorrem que “diferente de um 
sujeito dotado de interesses e de racionalidade própria, a ação coletiva é um sistema 
de ação multipolar que combina orientações diversas, envolvendo atores múltiplos e 
implica um sistema de oportunidades e de vínculos que dá forma às suas relações”. 
Através de campanhas realizadas por profissionais da saúde, da promoção 
e da participação em eventos e encontros nacionais e internacionais, tem sido um 
aliado ao Movimento da Luta Antimanicomial. 
Discutido entre Berlink et al (2008, p. 22) os resultados apresentados pelo 
Movimento da Luta Antimanicomial, destaca-se a instituição do dia 18 de maio como 
Dia Nacional da Luta Antimanicomial e a aprovação da Lei 10.216/2001, que 
determina o fechamento progressivo dos hospitais psiquiátricos e a instalação de 
serviços substitutivos, garantindo aos portadores de sofrimento psíquico, direitos e 
proteção. 
https://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1930-1939/decreto-24559-3-julho-1934-515889-publicacaooriginal-1-pe.html
https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=23497
10 
 
Desde então, o Brasil tem fechado leitos psiquiátricos e aberto serviços 
substitutivos: os CAPS (Centros de Atenção Psicossocial), as Residências 
Terapêuticas, Programas de Redução de Danos, Centros de Convivências e as 
Oficinas de Geração de Renda. 
Berlink et al (2008, p. 25) ainda menciona que o Movimento Nacional de 
Luta Antimanicomial se caracteriza pelo seu caráter democrático, contando com a 
participação ativa e efetiva dos usuários de serviços de saúde mental, seus familiares, 
profissionais, estudantes e quaisquer interessados em defender uma postura de 
respeito aos diferentes modos de ser e a transformação da relação cultural da 
sociedade com as pessoas que sofrem por transtornos mentais. 
Ao que diz respeito à política de saúde mental, Almeida (2019, p. 2) 
comenta que assim como em todos os processos de mudanças, houve resistências 
significativas. Porém, mais tarde, com a intervenção dos direitos humanos, observou-
se que a política de proteção às pessoas com transtornos mentais adotadas no Brasil, 
serviu de princípios a serem utilizados universalmente. 
Nos dias atuais, frequentemente são realizados encontros nacionais que 
procuram reunir todos os militantes para deliberar, de forma democrática, seus 
princípios e ações, assim reivindicando novos avanços nas políticas da saúde mental 
no país. 
Almeida (2019, p. 2), ainda complementa que foi a partir do 
desenvolvimento da política de saúde mental, que houve a concepção do SUS, 
mobilizando profissionais de diversos seguimentos da saúde e acarretou mudanças 
sociais e culturais da sociedade brasileira. 
 
2.3 Preconceito e estigma: como identificar e lidar com eles 
Após a reforma da Saúde Mental e com as estratégias para sua inclusão 
social, ficou mais evidente uma questão que ainda deve ser enfrentada na nossa 
sociedade: o estigma que essas pessoas sofrem por terem um problema mental. 
O termo estigma surgiu na Grécia, e era utilizado para nomear marcas ou 
sinais corporais que evidenciassem algo extraordinário ou ruim sobre a moral das 
11 
 
pessoas que os apresentassem, denunciando que os possuidores de tais sinais eram 
criminosos, escravos ou traidores e, por isso, deviam ser publicamente evitados 
(GOFFMAN, 1988). 
Atualmente, o estigma é considerado um fenômeno complexo e, ainda que 
permaneça vinculado à concepção original, ele se amplia, incluindo em sua definição, 
além de marcas corporais, características e atributos subjetivos. Goffman (1988) 
afirma que o estigma é uma relação entre atributo e estereótipo, sendo o atributo 
profundamente depreciativo e fundamentado em um conceito prévio que as pessoas 
possuem de determinados fenômenos. 
Quanto aos transtornos mentais, pesquisas de percepção pública apontam 
que são frequentes as reações negativas – como, por exemplo, de medo e antipatia 
–, dirigidas a esse grupo, especialmente em relação à esquizofrenia. Verifica-se ainda 
uma tendência da população geral em considerá-los “imprevisíveis” e “perigosos”, 
incitando o desejo por distanciamento social, tornando-os alvo de estigma e 
consequente discriminação social (LINK, 1987; LAI et al., 2000; LINK; PHELAN, 2001; 
RIBEIRO, 2005). 
Além disso, portadores de transtornos mentais sofrem também com o auto 
estigma (preconceito internalizado) e discriminação antecipatória (medo de sofrerem 
a discriminação). Isso traz aos portadores uma desvalorização e percepção negativa 
de si e de sua doença, podendo aumentar o isolamento e diminuir a autoestima, assim 
como a busca ao tratamento. 
 
Tanto o estigma quanto o auto estigma afetam portadores de 
transtornos mentais em diversos domínios da sua vida 
(social, ocupacional, relacional), tendo um impacto negativo 
em suas oportunidades de participação social (SARTORIUS, 
1998; THORNICROFT et al., 2009), em sua recuperação e, 
consequentemente, em suaqualidade de vida. 
 
Compreende-se que é comum as reações de medo e raiva em relação às 
pessoas com doenças mentais, que acabam resultando em comportamentos de 
distanciamento e diminuem as iniciativas de ajuda. As pessoas com transtornos 
12 
 
mentais também podem ter preconceitos contra si mesmas e ser alvo do próprio 
estigma, o que contribui para esses pacientes, muitas vezes, não buscarem 
atendimento e tratamento para seu problema de saúde. Os profissionais de saúde 
também podem ter preconceitos a respeito dos transtornos mentais e além disso, 
algumas vezes médicos e outros profissionais da área negligenciam e não dão valor 
as queixas de pacientes “psiquiátricos”, e acabam enxergando todas suas queixas 
como tendo um “fundo emocional” ou acreditam que o paciente esteja “fingindo”, o 
que prejudica o seu atendimento médico. 
O estigma pode ser perceptivo por meio de palavras ou expressões 
depreciativas sobre o problema de saúde mental da pessoa. Uma atitude que indique 
pena também pode gerar sentimentos de baixa autoestima e insegurança nas 
pessoas com transtornos mentais graves. A falta de clareza no diagnóstico pode ser 
outro problema que causa confusão e insegurança. O preconceito e a discriminação 
vão dos familiares, amigos até profissionais de saúde mental, atingindo tudo o que se 
relaciona com os transtornos mentais. 
A luta contra o estigma e o preconceito tem sido priorizada em busca de 
melhorias no tratamento dos pacientes com transtorno mental. Em 2001 a 
Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou a campanha “Cuidar, sim. Discriminar, 
não”, com o objetivo de provocar um impacto na opinião pública e estimular o debate 
sobre como melhorar as condições atuais de saúde mental no mundo todo e diminuir 
a discriminação em relação ao portador de transtorno mental. 
 
Ações e intervenções para combater o estigma e lidar com 
suas consequências se fazem necessárias. A inclusão da visão 
do portador do transtorno mental no planejamento de tais 
intervenções pode torná-las mais efetivas (THORNICROFT et 
al., 2007; THORNICROFT et al., 2009). 
 
Educação e orientação, esclarecendo mitos relacionados a esse tema, 
contato com portadores das doenças a fim de esclarecer crenças errôneas e ações 
voltadas para a autoestima são medidas que têm sido utilizadas a fim de reduzir a 
descriminalização. 
13 
 
2.4. Implantação do matriciamento 
O apoio matricial, defendido por Gastão Wagner em 1999, tem 
possibilitado, no Brasil, um cuidado colaborativo entre a saúde mental e a atenção 
primária (Ministério da Saúde, 2011 p. 13), e essa relação amplia a possibilidade de 
realizar a clínica ampliada e a integração e diálogo entre diferentes especialidades e 
profissões (CAMPOS e DOMITTI apud Ministério da Saúde, 2011). 
Gastão Wagner ainda contextualiza essas questões através da 
conceituação de Apoio Paidéia. Segundo o autor, no Apoio Paidéia as execuções das 
funções de gestão devem ser realizadas entre os sujeitos, pois o não reconhecimento 
da gestão como produto da interação entre as pessoas acarretará na reprodução das 
formas burocratizadas de trabalho, o que gera um empobrecimento da subjetividade 
e dos fatores sociais dos trabalhadores e usuários (CAMPOS, 2001). 
São as más condições de trabalho, salários e equipes com imensa 
rotatividade, as dificuldades mais citadas. Porém é importante compreender que 
algumas estratégias criadas em prol do sistema de saúde funcionam inclusive como 
apoio diante dessas questões, pois o matriciamento e o acolhimento são ferramentas 
que se bem trabalhadas poderão inclusive ajudar a população a perceber a 
importância desses recursos, talvez, instruí-los criticamente para lutar por seus 
direitos. 
Mesmo assim, é inegável o reconhecimento o qual o matriciamento e tantas 
outras ações realizadas coletivamente, apesar da dificuldade de serem exercidas, 
contribuem imensamente ao profissional que se sente reconhecido diante dessas 
ações e à sociedade que só tem a ganhar com as intervenções realizadas. 
Mediante a necessidade da atenção integral à saúde após a 
desinstitucionalização de pessoas com longo histórico de internação e com a carência 
de profissionais do campo da saúde mental, foram implantadas estratégias visando 
contribuir com o aumento do acesso da população aos cuidados desta área. 
Por meio de estudo realizado por Hirdes e Silva (2014, p. 586), foram 
publicadas em 2003 as diretrizes para a inclusão da saúde mental na Atenção Primária 
à Saúde (APS), por meio do apoio matricial. Entretanto, o aporte do Apoio Matricial só 
14 
 
viria a ocorrer em 2008, conforme a instituição dos Núcleos de Saúde da Família 
(NASF). 
De acordo com Chiaverini (2011, p. 13) “o matriciamento ou apoio matricial 
é um novo modo de produzir saúde em que duas ou mais equipes, num processo de 
construção compartilhada, criam uma proposta de intervenção pedagógico-
terapêutica”. Ou seja, com a evolução da reforma psiquiátrica, o apoio matricial, que 
é a junção de vários profissionais de saúde formando uma equipe denominada 
interdisciplinar, se tornou uma forma de proporcionar a atenção básica em saúde, 
integrando famílias ou comunidades através do suporte realizado por profissionais de 
diversos seguimentos. 
Este serviço foi criado com o propósito de substituir os serviços praticados 
em hospitais que, conforme o Ministério da Saúde (2004, p. 6), 
 
“São arranjos organizacionais que apresentam essas 
características de transversalidade. A equipe de referência 
contribui para tentar resolver ou minimizar a falta de definição 
de responsabilidades, de vínculo terapêutico e de integralidade 
na atenção à saúde, oferecendo um tratamento digno, 
respeitoso, com qualidade, acolhimento e vínculo”. 
 
Sendo assim, as equipes de atenção primária adotaram um sistema de 
aproximação de profissionais que formam a sua composição mediante as 
necessidades dos usuários da atenção básica. 
Chiaverini (2011, p. 12) também aponta que “esta proposta integradora visa 
transformar a lógica tradicional dos sistemas de saúde: encaminhamentos, referências 
e contrarreferências, protocolos e centros de regulação”. Desta forma, poderá emergir 
um efeito burocrático quanto aos níveis diferentes assistenciais, porém fundamentais 
no processo de acolhimento das demandas. 
É importante destacar que a função do matriciamento não é a de fazer 
encaminhamento para um profissional específico, mas propor a discussão de cada 
caso de forma integral. 
15 
 
Os conceitos Verticalidade e Horizontalidade exemplificam exatamente o 
quão necessário é o estabelecimento de uma nova forma de atendimento, que busque 
a eficiência e qualidade no serviço em questão. 
Verticalidade é a proposta anterior na qual estamos tentando superar, onde 
acabou trazendo diversos problemas, por exemplo: Transferir todas as 
responsabilidades para o especialista, e assim acabar ficando sem o apoio da equipe 
de referência, junto a falha de comunicação que muitas vezes, tanto na referência 
quando à equipe básica, encaminha não obtendo os dados suficientes e até mesmo 
os sintomas necessários para avaliar como está o contexto da doença. Isso acaba 
atrapalhando a chegada da informação no especialista, com dados faltantes e muitas 
vezes sem nenhuma informação, no qual a equipe básica não conseguiria dar uma 
continuidade no acompanhamento daquele indivíduo. 
Outro problema a ser destacado são as longas filas de espera do 
atendimento especializado, que muitas vezes é encaminhado e demora de seis meses 
a um ano aguardando, não havendo nenhuma assistência. Consequentemente, 
ocorre a perda do vínculo com a UBS, pois como já foi encaminhado para um nível 
mais especializado, o indivíduo entende que a UBS não continuará com o atendimento 
e então para superar essas limitações, o matriciamento apresenta a ideia de 
Horizontalidade. 
O processo de matriciamento torna o sistema de saúde horizontal,reestruturando dois tipos de equipes: a equipe de referência e a equipe de apoio 
matricial. A relação entre essas duas equipes constitui um novo arranjo do sistema de 
saúde, com uma metodologia para gestão do trabalho em saúde que objetiva ampliar 
as possibilidades de realizar o atendimento clínico, integrando e estabelecendo 
diálogos entre diferentes especialidades e profissões. 
Também tem como função ensinar e capacitar esses profissionais da saúde 
básica, para trabalhar melhor com saúde mental e vem fortalecer o vínculo 
interpessoal e apoio institucional no processo de construção coletiva, integrando 
saúde mental e atenção primária. 
No momento em que se matricia um caso, não se encaminha para equipe 
de saúde mental, a equipe de atenção básica estará trabalhando junto com este 
16 
 
indivíduo. Será coletivamente realizado. Para conhecimento, os profissionais 
matriciadores em saúde mental são: Psiquiatras; Psicólogos; Terapeutas 
ocupacionais; Fonoaudiólogos; Assistentes sociais; Enfermeiros de saúde mental. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
3. ANÁLISE DOS RESULTADOS 
 
3.2. Rede de Atenção à Saúde Mental 
A Política Nacional de Saúde Mental busca consolidar um modelo de 
atenção aberto e de base comunitária. A proposta é garantir a livre circulação das 
pessoas com problemas mentais pelos serviços, pela comunidade e pela cidade. A 
Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) estabelece os pontos de atenção para o 
atendimento de pessoas com problemas mentais, incluindo os efeitos nocivos do uso 
de crack, álcool e outras drogas. A Rede integra o Sistema Único de Saúde (SUS). 
 A Rede é composta por serviços e equipamentos variados, tais como: os 
Centros de Atenção Psicossocial (CAPS); os Serviços Residenciais Terapêuticos 
(SRT); os Centros de Convivência e Cultura, as Unidade de Acolhimento (UAs), e os 
leitos de atenção integral (em Hospitais Gerais, nos CAPS III). 
Faz parte dessa política o programa de Volta para Casa, que oferece bolsas 
para pacientes egressos de longas internações em hospitais psiquiátricos. As 
informações completas para adesão à Rede estão na Portaria do GM Nº 3.088. 
É no município que ela acontece, estando Presente: Unidade Básica de 
Saúde; Núcleo de Apoio a Saúde da Família; Consultório de Rua; Apoio aos Serviços 
do componente Atenção Residencial de Caráter Transitório; Centros de Convivência 
e Cultura. 
Atenção de Urgência e Emergência: SAMU 192; Sala de Estabilização; 
UPA 24 horas e portas hospitalares de atenção à urgência /pronto socorro, Unidades 
Básicas de Saúde. 
Atenção Hospitalar: Enfermaria especializada em hospital geral; Serviço 
Hospitalar de Referência (SHR) para Atenção às pessoas com sofrimento ou 
transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras 
drogas. 
 
 
18 
 
3.2 Acompanhamentos 
Além da introdução ao tratamento pelo método do matriciamento, 
efetivando todos os caminhos a serem seguidos, é imprescindível que haja o 
acompanhamento a esses envolvidos de forma continua e regulada, para que o 
tratamento ocorra de forma eficiente. 
Contudo, a consulta com o médico da equipe deve ser individual e com 
base na gravidade do quadro do paciente, visando fortalecer um vínculo, as primeiras 
consultas são mais frequentes. Mas posteriormente, acompanhando a evolução do 
paciente e constatando que o mesmo se encontra estável, as visitas tornam-se novas 
avaliações em intervalos maiores. 
O matriciamento como organizador e potencializador da rede assistencial 
que contribui para a necessidade do paciente e, uma vez identificados, devem ser 
tomadas medidas em conjunto com outros profissionais da equipe (assistente social, 
equipe de enfermagem, agentes comunitários de saúde etc.) com o objetivo de 
diminuir o impacto negativo dessas situações. 
As visitas domiciliares devem ser realizadas pelo agente comunitário de 
saúde em intervalos regulares não superiores a 30. Ele deve reforçar a necessidade 
do uso correto da medicação, orientar quanto ao transtorno, identificar problemas na 
família e na comunidade que contribuirão para uma possível piora clínica do paciente. 
É importante, também, que haja uma comunicação constante entre o ACS e o restante 
da equipe e que seja agendada uma visita multidisciplinar, sempre que necessário. 
Outra questão crucial relativa ao acompanhamento diz respeito à 
medicação disponível na rede básica de saúde. De uma forma geral e sempre que 
possível, deve ser prescrita medicação da rede básica, salvo em situações em que o 
paciente não a tolere devido à ocorrência de efeitos adversos ou se ela não for eficaz 
na estabilização do quadro. 
É fundamental a inserção do indivíduo no trabalho realizado pela equipe de 
terapia ocupacional, por meio de oficinas de artesanato e de outras atividades que 
visam descobrir e desenvolver habilidades que promovam a valorização e melhora da 
autoestima do usuário e possam servir como fonte de renda. 
19 
 
4. CONCLUSÃO 
 
Ao passar pelos diferentes períodos da história da criação do matriciamento 
no SUS em tempos atuais, este texto pretendeu-se mostrar que a partir de algumas 
situações ou produções, o movimento histórico produzido pela coexistência e pelo 
embate de elementos antagônicos produziu as transformações, gerando o novo e 
superando as condições precedentes. 
É possível perceber que ideias e práticas foram hegemônicas em 
determinados momentos, mas nunca constituíram blocos monolíticos, estáticos e 
homogêneos. Posições e concepções diferentes, divergentes e opostas coexistiram e 
foram elas que, na contraposição, provocaram mudanças e saltos de qualidade. 
Por esse motivo, insiste-se na busca de estudos históricos que sejam 
capazes de identificar e de entender essas contradições como forma de aproximação 
com uma realidade que já não mais está disponível empiricamente em sua 
integralidade e cujo conhecimento é necessário para que se possa compreender a 
gênese e o movimento como processos constitutivos de nosso objeto de estudo e 
pesquisas são necessários para que essa compreensão se aprofunde e se amplie. 
Entende-se que a modalidade de trabalho por meio de grupos tem como 
objetivos principais: educar quanto ao transtorno, mostrar a importância do tratamento 
e promover a discussão de problemas trazidos pelos integrantes do grupo. Essa 
modalidade é ainda uma forma de identificação e reinserção do doente na 
comunidade. 
Entretanto, a maioria destes profissionais exerce sua função na atenção 
primária com intensa dedicação e, mediante quadros para os quais não foram 
treinados a cuidar, acabam por fazê-lo por intuição e boa-fé. No entanto, tal conduta 
muitas vezes não é suficiente para o manejo dessas situações, o que gera uma 
contínua sensação de impotência, além da constante cobrança da população à qual 
são vinculados, bem como das instâncias gestoras de quem são funcionários. 
Tendem orientar erroneamente as pessoas aos centros de saúde mental, 
não respeitando os critérios dos CAPS ou mesmo das emergências psiquiátricas. 
20 
 
Frequentemente, os cuidadores adoecem com tal responsabilidade e o paciente, já 
com algum sofrimento psíquico e/ou físico, fica transitando entre equipamentos de 
saúde ou aguardando em longas filas de espera, com possível agravamento de seu 
quadro e daqueles em seu entorno. 
Por não ter conhecimento e não ser da área em saúde mental, é comum 
que os profissionais da atenção primária manifestem um certo estigma em relação ao 
portador de transtorno mental e uma inicial dificuldade à responsabilidade de também 
atuar no cuidado ao adoecimento psíquico. Não percebem, muitas vezes, que este é 
o caminho para um cuidado clínico mais efetivo e, consequentemente, para melhores 
índices de resolutividade e satisfação profissional e pessoal. 
Sendo assim, já está mais do que na hora de implantar e organizar esse 
sistema. A lógicamatricial vem como proposta eficiente e transformadora. O desafio, 
então, é de compartilhar os cuidados psicossociais com os profissionais da atenção 
básica, como também de atuar em sua formação e suporte. Essa meta, além de 
possível, é extremamente gratificante, seja pela ampliação dos cuidados àqueles que 
necessitam, seja pelo trabalho realizado sobre uma lógica interdisciplinar ou, 
finalmente, pela organização da rede de saúde. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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